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SUMÁRIO

O ENVELHECIMENTO ............................................................................... 2

PROCESSO DE ENVELHECIMENTO........................................................ 7

ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DO ENVELHECIMENTO ........................... 9

As Potencialidades do apoio Psicológico ........................................... 11

ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO ........................... 14

O envelhecimento causa déficits sobre o sistema mantenedor do


equilíbrio humano .................................................................................................. 15

Síndrome do Desequilíbrio no Idoso .................................................. 17

DOENÇAS RELACIONADAS À TERCEIRA IDADE E A PARTICIPAÇÃO


DO EXERCÍCIO ........................................................................................................ 21

Benefícios da Atividade Física em Idosos .......................................... 24

A Escolha da Atividade Física Adequada ........................................... 25

Envelhecimento populacional no Brasil .................................................... 26

TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA ............................................................. 30

MORTALIDADE ........................................................................................ 32

MORBIDADE E USO DE SERVIÇOS DE SAÚDE ................................... 33

Precauções ............................................................................................ 35

– Como Evitar Quedas em Idosos .................................................. 35

Como Ajudar na Comunicação ....................................................... 38

os direitos dos idosos no Brasil ............................................................. 41

Como fazer valer os direitos dos idosos?........................................ 44

LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................ 46

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 55

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1 O ENVELHECIMENTO

Fonte:lamenteesmaravillosa.com

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, tanto no que se refere


aos países desenvolvidos como aos países em desenvolvimento. Este crescimento
da população idosa é reflexo do aumento gradual da longevidade, conjuntamente com
as diminuições das taxas de natalidade e mortalidade.
Estimativas para a população idosa brasileira apontam que até 2020, o país
terá 32 milhões de pessoas com idade superior a 60 anos. O aumento no número de
idosos instiga o desenvolvimento de estratégias que possam minimizar os efeitos
negativos do avanço da idade cronológica no organismo. Estas estratégias visam à
manutenção da capacidade funcional e da autonomia para que as pessoas possam
ter uma vida mais longa e com melhor qualidade.

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O processo de envelhecimento em idades avançadas está associado a
alterações físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais, bem como ao surgimento de
doenças crônico-degenerativas advindas de hábitos de vida inadequados (tabagismo,
ingestão alimentar incorreta, tipo de atividade laboral, ausência de atividade física
regular), que se refletem na redução da capacidade para realização das atividades da
vida diária.
O declínio nos níveis de atividade física habitual para idoso contribui para a
redução da aptidão funcional e a manifestação de diversas doenças, como
consequência a perda da capacidade funcional. Neste sentido, tem sido enfatizada a
prática de exercícios como estratégia de prevenir as perdas nos componentes da
aptidão funcional.
A diminuição da tolerância ao esforço físico faz com que um grande número de
pessoas idosas vivam abaixo do limiar da sua capacidade física, necessitando
somente de uma mínima intercorrência na saúde para tornarem-se completamente
dependentes. A atividade física regular tem sido descrita como um excelente meio de
atenuar a degeneração provocada pelo envelhecimento dentro dos vários domínios
físico, psicológico e social.
O corpo humano tem um ritmo de envelhecimento muito próprio e, com o passar
dos anos, é natural que existam mudanças significativas na forma física de cada um.
A maneira como o corpo humano envelhece depende, em parte, dos laços genéticos
que o ligam à família, mas não resulta exclusivamente deles.
O estilo de vida, o exercício e os hábitos alimentares têm um impacto muito
forte na forma como o corpo envelhece. Um estilo de vida saudável pode diminuir
muitos dos efeitos do envelhecimento e essa é uma opção que se revela nas escolhas
que cada um faz.

Os Indicadores De Envelhecimento

Existem vários sinais que mostram que o corpo humano está a envelhecer e,
como tal, é indispensável que saiba observá-los e que os transforme a seu favor. Dos
indicadores de envelhecimento mais importantes e que mais se evidenciam no corpo
humano, deve ter em atenção os seguintes:

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A Pele
Com o avançar da idade, a pele fica menos elástica e é natural que surjam mais
linhas e rugas à sua superfície. As glândulas da pele vão produzindo cada vez menos
óleo, o que faz com que a própria pele fique mais seca e estragada. Para que isso não
aconteça e para retardar o envelhecimento da pele, deve utilizar cremes hidratantes
e um protetor solar para proteger a sua pele dos raios ultravioletas. É também
aconselhável a utilização de um chapéu ou um boné para estar mais protegido dos
malefícios do sol.

O Cabelo
O cabelo ou a ausência dele é um dos indicadores principais do envelhecimento
humano. Os problemas capilares podem ser provocados pelas mais variadas razões,
desde o stress do dia-a-dia, aos maus hábitos alimentares, depressões, até ao
excesso de gordura no cabelo e é por isso que é normal que o cabelo vá perdendo a
sua cor original e vá ficando cada vez mais fino. Atualmente, existem vários
tratamentos capilares que impedem o aparecimento da calvície.

A Altura
Quando um indivíduo atinge os 80 anos de idade, é comum que tenha perdido
cerca de 2 centímetros da sua altura total. Essa alteração deve-se às mudanças
existentes na postura normal e na compressão das articulações principais, como os
ossos da coluna e os discos da coluna vertebral.

A Audição
A audição é um dos sentidos mais afetados pelo envelhecimento. As
dificuldades auditivas iniciam-se a partir dos 40 anos de idade e aumentam
exponencialmente a partir dos 60. Os sons de alta frequência são mais difíceis de
serem ouvidos e as mudanças no tom e no discurso passam a ser menos claras e
perceptíveis. Uma das melhores soluções passa pela utilização de um aparelho
auditivo.

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A Visão
A maioria das pessoas que tem mais de 40 anos de idade desenvolve a
necessidade de utilizar óculos para ver melhor. Com o passar do tempo, é normal que
a visão vá ficando cada vez mais cansada e desgastada e isso pode conduzir à perda
da visão noturna e da respetiva acuidade visual. Para não perder a eficácia da sua
visão, é necessário utilizar óculos que tenham a graduação mais adequada para os
seus olhos.

Os Ossos
Durante a vida adulta, os ossos perdem gradualmente o seu conteúdo mineral
e ficam com menos força, resistência e densidade. Quando as mulheres atingem a
menopausa, os riscos da perda da densidade óssea são maiores e isso aumenta as
hipóteses de sofrerem de osteoporose. Para que isso não se suceda, é fundamental
realizar exercício físico com regularidade, ingerir cálcio e vitamina D diariamente e,
acima de tudo, evitar fumar ou beber café.

O Metabolismo e a Composição Corporal


Quando começa a envelhecer, o corpo humano precisa de mais energia para
desempenhar as suas funções habituais e o seu metabolismo vai diminuindo. As
alterações hormonais que acontecem no organismo resultam num aumento da
gordura corporal e na diminuição da massa muscular. Nesse sentido, a melhor
maneira de gerir estas mudanças é ingerir menos calorias e manter ou aumentar a
sua atividade física. Quando a massa muscular é fortalecida, o metabolismo fica mais
rápido e funcional.

O Cérebro e o Sistema Nervoso


As alterações da memória são uma parte vulgar do processo de
envelhecimento e é normal que determinados episódios não sejam recordados. No
entanto, isso pode ser melhorado e trabalhado. Basta exercitar o cérebro com a
realização de palavras cruzadas e jogos mentais, assim como a realização de
exercícios físicos que aumentam o fluxo sanguíneo e o oxigénio para o cérebro.

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O Coração e a Circulação Sanguínea
O coração torna-se menos eficiente à medida que o corpo envelhece, pois é
obrigado a trabalhar mais para fazer exatamente as mesmas atividades que fazia. Por
conseguinte, a energia e a resistência humana vão diminuindo quando o coração
necessita de trabalhar mais.

Os Pulmões
Com a ausência de atividade física, os pulmões fornecem menos oxigénio para
o corpo desempenhar as suas funções mais básicas e isso é muito prejudicial para a
saúde humana. Para manter os seus pulmões fortes, é necessário que mantenha uma
atividade física regular.

Os Rins
Os rins tendem a diminuir o seu tamanho e as suas funções quando o corpo
começa a envelhecer. Eles não purificam tão rapidamente os resíduos e os
medicamentos que se encontram no organismo e não ajudam o corpo a lidar de forma
tão eficaz com a desidratação. Nesse sentido, é fundamental que beba muita água e
que elimine a ingestão de qualquer tipo de toxina alcoólica e medicamentos
desnecessários.

A Função Sexual
A partir dos 50 anos de idade, os homens e as mulheres produzem níveis mais
baixos de hormônios. Os homens produzem menos espermatozoides e o seu tempo
de resposta sexual diminui, apesar do seu impulso sexual ser exatamente igual. As
mulheres param de ovular e enfrentam uma série de mudanças durante a menopausa,
uma vez que esta está ligada à menor produção de estrogênio.

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2 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Fonte: static.vix.com

Segundo Vandervoort (2000, p. 67) “[...] o aspecto biológico normalmente leva


à diminuição das reservas funcionais do organismo. Essas alterações podem ser
observadas no organismo do ser humano idoso: muscular, ósseo, nervoso,
circulatório, pulmonar, endócrino e imunológico. ”.
De acordo com autor supracitado, essas possíveis alterações levam a um
declínio que variam entre os diversos tecidos e funções, como ainda variam também
de um indivíduo para outro.
Segundo Guccione (1993), quando alguém é solicitado a imaginar a postura de
um idoso, com muita frequência a imagem que surge é a de uma pessoa curvada ou
inclinada para frente, que na maioria das vezes, é do sexo feminino e apresenta um
alto risco de queda. Para Amâncio (1975), o envelhecimento representa uma etapa
do desenvolvimento individual, sendo que a característica principal é acentuada pela
perda da capacidade de adaptação, e menor expectativa de vida, isto significa
excessiva vulnerabilidade e reduzida viabilidade diante das forças normais de
mortalidade.
Pickles et al (1998), considera a população da terceira idade para homens
acima de 65 anos e mulheres acima de 60 anos, de acordo com as idades a partir das
quais homens e mulheres começam a fazer jus a aposentadoria oficial.

