Você está na página 1de 38

PHTLS 9ª EDIÇÃO

X
A
B
C
D
E
PESQUISA INICIAL
No paciente crítico de trauma multissistêmico, a prioridade para o cuidado é a
rápida identificação e gestão de condições de risco de vida. A avassaladora maioria dos
pacientes com trauma tem lesões que envolvem apenas um sistema (por exemplo,
uma fratura isolada do membro). Para estes pacientes com trauma em um único
sistema, há mais tempo para se aprofundar na pesquisa primária e secundária. Para o
paciente gravemente ferido, o prestador de cuidados pré-hospitalares pode não ser
capaz de conduzir mais do que uma pesquisa primária. Nestes pacientes críticos, a
ênfase está em avaliação rápida, início de ressuscitação e transporte para uma
instalação médica apropriada. A ênfase no transporte rápido não elimina a
necessidade de tratamento pré-hospitalar. Pelo contrário, o tratamento deve ser feito
mais rapidamente e de forma mais eficiente e/ou possivelmente iniciado a caminho da
instalação de recebimento.
Avaliação da Cena
Antes de iniciar qualquer avaliação da vítima devemos lembrar que o objetivo sempre será a
nossa segurança e devemos utilizar o método mnemônico:

S - Cena
S – Segurança
S – Situação

Somente após o local estar seguro e a vitima estiver utilizando os EPIs necessários para a sua
segurança, devemos abordar a vítima. Lembrando dos riscos físicos, químicos, biológicos e
ergonômicos.
Analise Primária Objetiva

Deve ser realizada em no máximo 30 segundos, devendo identificar a gravidade e risco


imediato à vitima.
Exemplo:
Hemorragia exsanguinante;
Parada Respiratória;
Parada Cardiorrespiratória;
Choque hipovolêmico;
Risco a vida do paciente e/ou a equipe;
Etc..

Esta avaliação vai determinar se o seu paciente é crítico ou não crítico e após identificar
o risco imediato, devemos realizar imediatamente o tratamento adequado para cada
situação e se necessário e após regulação, realizar transporte imediato ao local definitivo
de tratamento.
Análise Secundaria Subjetiva

Trata-se da entrevista realizada com a vítima ou com familiar e/ou acompanhante da


vítima para colher informações complementares e necessárias para melhor tratamento do
paciente. Utilizamos o método mnemónico SAMPLE, do PHTLS 9ª edição:

S – Sinais e sintomas
A – Alergias
M - Medicamentos
P – Passado médico e “Prenhes” para mulheres
L – Líquidos e refeições Ingeridas (Volume e Horário)
E - Eventos
Analise Secundária Objetiva

Deve ser realizado após a análise primária. O exame deve ser realizado minuciosamente da
cabeça aos pés, verificando anomalias, ferimentos conforme exemplo abaixo:

Cabeça: Edema subgaleal; FCC; Otorragia; Epistaxe; Boca; e Etc..

Pescoço: Ferimentos; Lacerações; Desvio de Traqueia; Estase Jugular; Sangramentos;

Tórax: Simetria, Lacerações, Sangramentos, Ausculta, Fraturas e etc..

Abdome: Dor, Palpação, Rigidez, Hematomas, Ferimentos, Lacerações e Sangramentos;

Pélvis: Instabilidade e/ou Deformidade;

Membros Superiores e Inferiores: Edema, Deformidade, Dor, Ferimentos, Sangramentos,


Laceração,
Analise Secundária Objetiva

Devemos ainda realizar na analise secundária objetiva a aferição dos parâmetros da vitima
como:

