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DESERTO DOS ENCONTRISTAS - PARÓQUIA SANTA CLARA

Os encontristas entram em silêncio e serã o realocados pelos integrantes da liturgia.

Som ambiente com barulhos de vento e gelo seco, tudo escuro com apenas um foco de Luz em
Jesus.

Entra Jesus com 3 discípulos no cená rio e diz:

JESUS: A minha alma está cheia de tristeza até a morte. Ficai aqui e velai comigo.
(JESUS SE AFASTA DOS DISCIPULOS E VAI ORAR)

 JESUS: PAI! SOU TEU SERVO! FILHO DE TUA SERVA! DESPERTA! VEM ME DEFENDER!
PROTEGE-ME DAS ARMADILHAS QUE ME PREPARARAM!!! (pausa respira) SE POSSÍVEL,
AFASTA DE MIM ESTE CÁLICE, MAS QUE SEJA FEITA A TUA VONTADE E NÃO A MINHA!!!

(Cena: Jesus volta e encontra os discípulos dormindo)

Na cena Jesus acorda um dos discípulos e diz:

JESUS: DORMES? NÃO PODES VIGIAR 1 HORA?

(Na cena, JESUS SE AFASTA NOVAMENTE para orar. Chora e um anjo chega e toca em suas costas).

Jesus volta até os discípulos e fala:

 JESUS: Dormes agora e repousai! Chegou a hora que o filho do homem vai ser entregue
nas mã os dos pecadores. Levantai e vamos, pois aquele que vai me trair está perto daqui.

(Cena: Em seguida os soldados entram com Judas e uma multidã o de gente armada de espadas e
cacetes. Jesus se levanta enquanto os soldados batem para acordar os discípulos gritando com
eles.)

 JESUS: (Jesus vai para a frente de fala): A QUEM PROCURAIS?

Um dos soldados diz: A JESUS DE NAZARÉ !!!

 JESUS: SOU EU!!!


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Cena: O silêncio toma conta, entã o um dos soldados empurra Judas, que vai até Jesus, beija o rosto
dele e fala:

 JUDAS: SALVE MESTRE (com tom de arrependimento)

 JESUS: JUDAS É COM UM BEIJO QUE TU ME TRAIS?

(Cena: Os soldados amarram Jesus e nesse momento Pedro, com sua espada, ataca e corta a
orelha de um dos soldados. Jesus toca e cura o soldado ferido)

JESUS FALA A PEDRO:

Jesus: Mete a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?

(Cena: Nesse momento Jesus é preso e levado pelos soldados, e os discípulos saem
correndo.) Todos saem de cena.

 Cena: Maria entra sozinha com uma fisionomia aflita e se posiciona em frente aos
encontristas e começa a rezar em voz alta. (Nesse momento boa vontade deve vendar os
encontristas para que no final da cena de Maria todos já estejam vendados.)

 MARIA: MEU SENHOR, POR QUE MEU CORAÇÃ O ESTÁ TÃ O AFLITO? POR QUE SERÁ QUE
AS PALAVRAS DE SIMEÃ O ESTÃ O TÃ O FORTE NA MINHA CABEÇA HOJE? POR QUE ESTOU
PENSANDO NESTE MOMENTO O TEMPO TODO? ME LEMBRO TÃ O BEM QUANDO JESUS ERA
SÓ UM BEBÊ E SIMEÃ O NO TEMPLO O PEGOU EM SEU BRAÇO E PROFETIZOU QUE UMA
ESPADA DE DOR TRANSPASSARIA A MINHA ALMA!!! SEMPRE ME PERGUNTEI QUE DOR ERA
ESSA QUE EU IA TER QUE SENTIR? PENSEI QUE TINHA SIDO QUANDO TIVEMOS QUE FUGIR
PARA O EGITO PARA EVITAR QUE JESUS AINDA UM BEBÊ FOSSE MORTO. MAS DEPOIS
QUANDO JESUS TINHA JÁ DOZE ANOS SOFRI TANTO EM JERUSALÉ M QUANDO ELE SE PERDEU
DE NÓ S E PASSAMOS VÁ RIOS DIAS PROCURANDO POR ELE, ATÉ QUE O ACHAMOS NO
TEMPLO. MAS PORQUE HOJE ESTA PROFECIA VOLTA A FICAR NA MINHA MENTE, (olhando
para cima) ME PREPARA SENHOR E ME AJUDA A ACEITAR A TUA VONTADE!

