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O ENVELHECIMENTO ............................................................................... 2
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO........................................................ 7
MORTALIDADE ........................................................................................ 32
Precauções ............................................................................................ 35
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 55
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1 O ENVELHECIMENTO
Fonte:lamenteesmaravillosa.com
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O processo de envelhecimento em idades avançadas está associado a
alterações físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais, bem como ao surgimento de
doenças crônico-degenerativas advindas de hábitos de vida inadequados (tabagismo,
ingestão alimentar incorreta, tipo de atividade laboral, ausência de atividade física
regular), que se refletem na redução da capacidade para realização das atividades da
vida diária.
O declínio nos níveis de atividade física habitual para idoso contribui para a
redução da aptidão funcional e a manifestação de diversas doenças, como
consequência a perda da capacidade funcional. Neste sentido, tem sido enfatizada a
prática de exercícios como estratégia de prevenir as perdas nos componentes da
aptidão funcional.
A diminuição da tolerância ao esforço físico faz com que um grande número de
pessoas idosas vivam abaixo do limiar da sua capacidade física, necessitando
somente de uma mínima intercorrência na saúde para tornarem-se completamente
dependentes. A atividade física regular tem sido descrita como um excelente meio de
atenuar a degeneração provocada pelo envelhecimento dentro dos vários domínios
físico, psicológico e social.
O corpo humano tem um ritmo de envelhecimento muito próprio e, com o passar
dos anos, é natural que existam mudanças significativas na forma física de cada um.
A maneira como o corpo humano envelhece depende, em parte, dos laços genéticos
que o ligam à família, mas não resulta exclusivamente deles.
O estilo de vida, o exercício e os hábitos alimentares têm um impacto muito
forte na forma como o corpo envelhece. Um estilo de vida saudável pode diminuir
muitos dos efeitos do envelhecimento e essa é uma opção que se revela nas escolhas
que cada um faz.
Os Indicadores De Envelhecimento
Existem vários sinais que mostram que o corpo humano está a envelhecer e,
como tal, é indispensável que saiba observá-los e que os transforme a seu favor. Dos
indicadores de envelhecimento mais importantes e que mais se evidenciam no corpo
humano, deve ter em atenção os seguintes:
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A Pele
Com o avançar da idade, a pele fica menos elástica e é natural que surjam mais
linhas e rugas à sua superfície. As glândulas da pele vão produzindo cada vez menos
óleo, o que faz com que a própria pele fique mais seca e estragada. Para que isso não
aconteça e para retardar o envelhecimento da pele, deve utilizar cremes hidratantes
e um protetor solar para proteger a sua pele dos raios ultravioletas. É também
aconselhável a utilização de um chapéu ou um boné para estar mais protegido dos
malefícios do sol.
O Cabelo
O cabelo ou a ausência dele é um dos indicadores principais do envelhecimento
humano. Os problemas capilares podem ser provocados pelas mais variadas razões,
desde o stress do dia-a-dia, aos maus hábitos alimentares, depressões, até ao
excesso de gordura no cabelo e é por isso que é normal que o cabelo vá perdendo a
sua cor original e vá ficando cada vez mais fino. Atualmente, existem vários
tratamentos capilares que impedem o aparecimento da calvície.
A Altura
Quando um indivíduo atinge os 80 anos de idade, é comum que tenha perdido
cerca de 2 centímetros da sua altura total. Essa alteração deve-se às mudanças
existentes na postura normal e na compressão das articulações principais, como os
ossos da coluna e os discos da coluna vertebral.
A Audição
A audição é um dos sentidos mais afetados pelo envelhecimento. As
dificuldades auditivas iniciam-se a partir dos 40 anos de idade e aumentam
exponencialmente a partir dos 60. Os sons de alta frequência são mais difíceis de
serem ouvidos e as mudanças no tom e no discurso passam a ser menos claras e
perceptíveis. Uma das melhores soluções passa pela utilização de um aparelho
auditivo.
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A Visão
A maioria das pessoas que tem mais de 40 anos de idade desenvolve a
necessidade de utilizar óculos para ver melhor. Com o passar do tempo, é normal que
a visão vá ficando cada vez mais cansada e desgastada e isso pode conduzir à perda
da visão noturna e da respetiva acuidade visual. Para não perder a eficácia da sua
visão, é necessário utilizar óculos que tenham a graduação mais adequada para os
seus olhos.