• Pressão Arterial;
• Temperatura;
• Classificação de respiração;
• Batimentos cardíacos (quantidade);
• Pulso periférico e central (qualidade e quantidade);
• Oximetria (saturação);
• Ausculta pulmonar;
O estabelecimento rápido de prioridades e avaliação inicial e o reconhecimento de
lesões que ameaçam a vida devem enraizar-se no prestador de cuidados pré-
hospitalares. Portanto, os componentes dos inquéritos primário e secundário devem
ser memorizados e a progressão lógica de prioridades, avaliação e tratamento. O
operador deve entender e realizar da mesma maneira todas as vezes,
independentemente da gravidade do prejuízo. Deve pensar sobre a fisiopatologia das
lesões e condições de um paciente.
Uma das condições mais comuns de risco de vida em trauma é a falta de
oxigenação tecidual adequada (choque), que leva ao metabolismo anaeróbico (sem
oxigênio).
Metabolismo é o mecanismo pelo qual as células produzem energia. Quatro etapas
são necessárias para o metabolismo normal:
1. Uma quantidade adequada de hemácias;
2. Oxigenação das hemácias nos pulmões,
3. Entrega de hemácias às células ao longo do corpo e
4. Descarregamento de oxigênio para essas células.

As atividades envolvidas na pesquisa primária são voltadas a identificação e


correção de problemas com essas etapas.
PRINCÍPIO DE FICK

A quantidade de sangue que passa pelos pulmões numa determinada unidade de


tempo representa o débito ventricular direito, ou seja, o débito cardíaco. Durante a
sua passagem o sangue perde o CO2 e absorve o O2, sendo esta troca proporcional ao
volume de sangue que esteve em contato com a membrana alvéolo-capilar.
SEQUÊNCIA DO INQUÉRITO PRIMÁRIO

O levantamento primário deve proceder rapidamente e de forma lógica a ordem.


Se o prestador de cuidados pré-hospitalares estiver sozinho, intervenções podem ser
realizadas quando condições de risco de vida são identificados. Se o problema é
facilmente corrigível, como aspirar uma via aérea ou colocar um torniquete, o
provedor pode optar por resolver o problema antes de prosseguir para o próximo
passo. Por outro lado, se o problema não puder ser rapidamente controlado no local,
como choque resultante da suspeita de hemorragia interna, o restante da pesquisa
primária é completada rapidamente. Se há mais de um operador, um pode completar
a pesquisa primária, enquanto outro inicia o tratamento dos problemas identificados.
Quando várias condições críticas são identificadas a pesquisa primária permite que o
operador estabeleça prioridades no tratamento. Em geral, a hemorragia externa
compressível é gerida primeiro, uma questão das vias aéreas é gerida antes se é um
problema respiratório e assim por diante.
A mesma abordagem de pesquisa primária é utilizada independentemente do tipo
de paciente. Todos os pacientes, incluindo idosos, pediátricos, ou paciente grávidas,
são avaliados de forma semelhante assegurando que todos os componentes da
avaliação sejam realizados e que nenhuma patologia significativa seja perdida.
Semelhante ao ACLS, em que a prioridade da pesquisa primária mudou de ABC
para CAB, a pesquisa principal do paciente vítima de trauma agora enfatiza o controle
de sangramento externo com risco de vida como o primeiro passo da sequência.
Enquanto as etapas da pesquisa primária são ensinadas e exibidas de forma
sequencial, muitos dos passos podem, e devem, ser realizados simultaneamente. Os
passos podem ser lembrados usando um mnemônico XABCDE:
• X – Hemorragias Exsanguinolenta (Controle de Sangramento Externo);
• A – Gerenciamento de vias aéreas e estabilização da coluna cervical;
• B – Respiração (ventilação e oxigenação);
• C – Circulação (perfusão e outras hemorragias);
• D – Deficiência;
• E – Expor / ambiente.
X – HEMORRAGIA EXSANGUINANTE (CONTROLE DO SANGRAMENTO
EXTERNO GRAVE)

