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AGENTE DE

GERIATRIA

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AGENTE DE GERIATRIA
A família continua a ser o principal recurso de suporte
social das pessoas idosas.

A maioria prefere viver em suas próprias casas -


permite manter a sua privacidade e um sentido de
independência.

2 Enf.ª Liliana Silva


AGENTE DE GERIATRIA
Os idosos são obrigados a recorrer a profissionais
para a satisfação das suas necessidades e para a
manutenção de cuidados mínimos necessários à vida.

Os agentes de geriatria adquirem aqui um papel de


extrema importância.

3 Enf.ª Liliana Silva


AGENTE DE GERIATRIA
O/a Agente em Geriatria é o/a profissional que, no
respeito de imperativos de segurança e deontologia
profissional, garante o equilíbrio pessoal e institucional
no relacionamento interpessoal do dia a dia com as
pessoas idosas e restante Equipa Multidisciplinar e
complementa o cuidado da pessoa idosa nas suas
vertentes física, mental e social.
ACTIVIDADES PRINCIPAIS
Reconhecer o quadro conceptual básico que caracteriza o
envelhecimento na sociedade actual e diferentes contextos
sociais.

Cuidar e vigiar pessoas idosas, seleccionando e realizando


actividades de animação/ ocupação com os mesmos, no seu
próprio domicílio e em contexto institucional.

Zelar pelo bem-estar da pessoa idosa, pelo cumprimento


das prescrições de saúde e dos cuidados de alimentação e
higiene no seu domicílio e em contexto institucional.
ACTIVIDADES ESPECIFICAS

1. Preparar o serviço relativo aos cuidados a


prestar, seleccionando, organizando e preparando
os materiais, os produtos e os equipamentos a
utilizar.
2. Prestar apoio a Idosos, no domicílio ou em contexto
institucional, relativamente a cuidados básicos de
higiene, de conforto e de saúde, de acordo com o seu
grau de dependência e as orientações da equipa técnica:

2.1. Lavar o Idoso ou auxiliá-lo no banho e noutras


lavagens pessoais;

2.2. Mudar ou colaborar na mudança de roupa pessoal e


substituir fraldas;

2.3. Zelar pela manutenção da higiene e conforto do Idoso,


nomeadamente cortando-lhe as unhas, fazendo-lhe a
barba, arranjando-lhe o cabelo e substituindo-lhe a roupa
de cama;
2.4. Providenciar para que as necessidades de eliminação
urinária e intestinal dos Idosos são satisfeitas, transportando
e disponibilizando os equipamentos adequados;

2.5. Contribuir para a prevenção de úlceras de pressão,


cuidando da pele e assegurando um posicionamento
adequado do Idoso;

2.6. Assegurar que as necessidades de dormir e repousar são


satisfeitas, colaborando na criação das condições adequadas,
nomeadamente na adaptação dos horários e do ambiente;
2.7. Auxiliar na toma dos medicamentos de acordo com
as orientações e o plano de medicação estabelecido para
cada Idoso;

2.8. Promover a mobilidade do Idoso e a adopção de


posturas correctas, tendo em vista a prevenção do
sedentarismo e do imobilismo;

2.9. Contribuir para a prevenção de acidentes no


domicílio, na instituição e no exterior, sugerindo a
adopção de medidas de segurança e a melhoria da
organização dos espaços.
3. Prestar apoio na alimentação dos Idosos, de acordo
com as orientações da equipa técnica:

3.1. Colaborar na organização e na confecção das


refeições, respeitando a qualidade do armazenamento e a
higiene dos alimentos e tendo em conta as restrições
dietéticas, as necessidades e as preferências do Idoso e as
orientações da equipa técnica;
3.2. Efectuar a distribuição das refeições,
acondicionando-as e transportando-as, respeitando as
regras e os procedimentos de higiene alimentar;

3.3. Acompanhar e auxiliar a toma das refeições sempre


que a situação de dependência do Idoso o exija.
4. Prestar cuidados de higiene e arrumação do meio
envolvente e da roupa dos Idosos:

4.1. Efectuar a limpeza, desinfecção e arrumação do


quarto, casa de banho, cozinha e outros espaços,
utilizando os utensílios, as máquinas e os produtos de
limpeza adequados;

4.2. Cuidar da roupa dos Idosos, colaborando na sua


limpeza e tratamento e efectuando a sua arrumação.
5. Colaborar na prevenção da monotonia, do
isolamento e da solidão dos Idosos, no domicílio e em
contexto institucional, de acordo com as orientações da
equipa técnica:

5.1. Estimular a manutenção do relacionamento com os


outros, encorajando-o a participar em actividades da vida
diária e de lazer adequadas à situação do Idoso;
5.2. Preparar e desenvolver actividades de animação e
entretenimento, adequadas à situação do Idoso,
nomeadamente, proporcionando-lhe momentos de leitura,
jogos e convívio;

5.3. Acompanhar o Idoso nas suas deslocações em situações


de vida diária, de lazer e de saúde.
6. Articular com a equipa técnica, transmitindo a
informação pertinente sobre os serviços prestados,
referenciando, nomeadamente, situações anómalas
respeitantes aos Idosos.
COMPETÊNCIAS - SABERES
 O (A) Agente em Geriatria deve ter noções de:

1. Funcionamento e características das instituições e serviços


de apoio ao Idoso.

