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1.

Introdução
O presente trabalho aborda aspectos sobre o desenvolvimento do idoso e sua constituição
biológica e, é de extrema importância a todos que lidam com a dimensão humana. A psicologia
do desenvolvimento é um estudo sistemático do desenvolvimento do ser em todos os aspectos
desde a concepção ou formação, isto é, no momento da fecundação ou anterior, aliás, o
envelhecimento representa a um conjunto de consequência ou efeitos da passagem do tempo,
pode ser assim considerado biologicamente como a involução morfofuncional que afecta todos
os sistemas fisiológicos principais, de forma variável. Essa involução não impede, entretanto,
que a pessoa se mantenha activa, independente e feliz. Representa, o ponto de vista psíquico, a
conquista da sabedoria e da compreensão plena do sentido de vida. A velhice bem-sucedida,
física e psiquicamente, constitui-se, indiscutivelmente, na grande fase da vida, onde o ser
humano esta preparado para entrar em comunhão com a grandiosidade da criação.A maioria
das pessoas, entretanto, mantem-se fixada aos valores da juventude e não consegue enxergar a
beleza dos anos vividos e da experiencia acumulada. Beauvoir, sustenta que o envelhecimento
“tem, sobretudo, a dimensão existencial, como todas as situações humanas, modifica a relação
do homem com o tempo, com o mundo e com sua própria história, revestindo-se não só de
características biopsiquicas, como também sociais e culturais”.

1.1.1. Objectivo

1.1.2. Objectivos Gerais


 Estudar o tema e identificar a qualidade das relações afectivas existente entre os
estudantes do ensino superior, qual a consciência do sujeito sobre o desenvolvimento do
idoso, sua constituição biológica e sobre a influencia na aprendizagem.

1.1.3. Objectivos Específicos


 Proporcionar o tema aos estudantes do curso para o conhecimento e identificar as fases
ou estádios do desenvolvimento humano e perceber como o homem compreende a si
mesmo e ao outro;
 Identificar as repercussões funcionais do envelhecimento fisiológico (senescência) do
SNC;
 Verificar se há consciência do sujeito sobre habilidades da velhice e as dificuldades do
envelhecimento do ser humano;
 Descrever o conjunto de fases pelas quais o idoso passa ao longo do seu ciclo de vida.

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1.1.4. Metodologia de Pesquisa
 Para presente trabalho, usou-se a pesquisa bibliográfica conforme Gil (2006), na qual
toma forma a partir da consulta de materiais já elaborados, sendo esses, principalmente,
artigos científicos, livros, internet, entre outras fichas, etc.

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2. Desenvolvimento do idoso
2.1.1. Conceito de envelhecimento
Segundo GUITA DEBERT (1998) acredita que o envelhecimento seja um processo que parte
integrante do ciclo de vida. Como já sabemos até então, se a pessoa não parte para o universo
novo, da velhice não pode fugir. Ultimamente, as pesquisas estatísticas e a própria realidade
mostram-nos que as pessoas vêm apresentando uma sobre vida mais longa. Isso significa dizer
que o número de pessoas com mas de 60 anos tem aumentado gradativamente e, paralelamente
a isso, elas não estão deixando de lado a busca por melhor qualidade de vida.

É por isso que o desenvolvimento do idoso e o processo de envelhecimento merece cada vez
mas destaque nas políticas públicas, com relação aos direitos e deveres referente aos idosos e a
forma de um bem viver segundo Klaus Riegel (1925-1977). Onde este da uma perspectiva de
vida e consequentemente o número da população idosa vem crescendo gradativamente nas
últimas décadas.

Para PHILIPPE ARIES (1981), define que o envelhecimento representa a consequência ou os


efeitos da passagem do tempo no organismo (envelhecimento somático) e psiquismo
(envelhecimento psíquico). Todas as dimensões são igualmente importantes, na medida em que
são coadjuvantes para a manutenção da estabilidade somática e psíquica, indispensáveis para o
ser humano cumprir sua meta, que é ser feliz.

2.1.2. Conceito de Desenvolvimento


O termo geral descreve o conjunto de fases pelas quais o indivíduo passa ao longo do seu ciclo
de vida. É um processo multidimensional que engloba os aspectos físicos (crescimento);
fisiológico (maturação); psicológicas (cognitivos e afectivos); sociais (socialização) e, culturais
(aquisição de valores, normas).

