(5) Olfato e paladar – olfato (hipósmia), riscos – não conseguir cheirar o gás, fumo, queimado.
Paladar
(1) PSICOGERONTOLOGIA - estuda a complexidade do fenómeno do envelhecimento (processo que
ocorre ao longo da vida); a velhice (diferenças individuais atribuídas à idade) e a aplicação destes
conhecimentos para promover o bem-estar dos adultos mais velhos e dos seus cuidadores.
A vulnerabilidade da idade avançada é devida sobretudo à função do desgaste e não da genética
(doenças e incapacidade; ambiente físico e social; estilo de vida; atitude e perspetiva face à vida)
Programa Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas (2004) – envelhecer com saúde e autonomia -
Assente em 3 pilares fundamentais: 1. promoção de um envelhecimento ativo, ao longo de toda a vida;
2. maior adequação dos cuidados de saúde às necessidades específicas dos AMV; 3. promoção e
desenvolvimento intersectorial de ambientes capacitadores da autonomia e independência dos AMV.
Estratégia nacional para o envelhecimento ativo (2017-2025) – envelhecimento ativo digno e saudável
com elevados níveis de saúde, bem estar, realização pessoal e qualidade de vida, Promovendo a
participação, a não discriminação, a inclusão, a segurança e a investigação no sentido de aumentar a
capacidade funcional, a autonomia e a qualidade de vida das pessoas às medida que envelhecem.
Equipamentos sociais de apoio a AMV – Lares de Idosos; Centros de Dia; Centros de noite; Serviço de
Apoio Domiciliário; acolhimento Familiar; Centros de Convívio; Lares para Cidadãos Dependentes.
(2) Existe muitas especificidades nesta geração, sendo necessário ter uma noção sobre o que foi e como
foi a vida dessas pessoas (baixa escolaridade, pobreza, desvinculação..) – O idadismo refere-se ao
preconceito, estereótipo e discriminação das pessoas porque são percecionadas ou definidas como
velhas. Todos nós temos crenças o que significa que todos nós criamos preconceitos e estereótipos.
Temos de desconstruir alguns preconceitos que fomos aprendendo ao longo da vida.
Existem estereótipos acerca dos adultos mais velhos ( a idade implica inevitavelmente demência; são
ineficientes em contexto de trabalho; são frágeis e doentes; não têm interesse em sexo e intimidade).
Muitas das vezes podemos ter alguma dificuldade em lidar com os mais velhos, fruto de algumas
dificuldades em lidar com o envelhecimento. Lidar com pessoas mais velhas pode aumentar
consciência que nós temos sobre a morte.
O papel do psicólogo no envelhecimento - Os psicólogos podem contribuir para um envelhecimento
ativo, promovendo um estilo de vida ativo e saudável, onde haja um envolvimento social com a
comunidade que permita manter e melhorar a qualidade de vida ( Informar a população acerca dos
processos de envelhecimento e das suas consequências; Desmitificar crenças e mitos sobre a velhice e
o envelhecimento, promovendo uma visão mais realista, ativa e positiva do processo de
envelhecimento; Facilitar a participação dos idosos na vida coletiva da sociedade; Desenvolver
programas que estimulam o envelhecimento ativo e o atingir do potencial máximo de cada pessoa
durante a velhice; Desenvolver programas de prevenção e promoção da saúde psicológica na velhice)
(3) O psicólogo pode ajudar a compreender e a intervir nos problemas que a solidão, o isolamento, a
demência e a depressão causam aos idosos. Assim como envolver-se no desenho e implementação de
sistemas de gestão e monitorização da saúde que permitam prevenir e tratar a dor e doença. A saúde
mental está subjacente à saúde física.
O envelhecimento - Fase natural do ciclo de vida que acarreta um conjunto de alterações decorrentes
do desgaste físico e mental. Implica uma deterioração endógena, irreversível e multifatorial que afeta
as capacidades funcionais do organismo, podendo também ser conceptualizado como uma mudança
progressiva da estrutura biológica, psicológica e social, que se desenvolve ao longo da vida das
pessoas bem como uma influencia económica, social, cultural e histórica. Engloba dados objetivos e
subjetivos e pode ser um envelhecimento primário e secundário.