Os Ossos
Durante a vida adulta, os ossos perdem gradualmente o seu conteúdo mineral
e ficam com menos força, resistência e densidade. Quando as mulheres atingem a
menopausa, os riscos da perda da densidade óssea são maiores e isso aumenta as
hipóteses de sofrerem de osteoporose. Para que isso não se suceda, é fundamental
realizar exercício físico com regularidade, ingerir cálcio e vitamina D diariamente e,
acima de tudo, evitar fumar ou beber café.
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O Coração e a Circulação Sanguínea
O coração torna-se menos eficiente à medida que o corpo envelhece, pois é
obrigado a trabalhar mais para fazer exatamente as mesmas atividades que fazia. Por
conseguinte, a energia e a resistência humana vão diminuindo quando o coração
necessita de trabalhar mais.
Os Pulmões
Com a ausência de atividade física, os pulmões fornecem menos oxigénio para
o corpo desempenhar as suas funções mais básicas e isso é muito prejudicial para a
saúde humana. Para manter os seus pulmões fortes, é necessário que mantenha uma
atividade física regular.
Os Rins
Os rins tendem a diminuir o seu tamanho e as suas funções quando o corpo
começa a envelhecer. Eles não purificam tão rapidamente os resíduos e os
medicamentos que se encontram no organismo e não ajudam o corpo a lidar de forma
tão eficaz com a desidratação. Nesse sentido, é fundamental que beba muita água e
que elimine a ingestão de qualquer tipo de toxina alcoólica e medicamentos
desnecessários.
A Função Sexual
A partir dos 50 anos de idade, os homens e as mulheres produzem níveis mais
baixos de hormônios. Os homens produzem menos espermatozoides e o seu tempo
de resposta sexual diminui, apesar do seu impulso sexual ser exatamente igual. As
mulheres param de ovular e enfrentam uma série de mudanças durante a menopausa,
uma vez que esta está ligada à menor produção de estrogênio.
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2 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
Fonte: static.vix.com
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Segundo a Lei n° 8.842/94 art. 1 e 2, a política nacional do idoso tem por
objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua
autonomia, integração e participação efetiva na sociedade; ainda se considera idoso,
para os efeitos desta lei, a pessoa maior de sessenta anos de idade.
Segundo Pickles et al (1998), biologicamente somos seres que percorrem o
ciclo da vida, interrompido ou não, mas inevitável, que vai do nascimento até a morte;
passando pelas seguintes etapas: concepção, desenvolvimento intrauterino,
nascimento, infância, adolescência, maturidade, velhice e morte.
De acordo Petroianu e Pimenta (1999), a velhice não é apenas a deterioração
orgânica, mas o que ocorre são perdas físicas, anunciando ou atestando o surgimento
de doenças degenerativas, diminuição de força e vitalidades orgânicas.
Perdas psíquicas, representadas pelo declínio da memória, diminuição ou
anulação da vida afetiva, desinteresse em adquirir novos conhecimentos.
O envelhecimento é um processo universal, é um termo geral que segundo a
forma em que aparece, pode se referir a um fenômeno fisiológico, de um
comportamento social, ou ainda cronológico, isto é, de idade.
É um processo em que ocorre mudança nas células, nos tecidos e no
funcionamento de diversos órgãos. (RODRIGUES; DIOGO, 2000, p. 12).
Segundo Petroianu e Pimenta (1999), o crescimento da população idosa deve-
se ainda a evolução da medicina. Para Leme (2000), a população vem aumentando
rapidamente e por consequência o progressivo aumento da população idosa, este
aumento deve-se as melhores condições de vida, a maior expectativa de vida.
O aumento acentuado do número de idosos trouxe consequências para a
sociedade e, obviamente para indivíduos que compõem esse segmento etário. Era
necessário buscar os determinantes das condições de saúde e de vida dos idosos e
conhecer as múltiplas facetas da velhice e do processo de envelhecimento. Ver esses
fenômenos simplesmente pelo prisma biofisiológico é desconhecer a importância dos
problemas ambientais, psicológicos, sociais, culturais e econômicos que pesam sobre
eles. Ao contrário, é relevante ter uma visão global do envelhecimento como processo
e do idoso como ser humano. Hoje felizmente, toda a área do saber sobre a velhice
encontra-se em grande evolução. (PICKLES et al, 1998, p. 78).