2. Processo de envelhecimento e caracterização psicossocial da


velhice.

3. Psicopatologia do Idoso.

4. Nutrição e dietética.

5. Primeiros socorros.


6. Conhecimentos de:

 Língua portuguesa
 Comunicação e relações interpessoais
 Higiene pessoal e conforto do Idoso
 Cuidados básicos de prevenção e saúde do Idoso
 Posicionamento e mobilidade
 Segurança e prevenção de acidentes
 Higiene e segurança alimentar.
 Higiene ambiental
 Princípios e técnicas de animação de Idosos
 Normas de segurança, Higiene e saúde da actividade profissional
 Ética e deontologia da actividade profissional.
SABERES - FAZER
1. Caracterizar e reconhecer os aspectos psicossociais
do processo de envelhecimento e da velhice.

2. Exprimir-se de forma a facilitar a comunicação com


os Idosos e a equipa técnica.

3. Utilizar os procedimentos de organização e


preparação dos materiais, produtos e equipamentos
que utiliza.

4. Aplicar as técnicas e os procedimentos relativos aos


cuidados de higiene pessoal e de conforto dos Idosos.
5. Adequar os cuidados de higiene e conforto às
necessidades e características do Idoso.

6. Aplicar as técnicas e os procedimentos relativos aos


cuidados básicos de saúde do Idoso.

7. Utilizar os procedimentos e as técnicas de primeiros


socorros em situação de acidente.

8. Aplicar técnicas adequadas à manutenção da
mobilidade do Idoso.
9. Identificar situações de risco de acidente e as medidas
de segurança adequadas.

10. Adequar as refeições às características e


necessidades dos Idosos, tendo em conta o equilíbrio
alimentar e as indicações da equipa técnica.

11. Aplicar os princípios e as regras de higiene


alimentar na armazenagem e conservação dos produtos
e no serviço de refeições.

12. Utilizar as técnicas respeitantes aos cuidados de


higiene e arrumação do meio envolvente do Idoso.
13. Utilizar as técnicas respeitantes aos cuidados de
limpeza e tratamento de roupa.

14. Aplicar as técnicas de animação mais adequadas às


necessidades e interesses dos Idosos.

15. Detectar sinais ou situações anómalas referentes às


condições de higiene e conforto do Idoso, bem como
referentes a outras situações.

16. Aplicar as normas de segurança, higiene e saúde


relativas ao exercício da actividade.
Saberes -Crer
1. Respeitar os princípios de ética e deontologia
inerentes à profissão.

2. Motivar os outros para a adopção de cuidados de


higiene e conforto adequados.

3. Respeitar a privacidade, a intimidade e a


individualidade dos outros.
4. Revelar equilíbrio emocional e afectivo na relação
com os outros.

5. Adaptar-se a diferentes situações e contextos


familiares.

6. Promover o bom relacionamento interpessoal.

7. Tomar a iniciativa no sentido de encontrar soluções


adequadas na resolução de situações imprevistas.
RELAÇÕES HUMANAS/RELAÇÃO
TERAPÊUTICA
Pretende-se que um agente de geriatria aprenda a
desenvolver relações terapêuticas com os seus idosos.

A relação terapêutica consiste numa relação de ajuda -


é pessoal, centrada no idoso e é dirigida para a
realização de determinados objectivos mútuos.

24 Enf.ª Liliana Silva


RELAÇÕES HUMANAS/RELAÇÃO
TERAPÊUTICA
Os agentes de geriatria são pessoas que ajudam os
idosos e estes são as pessoas que procuram ajuda.

Os indivíduos que procuram ajuda trazem para a


relação as suas experiências de vida, a sua inteligência,
os conhecimentos adquiridos, os seus valores, as suas
crenças e as suas motivações para mudar.

Os agentes de geriatria trazem a sua experiência,


compreensão e competências.

25 Enf.ª Liliana Silva


RELAÇÕES HUMANOS/RELAÇÃO
TERAPÊUTICA

A relação terapêutica está especialmente direccionada


para os sentimentos, pensamentos e valores do utente e
centra-se na realização desses objectivos.

26 Enf.ª Liliana Silva


FASES DA RELAÇÃO
TERAPÊUTICA
As relações terapêuticas desenvolvem-se e evoluem
durante um período de tempo - pode ser breve ou
durar semanas, meses e até anos.

Existem três fases distintas na relação:


a fase contratual
a fase activa
a fase de conclusão.

27 Enf.ª Liliana Silva


FASES DA RELAÇÃO TERAPÊUTICA
FASE CONTRATUAL
O agente de geriatria e o idoso fazem um acordo de
trabalharem juntos com a finalidade de resolverem um
ou mais problemas do utente.

Esta fase traduz um contrato verbal entre o agente e o


utente, o qual assinala o início de uma relação de
trabalho.