Idade psicológica – associada à evolução dos processos cognitivos, emocionais; idade subjetiva-
idade percebida; idade biológica – diversos níveis de maturidade física; idade social – relacionada
com papeis, hábitos e expectativas quanto à participação social.
Mecanismos biológicos do envelhecimento: O início da senescência – processo de envelhecimento
biológico que resulta da vulnerabilidade crescente e de uma maior probabilidade de morrer - varia
muito. Processo natural de envelhecimento a nível celular é diferente de senilidade. Passamos por 3
etapas: 1) crescimento e desenvolvimento; 2) maturidade; 3) involução e declínio.
(4) Teoria da programação: É defendido que nós já estamos programados para um determinado estilo
de vida. (O envelhecimento está previsto nos genes; As células envelhecem de forma controlada;
Apoptose é o desfecho natural das que já cumpriram a sua missão.)
Alterações anatómicas e funcionais: Cada vez vamos ficando mais desgastados em todos os nossos
sistemas orgânicos através de um processo gradual (sistema cardiovascular, nervoso, renal). Contudo
nós temos mecanismos de compensação tais como a neuroplasticidade onde também existe uma
diminuição (capacidade do SN mudar, adaptar-se e moldar-se a nível estrutural e funcional ao longo do
desenvolvimento neuronal quando sujeito a novas experiências). Sistema Sensorial – ao longo da vida
vai sofrendo perdas graduais porque ao longo dos anos vamos perdendo neurónios sensoriais. O
declínio de funções sensoriais é um aspeto importante para o idoso, pois pode afetar a sua segurança e
qualidade de vida- afetam: Visão - A perda visual é das mais temidas complicações do envelhecimento,
porque pode reduzir a qualidade de vida, e ameaçar a capacidade de viver independentemente em casa
e na comunidade. Constata-se maior propensão a quedas, erros de medicação, depressão e isolamento.
Audição - Os idosos tendem a viver num ambiente ruidoso – aumentam muito o som da televisão/rádio
e pedem constantemente às pessoas que repitam o que dizem – tornando-se incomodativo para os que
com elas privam. É, pois, comum, que a perda auditiva conduza a um isolamento cada vez maior e
– persa da perceção dos sabores. Tato – tolerância a estímulos mais extremos (dor), pode comprometer
o equilíbrio e coordenação.
A perda destes sentidos, por serem uma forma importante de interação com o meio ambiente, pode
fomentar o desenvolvimento de estados de tristeza e depressão. Constata-se também que algumas
funções cognitivas não sofrem mudanças significativas, podendo melhorar ao longo do ciclo de vida:
inteligência cristalizada, regulação emocional e competências relacionadas com a linguagem.
No processo de envelhecimento normativo são afetados: 1) funcionamento da região pré-frontal
(lembrar onde colocamos as coisas); 2) capacidade de aprendizagem, atenção, processamento da
informação. 3) memória episódica – mais afetada (recordar, evocação, aprendizagem de nova
informação).
Envelhecimento psicológico: envolve ajustamentos individuais devido às mudanças no self
decorrentes de alterações – corporais, cognitivas, emocionais, relacionais, profissionais. O impacto do
envelhecimento pode ser perspetivado em 2 níveis: 1) centrado na deterioração física e cognitiva
(6) Avaliação: cognição, humor e funcionalidade (funcionamento pré-mórbido – a forma como a
pessoa era antes da doença – fundamental). A avaliação serve para: Aumentar a precisão do
diagnóstico; tornar o prognóstico mais correto; facilitar ações preventivas; orientar a escolha das
intervenções orientação 10 (os psicólogos esforçam-se por estar familiarizados com a teoria,
investigação e prática de vários métodos de avaliação que sejam psicometricamente adequados para o
uso com esta população) – é necessário na avaliação termos noção do que o cliente está a tomar.