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Segundo a Lei n° 8.842/94 art. 1 e 2, a política nacional do idoso tem por
objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua
autonomia, integração e participação efetiva na sociedade; ainda se considera idoso,
para os efeitos desta lei, a pessoa maior de sessenta anos de idade.
Segundo Pickles et al (1998), biologicamente somos seres que percorrem o
ciclo da vida, interrompido ou não, mas inevitável, que vai do nascimento até a morte;
passando pelas seguintes etapas: concepção, desenvolvimento intrauterino,
nascimento, infância, adolescência, maturidade, velhice e morte.
De acordo Petroianu e Pimenta (1999), a velhice não é apenas a deterioração
orgânica, mas o que ocorre são perdas físicas, anunciando ou atestando o surgimento
de doenças degenerativas, diminuição de força e vitalidades orgânicas.
Perdas psíquicas, representadas pelo declínio da memória, diminuição ou
anulação da vida afetiva, desinteresse em adquirir novos conhecimentos.
O envelhecimento é um processo universal, é um termo geral que segundo a
forma em que aparece, pode se referir a um fenômeno fisiológico, de um
comportamento social, ou ainda cronológico, isto é, de idade.
É um processo em que ocorre mudança nas células, nos tecidos e no
funcionamento de diversos órgãos. (RODRIGUES; DIOGO, 2000, p. 12).
Segundo Petroianu e Pimenta (1999), o crescimento da população idosa deve-
se ainda a evolução da medicina. Para Leme (2000), a população vem aumentando
rapidamente e por consequência o progressivo aumento da população idosa, este
aumento deve-se as melhores condições de vida, a maior expectativa de vida.
O aumento acentuado do número de idosos trouxe consequências para a
sociedade e, obviamente para indivíduos que compõem esse segmento etário. Era
necessário buscar os determinantes das condições de saúde e de vida dos idosos e
conhecer as múltiplas facetas da velhice e do processo de envelhecimento. Ver esses
fenômenos simplesmente pelo prisma biofisiológico é desconhecer a importância dos
problemas ambientais, psicológicos, sociais, culturais e econômicos que pesam sobre
eles. Ao contrário, é relevante ter uma visão global do envelhecimento como processo
e do idoso como ser humano. Hoje felizmente, toda a área do saber sobre a velhice
encontra-se em grande evolução. (PICKLES et al, 1998, p. 78).
A perda de algumas funções fisiológicas é inevitável na pessoa que envelhece,
por melhores que sejam seus hábitos de vida.

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3 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DO ENVELHECIMENTO

Fonte: opsicologoonline.com.br

Segundo Guccione (1993), múltiplos problemas poderiam afetar a postura. Três


dos fenômenos mais comumente observados na prática da fisioterapia são a
depressão, o delirium (estado confusional agudo) e a demência.
De acordo com o autor supracitado (1993), a depressão é o problema mais
comum de saúde mental que acontece no idoso. A depressão altera tanto a postura
quanto o afeto geral.
Pickles et al (1998), relata que no envelhecimento ocorrem diversas alterações,
trazendo ao ser humano, mudanças psicológicas. O estado emocional de um idoso
implica contextualização de sua história de vida, suas reações emocionais
provavelmente estão diretamente relacionadas com a vivencia que acumulou no
transcorrer de sua existência.
De acordo com Zimermann (2000), essas mudanças psicológicas podem
resultar em dificuldades de se adaptar a novos papéis, falta de motivação e
dificuldades de planejar o futuro, depressão, hipocondria, somatização, paranoia,
suicídio, baixa alta imagem e autoestima, necessidade de trabalhar as perdas
orgânicas afetivas e sociais.

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Zimermann (2000), ainda afirma que: assim como as características físicas
do envelhecimento, o caráter psicológico também está relacionado com
hereditariedade, a história e com atitude de cada indivíduo. Sendo assim indivíduos
mais saudáveis e otimistas tem mais condições de adaptarem-se as transformações
trazidas pelo envelhecimento. São mais propensas a verem a velhice como um tempo
de experiência acumulada, liberdade para assumir novas ocupações.
Segundo Gonong (2000), o envelhecimento é uma etapa normal do
desenvolvimento e continuidade da vida de um indivíduo, fazendo com que o ser
humano aceite com tranquilidade a sua velhice, e procurar alguma maneira para
continuar a ser útil à sociedade, aos familiares e amigos.
De acordo com Brouwer (1981), a medida em que as pessoas vivem mais,
mudanças acontecem, as distâncias aumentam, a vida fica mais agitada, o tempo
sempre mais curto e as condições econômicas mais difíceis, a sociedade se modifica.
Isso exige maneiras diferentes de viver uma grande flexibilidade e capacidade de
adaptação que nem sempre os velhos têm.
“A velhice é um processo contínuo de perdas, em que os indivíduos ficariam
relegados a uma situação de abandono, desprezo, de ausência de papeis sociais, e
estes fatores levam a construção de uma série de estereótipos negativos em relação
aos velhos.” (SILVA, 1999, p. 68).
O envelhecimento constitui uma fase do ciclo de vida caracterizada por
transformações consideráveis em diversos níveis – físico, psicológico e social, tendo
repercussões nos comportamentos e experiências da pessoa idosa.
O processo de envelhecimento apresenta variações mais ou menos
consideráveis de pessoa para pessoa, podendo ser gradual para uns e mais acelerado
para outros. Essas variações dependem da interação entre diversos fatores,
nomeadamente fatores genéticos, ambientais, sociais, económicos, bem como o estilo
de vida adoptado e a existência de doenças crônicas. Desta forma, entende-se que a
abordagem do processo de envelhecimento cruza-se obrigatoriamente com uma
reflexão multidimensional e cultural.
Múltiplas são as visões e leituras construídas em torno do processo de
envelhecimento. De acordo com uma perspectiva mais otimista, o envelhecimento
representa o alcance da sabedoria, do bom senso e da serenidade. Contudo, os
efeitos prejudiciais do envelhecimento não podem ser descurados. De fato, o

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envelhecimento representa um processo de diminuição de capacidades da vida diária,
aliado a uma crescente vulnerabilidade e dependência de outrem, principalmente dos
familiares. Esta fase do ciclo de vida torna então propícia a emergência de distúrbios
psicológicos, principalmente a diminuição da capacidade de aceitação e adaptação a
mudanças e perdas, bem como a redução do funcionamento cognitivo. Neste domínio
realça-se a perda de produção e rendimento intelectual, incluindo as capacidades de
percepção, atenção, memória, raciocínio, tomada de decisão, resolução de problemas
e formação de estruturas complexas do conhecimento. Tais transformações
constituem a grande dificuldade do processo de envelhecimento que, quando aliado
à perda de capacidades a nível visual, auditivo e memória – sobretudo ao nível da
recuperação de informação – favorece o desenvolvimento do sentimento de solidão,
isolamento, inutilidade, bem como amplia a fragilidade do estado psicológico do
indivíduo.

3.1 As Potencialidades do apoio Psicológico

Frequentemente, mais do que ao envelhecimento per si, a perda de


capacidades cognitivas deve-se à falta de uso das mesmas, à fatores
comportamentais, nomeadamente a adopção de um estilo de vida não saudável (uso
de álcool, medicamentos…), à fatores sociais, como a solidão e o isolamento e à
existência de perturbações ou fragilidades de foro psicológico, designadamente no
caso da depressão, ou ainda perante a falta de motivação, confiança e auto estima do
indivíduo. Realça-se que a preservação da integridade física e psicológica, bem como
a sua adequação tem grande relevância para o idoso, e uma boa autoestima é
fundamental para o indivíduo desfrutar de um envelhecimento bem-sucedido.
O apoio psicológico deverá então incidir sobre os fatores acima enunciados,
reforçando sempre que possível, os aspectos positivos do envelhecimento. O apoio
psicológico tem grande relevância junto do idoso, nomeadamente quando este último
se confronta com mudanças de papéis sociais e do seu estilo de vida, muitas vezes
diminuído. Além disso, as perdas são diversas e múltiplas durante esta fase do ciclo
de vida, pelo que é fundamental o idoso ter apoio para promover a sua aceitação e
adaptação.

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Numa fase inicial, o psicodiagnóstico é fundamental, nomeadamente para a
detecção de determinados sintomas indicadores de fragilidades ou perturbações
psicológicas, destacando-se sintomas de depressão, isolamento, sentimento de
inutilidade, irritabilidade, desmotivação, baixa autoestima ou ainda uma autoimagem
negativa. É fulcral a intervenção psicológica incidir sobre os diversos contextos de vida
e papéis sociais desempenhados pelo idoso, constituindo a família um domínio a
privilegiar. De fato, o idoso encontra-se muitas vezes a residir junto de familiares,
sendo a participação deste fulcral na evolução do acompanhamento psicológico. É de
grande relevância os familiares serem informados e sensibilizados para determinados
problemas emocionais cuja ocorrência se torna favorável à medida que a idade
avança, permitindo capacitar a rede familiar para a detecção dos sinais de alerta.
Realça-se ainda que intervir na rede familiar do idoso permite ainda avaliar as
relações e dinâmicas familiares existentes, bem como as suas potencialidades ou
debilidades. Salienta-se que o apoio psicológico favorece a detecção de situações de
risco, nomeadamente situações características de violência, maus tratos, exclusão e
solidão, bem como uma intervenção adequada!
A intervenção psicológica: um trabalho de prevenção, promoção da saúde e
intervenção na doença.
Em suma, os objetivos gerais do acompanhamento psicológico ao idoso
constituem na abordagem da história pessoal e contextos de vida do idosos, na
avaliação das suas capacidades psicossociais; na compreensão das suas
necessidades específicas e na satisfação das mesmas e na promoção da sua saúde.
No que concerne aos objetivos específicos da intervenção com o idoso, refere-se a
compreensão e apaziguamento das angústias do idoso em confrontar-se com a fase
final do ciclo de vida, evitando o isolamento social, desânimo e depressão; a promoção
da sua autonomia e auto estima; a promoção da aceitação e adaptação do idoso às
suas condições de vida; o fomento de comportamentos de saúde na idade avançada;
o desenvolvimento de competências; a redução ou prevenção da acentuação de
fatores de risco; a intervenção nas perturbações cognitivas; a minimização dos efeitos
das doenças físicas.
Face aos desafios que o envelhecimento impõe ao indivíduo, o apoio
psicológico pode ajudá-lo a desfrutar de um envelhecimento bem-sucedido, com
saúde e bem-estar emocional!

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Teorias do Envelhecimento Psicossocial

Teoria da atividade:
Existe um consenso sobre a relação entre as atividades sociais e a satisfação
vivida.
A velhice deve ser bem organizada e bem-sucedida, pressupondo a descoberta
de novos papéis de modo a manter a auto estima para obter maior satisfação pela
vida.
Um idoso deve manter-se ativo a fim de: obter, na vida, a maior satisfação
possível; manter a sua autoestima e conservar a sua saúde. A velhice bem-sucedida
implica a descoberta de novos papéis, na vida.
Tudo isso leva a hipótese de que a sociedade deve conservar a saúde
valorizando o avançar da idade.

Teoria da desinserção:
O envelhecimento é acompanhado de um desmembrar recíproco da sociedade
e do indivíduo.
Quando a desinserção é geral, o indivíduo modifica seu sistema de valores. A
perda do papel que desempenha na sociedade, a perda de relações impessoais e
sociais acabam por se tornar situações normais e rotineiras.
Verifica-se que a diminuição da satisfação da vida é proporcional à diminuição
das atividades diárias.

Teoria da continuidade:
O idoso mantém a continuidade nos seus hábitos de vida, nas suas
preferências, fazendo estes, parte da sua personalidade.
A teoria da continuidade afirma que o envelhecimento é uma parte integrante e
funcional do ciclo de vida.
O indivíduo idoso tem a possibilidade de manter todos os seus hábitos de vida,
preferências, experiências e compromissos construídos durante toda a sua vida.
As pressões exercidas pelos acontecimentos dos últimos anos de vida vão
levando a adoção de novos comportamentos que deem continuidade à vida.