Pode existir algum desconforto inicial entre ambos.

28 Enf.ª Liliana Silva


FASES DA RELAÇÃO TERAPÊUTICA
FASE CONTRATUAL
Um objectivo primordial é o estabelecimento de
confiança.

A confiança aumenta quando o agente de geriatria


contacta com o utente com respeito e de um modo não
intrusivo que demonstre consideração e atenção pela
pessoa.

29 Enf.ª Liliana Silva


FASES DA RELAÇÃO TERAPÊUTICA
FASE CONTRATUAL
A honestidade e o entusiasmo são úteis no
estabelecimento da confiança.

Esta também é promovida quando o agente de


geriatria estabelece a confidencialidade como regra de
ouro na relação - há que ter cuidado com promessas
acerca da confidencialidade.

30 Enf.ª Liliana Silva


FASES DA RELAÇÃO TERAPÊUTICA
FASE CONTRATUAL
O agente de geriatria deverá respeitar a privacidade do
utente e não deverá comentar nada com ninguém
excepto em situações em que a pessoa tiver necessidade
de ter conhecimento de algo que foi dito.

É importante dizer aos utentes que não se poderá


guardar confidencialidade se isso puser em perigo a
saúde e bem-estar deles ou de outras pessoas.

31 Enf.ª Liliana Silva


FASES DA RELAÇÃO TERAPÊUTICA
FASE ACTIVA
 O agente de geriatria participa activamente continuando a
fazer a avaliação do utente.

 Procura e examina sentimentos, valores, crenças e atitudes


do utente menos visíveis.

 Esta fase é principalmente um tempo destinado a ajudar o


utente a satisfazer as suas necessidades e é também a altura
em que lhe são dadas respostas.

32 Enf.ª Liliana Silva


FASES DA RELAÇÃO TERAPÊUTICA
FASE ACTIVA

É um tempo em que o agente ajuda o seu utente a


clarificar a compreensão do utente relativamente a
informações repetidas.

33 Enf.ª Liliana Silva


FASES DA RELAÇÃO TERAPÊUTICA
FASE CONCLUSÃO

Acontece perto do final da relação, quando o trabalho


do utente e do agente de geriatria está a chegar ao fim.

Esta fase precede uma separação permanente e ambos


podem sentir ansiedade, tristeza e um sentimento de
perda.

34 Enf.ª Liliana Silva


FASES DA RELAÇÃO TERAPÊUTICA
FASE CONCLUSÃO
A reacção do utente ao fim da relação é determinada
pelo significado que se lhe dá, pela duração da relação
e pelo modo como os resultados foram ou não
conseguidos.

Os utentes podem ter sentimentos de negação e sentir


pena.

35 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA

É útil saber quais as atitudes do agente de geriatria


que facilitam uma comunicação e relação terapêuticas
eficazes.

Por vezes estas atitudes são chamadas de


características empáticas.

36 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
RELAÇÕES HUMANAS

O (A) Agente de Geriatria deve seleccionar as


intervenções gerais que satisfaçam todas as pessoas
idosas, assim como as intervenções específicas para que
estas tenham uma boa qualidade de vida.

Todo o ser humano tem uma dimensão biopsicosocial,


com todas as suas necessidades que transformam cada
um, numa pessoa única.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA

Nas relações humanas ou relacionamento interpessoal no


quotidiano de trabalho nas Instituições, são admitidos
diferentes tipos de Utentes e são necessárias estratégicas
específicas para obter e garantir uma comunicação eficaz
e eficiente.

Para além do respeito pelas regras da Instituição, não


existem fórmulas ou receitas definidas para o
relacionamento entre pessoas, no entanto surgem
algumas linhas orientadoras.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA

ESTAR ATENTO

É necessário estar atento aos utentes para que seja


possível estabelecer relações humanas com eles.

Mostrar que estamos atentos significa reconhecer a


presença dos utentes.

39 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA

ACEITAÇÃO, RESPEITO E OLHAR POSITIVO


INCONDICIONAL

◦ A aceitação é a abertura de espírito para conseguir ver


as qualidades únicas e atributos individuais dos utentes.

◦ Significa que os utentes são aceites pelas pessoas que eles


são, mesmo que os seus comportamentos não sejam os
desejados.

40 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA

ACEITAÇÃO, RESPEITO E OLHAR POSITIVO


INCONDICIONAL

◦ O respeito é mais do que um comportamento de


aceitação.

◦ É importante termos sempre em mente que o outro,


exactamente como nós, tem muitas qualidades e defeitos
e que cada um de nós possui sentimentos e que nos
guiamos por escala de valores diferentes.

◦ Devemos tratar o outro como ele gostaria de ser tratado.

41 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
Existem 3 tipos de respeito:

Respeito por nós próprios (exprimindo aquilo que


pensamos, sentimos e necessitamos; defendendo sempre os
nossos direitos).

Respeito pelos outros (devemos ter em conta e respeitar os


pensamentos, sentimentos e necessidades dos outros).

Respeito pelas regras que nos são impostas ao longo do dia


e na nossa profissão.