METODOS: Entrevista clinica; questionários/escalas de auto ou hétero-resposta; teste de desempenho
cognitivo; observação comportamental direta; técnicas psicofisiológicas e neuroimagem.
INSTRUMENTOS: Quando nós falamos em instrumentos para AMV podemos estar a falar de
instrumentos que são adaptados ou validados. Nem sempre conseguimos instrumentos adequados para
a população que queremos avaliar. Quando não há instrumentos desenvolvidos especificamente para
AMV, os psicólogos podem usar instrumentos desenvolvidos para jovens, mas que se apresentem
válidos para uso em AMV.
Orientação 11 – os psicólogos esforçam-se por desenvolver competências que se adequem aos
contextos e características especificas dos AMV. Orientação 12 – os psicólogos esforçam-se por
desenvolver competências em conduzir e interpretar avaliações relativas a capacidades cognitivas e
funcionais.
(7) Princípios éticos e deontológicos: ser concretizada num ambiente estandardizado, acolhedor,
confortável, com luz e temperatura suficientes, na sala de avaliação e na sala de espera; Preparar as
pessoas mais velhas, familiares e cuidadores para a situação de exame, indicando a natureza e os
objetivos da avaliação durante o processo de consentimento informado (temos sempre de explicar á
pessoa o porque daquela avaliação, porque é que é importante avaliar); Considerar o possível impacto
de limitações da pessoa de natureza sensorial, motora e outras (dores, artrite, fadiga ou flutuações na
atenção) que podem obrigar a administrações não estandardizadas dos testes (Cubos, outras tarefas
manipulativas) (saber exatamente quais são os défices que a pessoa apresenta para adaptarmos as
coisas às condições do utente). Mini exame de estado mental: Guerreiro, pontuação 30, avalia:
orientação, retenção, atenção e cálculo, evocação diferida, linguagem e capacidade visuo-construtiva.
Montreal Cognitive Assessment: 17 pontos DA, demência frontotemporal e demência vascular. 22
DCL. 10-15, pontuação máxima 30. Avalia – Função executiva – Trail Making Test B; Fluência verbal
fonémica; Abstração verbal; Capacidade visuo-espacial – Desenho do Relógio e Cópia do Cubo;
Memória – evocação diferida de palavras; Atenção, concentração e memória de trabalho – Memória de
dígitos (sentido direto); Memória de dígitos (sentido inverso); Tarefa de Atenção Sustentada (detecção
do alvo); Subtração em série de 7; Linguagem – Nomeação de 3 animais pouco familiares, Repetição
(8) Linhas de orientação: 2) Os psicólogos são encorajados a reconhecer como as suas atitudes e
crenças acerca do envelhecimento e acerca dos adultos mais velhos podem ser relevantes na avaliação
e tratamento de adultos mais velhos e a procurar aconselhamento ou formação adicional sobre estes
assuntos. 3) Os psicólogos esforçam-se por adquirir conhecimentos sobre a teoria e a investigação
acerca do envelhecimento. 4) Os psicólogos esforçam-se por estar conscientes das dinâmicas
psicológicas/sociais do processo de envelhecimento. 5)Os psicólogos esforçam-se por compreender a
diversidade no processo de envelhecimento, particularmente de que forma os factores socioculturais
como sexo, raça, etnia, estatuto socioeconómico, orientação sexual, grau de incapacidade e residência
urbana/rural, podem influenciar a experiência e a expressão da saúde e dos problemas psicológicos da
população idosa. 6) Os psicólogos procuram estar familiarizados com informação actual sobre os
aspectos do envelhecimento ligados à biologia e relacionados com a saúde. 7) Os psicólogos devem
esforçar-se por estar familiarizados com as mudanças cognitivas dos adultos mais velhos. 8) Os
psicólogos esforçam-se por compreender as capacidades funcionais dos adultos mais velhos inseridos
no ambiente social e físico. 9) Os psicólogos esforçam-se por ser conhecedores dos quadros
psicopatológicos em adultos mais velhos, bem como da prevalência e da natureza dessas patologias,
quando prestam serviços a adultos mais velhos.