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4 ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO

Fonte:giseliramos.com.br

Todo o organismo multicelular possui um tempo limitado de vida e sofre


mudanças fisiológicas com o passar do tempo. A vida de um organismo multicelular
costuma ser dívida em três fases: a fase de crescimento e desenvolvimento, a fase
reprodutiva e a senescência, ou envelhecimento.
Durante a primeira fase, ocorre o desenvolvimento e crescimento dos órgãos
especializados, o organismo cresce e adquire habilidades funcionais que o tornam
aptos a se reproduzir.
A fase seguinte é caracterizada pela capacidade de reprodução do indivíduo,
que garante a sobrevivência, perpetuação e evolução da própria espécie.
A terceira fase, a senescência, é caracterizada pelo declínio da capacidade
funcional do organismo. (IDADE ATIVA, 2004).
De acordo com Idade ativa (2004), “o envelhecimento é causado por alterações
moleculares e celulares, que resultam em perdas funcionais progressivas dos órgãos
e do organismo como um todo. ”

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O envelhecimento é um processo comum a todos os seres vivos, sendo assim,
o conhecimento de seus aspectos anatômicos e sua fisiologia. Rebelatto e Morelli,
(2004), explicam que:
Uma vez que envelhecemos, apresentamos perda em estrutura. Essa perda de
ordem de 1cm por década aproximadamente começa a acontecer por volta dos 40
anos de idade. Essa perda se deve, principalmente, à diminuição dos arcos do pé, ao
aumento das curvaturas da coluna e também a uma diminuição no tamanho da coluna
vertebral, devido à perda de água dos discos intervertebrais decorrentes dos esforços
de compressão a que eles são submetidos.
De acordo com Rebelatto e Morelli (2004), o idoso também apresenta algumas
alterações características e que podem dar a ideia de sua formação típica. São o
aumento dos diâmetros da caixa torácica e do crânio, a continuidade do crescimento
do nariz e do pavilhão auditivo.
Ocorre também aumento do tecido adiposo, principalmente em regiões
características como a região abdominal. O teor de água corporal diminui, pela perda
hídrica intracelular, há perda de potássio. Esses fatos levam o idoso a perder massa
corporal, afetando vários órgãos, como os rins e o fígado, mas os músculos são os
que mais sofrem com essa perda de massa com o passar do tempo.
A pele fica menos elástica por causa da alteração da elastina e ocorre
diminuição da espessura de pele e do tecido subcutâneo, levando ao aparecimento
das rugas, ocorrendo também alterações nos melanócitos, que são células que dão a
cor à pele, que levam a formação de manchas, hiperpigmentadas, marrons e lisa,
principalmente na face e dorso da mão.

4.1 O envelhecimento causa déficits sobre o sistema mantenedor do equilíbrio


humano

O córtex cerebral é uma complexa região formada por bilhões de células


nervosas agrupadas em giros específicos. Estas células estão relacionadas a funções
complexas como motricidade, sensibilidade e todos os mecanismos cognitivos
correlatos – memórias incidental, imediata e tardia, linguagem, aprendizagem,
consciência, entre outros. Como consequência, o córtex consiste em uma das regiões
mais importantes do Sistema Nervoso Central (SNC), por transmitir inputs sensoriais

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vindos da “periferia”, associando-os aos mecanismos comportamentais específicos e
às respostas motoras.
Por serem complexas, as funções corticais superiores não se concentram em
uma única área específica. A integração de diferentes regiões funcionais (primárias,
secundárias e terciárias), bem como a ação dos diversos mediadores neuroquímicos,
promovem a ativação de sinapses nos lobos cerebrais de ambos hemisférios, agindo
sobre o equilíbrio do sujeito.
Assim como o SNC, o Sistema Nervoso Periférico (SNP) também desempenha
uma importante função sensório-motora sobre o sistema mantenedor do equilíbrio.
Sua ação refere-se ao ato de interligar os comandos proprioceptivos periféricos
(conscientes e inconscientes) ao encéfalo. Os impulsos sensitivos são conduzidos por
meio de neurônios pseudo-unipolares à medula, e ao tálamo, por meio dos fascículos
grácil e cuneiforme, e das vias espinocerebelares posteriores. A resposta motora
ocorre devido à ação de moto neurônios presentes no corno anterolateral medular.
A motricidade humana como resposta aos distúrbios de equilíbrio no
envelhecimento depende de três categorias básicas de movimento:
1) a ação de reflexos;
2) os movimentos rítmicos automatizados; e
3) os movimentos voluntários.

Embora todos eles dependam da integridade dos pilares do circuito motor, o


padrão fundamental de ação – contração e relaxamento – é afetado com o
envelhecimento, principalmente no que se refere as associações musculares
agonistassinergistas-antagonistas.
As constituições histológicas, anatômicas e morfofuncionais do SNC e SNP
diferem de forma significativa. Porém, tais estruturas compartilham um processo
fisiológico comum: o envelhecimento neuronal. E, por se tratar de um processo trivial,
deve ter suas bases anatomofisiológicas melhor conhecidas. No entanto acredita-se
que, com o avançar da idade, o indivíduo passe a apresentar deficiências no controle
genético da produção de proteínas estruturais, de enzimas e dos fatores neurotróficos.
Esse déficit, por sua vez, repercute de maneira negativa na função das células
nervosas e das neuróglias, tornando mais difícil a neurogênese, a plasticidade, a

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condução e transmissão dos impulsos nervosos. Com isso, déficits consideráveis no
equilíbrio estático e dinâmico são gerados.
De um modo geral, dois eventos marcam o “envelhecimento” no sistema
nervoso: a diminuição do peso total do encéfalo; e a redução na camada cortical, que
leva a um concomitante aumento das cavidades ventriculares e dos sulcos. A redução
do peso pode ser da ordem de 80% ao final da sétima década de vida. A redução em
volume dos giros ocorre, sobretudo devido à atrofia cortical consequente a apoptose
neuronal. Alterações de cunho histológico também ocorrem, promovendo
modificações importantes dos neurônios. Entre estas, podem ser citadas a formação
de depósitos amilóides nos vasos e células (“placas senis”), consideradas proteínas
anômalas resultantes de quebra de moléculas precursoras normais em sítios
específicos; e a quantidade aumentada de pigmentos de lipofucsina (lipocromo ou
pigmento de desgaste). Estas alterações podem ser explicadas pela deficiência de
proteínas vitais, além da presença e depósito de substâncias anômalas, responsáveis
por acumular fragmentos de organelas nos novelos intracelulares de neurofibrilas16.
Outras alterações morfofuncionais deletérias e presentes ao envelhecimento
são: redução do número de neurônios nos giros pré-centrais, temporais e no cerebelo;
retração do corpo celular dos grandes neurônios de centro metabólito; atrofia neuronal
com redução do RNA citoplasmático; acúmulo de pigmento de desgaste; e alterações
na condução elétrica devido à degeneração da bainha de mielina.
Concluindo, é possível constatar que o envelhecimento de fato causa déficits
sobre o sistema mantenedor do equilíbrio humano. Isso se deve porque as estruturas
afetadas pelo processo de envelhecimento cerebral desempenham importante função
na dinâmica corporal. É necessário o conhecimento da sua funcionalidade perante a
arquitetura dos movimentos corporais para que seja possível conhecer a repercussão
da senilidade nestas atividades. Para tal, a presente revisão versará agora sobre um
problema funcional comum em idosos: a síndrome do desequilíbrio.

4.2 Síndrome do Desequilíbrio no Idoso

Estudos recentes sobre distúrbios de equilíbrio na população idosa refletem a


heterogeneidade da prevalência de etiologias específicas que afetam o sistema
mantenedor do equilíbrio humano. Diversos autores propõem que tal fato seja

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considerado uma síndrome geriátrica, caracterizada por alterações multissensoriais
sob controle neurológico, por doenças em diversos sistemas ou por órgãos e reações
adversas a medicamentos.
As manifestações da síndrome do desequilíbrio têm grande impacto para os
idosos, podendo levá-los à perda de sua autonomia, por comumente afetar a
realização das atividades de vida diária e predispor o indivíduo a quedas e fraturas.
As quedas são ocorrências relativamente comuns nos idosos e constituem uma
importante causa de morbidade e mortalidade em sujeitos com mais de 65 anos de
idade. A morbimortalidade gerada pelas quedas geralmente associa-se comumente a
fraturas femorais e a lesões graves de tecidos moles que requerem imobilização e
internação.
Doenças cardiovasculares, musculoesqueléticas, diabetes e lesões
neurológicas focais também se manifestam como distúrbios de equilíbrio e causas da
instabilidade. O maior consumo de medicamentos devido à ocorrência de inúmeras
doenças comuns ao idoso aumenta a possibilidade de interações potenciais e efeitos
colaterais dos fármacos. Psicóticos, sedativos, antidepressivos, anti-hipertensivos e
ansiolíticos são as principais drogas utilizadas e que são associadas à vertigem, ao
desequilíbrio e às quedas.
A síndrome do desequilíbrio no idoso compromete a habilidade do sistema
nervoso em realizar o processamento dos sinais vestibulares, visuais e
proprioceptivos responsáveis pela manutenção da estabilidade corporal, bem como
diminui a capacidade de modificações dos reflexos adaptativos. Esses processos
degenerativos são responsáveis pela ocorrência de presbivertigem e de presbiataxia
na população geriátrica.
Abaixo encontram-se descritos os principais agentes causais da síndrome do
desequilíbrio no idoso.

Sistema Vestibular

O estímulo vestibular é utilizado para gerar os movimentos oculares


compensatórios e as respostas posturais durante os movimentos da cabeça e ajuda
a resolver as informações conflitantes oriundas das imagens e do movimento real. As
informações advindas de receptores sensoriais no aparelho vestibular interagem com

18
as informações visuais e somatossensoriais para produzir o alinhamento corporal e o
controle da postura adequada. A importância das cotribuições vestibulares para a
postura e para o equilíbrio é resolver conflitos quando um ou mais sistemas enviam
informações equivocadas.
O sistema vestibular sofre um processo de degeneração com o
envelhecimento, havendo importante redução no número das cristas vestibulares; o
número de fibras que inervam as células ciliadas também se encontra
acentuadamente reduzido. A degeneração do sistema vestibular ocorre
principalmente no SNP. Há também uma perda significativa de sensores das células
vestibulares, um decréscimo dos neurônios vestibulares primários, uma diminuição da
densidade das células corticais e um decréscimo das células de Purkinje do cerebelo.
Todas estas alterações resultam em déficits na transmissão de informação, perda da
plasticidade, acentuando a síndrome do desequilíbrio no idoso.

Sistema Visual

O sistema visual tem a função de orientar o corpo no espaço ao referenciar os


eixos verticais e horizontais dos objetos ao seu redor. Na posição ortostática, a visão
ajuda a detectar discretos deslocamentos posturais ao fornecer informações para o
SNC sobre a posição e os movimentos de partes do corpo em relação às outras partes
e ao ambiente externo.
Com o avançar da idade, ocorrem alterações oculares, como catarata e
glaucoma, responsáveis por levar a um decréscimo da acuidade visual e que acabam
por contribuir, por consequência, na instabilidade estática e dinâmica do corpo. A
visão tende a “operar” lentamente e o reflexo visual não reage adequadamente,
favorecendo a queda do sujeito. O idoso, diante disso, tende a precisar de mais
contraste dos cones e bastonetes para detectar as diferenças espaciais.