Na pesquisa primária de um paciente com trauma, com risco eminente a vida e


hemorragia externa, esta deve ser imediatamente identificada e gerenciada. Se a
hemorragia externa exsanguinante estiver presente, deve ser controlada antes mesmo
da avaliação da via aérea (ou simultaneamente, se a assistência adequada estiver
presente na cena) ou realização de outras intervenções, como a imobilização da coluna
cervical. Este tipo de sangramento envolve tipicamente o sangramento arterial de uma
extremidade, mas também pode ocorrer no couro cabeludo ou na junção de uma
extremidade com o tronco (sangramento juncional) e outros locais.
Ocasionalmente, sangramento de região distal ou menor artéria podem ser
controlados com compressão direta focal de a artéria. No entanto, isso só deve ser
feito se tal sangramento poder ser controlado com uma pressão aplicada rapidamente
ou se houver operadores suficiente em cena, em que um prestador de cuidados pré-
hospitalares possa manter pressão manual direta. Se não, um torniquete deve ser
aplicado na extremidade afetada. Sangramentos severos de região juncional podem
ser gerenciados colocando-se um torniquete de junção, se disponível, ou embalagem
com gaze hemostática investindo pressão sobre a região.
TIPOS DE HEMORRAGIA E CONTROLE

• Capilares – Não ameaça a vida, pode ser retardado ou mesmo parar antes de
chegar o operador de cuidados pré-hospitalar

• Venoso – Laceração ou outra lesão de veia que leva um fluxo constante de sangue
de cor vermelho vivo. Este tipo de sangramento pode ser controlado por
compressão direta

• Arteriais – É causado por uma lesão que lacera uma artéria. Este tipo de perda
sangue é mais importante e difícil de controlar. É geralmente caracterizado por
jorrar sangue de cor vermelho vivo. O sangramento arterial pode também
apresentar-se como sangue que rapidamente “escorre” de uma ferida se uma
artéria profunda se ferir. Até mesmo uma ferida por punção arterial pequena e
profunda pode produzir perda de sangue com risco de vida. O controle rápido do
sangramento é um dos mais importantes objetivos nos cuidados de um paciente
traumatizado. O levantamento primário não pode avançar a menos que a
hemorragia externa seja controlada.
A hemorragia pode ser controlada das seguintes maneiras:

1. PRESSÃO DIRETA

A pressão direta é exatamente o que o nome indica, aplicar pressão no local do


sangramento isto é conseguido colocando um curativo por exemplo gaze hemostática
de preferencia diretamente sobre o local da hemorragia e aplicando pressão por pelo
menos de 3 a 10 minutos. A aplicação e manutenção da pressão exigirá todo cuidado
pré-hospitalar e atenção do operador, o que poderá impedir que o mesmo participe
de outros aspectos do atendimento do paciente. Se o sangramento não for
controlado, não importará quanto oxigênio ou fluido o paciente receba, a perfusão
não vai melhorar em face da hemorragia em curso.
2. TORNIQUETE
Torniquetes têm sido frequentemente descritos no passado como a técnica de
último recurso. Experiência militares no Afeganistão e no Iraque, além do uso rotineiro
e seguro de torniquetes por cirurgiões, levou à reconsideração dessa abordagem.
Torniquetes são muito eficazes no controle de hemorragias graves e devem ser
usados se houver possibilidade de pressão local, se um curativo de pressão não
conseguir controlar a hemorragia de uma extremidade ou se não há operador
suficiente disponível em cena para executar outros métodos de controle de
sangramento. O uso de “elevação” e pressão sobre outros pontos não é recomendado
devido a dados insuficientes que sustentam sua efetividade. Como observado
anteriormente, no caso de risco de vida ou hemorragia exsanguinante, um
sangramento (ou seja, um tratamento de primeira linha para este tipo de
sangramento).
Observe também que os torniquetes improvisados podem ter eficácia mais
limitada do que as versões comercialmente disponíveis.
.
A – GERENCIAMENTO DE VIAS AÉREAS E ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA
CERVICAL
VIA AÉREA