De acordo com estudos feito pelos grandes psicólogos e psiquiatras como no caso de Carl
gustav Jung, Raymond G. Kuhlen, Daniel J. Levison, entre outro, dizem que até o século XIX,
o envelhecimento era visto como um facto negativo, pois sua característica fundamental era a
falta de possibilidade do idoso de assegurar-se financeiramente. O idoso era tido como incapaz
de produzir, de trabalhar e de sustentar e manter sua família.

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No século XX, o envelhecimento começou a ser visto de forma diferente, levando em conta
suas transformações fisiológicas, as perdas sofridas e, também, a variabilidade individual das
perdas. A visão estereotipada do idoso foi mudando, surgindo novos termos para fazer
referência ao envelhecimento. O envelhecimento humano e o desenvolvimento do idoso
ocorrem em três níveis fundamentais:
 Biológico;
 Psicológico e;
 Social.

3. Envelhecimento Biológico
Esta mas relacionada com as mudanças fisiológicas e com a diminuição das capacidades de
vitalidade do organismo como um todo. Tal como vemos no processo do avanço da idade, as
estruturas que forma o corpo humano, como o sistema esquelético e outros vão se atrofiando. O
envelhecimento biológico é implacável, activo e irreversível, causando mais vulnerabilidade do
organismo a agressões externas e interna. Existem evidências de que o processo de
envelhecimento é de natureza multifactorial e dependente da programação genética e das
alterações que ocorrem em nível celular-molecular.

3.1.1. Os sinais de deficiências funcionais do idoso


 Estes sinais vão aparecendo nesta fase de maneira discreta no decorrer da vida. Sendo
chamado de senescência, sem comprometer as relações e a gerência de decisões e, a este
processo não pode ser considerado de doença. Em condições normais, o idoso não
apresenta alterações no funcionamento ao ser comparado com o jovem. Isto porque há
diferença de manifestar-se nas situações nas quais se torna necessária a utilização das
reservas hemeostáticas, que, no idoso são mais fracas.

É de salientar que, mesmo o sistema nervoso (SNC), embora tenha evoluído filogeneticamente
há milhões de anos, só recentemente adquiriu propriedade anatómica e moleculares altamente
especializadas.

3.1.2. O termo Cognição


Este termo corresponde à faixa de funcionamento intelectual humano, incluindo a percepção,
atenção, memoria, raciocínio, tomada de decisões, solução de problemas e formação de
estruturas complexas do conhecimento.

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3.1.3. Dificuldades do Envelhecimento
O limite de entre as alterações cognitivas normais e patológicas. O desenvolvimento do
conhecimento sobre os vários tipos de demências, o avanço dos métodos de neuroimagem e
estudos científicos apropriado que permitem o julgamento entre a saúde e a doença no idoso.
Algumas das habilidades cognitivas se modificam em relação ao tempo, enquanto outras
permanecem inalteradas.

4. Envelhecimento Psicológico
A que esta todo o comportamento das pessoas em relação a si, aos outros e a sociedade no
geral. Estas alterações necessitam de adaptações constantes, visto que nesta fase há um
aumento na dependência das pessoas de e tornarem dependentes de outras pessoas. Geralmente
é notável um idoso ter que passar por um processo de não-aceitação em virtude de se ter a
necessidade de precisar de ser dependente. Uma vez que o envelhecimento psíquico ou
amadurecimento não é naturalmente progressivo e nem ocorre inexoravelmente, como efeito da
passagem de tempo. Depende também da passagem do tempo, mas, sobretudo, do esforço
pessoal contínuo na busca do autoconhecimento e do sentido da vida.

4.1.1. Aspectos neuropsicológicos do envelhecimento


O desenvolvimento de estudo de psicologia e psiquiátricos no idoso proporcionou mudança no
paradigma do envelhecer psíquico. Durante a velhice, não é comum o aparecimento de
alterações na funcionalidade mental do idoso, ou seja, os idosos saudáveis, sem limitações
físicas, podem ser bastante produtivas.

A definição de quais e como as funções psíquicas se modificam no decorrer dos anos permitiu a
consideração de que o idoso não seja tratado como um ser limitado cognitivamente, mas que
requer a adaptação de estímulos ambientais para possuir funcionalidade comparável à de
adultos jovens.

4.1.2. Habilidades que sofrem declínio com a idade


As habilidades que sofrem declínio com a idade são:
 Memória de trabalho, velocidade de pensamento e habilidades visuoespeciais.

4.1.3. Habilidades que não sofrem declínio com a idade ou inalteradas


As habilidades que não sofrem declínio com a idade ou inalteradas são:

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 Inteligência verbal, atenção básica, habilidades de cálculo e a maioria das habilidades
de linguagem.