Sistema Auditivo

A perda auditiva, bem como a presença de zumbido e vertigens, encontrados


comumente em idosos, são resultados da alta sensibilidade dos sistemas auditivo e

19
vestibular a problemas clínicos comuns aos processos de deterioração funcional
destes sistemas com o envelhecimento.

Alterações posturais

O tônus muscular consiste na reação que mantém a posição ereta agindo


contra a força da gravidade. Deste modo, a postura ereta é conseguida de modo
complexo, no qual já participam os sistemas nervoso e osteo-mio-articular. Estes por
sua vez, sofrem os efeitos do processo de envelhecimento, determinando o declínio
da força, atrofias e fibrose, especialmente por desuso ou devido às condições
patológicas ou não, como cifose, artropatias, degeneração nervosa, distúrbios
endócrinos, metabólicos ou nutricionais, determinando a instabilidade da postura e
insegurança no andar.
O processo de envelhecimento afeta todos os componentes do controle
postural – sensorial (visual, somatossensorial e vestibular), efetor (força, amplitude de
movimento, alinhamento biomecênico, flexibilidade) e central. A integração dos vários
sistemas corporais sob o comando central é fundamental para o controle do equilíbrio
corporal.

Reabilitação

Como as consequências do desequilíbrio são potencialmente sérias, a


estratégia mais importante e fundamental é impedir que aconteçam, adotando
atitudes, condutas e políticas que levem à sua prevenção. Nesse contexto, a
fisioterapia exerce um papel fundamental no treino do equilíbrio em idosos com
instabilidade no sistema mantenedor do equilíbrio. A reabilitação atua realizando
fortalecimento muscular, treino de marcha – em terrenos estáveis e instáveis, além de
promover melhora da postura e da resposta adaptativa proprioceptiva. Quando
associado a outros quadros patológicos, é essencial que a intervenção esteja voltada
para a readequação cognitivo-motora-sensorial do paciente.
Outras estratégias importantes envolvem a melhora da flexibilidade e a
prevenção de deformidades osteo-mio-articulares.

20
É fato que não se pode impedir que, com o avançar da idade, ocorram
alterações físicas e psíquicas triviais ao envelhecimento. Porém, sabemos que muitas
destas alterações podem ser evitadas/minimizadas por meio de atitudes e hábitos
realizados ao longo da vida. Mesmo assim, a Fisioterapia deve intervir sobre as
alterações fisiológicas ao envelhecimento, promovendo saúde e qualidade de vida à
população.

5 DOENÇAS RELACIONADAS À TERCEIRA IDADE E A PARTICIPAÇÃO DO


EXERCÍCIO

Fonte:revistabicicleta.com.br

Doenças comuns à toda população são evidenciadas na terceira idade e outras


são mais frequentes principalmente nessa fase do ser humano.
A obesidade, por exemplo, pode ocorrer em várias idades, porém, no idoso,
devido às várias mudanças fisiológicas, isso pode ser percebido quando se fala de
maior depósito de células adiposas no lugar de células musculares, devido a
sarcopenia decorrente à idade. A sarcopenia é a perda da massa muscular e

21
consequentemente da força e qualidade do músculo esquelético. Isso pode ocasionar
problemas na mobilidade e realização de atividades da vida diária aumentando
também a incidência de doenças crônicas como diabetes e osteoporose (MATSUDO,
2001).
O diabetes mellitus tipo II pode ser evitado combinando exercícios e dieta
adequada e o controle da glicemia pode ser melhorado. A sensibilidade a insulina
melhora no tecido muscular e em outros tecidos também, uma possível explicação é
devida ao aumento de transportadores de glicose da membrana celular (GALLO et.
al., 1999). Por ser uma doença autoimune se caracterizada pela destruição das
células beta, produtoras de insulina, e acontece por engano porque o organismo as
identifica como corpos estranhos, com isso sua ação é uma resposta autoimune. As
suas causas se concentram na hereditariedade, obesidade e o sedentarismo. Assim,
a prática da atividade física se faz necessária, pois aumenta a sensibilidade à insulina,
colabora na perda de peso e colabora para o controle do metabolismo corporal.
O momento de máxima produção óssea no ser humano é durante a terceira
década de vida, depois a produção cai ao longo dos anos e na velhice acelera ainda
mais essa queda. A doença que se relaciona bem com essa perda óssea é a
osteoporose. Ela ocorre especialmente em pessoas que fizeram uso crônico de
esteroides, tabaco e álcool, em homens com hipogonadismo e em mulheres após a
menopausa devido a diminuição do hormônio estrógeno, um dos responsáveis pela
manutenção óssea (GALLO et. al., 1999). Além da idade, essa perda óssea também
está relacionada à genética, estado nutricional, níveis hormonais e o nível de prática
de exercícios dos indivíduos (MATSUDO, 2001). A atividade física se faz necessária
em seu combate com caminhadas, musculação, danças, corrida, ou seja, mais
atividades com impacto, pois este leva a renovação celular dos ossos concedendo-
lhes mais força e diminuindo o risco de fraturas.
A hipertensão sistólica é bastante comum aos idosos. O percentual de
pacientes com hipertensão grave cresce ao longo dos anos dos idosos. A parede das
artérias dos idosos é menos flexível comparada a de pessoas mais jovens e isso
justifica a maior pressão sistólica. Essa diminuição da flexibilidade das artérias
acontece pela perda de elasticidade do tecido conjuntivo e aumento de aterosclerose.
Dessa forma novamente os exercícios tem papel fundamento na forma de tratamento
não medicamentoso ou auxiliando este, onde a atividade aeróbia moderada pode

22
trazer benefícios relevantes a esse idoso, exceto casos de contraindicação (GALLO
et. al., 1999).
Assim, quando se trata da Terceira Idade muitas vezes nos vem à cabeça
doenças, debilidade e incapacidade funcional. Sem dúvida muitas dessas doenças
causam o que chamamos de senilidade, que é um processo de envelhecimento
patológico, ou seja, acometido de várias doenças, o que degrada mais o organismo
do idoso e lhe ocasiona diversos fatores negativos em sua velhice. Inversamente a
senilidade, temos a senescência que o envelhecimento normal, onde ocorre um
processo natural de envelhecimento, assim, a doença não envelhece a pessoa e sim
um processo natural do organismo. Em virtude disso, quando nos deparamos com a
situação de senilidade, um educador físico especializado poderá utilizar da atividade
física para o combate ou tratamento de algumas das doenças que são comuns aos
idosos.
As doenças cardiovasculares são muito comuns nessa fase, marcadas por
infartos, anginas e insuficiência cardíaca. São doenças que causam grandes
problemas e causam preocupação por ser tratar da parte do organismo vital, ou seja,
debilitando-se o coração condena-se de certa forma o restante do corpo. As prováveis
causas conhecidas dessas doenças são a falta de atividade física, as altas taxas de
gordura no sangue, o cigarro, a obesidade e também a diabetes, com isso são
inúmeros os fatores que podem colaborar para tais problemas no idoso. Embasados
nisso, temos que fazer a aplicação da atividade física buscando acabar com o
sedentarismo do idoso, promover a baixa da gordura corporal e diminuindo seu peso,
assim criam-se hábitos de vida saudáveis e se evita em boa parte os problemas
cardiovasculares.
O derrame é outra doença que prejudica ao idoso, pois pode lhe levar a
incapacidade funcional total. O derrame envolve a perda das funções cerebrais pela
falta de sangue no cérebro. Um dos fatores que levam a esse quadro é a pressão alta,
alto colesterol e também a obesidade. Assim, por meio da atividade física podemos
tratar este fator antes que se desenvolva, levando o idoso a mexer-se nas práticas
físicas adequadas a sua idade, fazendo controle de pressão sanguínea adequada
durante a atividade e buscando meios de diminuir seu colesterol e peso.
Assim, fica claro que se pode colaborar na prevenção e também retardo dos
grandes problemas que acometem os idosos que passam pela senilidade nessa fase

23
da vida, com isso além do médico o profissional de educação física é grande aliado
no combate de doenças na terceira idade, pois cria um ambiente saudável que
colabora para que não só os idosos, mas todos possuam na sua velhice a plena forma.

5.1 Benefícios da Atividade Física em Idosos

A prática regular de exercícios físicos é reconhecida como a forma de se


prevenir e combater os males associados com o envelhecimento. Desta forma
devemos destacar que a atividade física bem aplicada na adolescência pode induzir
um adulto à prática permanente, tornando-se, no futuro, um idoso saudável.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), “o envelhecimento
é reconhecido como uma das mais importantes modificações na estrutura da
população mundial”.
Esta modificação é uma verdade em todos os países do mundo, porém entre
os dotados de menos recursos econômicos e sociais como o Brasil, a questão cerca-
se de uma gama muito maior de problemas. Segundo a World Health Statistics, em
1950 ocupávamos o 16º lugar em população com idade igual ou superior a 60 anos,
com 2,1 milhões de idosos. Em 2025, estima-se que este contingente se elevará a
31,8 milhões, o que nos elevará à 6ª posição.
Atualmente no Brasil, a população idosa atinge 9,9 milhões de pessoas, com
uma taxa de crescimento anual de 3,7% ao ano, mais do que o dobro da taxa de
crescimento da população total, que é de 1,4% ao ano, (JACOB, CHIBA e ANDRADE,
2000).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) manifesta sua preocupação com o
aumento da expectativa de vida, e diminuição da qualidade de vida, principalmente
considerando a incapacidade e a dependência.
Nesse aspecto, se destaca a influência positiva da atividade física, pois essa
constitui um excelente instrumento de promoção à saúde em qualquer faixa etária, em
especial no idoso, induzindo várias adaptações fisiológicas e psicológicas.
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2002).
Essas adaptações abrangem uma série de modificações nos sistemas
corporais do idoso, trazendo benefícios como a melhora da circulação periférica,

24
melhora do equilíbrio e da marcha, menor dependência para realização de atividades
domésticas e melhora da auto-estima e da autoconfiança, (NOBREGA et al, 1999).
Para McArdle, Kacth e Kacth (2003), apesar das reduções da capacidade
funcional e do desempenho nos exercícios, até mesmo entre os indivíduos ativos, o
exercício regular consegue contrabalançar os efeitos típicos do envelhecimento.
A Qualidade de Vida tem sido uma preocupação constante do ser humano,
desde o início de sua existência e, atualmente, constitui um compromisso pessoal à
busca continua de uma vida saudável.
A OMS propõe o termo de envelhecimento ativo, que é definido como sendo o
processo de aperfeiçoar oportunidades para a saúde, a participação e a segurança de
modo a melhorar a qualidade de vida no processo de envelhecimento de cada pessoa.