A via aérea do paciente é verificada rapidamente para garantir que está pérvia
(aberta e clara) e que nenhum perigo de obstrução existe. Se a via érea estiver
comprometida, ela terá que ser aberta, inicialmente usando métodos manuais
(utilizando a manobra Jaw Thrust), e limpa de sangue, substâncias do corpo, e corpos
estranhos, se necessário. Eventualmente, à medida que o equipamento e o tempo se
tornam disponíveis, a gestão das vias aéreas pode avançar para incluir sucção
mecânica (via oral, via aérea nasal, vias aéreas supra glóticas, aplicação de cânula
orofaríngea e intubação endotraqueal ou método transtraqueal).
Numerosos fatores desempenham um papel na determinação do método manejo das
vias aéreas, incluindo o equipamento disponível, o nível de habilidade do prestador de
cuidados pré-hospitalares e a distância do centro de trauma. Algumas lesões das vias
aéreas, como fratura laríngea ou transecção incompleta das vias aéreas, são agravadas
por tentativas de intubação endotraqueal.
A gestão das vias aéreas é discutida em detalhes na Airway e capítulo Ventilação.
ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL

Todo paciente traumatizado com um mecanismo contuso de lesão é suspeito de


lesão medular até que esta possível lesão medular seja conclusivamente descartada, É
particularmente importante manter um alto índice de suspeita de lesão medular em
idosos ou pacientes cronicamente debilitados, mesmo com menor mecanismos de
lesão.
Portanto, ao estabelecer uma via aérea pérvia, a possibilidade de lesão da coluna
cervical deve sempre ser considerada.
Movimento excessivo em qualquer direção poderia produzir ou agravar o dano
neurológico por compressão óssea da medula espinhal, pode ocorrer na presença de
uma fratura da coluna vertebral. A solução é garantir que a cabeça do paciente e
pescoço sejam manualmente mantidos (estabilizados) em posição neutra durante todo
o processo de avaliação, especialmente ao abrir as vias aéreas e administrar
ventilações.
Esta necessidade de estabilização não significa que os procedimentos de
manutenção das vias aéreas não sejam aplicados. Em vez disso, isso significa que os
procedimentos devem ser realizados protegendo a coluna do paciente contra
movimento desnecessário. Se os dispositivos de imobilização cervical que foram
colocados precisam ser removidos, a fim de reavaliar o paciente ou realizar alguma
intervenção necessária, a estabilização manual na cabeça e pescoço é empregada até
que o paciente possa ser novamente colocado em imobilização cervical completa.
B – RESPIRAÇÃO (VENTILAÇÃO E OXIGENAÇÃO)

A respiração tem a função efetiva de entregar oxigênio aos pulmões do paciente


para ajudar a manter o processo de metabolismo aeróbico. A hipóxia pode resultar de
ventilação inadequada nos pulmões e levar à falta de oxigenação dos tecidos. Quando
a via aérea do paciente estiver aberta, a qualidade e quantidade de respiração do
paciente (ventilação) pode ser avaliada da seguinte forma:

1. Verifique se o paciente está respirando, se há movimentos torácicos e sensação


ar saindo da boca ou nariz. Em caso de dúvida, ausculte ambos os lados do tórax para
avaliar.

2. Se o paciente não está respirando (isto é, está apnéico), imediatamente comece


a assistir as ventilações, mantendo a estabilização da coluna cervical em posição
neutra, com um dispositivo com oxigênio suplementar antes de continuar a avaliação.
3. Certifique-se que as vias aéreas do paciente estejam pérvias, continue a
ventilação assistida, e prepare-se para inserir uma via nasal (se não houver trauma
facial grave) ou via aérea supra glótica (se não houver sinais de traumatismo
orofaríngeo grave); intubar; ou fornecer outros meios mecânicos de proteção das vias
aéreas. Esteja preparado para sugar sangue, vômito ou outros fluidos da via aérea.

4. Embora comumente referido como “taxa”, um termo mais correto para o quão
rápido um paciente está respirando é “taxa de ventilação”. Ventilação refere-se ao
processo de inalação e exalação, enquanto a respiração descreve melhor o processo
fisiológico das trocas gasosas entre os capilares e os alvéolos. Este texto usa a
frequência ventilatória a termo, em vez de frequência respiratória.