42 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
◦ Também inclui valorizar, prestar atenção ou gostar dos
utentes por aquilo que eles são.

◦ O olhar positivo incondicional descreve respeito que não


depende do comportamento do utente.

◦ Isto é apropriado porque os agentes de geriatria não


devem criticar, rebaixar ou fazer juízos de valor.

43 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO
AGENTE DE GERIATRIA
ESCUTA ACTIVA

As pessoas precisam de tempo para falar sobre si


mesmas, seus interesses e problemas. Portanto
precisamos ouvir com atenção, interesse e respeito,
escutando com todos os nossos sentidos.

44 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
EMPATIA

◦ A empatia é a percepção exacta dos sentimentos do utente.

◦ Arte de comunicar no seio de uma relação de ajuda, num


ambiente agradável, onde há bem-estar do emissor e receptor.

◦ É a experiência de “estar na pele do outro”, sem no entanto


sentir ou pensar os sentimentos ou pensamentos dela.

◦ Empatia não e simpatia, em que o agente tem pena do utente –


É um sentimento de “estar com” o utente.

45 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
IDENTIFICAR PONTOS COMUNS

 A identificação é a experiência do reconhecimento de


semelhanças entre o agente de geriatria e o utente e o
estabelecimento de laços emocionais nela baseados.

 O relacionamento com utentes ajuda a estabelecer laços


humanos, que fazem com que a comunicação seja possível.

 Experiências comuns fazem com que o utente e o agente de


geriatria se conheçam melhor.

46 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
INTERESSE E DISPONIBILIDADE/PREOCUPAR-
SE COM…

Preocupar-se com o utente significa sentir um interesse


pessoal no seu bem-estar.

Ao investirmos no utente, estamos a decidir de um modo


consciente correr riscos emocionais e oferecer as nossas
capacidades, compaixão e experiência.

47 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
INTERESSE E DISPONIBILIDADE/PREOCUPAR-
SE COM…

Por mais diferentes que possam ser, todos queremos que


se interessem por nós, e pelos nossos problemas.

Para os outros a nossa vida pode parecer uma comédia,


mas para nós que a sentimos, é uma tragédia.

48 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
OBJECTIVIDADE

 A objectividade é a percepção de estar centrada na realidade


do processo de comunicação, que permite ao agente de
geriatria prestar atenção aos pensamentos e sentimentos do
utente, mesmo quando ele não o faz.

 Ser verdadeiramente objectivo não impede que o agente de


geriatria seja afectuoso ou tenha sentimentos pelo utente, mas
requer sim, que acrescente um componente de avaliação à
relação que estabelece.

49 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
PROTECÇÃO

 A protecção leva o agente de geriatria a proteger o utente


frágil e vulnerável, enquanto ele recupera da doença.

 Há uma linha ténue entre protecção e incentivar a


independência do utente.

 Proteger é a atitude de preocupação em relação ao bem-estar


do utente e deve ser judiciosamente usada, continuando
sempre a avaliar a capacidade do utente para se proteger a si
próprio.

50 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA

AUTENTICIDADE

É a capacidade do agente de geriatria ser honesto, aberto


e sincero no modo como se apresenta.

51 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
FRANQUEZA

A franqueza não significa violação das fronteiras.

Significa que o agente de geriatria escolhe o que


partilhar com o utente e partilha-o de uma forma
autêntica.

52 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
PROXIMIDADE OU DISTANCIAMENTO
PROFISSIONAL

Há um equilíbrio delicado entre, por um lado, conseguir


manter a objectividade e fronteiras sólidas, que se
associam ao distanciamento profissional e por outro,
cultivar afeição, franqueza e acessibilidade associadas
com a proximidade profissional.

53 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
◦ Os agentes de geriatria devem ser acessíveis para os
utentes, mas a relação terapêutica não é amizade.

◦ A proximidade e o distanciamento profissional vão


variando ao longo da relação, à medida que o agente de
geriatria e o utente fazem o percurso que vai desde
serem dois estranhos, trabalharem em objectivos comuns
até chegarem ao fim da relação.

◦ Significa preocuparmo-nos com os utentes e


conhecermos as suas preocupações, mas não sentirmos os
seus pensamentos, sentimentos ou atitudes como sendo
nossos.

54 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
SENTIDO DE HUMOR

 O agente de geriatria deve evitar certos tipos de “humor”, tal


como o humor mórbido, humor baseado em sarcasmo ou
humor que rebaixa alguém.

 Contudo, devemos estar abertos a nos rirmos de nós próprios


e às situações cómicas que possam surgir.

 O humor usado de uma maneira apropriada, pode ser


terapêutico para os utentes como para os agentes de geriatria.

55 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
Além da sua apresentação e atitude, o agente de
geriatria, deve usar também técnicas de comunicação
que encorajem os utentes a falarem mais livremente.

Existe um certo número de técnicas que normalmente


são consideradas úteis para os agentes de geriatria
usarem.

56 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO - LINHAS DE
ORIENTAÇÃO:

◦ Individualizar cada técnica para o nível de compreensão


do seu utente.