5.2 A Escolha da Atividade Física Adequada

A escolha é feita individualmente, levando-se em conta os seguintes fatores:

Preferência pessoal:

O benefício da atividade só é conseguido com a prática regular da mesma, e a


continuidade depende do prazer que a pessoa sente em realizá-la.

Aptidão necessária:

Algumas atividades dependem de habilidades específicas. Para conseguir


realizar atividades mais exigentes, a pessoa deve seguir um programa de
condicionamento gradual, começando de atividades mais leves.

Risco associado à atividade:

Alguns tipos de exercícios podem associar-se a alguns tipos de lesão. É essencial


que os exercícios sejam realizados com orientação profissional para evitar efeitos
indesejados ou prejuízos à saúde do praticante.

25
6 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO BRASIL

Fonte:capelapuc.org.br

Envelhecimento populacional é definido como a mudança na estrutura etária


da população, o que produz um aumento relativo das pessoas acima de determinada
idade, considerada como definidora do início da velhice. No Brasil, é definida como
idosa a pessoa que tem 60 anos ou mais de idade. O envelhecimento populacional é
um fenômeno natural, irreversível e mundial. A população idosa brasileira tem
crescido de forma rápida e em termos proporcionais.
Dentro desse grupo, os denominados “mais idosos, muito idosos ou idosos em
velhice avançada” (acima de 80 anos), também vêm aumentando proporcionalmente
e de maneira mais acelerada, constituindo o segmento populacional que mais cresce
nos últimos tempos, sendo hoje mais de 12% da população idosa.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
atualmente existem no Brasil, aproximadamente, 20 milhões de pessoas com idade
igual ou superior a 60 anos, o que representa pelo menos 10% da população
brasileira.

26
Segundo projeções estatísticas da Organização Mundial de Saúde – OMS, no
período de 1950 a 2025, o grupo de idosos no país deverá ter aumentado em quinze
vezes, enquanto a população total em cinco.
Assim, o Brasil ocupará o sexto lugar quanto ao contingente de idosos,
alcançando, em 2025, cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade.
É importante destacar, no entanto, as diferenças existentes em relação ao processo
de envelhecimento entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento.
Enquanto nos primeiros o envelhecimento ocorreu de forma lenta e associado
à melhoria nas condições gerais de vida, no segundo, esse processo vem ocorrendo
de forma rápida, sem que haja tempo de uma reorganização social e de saúde
adequadas para atender às novas demandas emergentes.
É função das políticas de saúde contribuir para que mais pessoas alcancem
idades avançadas com o melhor estado de saúde possível, sendo o envelhecimento
ativo e saudável, o principal objetivo.
Se considerarmos saúde de forma ampliada, torna-se necessária alguma
mudança no contexto atual em direção à produção de um ambiente social e cultural
mais favorável para população idosa.

Fonte:2.camara.leg.br

6.1 Demografia Do Envelhecimento Populacional No Brasil


O efeito combinado da redução dos níveis da fecundidade e da mortalidade no
Brasil tem produzido transformações no padrão etário da população, sobretudo a partir
27
de meados dos anos de 1980. O formato tipicamente triangular da pirâmide
populacional, com uma base alargada, está cedendo lugar a uma pirâmide
populacional com base mais estreita e vértice mais largo característico de uma
sociedade em acelerado processo de envelhecimento, como demonstram os gráficos
a seguir.

Esse quadro caracteriza-se pela redução da participação relativa de crianças e


jovens, acompanhada do aumento do peso proporcional dos adultos e,
particularmente, dos idosos. Em 2008, enquanto as crianças de 0 a 14 anos de idade
correspondiam a 26,47% da população total, o contingente com 65 anos ou mais de
idade representava 6,53%. Em 2050, o primeiro grupo representará 13,15%, ao passo
que a população idosa ultrapassará os 22,71% da população total.
Importante indicador que mostra o processo de envelhecimento da população
brasileira é o índice de envelhecimento. Em 2008, para cada grupo de 100 crianças
de 0 a 14 anos, havia 24,7 idosos de 65 anos ou mais de idade.
Neste período, a proporção de idosos cresceu mais de 170% enquanto a
redução da proporção de crianças até 14 anos foi de 42%, conforme se mostra no
Gráfico 2, a seguir.

28
Entre 2035 e 2040, haverá mais população idosa numa proporção de 18%
superior à de crianças e, em 2050, essa relação poderá ser de 100 para 172,7.
(Gráfico 3).

29
O Brasil caminha velozmente rumo a um perfil demográfico cada vez mais
envelhecido; fenômeno que, sem sombra de dúvidas, implicará na necessidade de
adequações das políticas sociais, particularmente daquelas voltadas para atender às
crescentes demandas nas áreas da saúde, previdência e assistência social.
Os ganhos sobre a mortalidade e, como consequência, o aumento da
expectativa de vida, associam-se à relativa melhoria no acesso da população aos
serviços de saúde, às campanhas nacionais de vacinação, aos avanços tecnológicos
da medicina, ao aumento do número de atendimentos pré-natais, bem como ao
acompanhamento clínico do recém-nascido e ao incentivo ao aleitamento materno, ao
aumento do nível de escolaridade da população, aos investimentos na infraestrutura
de saneamento básico e à percepção dos indivíduos com relação às enfermidades. O
aumento da esperança de vida ao nascer em combinação com a queda do nível geral
da fecundidade resulta no aumento absoluto e relativo da população idosa.

7 TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Fonte:onconews.com.br

Brasil não é exceção à tendência observada na maioria dos países. Desde a


década de 60, observam-se os processos de transição demográfica, epidemiológica

30
e nutricional no país, que resultam em alterações nos padrões de ocorrência das
enfermidades.
A transição epidemiológica caracteriza-se pela mudança do perfil de morbidade
e de mortalidade de uma população, com diminuição progressiva das mortes por
doenças infectocontagiosas e elevação das mortes por doenças crônicas. Além disso,
apresenta diversidades regionais quanto às características socioeconômicas e de
acesso aos serviços de saúde.
A figura a seguir (gráfico 5), apresenta as rápidas mudanças ocorridas no Brasil
nas últimas décadas, nas quais a mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias
caiu de 46% (em 1930) para 5,3% (em 2005), enquanto as mortes por doenças e
agravos não transmissíveis chegaram, em 2005, a representar dois terços da
totalidade das causas conhecidas. Nos países desenvolvidos, a transição
epidemiológica transcorreu em um período longo, enquanto nos países em
desenvolvimento ocorre de maneira rápida, acarretando profundas necessidades de
adaptação dos serviços de saúde às novas realidades.

31
8 MORTALIDADE

Fonte: i0.wp.com

Os agravos decorrentes das doenças crônicas não transmissíveis têm sido as


principais causas de óbito na população idosa, seguindo uma tendência mundial.
Quando são analisadas as causas específicas, a doença cerebrovascular ocupa o
primeiro lugar em mortalidade no país, tanto em idosos quanto na população geral, e
as doenças cardiovasculares, o segundo lugar. Nos países de alta renda e no mundo
de uma forma geral, observa-se o inverso quanto a essas duas causas, ou seja,
doenças cardiovasculares, em primeiro, e doença cerebrovascular, em segundo.
Vários motivos estão implicados nessa discrepância em relação ao restante do
mundo, provavelmente um dos mais importantes seja a alta prevalência de
hipertensão arterial na população brasileira e o não tratamento ou o tratamento
inadequado dessa doença, tendo em vista que a hipertensão arterial é o principal fator
modificável da doença cerebrovascular. Estes aspectos podem ser apreciados no
quadro abaixo (tabela 1).

32
9 MORBIDADE E USO DE SERVIÇOS DE SAÚDE

Fonte:atlasdasaude.pt

Considerando o conjunto das principais causas de internação hospitalar,


observa-se, também para a morbidade, um predomínio de doenças crônicas não

33
transmissíveis. Todavia, a pneumonia, causa específica que ocupa o segundo lugar,
não se enquadra nesse grupo.
Quando se trata de internação hospitalar pelo SUS, várias considerações
precisam ser feitas: o número de internações é condicionado à oferta do serviço, não
obstante guarda alguma relação com a ocorrência da enfermidade na população;
podem haver distorções quanto à notificação da morbidade, tendo em vista que o
sistema que notifica é o mesmo que remunera o prestador do serviço; nem todos os
idosos brasileiros são usuários exclusivos do SUS, em média 70% dos idosos
brasileiros o são, porém há variações regionais consideráveis, com uma tendência de
diminuição desses percentuais de Norte para o Sul do país.
Quando se trata de morbidade em idosos, aspectos da condição de saúde e
uso dos serviços de saúde na comunidade são extremamente importantes. Ver a
tabela 2, abaixo.

34
10 PRECAUÇÕES

10.1 – Como Evitar Quedas em Idosos

Fonte:destaquesp.com

Acidentes sempre acontecem com várias pessoas todos os dias e é por isso
que sempre devemos ser cuidadosos conosco e também com as pessoas que estão
a nossa volta, principalmente com os idosos que sempre estão sujeitos a quedas que
podem ocasionar lesões e acidentes graves aos mesmos.
As quedas são as principais causas de acidentes em pessoas idosas segundo
a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, e é por isso que devemos sempre
ficar atentos com os idosos para evitar essas quedas e também para que elas não se
tornem um acidente grave que acabe levando o idoso ao hospital.
Quem convive com pessoas idosas sabe que o cuidado deve ser extremo para
que não ocorra nenhum acidente envolvendo uma queda dentro ou fora de casa. Esse
cuidado extremo é essencial para que o idoso possa viver tranquilamente sem se
machucar, pois todos sabem que como os idosos tem um corpo mais frágil uma
simples queda pode causar um sério problema.

Como Evitar?

35
Todos nós um dia iremos conviver com uma ou mais pessoas idosas e
consequentemente também seremos uma, por isso devemos sempre ter o máximo de
cuidado possível com os idosos e também repassar esses cuidados para que outras
pessoas possam fazer o mesmo.

 Deixe os caminhos livres, retirando móveis e entulhos;


 Retire tapetes soltos, cordões e fios (telefone, extensões) do assoalho;
 Não deixe animais soltos;
 Prenda tacos soltos e bordas soltas de carpetes;
 Não encere pisos;
 Coloque uma iluminação adequada para a noite, principalmente no caminho do
banheiro;
 As escadas devem ter corrimãos, boa iluminação e faixa colorida e
antiderrapante na borda dos degraus;
 Substitua ou conserte móveis instáveis;
 Evite cadeiras muito baixas e camas muito altas (deve ter a altura do joelho do
idoso);
 Evite o uso de chinelos, salto alto e sapatos de sola lisa;
 Não deixe o idoso andar de meias;
 Guarde itens pessoais e objetos mais usados ao nível do olhar ou um pouco
mais embaixo.
 Não troque os móveis de lugar, pois o idoso se acostuma com o ambiente a
sua volta e se você o modificar ele poderá esbarrar em algum móvel ou objeto
que até então não estava no lugar por onde ele costumava passar e ele acabará
tropeçando e caindo.
 Coloque interruptores e luzes próximos a cama.
 Evite ter degraus dentro de casa de um cômodo para o outro.