Se o paciente estiver respirando, estime a adequação da frequência ventilatória e


profundidade para determinar se o paciente está obtendo ar suficiente (essa
ventilação por minuto é a taxa x profundidade).
5. Assegure-se de que o paciente não seja hipóxico e que a saturação de oxigênio
esteja maior ou igual a 94%. Oxigênio suplementar (ventilação assistida) deve ser
fornecido conforme necessário para alcançar uma saturação de oxigênio adequada.

6. Se o paciente estiver consciente, ouça o paciente conversar para avaliar se ele ou


ela pode falar uma sentença completa sem dificuldade.
C – CIRCULAÇÃO E SANGRAMENTO (PERFUSÃO E HEMORRAGIA
INTERNA)

A avaliação do comportamento ou falha do sistema circulatório é o próximo passo


para cuidar do paciente traumatizado. A oxigenação dos eritrócitos sem entrega às
células do tecido é de nenhum benefício para o paciente. No primeiro passo da
sequencia, os sangramentos com risco a vida foram identificados e controlados.
Depois se subsequentemente, avaliar as vias aéreas e a respiração do paciente, o
prestador de cuidados pré-hospitalar pode obter uma estimativa global do débito
cardíaco e da perfusão do paciente. Hemorragia – externa ou interna – é a causa mais
comum de morte evitável por trauma.
PERFUSÃO

O estado circulatório global do paciente pode ser determinado verificando pulsos


periféricos e avaliando a cor da pele, temperatura e umidade. A avaliação da perfusão
pode ser desafiadora em pacientes idosos, pediátricos, naqueles que estão bem
condicionados ou em uso de certos medicamentos.
Choque em pacientes com trauma é quase sempre devido a hemorragia.
Os locais potenciais de hemorragia interna maciça incluem o tórax (ambas as
cavidades pleurais), o abdome (cavidade abdominal peritoneal), a pelve, o espaço
retroperitoneal e extremidades (principalmente as coxas). Se há suspeita de
hemorragia interna, o tórax, o abdome a pelve e as coxas estar expostos para
inspecionar e apalpar rapidamente em busca de sinais de lesão.
Hemorragia nessas áreas não é fácil de controlar fora o hospital. Se disponível, um
fichário pélvico deve ser aplicado rapidamente para prevenir potenciais lesões pélvicas
de “livro aberto”. O objetivo é a entrega rápida do paciente para uma instalação
equipada e apropriadamente para controle rápido da hemorragia na sala de cirurgia
(ou seja, o centro de trauma de nível mais alto acessível).
PULSO

O pulso é avaliado quanto à presença, qualidade e regularidade.


Uma verificação rápida do pulso revela se o paciente está em taquicardia,
bradicardia ou ritmo irregular. No passado, a presença de um pulso radial foi pensado
para indicar pressão arterial sistólica de pelo menos 80 mmHg, com a presença de um
pulso femoral indicando pressão arterial de pelo menos 70 mmHg, e a presença de
apenas um pulso carotídeo indicando pressão arterial de 60 mmHg. Evidências
demonstraram que esta teoria pode ser imprecisa e realmente superestima pressões
arteriais. Enquanto a ausência de pulsos periféricos na presença de pulsos centrais
provavelmente representa profunda hipotensão, a presença de pulsos centrais
provavelmente representa profunda hipotensão, a presença de pulsos periféricos não
deve ser excessivamente reconfortante em relação à pressão arterial do paciente.
Na pesquisa primária, a determinação de uma taxa de pulso exato não é
necessária. Em vez disso, uma estimativa aproximada é rapidamente obtida e a taxa de
pulso real é obtida mais tarde no processo. Em pacientes com trauma, é importante
considerar tratável causas de sinais vitais anormais e achados físicos.
Por exemplo, a combinação de perfusão comprometida e respiração prejudicada
deve estimular o operador de atendimento pré-hospitalar para considerar a presença
de um pneumotórax hipertensivo.
Se houver sinais clínicos, a descompressão por agulha pode ser salva-vidas. (Veja o
capítulo sobre Trauma Torácico).
O exame da pele pode revelar muito sobre o estado circulatório do paciente.