◦ Variar as técnicas terapêuticas que usa, evitando


especialmente usar o mesmo tipo de técnica
repetidamente.

◦ Usar a linguagem não verbal de um modo apropriado,


para comunicar o que pretende dizer.

57 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA

Se estivermos a usar as técnicas de comunicação


correctamente, o seu utente é a pessoa que falará mais, à
medida que você vai ouvindo e orientando a intervenção.

Se for o agente a pessoa que está a falar a maior parte do


tempo, alguma coisa está errada e necessita de parar e
reflectir.

58 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
◦ Provavelmente o agente fará erros ao falar com o utente
e dirá coisas que não são as melhores para se dizer.

◦ Contudo, se tiver uma relação verdadeiramente


terapêutica com o utente, a relação será capaz de
aguentar um ou dois erros.

◦ Ao iniciar a sua prática e ao falar a primeira vez com o


seu utente relaxar e pensar que a maior parte dos utentes
desejam muito falar consigo.

59 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
Qualquer técnica específica de comunicação pode ser
usada em qualquer altura, de acordo com o utente e com
a situação, mas algumas técnicas podem ser mais úteis no
início de uma interacção e outras poderão ser mais úteis
no início ou no fim.

60 Enf.ª Liliana Silva


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA

PRIVACIDADE/SIGILO PROFISSIONAL

Respeitar o espaço e a intimidade de cada pessoa,


guardando segredo da informação confidencial.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA

PONTUALIDADE/ASSIDUIDADE

Chegar a horas e não faltar.


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA

EVITAR PRECONCEITOS E IDEIAS PRE-


CONCEBIDAS

Afastar ideias preconcebidas ou julgamentos precipitados.


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA

EVITAR ORGULHO E PRESUNÇÃO

Por mais que possamos conhecer sobre um assunto,


mesmo que vivamos mil anos, ainda assim haverá muitos
aspectos com relação a ele que desconhecemos, sempre
haverá algo mais a aprender, uma maneira diferente de
ver, portanto nunca se considere o único capaz.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
PERGUNTAR

Para descobrir problemas, desejos e necessidades das


pessoas.

Fazer perguntas abertas e não perguntas que levem a um


"sim" ou "não" ou que sejam invasivas na vida do outro.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
EXCLUSIVIDADE

Cada um é como cada qual, cada situação é distinta de


outra, em tempos diferentes e locais diferentes, por isso os
Utentes possuem necessidades distintas e nós deveremos
ter a atitude a este adaptada.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
INOVAR

Fazer diferente e fazer melhor, quebrar a rotina, mudar


hábitos no sentido de melhorar os cuidados.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
MANTER O CONTACTO VISUAL

Os olhos são a janela da alma, através dele comunicamos


muito de forma não verbal.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
TOLERÂNCIA E COMPREENSÃO

Ter paciência e compreender as situações dos diferentes


pontos de vista, para cuidar melhor.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
NÃO INTERROMPER PARA CORRIGIR

Corrigir sim, mas em local e tempo oportunos e


adequados.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
EDUCAÇÃO

Transmitir valores e incutir hábitos saudáveis.


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
ADAPTAR

Utentes e/ou contextos diferentes levam a


comportamentos distintos.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
SENTIDO POSITIVO

Reforço positivo, elogiar, falar na forma afirmativa e não


na negativa, mesmo quando algo não está bem, procurar
um ponto positivo.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
SEGURANÇA E CONFIANÇA

Transmitir estabilidade e equilíbrio, demonstrar calma,


mesmo em situação de tensão.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
ESTIMULAR A AUTONOMIA

Ajudar a fazer sozinho, estimular a independência.


CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
SILÊNCIO

Respeitar o silêncio, o silêncio é de ouro e a palavra é de


prata, mesmo no silêncio podemos comunicar.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA

REFLECTIR PARA MELHORAR:

Ninguém é perfeito e se tivermos a humildade de


assumir os erros e dificuldades, procurando aprender e
melhorar, iremos sempre crescer.
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
 IMPORTÂNCIA DA PRIMEIRA IMPRESSÃO

Não ser agressivo, ofensivo, ou tomar atitude intimidadora.

Se o primeiro contacto for alegre, cordial, cortês, esta será a


impressão que deixaremos para o outro.

Porém se num outro contacto formos rudes, mal-educados, sem


dúvida toda aquela primeira impressão será apagada e
substituída por essa nova.

Devemos observar e adaptar a nossa atitude ao Utente.


AGENTE EM GERIATRIA

HIGIENE PESSOAL / SAÚDE

•Cada indivíduo é responsável pela sua saúde

•Para manter uma boa saúde é necessário conservar o


corpo limpo, adquirir bons hábitos (alimentares, de
higiene, …) e manter uma atitude mental sã

79 Enf.ª Liliana Silva


HIGIENE E APRESENTAÇÃO PESSOAL

Estado geral de limpeza e aspecto do


corpo e roupa da pessoa (uniforme,
O QUE É? calçado, mãos, etc.)
(definição) Comportamento e atitude da pessoa
(educação e formação)

Diminuir o risco de contaminação


PORQUÊ? Aumentar a limpeza e alinho pessoal
(objectivos) Promover o bom ambiente e bem-estar
Higiene Pessoal…
Higiene Pessoal…
Lavagem das  Mãos        

         
             
              
    

             
              
             
              
             
              
 
              
        

LUVAS
         
             
              
    

             
              
             
              
             
              
 
              
        
Máscara

         
             
              
    

             
              
             
              
             
              
 
              
Arranjo Pessoal…
UNHAS
MÃOS
CUIDADOS A TER PELO AGENTE
DE GERIATRIA
Por vezes uma primeira impressão acerca de alguém
marca o resto da relação.

