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O PROCESSO DE

ENVELHECIMENTO
UFCD 6576
CUIDADOS NA SAÚDE DO IDOSO
O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

4.2. Dimensões biofisiológicas do envelhecimento humano


O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS ALTERAÇÕES FUNCIONAIS


CÉLULAS E TECIDOS SISTEMA CARDIOVASCULAR
COMPOSIÇÃO GLOBAL DO CORPO E PESO SISTEMA RESPIRATÓRIO
CORPORAL
MÚSCULOS, OSSOS E ARTICULAÇÕES SISTEMA RENAL E URINÁRIO
PELE E TECIDOS SUBCUTÂNEOS SISTEMA GASTROINTESTINAL
TEGUMENTOS SISTEMA NERVOSO E SENSORIAL
SISTEMA ENDÓCRINO E METABÓLICO
SISTEMA IMUNITÁRIO
RITMOS BIOLÓGICOS E SONO
O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Envelhecimento
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• Com todo este leque de alterações, há


inevitavelmente entidades patológicas
que se tornam mais frequentes nos
idosos.

 Apesar de uma importante parcela deste grupo


etário relatar estar bem de saúde e de se verificar
alguma variabilidade de opinião relativamente às
alterações mais prevalentes nos idosos, persiste a
ideia que a maioria dos problemas de saúde são de
carácter crónico e que, portanto, vão perdurar 15,
20 ou mais anos.
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• Outra ideia comum, e que tem sido confirmada por


vários estudos, é que em relação a outras faixas
etárias os idosos consomem muito mais do nosso  Isto leva-nos a pensar que o modelo
sistema de saúde e que este maior custo não tem existente de assistência aos idosos não se
revertido em seu benefício. adequa à satisfação das suas necessidades.
Os problemas de saúde dos mais velhos,
além de serem de longa duração, requerem
pessoal qualificado, equipas
multidisciplinares, equipamentos próprios
e exames complementares mais
esclarecedores.
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Doenças Crónicas...
 A Organização Mundial de Saúde (OMS) descreve doenças crónicas como sendo
«doenças de duração prolongada e progressão lenta» e descreve os
quadros crónicos como sendo «problemas de saúde que exigem tratamento
continuado ao longo de um período de anos ou décadas» (WHO 2002).
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• O conhecimento desta problemática


permite-nos perceber que os clássicos
modelos de promoção, prevenção, Nesta perspetiva, torna-se
recuperação e reabilitação, não podem urgente que as instituições
ser mecanicamente transportados para os promotoras de saúde se
idosos sem que significativas e organizem no sentido de
responder adequadamente às
importantes adaptações sejam
necessidades de saúde da
executadas. população idosa
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Ordem
Patológica
• Dependente da carga • processamento de
genética informação, Interferência
• Doenças ou Lesões memoria,
existentes desempenho do meio
cognitivo, entre ambiente e do
outras
contexto
Ordem Potencialidades
Genética Individuais sociocultural.
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• Segundo esta perspetiva, é necessário


perceber a importância das formas de
compensação, que cada um de nós
utiliza/prepara para fazer face às perdas
associadas ao envelhecimento, pois estas
Emoções
vão influenciar significativamente a
qualidade de vida e o bem-estar psicológico
do idoso. Teorias do
Envelhecimento
referidas
anteriormente
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Emoções de Fundo

São detetadas através de pormenores como a velocidade dos


movimentos ou até a contração dos músculos faciais, pois
comporta interferências de incitadores internos. Estas podem ser
relatadas como o entusiasmo, tensão, calma, bem-estar e mal-estar
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Emoções Primárias

• São universais e estão associadas a


estados físicos. Podem ser relatadas
como a alegria, tristeza, felicidade,
medo, cólera, surpresa, raiva e
repugnância.
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Emoções Sociais

• Emergem devido à relação sociocultural


e podem manifestar-se como a simpatia,
compaixão, embaraço, vergonha, culpa,
orgulho, inveja, ciúme, admiração e
desprezo
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Redução da Tolerância a Estimulos