- Maria Madalena entra em cena:

 MARIA MADALENA: Mã e, está tudo bem?

 MARIA: Nã o percebes Madalena? Por que esta noite está diferente das outras?

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 MARIA MADALENA: Porque nó s éramos escravas e agora nó s somos livres...

Cena: Joã o entra correndo e assusta Maria e Madalena e vai logo dizendo:

 JOÃO:(com um tom assustado) Mã e, prenderam Jesus e o levaram!

 MARIA: Está começando Senhor! Que assim seja!!!

(Com os encontristas já vendados inicia a cena de Jesus diante de Pilatos)

Pilatos: Tu és o rei dos Judeus?

Jesus: Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim?

Pilatos: Por acaso sou eu o Judeu? A tua nação e os principais sacerdotes te entregaram a
mim. O que fizeste?

Jesus: o meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse desse mundo pelejariam
para que eu não fosse entregue.

Pilatos: Então tu és rei?

Jesus: tu que estais dizendo. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, para dar
testemunho da verdade. Todo aquele que anda na verdade ouve a minha voz.

Narrador: Diante das acusações que foram apresentadas sobre Jesus, Pilatos recorre ao
povo para tomar uma decisão final.

Pilatos: Me apresentaram esse homem como enganador do povo. Eu o examinei na


presença de vocês e nenhuma culpa das que vocês o acusam acho neste homem. Eu o
remeti a Herodes e ele concluiu que coisa alguma digna de morte foi feita. Devo solta-lo
ou crucifica-lo?

Povo: crucifica! Crucifica!

Pilatos: como de costume nessa época do ano um prisioneiro deve ser solto. A quem devo
libertar?

Povo: Barrabás, libertem Barrabás.

Pilatos: O que farei então com Jesus??

Povo: Crucifica!!! Crucifica!!

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Pilatos grita: Estou inocente do sangue desse justo.

(Todos saem de cena e começa um momento de silêncio)

Tudo escuro com luzes piscando e muito gelo seco, um barulho alto de vento forte

Jesus entra já carregando a cruz enquanto os soldados o chicoteiam e o xingam.

BANDINHA: COMEÇA A DEDILHAR GETSÊ MANI DURANTE TODA A VIA SACRA ATÉ A HORA
EM QUE JESUS É PREGADO NA CRUZ E ENTÃ O COMEÇA A CANTAR A MUSICA.

JESUS CAI 3 VEZES. NA SEGUNDA VEZ ELE SE ENCONTRA COM SUA MÃE QUE CORRE
PARA SEGURALO:

 MARIA:MEU FILHO! EU ESTOU AQUI

 JESUS: Vê Mã e!!! Eu Renovo todas as coisas!

(Quando for levantar a cruz á udio de sons de chuva, batida de madeira, raio.)

 NARRADOR:
Depois de um longo trajeto de sú plica, sangue recomeça a escorrer e Jesus é estendido de costas sobre o
braço da cruz.
O carrasco pega um prego comprido, pontudo e quadrado, o apoia no pulso de Jesus, com um
golpe firme de martelo o crava e o bate firmemente na madeira. (som de prego batendo) Jesus
contrai o rosto espantosamente (gemido de dor de JESUS).

No mesmo instante o seu polegar, com um violento movimento, põ e-se em oposiçã o; na palma
da mã o o nervo mediano é puxado. Nesse momento Jesus experimentou uma dor terrível,
agudíssima, que se espalhou pelos seus dedos. É a dor mais insuportá vel que um homem pode
experimentar, aquela dada pela ferida de grandes centros nervosos.
Normalmente provoca um desmaio e faz perder a consciência. Em Jesus, nã o. (Se ao menos o
nervo tivesse sido cortado completamente! – tom dramá tico), O nervo foi destruído só em
parte; a lesã o do centro nervoso fica em contato com o prego; quando o corpo estiver suspenso
na cruz, o nervo se estenderá fortemente, como uma corda de violino tensa. A cada sacudida, a
cada movimento, vibrará , despertando dores dilacerantes.

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Um sofrimento que durará três horas. O carrasco e seu ajudante seguram as extremidades
da trave; levantam Jesus colocando-o primeiramente sentado e depois de pé, depois fazendo-o
caminhar para trá s.