Por isso, o agente de geriatria deve ter especial


cuidado com a sua apresentação.

Esta deve transmitir segurança, conforto, higiene e


credibilidade.

88 Enf.ª Liliana Silva


CONDUTAS DE HIGIENE PESSOAL

MANTER uma perfeita higiene pessoal (banho diário,


cabelos limpos e penteados, unhas limpas e aparadas,
barbas aparadas);

LAVAR as mãos antes e após cada procedimento de


limpeza, uso de toalhetes e antes das refeições;

89 Enf.ª Liliana Silva


CONDUTAS DE HIGIENE
PESSOAL
Sendo assim, o agente de geriatria deve atender aos
seguintes aspectos:

◦ farda de cor clara


◦ sapatos fechados, baixos e com sola de borracha
◦ maquilhagem suave ou nenhuma
◦ poucos acessórios (aliança e relógio)
◦ cabelos curtos ou presos
◦ perfume suave ou nenhum
◦ unhas curtas, limpas e sem verniz
◦ higiene cuidada
◦ roupa interior discreta (especialmente se a farda for transparente)

90 Enf.ª Liliana Silva


CONDUTAS DE HIGIENE
PESSOAL
A apresentação pessoal não se trata apenas na
aparência em si mesmo, mas também da postura e
comportamentos que poderão colocar em causa o
desempenho profissional e/ou prejudicar o Utente
ou outros Profissionais.

Neste quadro serão apresentados as regras e


cuidados a ter para manter uma higiene e
apresentação pessoa adequadas.
HIGIENE E APRESENTAÇÃO PESSOAL / POSTURA
Apresentar identificação adequada (nome, fotografia e
Tomar banho diariamente
função)

Cabelos limpos, apanhados e protegidos (sem tocar no


Homens: evitar a barba e bigode
uniforme)

Não usar adornos (anéis, brincos, relógio, pulseiras,


colares, piercing, etc. – aliança) Evitar trabalhar com ferimentos nas mãos ou se
estiver doente (diarreia, febre, vómitos, contacto com
pessoas com doenças infecto-contagiosas, infecções
Promover Saúde Oral
os olhos, garganta, nariz ouvidos pele, etc.)

Colocar sinalização de alerta em locais estratégicos Comunicar situação de doença

Unhas curtas (não roídas), limpas e sem vernizes


Promover a integração correcta de novos elementos
coloridos

Evitar falar, cantar, tossir ou espirrar sobre os outros


Mãos e ante-braços limpos. Manter pés secos
ou alimentos

Não mascar pastilhas elásticas ou fumar durante o


Não utilizar utensílios que foram colocados na boca
trabalho
Evitar passar as mãos no nariz, orelhas, cabeça, boca
Assoar o nariz em lenços de papel e posteriormente
ou outra parte do corpo durante a prestação de
rejeitar e lavar as mãos
cuidados

Promover consultas de rotina Não manusear dinheiro

Não enxugar suor com as mãos, panos ou uniforme


Utilizar equipamento de protecção individual
(mas sim em toalha descartável)
Evitar maquilhagem e perfumes com cor e/ou odor
Colocar haveres pessoais e roupa civil em local
intenso (utilizar desodorizante sem cheiro ou com
adequado (cacifo, vestiário, etc.)
odor suave)
CONDUTAS DE HIGIENE PESSOAL

MANTER uma perfeita higiene pessoal (banho diário,


cabelos limpos e penteados, unhas limpas e aparadas,
barbas aparadas);

LAVAR as mãos antes e após cada procedimento de


limpeza, uso de toalhetes e antes das refeições;

93 Enf.ª Liliana Silva


CONDUTAS DE HIGIENE PESSOAL

PRENDER cabelos compridos;

USAR calçados limpos;

LEVAR para casa o uniforme sujo em saco plástico e lavá-


lo separadamente do resto da roupa de casa (o ideal é
lavar no próprio local de trabalho).

94 Enf.ª Liliana Silva


A apresentação pessoal não se trata apenas na
aparência em si mesmo, mas também da postura e
comportamentos que poderão colocar em causa o
desempenho profissional e/ou prejudicar o Utente ou
outros Profissionais.

Neste quadro serão apresentados as regras e cuidados a


ter para manter uma higiene e apresentação pessoa
adequadas.
HIGIENE E APRESENTAÇAO DA
FARDA DE TRABALHO

 No dia-a-dia de trabalho nas Instituições, surge a


necessidade de utilização de farda/uniforme, por vários
motivos, nomeadamente para identificar e proteger os
Profissionais e também para proteger os Utentes.