Caracteristicas Vulnerabilidade à ansiedade e Depressão

do Acentuação de Traços obsessivos

Envelhecimento Sintomas Hipocondriacos, depreciativos ou de


passividade

Emocional Conservadorismo de Carácter e de Ideias


(rigidez mental)
Atitude Hostil diante do Novo

Diminuição da Vontade, das aspirações e da iniciativa

Estreitamento da Afetividade
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• Quando se fala do estatuto do idoso, refere-se uma posição hierárquica que este ocupa no
meio em que se movimenta. Se esta for elevada, a sua identidade social é positiva e tida
como modelo.
• É esperado que a pessoa (ou grupo) se comporte de determinada forma, assegurando
funções específicas. A uma alteração de estatuto poderá corresponder uma modificação
considerável no papel que a pessoa desempenha para as redes sociais em que se
movimenta.
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• Segundo a importância e repercussão que envelhecer tem numa determinada


sociedade, assim são atribuídos em termos sociais diferentes significados ao que é
‘ser novo’ ou ‘ser velho’.

• Esses significados diferem de cultura para cultura e de época para época, o que
conduz ao surgimento de diferentes interpretações sobre a velhice.
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• Essas interpretações, construídas socialmente, têm relevância nas relações pessoais e sociais,
tornando-se num indicador que diferencia os indivíduos: implicam a identificação ou a
atribuição de caraterísticas relacionadas com a idade que um indivíduo deverá possuir.

• Esse processo funciona como uma ‘ferramenta de diagnóstico social’, com a qual se inferem
as competências sociais, cognitivas, crenças religiosas e capacidades funcionais que devem
estar presentes no indivíduo em função da sua faixa etária.
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• Será o posicionamento do indivíduo nestas quatro dimensões (consequente da sua idade


cronológica) que determinará a sua idade em termos sociais (se ‘ainda é novo para’ ou se ‘já
é velho para’, na sociedade em que vive).

• Esse mesmo posicionamento influenciará, também, a forma como o indivíduo se


perceciona, resultante da comparação que faz entre si e os outros indivíduos do seu grupo
etário.
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• As atitudes que se tomam face ao idoso e à velhice são sobretudo de


negatividade e em parte são responsáveis pela:

• Imagem que eles têm de si próprios.


• Das condições e circunstâncias que envolvem o envelhecimento.
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• As atitudes negativas face aos idosos existem em todos os níveis sociais: intervenientes,
beneficiários, governantes etc.

• A falta de conhecimento científico dos profissionais da educação e da saúde, bem como a


falta de esclarecimento às pessoas sobre os fatos inerentes ao envelhecimento, impedem
a transformação de atitudes e de comportamentos em relação à velhice.
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• Enquanto que ontem:

• O idoso tinha um papel preponderante na estrutura social.


• O idoso era considerado um depósito de sabedoria e cultura.
• O idoso para além da autoridade familiar, era o transmissor de usos e costumes de geração
em geração.
• O idoso era respeitado e venerado por todos e mesmo depois de abandonar a sua atividade
profissional, que mantinha até quase ao fim da vida, continuava a gozar de elevado “
Estatuto Social”
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• Hoje verifica-se que:

• O idoso perde o seu estatuto social.


• O idoso perde o lugar na família.
• O idoso é visto como um ser indesejável numa sociedade de competição e de
consumo.
• O idoso é considerado um ser consumidor, porque não produz.
• Os idosos são afastados dos planos sociais, culturais, económicos e políticos.
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• A Gerontologia tem vindo, recentemente, nas suas investigações, a dissipar alguns


destes estereótipos face ao idoso, enquanto pessoa frágil, dependente, pobre,
assexuado, esquecido, infantil, e contribuído para uma descrição mais realista do que
é o adulto na última fase do ciclo vital.

• Os mitos e estereótipos relativos à terceira idade são muitos e apresentam-se em


frases, expressões que estão tão enraizados que por vezes se tornam numa realidade.
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• Alguns dos mitos da velhice por parte da sociedade estão associados:

• Ao processo cronológico: progressivo, contrastando com a vitalidade de alguns idosos.


• À improdutividade: alguns idosos ainda mostram ter capacidade para fazer grandes obras.
• À senilidade: confundir velhice com doença.
• À inexistência de interesse e desejo sexual: realização de casamentos e vida a dois.
• Ao estado serenidade: conflitos e angústias/força e vontade de acompanhar a família.
• À deterioração da inteligência: o idoso apresenta várias formas de pensar e nostalgia.
• À desvinculação com o futuro: alguns têm interesse em aprender coisas novas, úteis.
• Ao isolamento e alienação: gosto pela convivência intergeracional e pela socialização.
• À inutilidade do viver: colaboração com os outros e com a comunidade, pela descoberta.
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