4.1.4. As repercussões funcionais do envelhecimento fisiológico


Estes referem-se as repercussões funcionais do envelhecimento fisiológico (senescência) do
SNC que são controversas e não afectam significativamente as funções cognitivas. Podendo
observar uma redução de:
 Peso do encéfalo (10%);
 Fluxo sanguíneo cerebral (15 á 20%);
 Volume ventricular exvacuo, número de neurónios e depósito neuronal de liposfucina.

Surgem degeneração vascular amilóide, placas senis e degeneração neurofibrilar com


comprometimento da neurotransmissão dopaminérgica e colinérgica.

4.1.5. As regiões mais sensíveis das alterações do envelhecimento


Estas regiões localizam-se no:
 Lobo frontal e, possivelmente no lobo temporal medial.

5. Envelhecimento Social
O envelhecimento social esta directamente associado e relacionado com normas e ou eventos
sociais que levam em consideração a idade cronológica, o desempenho de determinadas
actividades ou tarefas do grupo etário e dão um sentido a vida de cada um. Exemplos:
O casamento traduz-se em um evento que geralmente ocorre na juventude ou no início da idade
adulta. Assim como o nascimento dos filhos é mais comum até 30 ou 35 anos de vida. Podemos
traçar um paralelo e destacar que aposentadoria ocorre no período dos 70 anos, as vezes com
menos idade após a pessoa ter trabalhado na faixa do 30 á 35 ano de vida. Estas normas ou
eventos sociais contribuem para o estabelecimento de muito preconceitos que interferem no
desenvolvimento do idoso.

6. Doenças da velhice
6.1.1. Depressão
O processo de envelhecimento requer uma capacidade para enfrentar as demandas fisiológicas,
psicológicas e sociais. Muitas vezes, a limitação da capacidade pessoal de gerir a própria vida

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pode gerar a depressão. A depressão pode ter múltipla etiologia, associando-se a factores
biológicos, sociais e psicológicos, podendo sofrer interferência de outras variáveis tais como a
aposentadoria, que traz mudanças de papéis na sociedade e na família. A depressão consiste em
uma síndrome psiquiátrica caracterizada por humor deprimido, perda de interesse ou prazer,
alteração do funcionamento biológico, com repercussões importantes na vida do indivíduo e
com duração de meses ou anos. É muito importante lembrar que a depressão não é uma
consequência natural do envelhecimento!

6.1.2. Como Diagnosticar a depressão

A depressão situa-se entre três principais causas de incapacidade no mundo moderno, tendo
considerável importância na morbimortalidade geral. É fundamental a capacitação dos
profissionais de saúde para a identificação deste transtorno que muitas vezes age como
“epidemia silenciosa”. Tal como podemos observar, a seguir, alguns aspectos importantes a
serem avaliados para diagnosticar a depressão:
 Anedonia - o idoso já não experimenta prazer em actividades que anteriormente
considerava prazerosas e, assim, busca o isolamento social e familiar;
 Humor deprimido – o idoso queixa-se de tristeza, vazio, irritabilidade. Considera-se
um peso para a família vendo a morte como solução;
 Inapetência - a ausência de apetite muitas vezes mascara a anedonia e o humor.
Insónia - sentimento muito significativo;
 Agitação - manifesta-se na dificuldade de ficar parado;
 Retardo psicomotor - lentificação do pensamento e dos movimentos corporais;
 Fadiga ou perda de energia - o idoso queixa-se de desânimo, fraqueza, cansaço ou
sintomas físicos que se confundem com insuficiência cardíaca.

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7. Conclusão
No presente trabalho conclui-se que o ser humano pode desenvolver-se ou envelhecer como um
sábio ancião ou ainda permanecer nos estágios infantis do psiquismo. Autonomia e
independência são, portanto resultantes do equilíbrio entre o envelhecimento psíquico e o
biológico. A singularidade individual torna-se mais exuberante quando se avaliam ambas as
dimensões, quer biológico e psíquico, associadas ao contexto familiar, socioeconómico e
cultural ou seja, a integralidade do indivíduo. O processo de envelhecimento é, portanto,
absolutamente individual, variável, cuja conquista se dá dia após dia, desde a infância. A
velhice bem-sucedida é consequência de uma vida bem suceda.

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8. Referência Bibliográfica

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estudos em saúde do adulto e do idoso: 1991 a 2002. Ribeirão Preto (SP):FIERP; 2002. 150 p

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