• O cuidador deve iniciar o seu dia de trabalho com o


vestuário ou farda de protecção/trabalho bem limpa e
passada e mantê-la assim, tanto quanto possível, ao longo de
todo o período de trabalho.

96 Enf.ª Liliana Silva


VESTUÁRIO / FARDA DE
TRABALHO

– Deve permitir uma boa execução das funções (não deve


ser demasiada justa,…)

– Deve ser adequada ao clima

– Deve ser feita de tecido liso (para que o pó não se agarre)


e resistente (para permitir lavagens frequentes e a
temperaturas elevadas)

– Não se deve usar fora do ambiente de trabalho

97 Enf.ª Liliana Silva


REGRAS E CUIDADOS A TER COM O UNIFORME:

UNIFORME/ FARDA
Bom estado de limpeza (diária/ SOS) Bom estado de conservação
Confortável Adequado à tarefa a desempenhar
Cores claras Resistente a lavagens frequentes
Exclusivos para local de trabalho Vestir/despir em local adequado

Calçado confortável, antiderrapante, resistente e Apanhar primeiro o cabelo e só depois vestir o


fechado (com meias de preferência de algodão) uniforme

Usar avental de plástico para tarefas com água, mas Não utilizar panos ou sacos de plástico para
nunca perto no fogão ou forno protecção do uniforme
Não carregar os bolsos do uniforme de canetas, batons, cigarros, isqueiros, relógios, etc. (apenas o
essencial)

Adaptar/trocar uniforme de acordo com a tarefa Evitar vestir roupa que não pertença ao uniforme,
(confecção de alimentos, limpeza, prestação de nomeadamente por baixo do mesmo. Se for
cuidados de higiene, etc.) necessário usar peças de algodão e de cor branca

Identificação do Funcionário Não lavar roupa na cozinha


CALÇADO

 Deve ser confortável:


- Ajustado mas não apertado
- Não pontiagudo
- Maleável
- Com salto baixo e largo
- Bem limpo e cuidado
- Lavável

100 Enf.ª Liliana Silva


PROTECÇÃO INDIVIDUAL
 Os profissionais ou aqueles que manuseiam resíduos perigosos,
devem estar atentos:

À PROTECÇÃO da pele contra lesões;


Ao CUIDADO ao lidar com agulhas e outros materiais
perfurantes e cortantes;
À UTILIZAÇÃO de máscara sempre que estiver doente e
próximo aos pacientes;
À REALIZAÇÃO de exame periódico;
À MANUTENÇÃO da vacina antitetânica em dia;
À PREVENÇÃO de exposição acidental a sangue e outros
fluidos corporais.

101 Enf.ª Liliana Silva


PROTECÇÃO INDIVIDUAL
 São normas gerais para tal:

Realizar anti-sepsia das mãos SEMPRE que houver contacto


da pele com sangue e secreções;
 USAR luvas sempre e, após retirá-las, realizar LAVAGEM
SIMPLES DAS MÃOS;
NÃO FUMAR e NÃO ALIMENTAR-SE nos sectores;
USAR máscaras e óculos quando em sectores que tenham
risco de contaminação;
MANTER O AMBIENTE SEMPRE LIMPO.

102 Enf.ª Liliana Silva


O CUIDADOR FORMAL E
INFORMAL

103 Enf.ª Liliana Silva


CUIDAR
É UMA ATITUDE DE AMOR E
INTERESSE POR OUTRA PESSOA

104 Enf.ª Liliana Silva


CUIDAR
Ao longo da vida, as pessoas defrontam-se
com situações (mudanças vitais, doenças,
deficiências), que podem gerar um
desequilíbrio entre as necessidades de cuidado
e os recursos pessoais para defrontá-las.

Nestas ocasiões, necessitamos da assessoria e


da ajuda dos profissionais.

105 Enf.ª Liliana Silva


CUIDAR
Quando cuidamos de uma pessoa, devemos
respeitar os seus valores, costumes, crenças e
preferências, respeitando e promovendo a sua
autonomia e evitando situações de sobreproteção -
Não o fazer supõe vulnerar a sua dignidade.

Cuidar implica oferecer o tempo necessário ao


outro, ouvir, reforçar positivamente e acompanhá-
lo.

106 Enf.ª Liliana Silva


CUIDAR
Historicamente, o cuidado das pessoas idosas tem
recaído na família e, hoje, a família continua a ser o
principal agente fornecedor de cuidados.

Neste contexto, destaca a figura do cuidador


principal, como aquela pessoa que organiza, presta
cuidados e é o referente e interlocutor para os
profissionais.

107 Enf.ª Liliana Silva


O CUIDADOR
É aquela pessoa que dedica grande parte do seu tempo e
esforço para conseguir que a pessoa idosa dependente
possa desenvolver-se na sua vida diária, ajudando-a a
adaptar-se às limitações impostas pela sua dependência.