• Cor: A perfusão adequada produz um tom rosado na pele. A pele fica pálida quando
o sangue é desviado longe de uma área. A coloração pálida está associada a má
perfusão. A coloração azulada indica pobre oxigenação. A cor azulada é causada
pela perfusão com sangue desoxigenado para essa região do corpo.
A pigmentação da pele pode muitas vezes fazer essa determinação difícil. Em
pacientes com pele profundamente pigmentada, o exame da cor dos leitos ungueais,
palmas / solas, e mucosas ajuda a superar este desafio porque as mudanças na cor
geralmente aparecem pela primeira vez nos lábios, gengivais ou dedos, devido à
relativa falta de pigmentação nessas áreas.
• Temperatura: Como na avaliação geral, a temperatura da pele é influenciada pelas
condições ambientais.
A pele fria indica diminuição da perfusão, independentemente da causa. A
temperatura da pele pode ser avaliada com um toque simples na pele do paciente
com a costa da mão. A temperatura normal da pele é quente, ao toque nem frio nem
quente.

• Condição: Em circunstâncias normais, a pele é geralmente seca. Pele úmida e fria


pode ocorrer em pacientes com baixa perfusão devido a estimulação simpática
(diaforese).
No entanto, é importante considerar as condições ambientais ao avaliar os achados
cutâneos. Um paciente em um ambiente quente ou úmido pode ter pele úmida no
início, independentemente gravidade da lesão.
D - DEFICIÊNCIA

Depois de avaliar e corrigir, na medida do possível, os fatores envolvidos na entrega


de oxigênio para os pulmões e circulando por todo o corpo, o próximo passo na
pesquisa primária é a avaliação da função cerebral, que é uma medida indireta da
oxigenação cerebral. Esta começa com a determinação do nível de consciência do
paciente (LOC).
O prestador de cuidados pré-hospitalares deve assumir que um paciente confuso,
delirante, combativo ou não cooperativo é hipóxico ou sofreu um TCE até que se prove
o contrário.
A maioria dos pacientes quer ajuda quando suas vidas são ameaçadas. Se um
paciente recusar ajuda, o motivo deve ser questionado. O paciente se sente ameaçado
pela presença de um provedor em cena? Em caso afirmativo, outras tentativas de
estabelecer o relacionamento ajudará muitas vezes a ganhar a confiança do paciente.
Se nada na situação parece ser ameaçador, a fonte do comportamento deve ser
considerada fisiológica e condições reversíveis, identificadas e tratadas. Durante a
avaliação, a história pode ajudar a determinar se o paciente perdeu a consciência a
qualquer momento desde a lesão ocorrida, se substâncias tóxicas podem estar
envolvidas (e o que elas podem ser), e se o paciente tem alguma condição
preexistentes que pode produzir uma diminuição de LOC ou comportamento
aberrante. A observação cuidadosa da cena pode fornecer informações valiosas a esse
respeito.
Um LOC diminuído alerta um prestador de cuidados pré-hospitalares para as
seguintes possibilidades:

1. Diminuição da oxigenação cerebral (causada por hipóxia / hipoperfusão) ou


hipoventilação grave (narcose por dióxido de carbono);
2. Lesão do sistema nervoso central (SNC) (por exemplo, TCE);
3. Overdose de drogas ou álcool ou exposição a toxinas;
4. Distúrbio metabólico (por exemplo, causado por diabetes, convulsão ou parada
cardíaca).
Uma discussão mais aprofundada sobre alterações mentais. O status pode ser
encontrado no capítulo sobre Lesões na Cabeça, incluindo uma explicação completa da
Escala de Coma de Glasgow (GCS).
Uma pesquisa recente descobriu que usando apenas o componente Motor da GCS
e, especificamente, se esse componente for menos de 6 (significando que o paciente
não segue comandos), é tão preditivo para lesões graves como usar o todo GCS. Então,
neste ponto da pesquisa primária, seria suficientemente informativo para
simplesmente determinar se o paciente segue comandos ou não.
A pontuação da GCS é uma ferramenta usada para determinar LOC e é preferível à
classificação AVPU. É um método rápido e simples para determinar a função cerebral e
é preditivo do desfecho do paciente, especialmente a melhor resposta motora. Ele
também fornece uma linha de base de função cerebral para avaliações neurológicas
em série. A pontuação da GCS é dividida em três seções: (1) abertura ocular, (2)
resposta verbal e (3) Resposta Motora. O paciente recebe uma pontuação de acordo
com a melhor resposta para cada componente de GCD.
E – EXPOR / AMBIENTE

Um passo inicial no processo de avaliação é remover as roupas do paciente, porque


a exposição do paciente com trauma é fundamental para encontrar todas as lesões. O
ditado, “A única parte de o corpo que não está exposta será a parte mais gravemente
ferida”, nem sempre pode ser verdade, mas a verdade, é que muitas vezes, exige um
exame corporal total. Além disso, o sangue pode ser absorvido por roupas e passar
despercebido. Depois de ver todo o corpo do paciente, o prestador de cuidados pré-
hospitalares deve, em seguida, cobrir o paciente novamente para conservar o calor do
corpo.
Embora seja importante expor o corpo de um paciente com trauma para completar
uma avaliação eficaz, a hipotermia é um problema sério na gestão de um paciente
traumatizado.
Apenas o que é necessário deve ser exposto ao meio ambiente. Uma vez que o
paciente tenha sido removido dentro da unidade de serviços médicos de emergência
(EMS), o exame pode ser realizado e o paciente coberto novamente o mais rápido
possível.
A quantidade de roupa que deve ser removida durante uma avaliação varia
dependendo das condições ou lesões encontradas. Uma regra geral é remover,
conforme necessário, para determinar a presença ou ausência de suspeita de condição
ou lesão. Se um paciente tiver estado mental normal e uma lesão isolada, apenas a
área em torno da lesão geralmente precisa ser exposta. Pacientes com um mecanismo
sério de lesão ou alteração mental devem ser totalmente expostos para avaliar lesões.
O prestador de cuidados pré-hospitalares não precisa ter medo de remover o
vestuário, se é a única maneira de completar a avaliação e tratamento
adequadamente. Na ocasião, os pacientes podem sustentar múltiplos mecanismos de
lesão, tais como um acidente automobilístico depois ser baleado. Lesões com risco a
vida podem ser negligenciadas se o paciente for examinado inadequadamente. Essas
lesões não podem ser tratadas se não forem identificadas.
Cuidados especiais devem ser tomados ao cortar e remover roupas de uma vítima
de um crime para não inadvertidamente destruir provas.
A quantidade de roupa que deve ser removida durante uma avaliação varia
dependendo das condições ou lesões encontradas. Uma regra geral é remover,
conforme necessário, para determinar a presença ou ausência de suspeita de condição
ou lesão. Se um paciente tiver estado mental normal e uma lesão isolada, apenas a
área em torno da lesão geralmente precisa ser exposta. Pacientes com um mecanismo
sério de lesão ou alteração mental devem ser totalmente expostos para avaliar lesões.
O prestador de cuidados pré-hospitalares não precisa ter medo de remover o
vestuário, se é a única maneira de completar a avaliação e tratamento
adequadamente. Na ocasião, os pacientes podem sustentar múltiplos mecanismos de
lesão, tais como um acidente automobilístico depois ser baleado. Lesões com risco a
vida podem ser negligenciadas se o paciente for examinado inadequadamente. Essas
lesões não podem ser tratadas se não forem identificadas.
Cuidados especiais devem ser tomados ao cortar e remover roupas de uma vítima
de um crime para não inadvertidamente destruir provas.
OBRIGADO!

Você também pode gostar