No banheiro

 Instale barras de apoio no chuveiro e no vaso sanitário;


 Instale um vaso sanitário mais alto;
 Mantenha um banquinho para lavagem dos pés;
36
 Use capachos e tapetes antiderrapantes;
 Não use chaves na porta dos banheiros.

Fora de casa

 Conserte calçadas e degraus quebrados;


 Remova soleiras altas das portas;
 Limpe caminhos e remova entulhos;
 Instale corrimão em escadas e rampas;
 Instale iluminação adequada em calçadas, portas e escadas.

Com relação ao idoso

• Evite que ele se levante rapidamente após acordar: esperar alguns minutos
antes de sentar e de caminhar;
• Atravesse a rua sempre nas faixas de segurança;
• Dar medicamentos somente sob orientação médica; cuidado especial para os
diuréticos, remédios para pressão e calmantes;
• Estimule o idoso à prática de atividades de coordenação e concentração como
dança, artesanato, palavras cruzadas e jogos.

Fonte:cdn.blogcamp.com.br

37
10.2 Como Ajudar na Comunicação

Fonte:institutovivabem.com.br

Comunicar envolve, além das palavras que são expressas por meio da fala ou
da escrita, todos os sinais transmitidos pelas expressões faciais, pela postura corporal
e também pela proximidade ou distância que se mantém entre as pessoas; a
capacidade e jeito de tocar, ou mesmo o silêncio em uma conversa.
Algumas vezes a pessoa cuidada pode ficar irritada por não conseguir falar ou
se expressar, embora entenda o que falam com ela. Para facilitar a comunicação,
serão descritas a seguir algumas dicas:

• Use frases curtas e objetivas.


• No caso de pessoas idosas, evite tratá-las como crianças utilizando termos
inapropriados como “vovô”, “querido” ou ainda utilizando termos diminutivos
desnecessários como “bonitinho”, “lindinho”, a menos que a pessoa goste.
• O cuidador deve repetir a fala, quando essa for erroneamente interpretada,
utilizando palavras diferentes.
• Fale de frente, sem cobrir a boca, não se vire ou se afaste enquanto fala e
procure ambientes iluminados para que a pessoa além de ouvir veja o movimento dos
lábios da pessoa que fala com ela, assim entenderá melhor.

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• Aguarde a resposta da primeira pergunta antes de elaborar a segunda, pois a
pessoa pode necessitar de um tempo maior para entender o que foi falado e
responder. Não interrompa a pessoa no meio de sua fala, demonstrando pressa ou
impaciência. É necessário permitir que ele conclua o seu próprio pensamento.
• Caso o cuidador não entenda a fala da pessoa cuidada, peça que escreva o
que quer dizer. Se a pessoa cuidada não puder escrever, faça perguntas que ela
possa responder com gestos e combine com ela que gestos serão usados, por
exemplo: fazer sim ou não com a cabeça, franzir a testa ou piscar os olhos, entre
outros.
• Diminua os ruídos no ambiente onde a pessoa cuidada permanece.
• Sempre que a pessoa demonstrar não ter entendido o que foi falado , repita o
que falou com calma evitando constranger a pessoa cuidada.
• Procure falar de forma clara e pausada e aumente o tom de voz somente se
isso realmente for necessário.
• Verifique a necessidade e condições de próteses dentárias e/ou auditivas que
possam estar dificultando a comunicação.
• Converse e cante com a pessoa, pois essas atividades estimulam o uso da
voz.
• A música ajuda a pessoa cuidada a recordar pessoas, sentimentos e
situações que ocorreram com ela, ajudando na sua comunicação.
• O toque, o olhar, o beijo, o carinho são outras formas de comunicação que
ajudam o cuidador a compreender a pessoa cuidada e ser compreendido por ela.

Alterações que podem ser encontradas na comunicação

Algumas mudanças na maneira da pessoa cuidada se comunicar que podem


sugerir alguma alteração do seu estado de saúde. Observe alguns exemplos, para
poder interpretar:
• Dificuldade para expressar uma ideia e, no lugar, usar uma palavra ou frase
relacionada com essa ideia, por exemplo: em vez de dizer caneta, diz: “aquela coisa
de escrever”.
• Não entender ou entender apenas parte do que falam com ela.
• Fala sem nexo ou sem sentido.

39
• Dificuldade para escrever e para entender o que está escrito.
• Não conseguir conversar, parar a conversa no meio, parece que não percebe
as pessoas que estão perto dela, ou falar sozinha.
• Dificuldade para expressar as emoções: pode sorrir quando sente dor ou
demonstrar tristeza e chorar quando está satisfeita, se agitar ou ficar ansioso ao
expressar carinho e afeto.
• As dificuldades de comunicação são sinais frequentemente presentes na
demência e outras doenças neurológicas. Caso o cuidador observe uma ou mais
dessas alterações deve procurar a Unidade de Saúde.

É comum as pessoas idosas e também as pessoas com demência, doença


de Alzheimer, esquecer de situações vividas, do nome de pessoas e coisas,
trocar palavras. Essas situações provocam embaraços e angústia tanto à
pessoa cuidada como aos familiares.

É importante que o cuidador ao se referir a alguém conhecido, explique à


pessoa cuidada de quem está falando: “Maria, sua filha”; “João, seu vizinho”,
assim a pessoa vai se situando melhor na conversa e vai relembrando pessoas
e fatos que havia esquecido. É preciso falar com simplicidade e pedir que a
pessoa toque objetos, retratos e quadros, isso ajuda a “puxar” a memória e a
melhorar a conversa.

40
11 OS DIREITOS DOS IDOSOS NO BRASIL

Fonte:i0.wp.com

"No estudo Síntese de Indicadores Sociais, divulgado em 2016, o órgão conclui


que o processo de envelhecimento da população vai exigir novas prioridades na área
de políticas públicas, envolvendo, principalmente, os setores de saúde e a previdência
social – tanto é que um dos principais pontos da reforma da Previdência diz respeito
à ampliação da idade mínima para aposentadorias. Mas, atualmente, que direitos
amparam os idosos? "
"No Brasil, é a Lei 10.741/2003, conhecida como Estatuto do Idoso, que regula
as principais prerrogativas dos integrantes da chamada “terceira idade”, bem como
dispõe sobre quais são os deveres da sociedade, da família e do Poder Público para
com essas pessoas. Outros dispositivos legais também apontam tais direitos, como o
Código Civil, a Lei 9.029/1995 – que proíbe práticas discriminatórias para a admissão
ou permanência de funcionário no emprego – e a própria Constituição Federal. "

Violência e abandono

Somente no primeiro semestre de 2017, o Paraná registrou 453 denúncias de


violência contra pessoas idosas. O texto do estatuto prevê que “nenhum idoso será
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objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou
opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na
forma da lei”.
Segundo a lei, abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde ou
estabelecimentos similares, ou não prover suas necessidades básicas, é atitude
passível de detenção, que pode variar de seis meses a três anos, além de render
multa. Também podem ficar presos por até um ano aqueles que colocarem a
integridade física e a saúde da pessoa idosa em risco. A coação do idoso a doar,
contratar, testar ou outorgar procuração é outra atitude que pode render reclusão, com
pena que pode variar de dois a cinco anos.

Mercado de trabalho

O Estatuto do Idoso veda a discriminação e a fixação de limite máximo de idade


na admissão de empregos, mesmo em concursos públicos – a não ser que a natureza
do cargo exija. A regra também encontra embasamento na Constituição Federal (CF),
que prevê que o bem comum deve ser promovido sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor e idade, e na Lei 9.029/1995, que proíbe a adoção de práticas
discriminatórias para efeito de acesso ou manutenção da relação de trabalho.
Recentemente, o TST condenou um banco do Espírito Santo a pagar
indenização por danos morais a uma funcionária incentivada a aderir um plano
antecipado de afastamento voluntário. Para a Corte, houve discriminação por idade
na dispensa da bancária.

Pensão alimentícia

Ainda que o mais comum seja observar situações em que pais são obrigados
a pagar pensão alimentícia aos filhos, o contrário também encontra previsão legal. O
artigo 12 do Estatuto do Idoso dispõe que os idosos que não tiverem condições de se
sustentar têm direito a receber pensão – e o genitor pode escolher de qual filho quer
receber a obrigação.
A Constituição Federal e o Código Civil também preveem essa possibilidade.
Enquanto a Constituição traz que “os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar

42
os pais na velhice, carência ou enfermidade”, o Código Civil prevê que “o direito à
prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos”.

Assistência à saúde

O Poder Público deve fornecer gratuitamente medicamentos aos idosos,


especialmente em relação àqueles de uso continuado, como próteses. Os idosos
também têm atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS).
Ainda que o Estatuto do Idoso vede a discriminação por parte dos planos de
saúde, no tocante à cobrança de valores diferenciados em razão da idade, a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entende que o ajuste proporcional
de preços à idade do segurado está ligado à expectativa de aumento na procura por
serviços médicos e hospitalares por parte dos idosos. O que não se pode fazer, de
acordo com a Corte, é tornar o valor da mensalidade tão elevado de modo a inviabilizar
a aquisição do plano pelo idoso.

Justiça

Os idosos também têm prioridade na tramitação de processos judiciais nos


quais figure como parte ou interveniente. Para conseguir o benefício, é preciso fazer
prova da idade e requerê-lo junto à autoridade judiciária competente. Em caso de
morte, a prioridade se estende ao cônjuge ou companheiro, também com mais de 60
anos.

Transporte

A Lei 10.048/2000, que trata da prioridade de atendimento em serviços, dispõe


que nos veículos de transporte coletivo públicos urbanos e semiurbanos devem haver
assentos reservados e identificados para idosos. Gestantes, lactantes, pessoas com
deficiência e pessoas acompanhadas com crianças de colo também estão englobadas
na norma.
Segundo o Estatuto do Idoso, o número deve corresponder a 10% dos assentos
disponíveis no veículo. A lei também traz que estacionamentos públicos e privados

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devem separar 5% das vagas para idosos, que precisam ter identificação em seus
veículos.

Viagem interestadual

Idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos têm direito a viajar
gratuitamente em ônibus interestaduais. De acordo com o Estatuto do Idoso, a cada
viagem devem ser reservadas duas vagas gratuitas por veículo e, se houver mais
procura, deve haver mais dois lugares com desconto de 50%.

Lazer

O artigo 23 do Estatuto do Idoso estabelece que maiores de 60 anos têm direito


a meia-entrada (50% de desconto) em ingressos para eventos artísticos e culturais,
de lazer e esportivos. Eles também têm acesso preferencial aos lugares onde são
sediados tais encontros.

Casamento e separação de bens

Quem optar por casar após os 70 anos de idade deve aderir à separação
obrigatória de bens, conforme prevê o Código Civil. Esse tipo de regime de bens exige
que os cônjuges façam um pacto pré-nupcial em cartório, estabelecendo que os bens
de ambos são incomunicáveis – ou seja, mesmo após o casamento continuam
pertencendo apenas a quem já pertenciam antes da união.