Põ em em cima do pau vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz


em cima do pau vertical. Os ombros da vítima se entregam dolorosamente, sobre a madeira
á spera. As pontas da grande coroa de espinhos dilaceram o crâ nio. A pobre cabeça de Jesus está
inclinada para frente, pois a espessura do capacete de espinhos lhe impede de encostar-se à
madeira. Cada vez que jesus levanta a cabeça, recomeçam as agudíssimas dores

Pregam-lhe os pés.

É meio-dia; Jesus tem sede. Nã o bebeu nada desde a tarde precedente. A sua feiçã o é tensa,
o rosto está completamente ensanguentado. A boca está semi-aberta e o lá bio inferior começa a
cair. A garganta, seca, lhe arde em sede, mas Ele nã o pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe
estende, sobre a ponta da lança, uma esponja de uma bebida á cida, usada entre os militares.
Tudo isso é uma tortura terrível.

Um estranho fenô meno se produz no corpo de Jesus. Os mú sculos dos braços se


enrijecem em uma contraçã o que vai acentuando-se: os mú sculos estã o tensos e levantados, os
dedos encurvam-se. É o que os médicos chamam de tetania, quando as câ imbras se
generalizam: os mú sculos do abdô men se enrijecem em ondas imó veis; depois os dorsais, os do
pescoço e os respirató rios. A respiraçã o fica, pouco a pouco, mais curta. O ar entra, mas nã o
consegue sair, Jesus respira com o á pice dos pulmõ es. Tem sede de ar: como um asmá tico em
plena crise, o seu rosto pá lido, pouco a pouco se torna vermelho.

Jesus, atacado por asfixia, está sufocando. Os pulmõ es inchados de ar nã o podem mais
esvaziar-se. A cabeça está impregnada de suor, os olhos saem fora das ó rbitas. Que dores
terríveis devem ter martelado seu crâ nio!

Mas o que acontece? Devagar, com um esforço sobre-humano, Jesus achou um ponto de
apoio sobre o prego dos pés. Fazendo força, com pequenos golpes, levanta-se aliviando a tensã o
dos braços. Os mú sculos do tó rax distendem-se. A respiraçã o se torna mais ampla e profunda,
os pulmõ es se esvaziam e o rosto retoma a palidez inicial.

Depois de um instante o corpo recomeça a se afrouxar e recomeça a asfixia. Foram


transmitidas sete frases pronunciadas por Ele na Cruz: a cada vez que quer falar, deve levantar-
se segurando-se em pé por um dos pregos; inimaginá vel.

Daí a pouco serã o 3 da tarde. Jesus está sempre lutando; de vez em quando se levanta para
respirar. É a asfixia perió dica que o está estrangulando. Uma tortura que dura 3 horas.

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Todas as suas dores: a sede, as câ imbras, a asfixia, as vibraçõ es dos nervos medianos, lhe
arrancam um lamento: Desde a hora sexta até a nona, cobriu-se a terra de trevas. (SOM
TROVÃO)

 JESUS Fala: “Eli, Eli, lammá sabactá ni?” (pausa, respira alto e cansado)

 NARRADOR: que quer dizer: “Meu DEUS, meu DEUS !!! POR QUE ME ABANDONASTES?

Narrador: Maria chorando aos pés da cruz cai no chão de joelhos e beija os pés de Jesus.

MARIA: MEU FILHO! CARNE DA MINHA CARNE! SANGUE DO MEU SANGUE! QUANDO, COMO,
AONDE DECIDIRÁ S FICAR LIVRE DE TUDO ISSO? DEIXA MEU FILHO, QUE EU MORRA
CONTIGO?!!!!

Narrador: Jesus olha para João, faz um gesto com a cabeça, então João vai até Maria e
abraça ela.

 JESUS: MULHER, EIS AÍ O TEU FILHO! FILHO, FILHO EIS AÍ A TUA MÃ E!!!

BANDINHA: MÚ SICA POR AMOR ATÉ O REFRÃ O (nesse momento tirar a venda dos
encontristas)

 JESUS olha para o céu dá um grande suspiro.

- JESUS:TUDO ESTÁ CONSUMADO!!!


- JESUS:PAI, EM TUAS MÃ OS EU ENTREGO O MEU ESPÍRITO.

BANDINHA: FINAL DA MÚ SICA POR AMOR

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