O cuidador desempenha também outras funções


importantes, tais como:
Ser informador da situação e evolução do estado de saúde
da pessoa dependente.
Participar na tomada de decisões na vida da pessoa idosa
dependente.

108 Enf.ª Liliana Silva


O CUIDADOR

O cuidador deve respeitar as decisões e


as preferências da pessoa idosa
dependente quando a sua situação o
permita.

109 Enf.ª Liliana Silva


TIPOS DE CUIDADORES
Cuidador formal

É o profissional que apoia o cuidado a partir dos serviços


públicos ou privados de forma estruturada.

Os objetivos dos cuidados formais são:

Fortalecer e apoiar os sistemas de apoio informal.

Estabelecer estratégias de coordenação entre os apoios


formais e os informais.

110 Enf.ª Liliana Silva


TIPOS DE CUIDADORES
Cuidador informal

É aquela pessoa que cuida e pertence ao


ambiente de familiares, amigos ou vizinhos.

111 Enf.ª Liliana Silva


TIPOS DE CUIDADORES
Características do cuidador informal:

Existe afectividade na relação.

Realiza o cuidado com certa permanência ou duração e


nunca de modo ocasional.

Trata-se de uma prestação altruístas, ao estar dentro do


ambiente da família ou dos amigos.

112 Enf.ª Liliana Silva


TIPOS DE CUIDADORES
Características do cuidador informal:

O número de cuidadores para a atenção da pessoa idosa


dependente tem um tamanho reduzido.

Ajuda a que a pessoa idosa dependente permaneça no seu


ambiente habitual e social.

Evita ou atrasa a institucionalização da pessoa idosa.

Reduz a necessidade de utilização de recursos formais.

113 Enf.ª Liliana Silva


TIPOS DE CUIDADORES
Existem aspectos que fazem com que cuidador seja
único em função do que se cuida, de a quem se cuida, da
relação prévia com a pessoa cuidada, a causa e o grau
de dependência, o apoio formal e informal recebido, os
requisitos estabelecidos pelo cuidador, etc.

Os cuidados prestados às pessoas idosas dependentes pela


família constituem a rede de apoio mais importante e
melhor valorizada por elas.

114 Enf.ª Liliana Silva


ATITUDES QUE OS CUIDADORES DEVEM
TER

Flexibilidade e adaptabilidade:

Desejar que tudo saia como desejamos pode limitar-nos


na altura de encarar a realidade.

Aceitar que as coisas podem ser como esperamos ou


diferentes, permite preparar-nos para defrontá-las e
ajuda-nos a procurar ideias ou soluções perante
problemas imprevistos.

115 Enf.ª Liliana Silva


ATITUDES QUE OS CUIDADORES DEVEM
TER

Evitar a vitimização:

Vitimizar-se faz-nos perder a possibilidade de


mudar a realidade.

Na adversidade torna-se necessário analisar


friamente os recursos que possuímos, quais são as
ferramentas que temos nas nossas mãos para
poder alterar a situação.

116 Enf.ª Liliana Silva


ATITUDES QUE OS CUIDADORES DEVEM
TER

Ter esperança e visão positiva da vida:

Procurar sempre os aspetos positivos das situações que


estivermos a viver, apesar de pensarmos que são muito
negativas e confiar em poder melhorá- las.

Rejeitar a visão negativa de que não é possível mudar


nada.

117 Enf.ª Liliana Silva


ELEMENTOS PARA A FORMAÇÃO NO
CUIDADO

SER (atitudes):

A reflexão sobre as nossas atitudes aproxima-nos de


conhecer-nos a nós mesmos e conhecer os nossos afectos,
facilitando que tenhamos um melhor relacionamento com
os outros

118 Enf.ª Liliana Silva


ELEMENTOS PARA A FORMAÇÃO NO
CUIDADO

SABER (conhecimentos):

Para saber e aprender é preciso manter a mente aberta ao


conhecimento.

Aprender coisas novas para não ficarmos enquadrados


em conceitos estagnados.

119 Enf.ª Liliana Silva


ELEMENTOS PARA A FORMAÇÃO NO
CUIDADO

SABER FAZER (habilidades):

Permite que passemos do conhecimento do cuidado


para a acção do cuidado diário, desenvolvendo as
habilidades necessárias para poder fazer bem o nosso
trabalho

120 Enf.ª Liliana Silva


PAPEL DO CUIDADOR
O papel do cuidador não é sempre o mesmo, porque os
problemas da pessoa idosa dependente à qual atende
são progressivos e complexos.

Inclusivamente nas situações em que se torna


necessária a institucionalização da pessoa idosa
dependente, é possível que o papel do cuidador mude,
mas isso não supõe o fim da dedicação ao cuidado.

121 Enf.ª Liliana Silva


PAPEL DO CUIDADOR
O papel da pessoa cuidadora pode variar ao longo do
tempo.

A intensidade, a complexidade e a duração dos


cuidados são factores determinantes na altura de
estabelecer as actividades do cuidado e na avaliação da
sua repercussão no cuidador, o qual terá de encarar,
além disso, a incerteza sobre a situação dos cuidados a
longo prazo.

122 Enf.ª Liliana Silva

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