11.1 Como fazer valer os direitos dos idosos?

Caso exista alguma suspeita ou conformação de agressão ao idoso, os órgãos


que devem ser comunicados são a autoridade policial, o Ministério Público, o
Conselho Municipal do Idoso, o Conselho Estadual do Idoso e o Conselho Nacional
do Idoso.

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Qualquer órgão público citado acima tem o dever de zelar pelos direitos dos
idosos de maneira justa. O idoso que não tiver condições de manter sua subsistência
e que comprovar que nenhum membro de sua família pode auxiliá-lo financeiramente,
tem direito a receber um salário mínimo.
Caracterizará dependência financeira e legal quando o idoso for acolhido por
adulto ou família. Entre os direitos garantidos pelo Estatuto do Idoso, está que 10%
dos assentos do transporte coletivo são exclusivos para idosos.
Os direitos dos idosos são aplicados com punição sempre que forem omitidos
ou abusados por família, entidade, sociedade e/ou Estado.
O Estatuto do Idoso assegura a essas pessoas direitos e respeito que deveriam
fazer parte da sociedade. Os idosos já contribuíram muito para a construção financeira
e de conhecimento. É direito do idoso ser amparado nesta fase de sua vida que inspira
tantos cuidados e carinho.
O Ministério Público e o Judiciário podem determinar que o idoso tenha
tratamento de saúde domiciliar ou hospitalar. Como podemos ver, assento exclusivo
em transporte público ou meia-entrada em cinemas e teatros não são os únicos
benefícios que os idosos têm direito.
O idoso, assim como qualquer cidadão, tem direito a políticas sociais,
assistência social e amparo contra qualquer negligência cometida. Os direitos dessas
pessoas devem ser preservados, respeitados e protegidos, assim como os direitos de
qualquer pessoa que resida no território brasileiro.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre os direitos dos idosos, faça que
sejam respeitados, procurando os órgãos públicos responsáveis sempre que os
direitos forem omitidos ou agredidos. Não basta existirem leis se a sociedade não
exigir que sejam cumpridas.
Não é só dever dos órgãos públicos zelar pela integridade dos idosos, a
sociedade tem o dever de denunciar. Por isso, denuncie qualquer tipo de agressão
ligando para o disque 100 do governo. Nesse número, pode ser feito todo tipo de
denúncia, desde apropriação ilegal de pensões até a violência física.

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12 LEITURA COMPLEMENTAR

Nome do autor: Wilson Jacob Filho


Data de acesso: 28/07/2018
Disponível em:
http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-
18122009000200007&lng=en&nrm=iso&tlng=en

FATORES DETERMINANTES DO ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

Antes de enumerar os procedimentos atualmente reconhecidos como eficazes


para manutenção e/ou promoção do envelhecimento saudável cabe aqui fazer
inicialmente uma identificação mais objetiva sobre os dois fundamentos desta
intervenção:

Envelhecimento: processo comum praticamente a todos os seres vivos que,


no seu transcorrer, provoca modificações de ordem somática e psíquica que
determinam alterações da relação do indivíduo com o meio que o cerca. Confort, em
1979, conceituou o processo de envelhecimento como "a redução dos mecanismos
de manutenção da homeostasia em condição de sobrecarga funcional" (CONFORT,
1979).
Em síntese, o envelhecimento pode ser entendido como um processo de
redução da reserva funcional, sem comprometer, na quase totalidade dos
mecanismos, a função necessária para as atividades do cotidiano. A existência de
uma limitação funcional evidente, mesmo em um nonagenário, deve ser entendida,
portanto, como o efeito de um processo fisiopatológico (senilidade ou envelhecimento
secundário), portanto de uma doença mais do que uma evolução atribuível ao
processo natural de envelhecimento (senescência ou envelhecimento primário).
Saudável: atributo de quem tem saúde, termo ainda entendido como "ausência
de doenças". Assim, fosse contando com as técnicas diagnósticas atuais e com o
aumento da expectativa de vida do ser humano, seriamos todos "condenados" a não
ter saúde, portanto seríamos considerados insanos já nas primeiras décadas de vida.

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Fácil é perceber que, à medida em que envelhece, o homem vai acumulando
doenças crônicas que farão parte, com grande frequência, do seu patrimônio pessoal
durante toda a existência. Por outro, lado é absolutamente patente que as doenças
crônicas causem suas principais consequências quando cursam de forma
descontrolada ou descompensada. Há, portanto, nítida diferença entre o portador de
hipertensão arterial sistêmica (HAS) devidamente tratada e aquele que mantém níveis
pressóricos elevados.
Assim, com o intuito fundamental de distinguir estas condições, a Organização
Mundial de Saúde (OMS), em 1947, definiu que "saúde é um estado de pleno bem-
estar físico, psíquico e social" (OMS, 1947). Resume, portanto, nesta frase, as
condições adequadas de vida para um ser humano em qualquer idade, cultura ou
perfil socioeconômico.
No que diz respeito ao idoso, fica claro que este estado de saúde deve coexistir
com a existência de uma ou mais doenças crônicas.
Estudos realizados no município de São Paulo revelaram que 78% dos idosos
tinha pelo menos uma doença crônica que necessitava de um tratamento
medicamentoso. Estes dados são compatíveis com os do Instituto Nacional de Saúde
americano (NIH,2000), de que 3/4 da população idosa americana tem pelo menos
uma doença crônica e que destas, mais da metade (56%) tem duas ou mais doenças
crônicas (Bodenheimer; Wagner; Grumbach, 2002).
Torna-se necessário, portanto que haja a possibilidade de minimizar os efeitos
deletérios da doença para que possa ocorrer para a maioria dos idosos uma
perspectiva de experimentar um envelhecimento saudável.
Se por um lado isto é um anseio de todo indivíduo que almeja possuir sua
autonomia e independência durante toda a vida, este também é uma necessidade das
Instituições de Saúde que entendem ser impossível para qualquer tipo de economia
ou de desenvolvimento político social a manutenção da saúde de uma população
exponencialmente crescente e com índices de comodidades muito elevados.
Muitas são, portanto, as estratégicas recomendadas para a Promoção do
Envelhecimento Saudável. Em 1992 a OMS, por intermédio da Organização Pan
Americana de Saúde (OPAS) recomendou que a "Promoção da Saúde do Idoso seja
realizada por ações interdisciplinares" e que "estas ações sejam dirigidas,

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especificamente, para reduzir, nesta população, o risco de adoecer e de morrer"
(OPAS, 1992).
Estas recomendações corroboram o nosso conceito de atuação neste sentido
identificando-o como Senecultura (termo proposto em 1985), que ao nosso ver é "o
conjunto de ações interdisciplinares que contribuem efetivamente para Promoção de
Saúde do Idoso" (Jacob-Filho, 1998).
Fica evidente que não é possível realizar esta proposta sem a cooperação das
diferentes áreas profissionais envolvidas com o envelhecimento. Neste mister, a
gerontologia assume, muitas vezes o papel fundamental para a eficácia da
intervenção.
Ao nosso ver "seria impossível que um profissional reunisse o conhecimento e
habilidade para atender adequadamente o idoso" e que torna a promoção do
envelhecimento saudável um desafio interdisciplinar para os períodos presente e
futuro (Jacob-Filho, 1984).
Não temo afirmar que, se o século XX caracterizou-se pela grande revolução
etária da população do mundo, o século XXI será caracterizado pela solução dos
problemas que este fenômeno determinou. Para tal, muitas possibilidades de atuação
em diferentes fases do desenvolvimento terão que ser rapidamente implementadas.
No cenário atual, a população que apresenta maior crescimento relativo, seja
nos países desenvolvidos, seja nos em desenvolvimento, são os "muito idosos"
(pessoas com 80 ou mais anos). A título de exemplo, na década de 1991 a 2000, esta
faixa etária apresentou, no Brasil (segundo o IBGE), um crescimento de 63%
enquanto que a população nestes 19 anos cresceu apenas 3% (IBGE, 1999; 2000).
Importante frisar que é exatamente nesta faixa etária que ocorrem as maiores
complicações das doenças crônicas malcuidadas. Dados recentes da professora
Lebrão (Projeto SABE, 2003) e da OMS revelaram que, dentre os muitos idosos, haver
incapacidade para realizar todas as atividades de vida diária (AVD) superior a 75% e
para as atividades instrumentais (AIVD) de mais de 80% (labrão; Duarte, 2003).
Cabe ressaltar que estas limitações tornam inviável a permanência destes
octagenários em seu meio ambiente se não houver a existência da figura do cuidador,
elemento crítico para a manutenção da integridade física e emocional deste longevo,
mas que pode, em muitos casos inexistir, o que favorece a opção familiar pela
institucionalização.

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Acredito que estas considerações iniciais possam justificar a busca universal
por soluções que visem a prevenção e/ou a recuperação da saúde com vistas a
preservar a funcionalidade de quem envelhece.
Enumero adiante as ações que vem sendo propostas não apenas para atender
as expectativas manifestas pela OPAS de reduzir a morbimortalidade para tornar o
envelhecimento uma fase incluída no cenário evolutivo do ser humano saudável.

Avaliação Global do Idoso (AGI)

Esta atitude, por muitos interpretada como procedimento puramente mecânico


está sendo entendida como uma importante ferramenta para atuar preventivamente
nos diferentes fatores de risco da saúde do idoso. Em uma comparação sobre a
eficácia da AGI aplicada sistematicamente a uma população americana, comparando-
a a um grupo-controle para o evento "institucionalização", demonstrou-se que houve
nítida redução (28%) desta ocorrência dentre os submetidos a AGI (LUK; OR; WOO,
1998).
A importância deste impacto foi comparada, pelos autores, ao uso de
betabloqueador no período após o Infarto Agudo do Miocardio (IAM), que reduz risco
de novo IAM em 26% dos casos e da terapia adjuvante à mastectomia por câncer de
mama, que reduz a recidiva em 29%. Na AGI podem ser detectadas muitas das
particularidades que determinarão má evolução futura. A funcionalidade dos membros
superiores avaliada sistematicamente por um teste simples e prático proposto por
Guralnik (1995) revelou fortes indícios de quem, na evolução, foi encaminhado a
um nursing home em uma grande população americana (Guralnik; Ferruci; Simonsick,
1995). Uma vez detectada a limitação, opta-se por qual medida seria a mais
conveniente para eliminar o fator de risco ou reduzir a sua progressão.
A título de exemplo, as fases iniciais da Doença de Parkinson ou a sarcopenia
acentuada podem, muitas vezes, não ser manifestas como sintomas e passarem
desapercebidas ao olhar menos sensibilizado. Em uma AGI sistemática, esta limitação
tornar-se-á evidente e o tratamento será iniciado precocemente, seja ele
medicamentoso ou não. Da mesma forma visão, audição, equilíbrio, cognição, humor,
sono, autonomia e independência, estado nutricional, continência urinária e fecal, rede
de suporte social, auto avaliação da saúde, perspectivas futuras, enfim todos os

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parâmetros determinantes do "estado de pleno bem-estar físico psíquico e social"
devem ser conhecidos para que seja possível, na cronologia indicada, intervir
adequadamente.

Estímulo à atividade física regular

Infelizmente, embora tenhamos cada vez mais evidência a favor dos efeitos
preventivos dos exercícios em relação aos principais fatores de riscos para as
doenças comuns à segunda metade da vida, vemos com pesar um progressivo
sedentarismo sendo incorporado aos hábitos e costumes do homem moderno. Quem
poderia supor, há algumas décadas que teríamos que atuar contra o sedentarismo
infanto-juvenil. Estudos recentes demonstram que a obesidade é muito mais uma
condição da atividade do que de um aumento expressivo da ingestão calórica. Há
nítida correlação entre o peso corporal e o tempo em que o indivíduo permanece
diante de uma tela, seja ela de televisão ou de computador. Se isto é preocupante
entre os mais jovens, é ainda mais entre os idosos, pois esta progressiva redução da
mobilidade que caracteriza os hábitos da maioria das pessoas que envelhecem torna-
se um dos principais motivos para o incremento da sarcopenia e das limitações
funcionais. Há tanto interesse em modificar esta condição de imobilismo que
campanhas voltadas para o estímulo à prática de atividade física regular estejam
ocorrendo a nível local ("Agita São Paulo") ou no mundo (Carta a Heidelberg), entre
outros.
O estímulo, porém, para hábitos de vida mais sedentários (elevadores, esteiras
rolantes, controles remotos, entregas a domicílio, compras pela internet, trabalho e
educação à distância) são importantes opositores a esta intenção. Salienta-se que,
para os idosos há o agravante de encontrar os ambientes favoráveis para a prática de
exercícios. Ao nosso ver, mais do que construir opções apropriadas que dependam
de recursos financeiros e políticos poucos disponíveis, há que se "customizar” os
ambientes já existentes. Temos recomendado que idosos interessados em iniciar um
programa de atividades físicas, façam suas caminhadas em segurança nas alamedas
das galerias e shoppings centers antes da abertura das lojas. Em mais de um deles
já ocorreu, por iniciativa das empresas locais, a contratação de um Professor de
Educação Física ou de uma Fisioterapeuta para orientar os exercícios que precedem

50
e sucedem a caminhada. Obviamente não é a solução que nos satisfaz, mas é com
certeza um passo importante da mobilização de um segmento em busca de novas
opções em favor da sua saúde.
Deste ponto para a busca por exercícios mais específicos para cada demanda
ou necessidade, teremos um caminho bem mais curto e favorecido. Cabe aos
profissionais a responsabilidade de incentivar com as evidências já suficientemente
disponíveis, que a atividade física faça parte do cotidiano de quem pretende ter um
envelhecimento saudável. Em recente manifestação do professor Keneth Cooper,
defensor contumaz dos exercícios aeróbicos na proteção do sistema cardiovascular
nas décadas de 70/80, hoje um praticante confesso dos exercícios resistidos por
entender que esta composição é a que melhor protege e recupera a funcionalidade
do idoso. Do alto dos seus 78 anos conclui "quem não tiver tempo para realizar
atividades físicas vai ter que encontrar tempo para cuidar de suas doenças".

Mudanças de hábitos deletérios

Não há dúvida atuais quanto à importância da interrupção de tabagismo em


qualquer idade. Os benefícios são evidentes a partir da oitava semana de abstinência.
Não há motivo, pois para se admitir que o tabagismo possa ser indiferente para quem
fuma há seis décadas. Entendo que quem justifica a manutenção por ser este "o seu
único amigo" ou "o último prazer que lhe resta" é portador de um distúrbio afetivo
sintomático e necessita ser tratado como tal. Uma abordagem adequada não só
interromperá a exposição ao tóxico como propiciará um retorno ao equilíbrio psíquico
e ao convívio social independente de subterfúgios prejudiciais à saúde.
A mesma forma se encontra o conhecimento sobre o alcoolismo. Especial
atenção deve ser dada a esta prática em idosos quando muitas vezes retomam ou se
iniciam nesta condição como substituto dos seus desajustes psíquicos e sociais. Por
outro lado, tem sido demonstrado que o uso moderado de bebidas alcoólicas em
especial o vinho (mais ou menos 150 a 200ml dia) pode ser acompanhado de menor
incidência de doenças cardiovasculares e neurológicas. No nosso entendimento, as
controvérsias com relação a ser este um fator causal ou meramente marcador do
equilíbrio emocional (nem falta nem exagero) ainda não nos permite identificar esta
prática com recomendável. Devem ser entendidas também como hábitos deletérios,

51
aquelas que ocupam demasiado tempo no cotidiano das pessoas. São, em geral,
atividades que impedem uma agradável distribuição dos papéis profissionais e sociais
e que no futuro, quando interrompidas, vão causar importante transtorno no estado de
saúde, conforme a definição da OMS.
São bons exemplos aqueles que se destinam, fundamentalmente, a um só
objetivo profissional ou a cuidar de seus dependentes (filhos ou parentes enfermos).

Adequação nutricional

A longo tempo sabemos (mas pouco aplicamos) que há uma necessidade


nutricional para cada fase da vida ou cada condição funcional. O envelhecimento é
um dos grandes exemplos desta condição. Além de se tratar de um processo de
heterogeneidade funcional, onde mesmo gêmeos univitelinos que envelhecem em
condições diversas, tornar-se-ão incomparáveis nas décadas futuras. Encontraremos
em uma população de mesma idade, uma grande gama de situações em que a dieta
deverá ser adaptada. Com isto, quero enfatizar que não existe uma "dieta ideal para
o idoso". São razoavelmente estudadas, quais as necessidades alimentares para cada
componente e em que condições devem ser limitadas ou suplementadas. Não
raramente, porém, encontramos, mesmo em ambientes funcionalmente
financeiramente favorecidos, a existência de desnutrição proteica, porque foram
oferecidos ao idoso nos últimos anos os "alimentos mais leves" constituídos em geral
de carboidratos. Fatores outros como a dentição, as possibilidades de compra e de
preparo do alimento, a necessidade de viver e de cozinhar sozinho, os distúrbios de
humor e as alterações do aparelho digestivo, em meio aos efeitos deletérios da
diminuição do apetite, secreção de saliva e paladar criam um cenário muito favorável
ao prejuízo nutricional.
Desta condição para o comprometimento da saúde, o a evolução é certa e
imediata. As consequências estruturais (osteoporose, sarcopenia e atrofia do tecido
subcutâneo) e funcionais (imunidade, locomoção, controle da temperatura) são
frequentemente relacionadas aos mecanismos fisiopatológicos da quase totalidade
das doenças que acometem o idoso. Não creio haver qualquer estratégia de
prevenção e/ou planejamento terapêutico, mormente em idosos, que possa prescindir
da adequação nutricional. Importante salientar que estas recomendações, à

52
semelhança da atividade física, devem partir de um basal comum à maioria das
pessoas, mas deve atender às características individuais de cada idoso. Respeitar os
valores culturais, hábitos, preferências e condições econômicas são as
particularidades que identificam o profissional capacitado a atuar nesta faixa etária. A
opção de obter, da alimentação, uma interessante opção de busca pelo prazer pode,
muitas vezes, ser a porta inicial da solução de importantes conflitos sociais. Bom
exemplo desta capacidade tem sido evidenciada por estudos realizados com a
introdução de animais domésticos na residência de quem vive sozinho ou em
instituições de longa permanência (ILP), denominada pet therapy. Observa-se, em
consequência, incremento da condição nutricional (companhia para comer e ter que
preparar o alimento) e das atividades físicas (ter que levar o animal passear, ao
veterinário, ao pet shop) e da autoestima.

Postergar o início das doenças

Este é um dos aspectos mais interessantes a ser incluído entre os indivíduos


que visam o envelhecimento saudável. Se, por um lado, estamos cientes da grande
probabilidade de sermos portadores de doenças crônicas na fase intermediária da
vida, não há porque esperá-las passivamente para depois tratá-las. Quem melhor
postulou esta possibilidade foi Fries (1980) demonstrando que o aumento da
expectativa de vida de uma população enferma produz "aumento de vida com doença"
o que pouco contribui para o bem-estar do indivíduo ou da sociedade.
Por outro lado, os procedimentos que visam produzir os fatores de risco têm
por objetivo postergar o aparecimento das doenças nos geneticamente predispostos
fazendo com que se manifestem mais tardiamente ou não tenham a possibilidade de
se manifestar. Bons exemplos são o controle da obesidade nas pessoas de maior
risco para diabete, a restrição de sal para os propensos a HAS ou uso de meias
elásticas para quem descende de portadores de varizes dos membros inferiores.
Assim podemos almejar em breve, quando pudermos detectar os determinantes
genéticos para cada enfermidade, quais as principais estratégias a que cada um deve
aderir. Por enquanto nos valemos das informações advindas dos antecedentes
familiares e do conhecimento sobre incidências e prevalência de cada enfermidade
em cada fase da vida. Nem todos necessitam de tudo, mas a possibilidade de prevenir

53
a ocorrência precoce de uma enfermidade crônica trará inigualável benefício quanto
à possibilidade das futuras complicações. Segundo Fries, mesmo quando há alguma
perda na expectativa de vida total, a compressão da morbidade terá grande benefício
na ampliação do período de vida sem doença e sem grandes limitações (FRIES,
1980).

Ampliação da rede de suporte social

Mesmo quando tivermos, em futuro próximo, a aplicação de grande parte


destas medidas de Promoção do Envelhecimento Saudável, haverá um momento em
que o idoso tornar-se-á mais limitado e dependente de outrem. Nesta fase da vida,
serão de grande valia todos os laços afetivos e sociais que cultivou durante a sua
existência. Será impactante em qualquer fase desta evolução, mas principalmente na
etapa mais avançada, que hajam pessoas interessadas em tornar este período o mais
confortável possível. Surpreende-se, em geral, quem dele participa, com a quantidade
de ações simples e protetoras de bem-estar que se pode incluir nesta fase da vida.
Estudos muito bem conduzidos têm demonstrado que a magnitude da Rede de
Suporte Social tem sido um dos fatores mais relevantes na Qualidade de Vida do idoso
no extremo da sua longevidade.
Com esta explanação sobre o tema limitada pelo tempo e pelas condições
emocionais em que foram escritas, fica claro, espero eu, que a Promoção do
Envelhecimento Saudável seja uma das grandes, senão a maior, prioridade para as
Instituições de Saúde no transcorrer deste século, pois sua implementação implica em
cuidar de todas as condições de saúde do ser humano desde a sua concepção, visto
que cada passo precedente foi e será fundamental na condição posterior do indivíduo
que envelhece.
Na sua mais recente reunião sobre o tema (Genebra, 2002), a OMS
manifestou-se a respeito das políticas de saúde objetivando o envelhecimento ativo e
propôs, como diretrizes, ações que vão desde o cuidado da gestante para propiciar o
melhor desenvolvimento intrauterino do futuro idoso até o estímulo para que este, nas
fases mais avançada de sua vida, possa fazer uso dos instrumentos que a sua
comunidade tem a lhe oferecer (OMS, 2002).

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