A perda de algumas funções fisiológicas é inevitável na pessoa que envelhece,
por melhores que sejam seus hábitos de vida.
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3 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DO ENVELHECIMENTO
Fonte: opsicologoonline.com.br
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Zimermann (2000), ainda afirma que: assim como as características físicas
do envelhecimento, o caráter psicológico também está relacionado com
hereditariedade, a história e com atitude de cada indivíduo. Sendo assim indivíduos
mais saudáveis e otimistas tem mais condições de adaptarem-se as transformações
trazidas pelo envelhecimento. São mais propensas a verem a velhice como um tempo
de experiência acumulada, liberdade para assumir novas ocupações.
Segundo Gonong (2000), o envelhecimento é uma etapa normal do
desenvolvimento e continuidade da vida de um indivíduo, fazendo com que o ser
humano aceite com tranquilidade a sua velhice, e procurar alguma maneira para
continuar a ser útil à sociedade, aos familiares e amigos.
De acordo com Brouwer (1981), a medida em que as pessoas vivem mais,
mudanças acontecem, as distâncias aumentam, a vida fica mais agitada, o tempo
sempre mais curto e as condições econômicas mais difíceis, a sociedade se modifica.
Isso exige maneiras diferentes de viver uma grande flexibilidade e capacidade de
adaptação que nem sempre os velhos têm.
“A velhice é um processo contínuo de perdas, em que os indivíduos ficariam
relegados a uma situação de abandono, desprezo, de ausência de papeis sociais, e
estes fatores levam a construção de uma série de estereótipos negativos em relação
aos velhos.” (SILVA, 1999, p. 68).
O envelhecimento constitui uma fase do ciclo de vida caracterizada por
transformações consideráveis em diversos níveis – físico, psicológico e social, tendo
repercussões nos comportamentos e experiências da pessoa idosa.
O processo de envelhecimento apresenta variações mais ou menos
consideráveis de pessoa para pessoa, podendo ser gradual para uns e mais acelerado
para outros. Essas variações dependem da interação entre diversos fatores,
nomeadamente fatores genéticos, ambientais, sociais, económicos, bem como o estilo
de vida adoptado e a existência de doenças crônicas. Desta forma, entende-se que a
abordagem do processo de envelhecimento cruza-se obrigatoriamente com uma
reflexão multidimensional e cultural.
Múltiplas são as visões e leituras construídas em torno do processo de
envelhecimento. De acordo com uma perspectiva mais otimista, o envelhecimento
representa o alcance da sabedoria, do bom senso e da serenidade. Contudo, os
efeitos prejudiciais do envelhecimento não podem ser descurados. De fato, o
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envelhecimento representa um processo de diminuição de capacidades da vida diária,
aliado a uma crescente vulnerabilidade e dependência de outrem, principalmente dos
familiares. Esta fase do ciclo de vida torna então propícia a emergência de distúrbios
psicológicos, principalmente a diminuição da capacidade de aceitação e adaptação a
mudanças e perdas, bem como a redução do funcionamento cognitivo. Neste domínio
realça-se a perda de produção e rendimento intelectual, incluindo as capacidades de
percepção, atenção, memória, raciocínio, tomada de decisão, resolução de problemas
e formação de estruturas complexas do conhecimento. Tais transformações
constituem a grande dificuldade do processo de envelhecimento que, quando aliado
à perda de capacidades a nível visual, auditivo e memória – sobretudo ao nível da
recuperação de informação – favorece o desenvolvimento do sentimento de solidão,
isolamento, inutilidade, bem como amplia a fragilidade do estado psicológico do
indivíduo.
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Numa fase inicial, o psicodiagnóstico é fundamental, nomeadamente para a
detecção de determinados sintomas indicadores de fragilidades ou perturbações
psicológicas, destacando-se sintomas de depressão, isolamento, sentimento de
inutilidade, irritabilidade, desmotivação, baixa autoestima ou ainda uma autoimagem
negativa. É fulcral a intervenção psicológica incidir sobre os diversos contextos de vida
e papéis sociais desempenhados pelo idoso, constituindo a família um domínio a
privilegiar. De fato, o idoso encontra-se muitas vezes a residir junto de familiares,
sendo a participação deste fulcral na evolução do acompanhamento psicológico. É de
grande relevância os familiares serem informados e sensibilizados para determinados
problemas emocionais cuja ocorrência se torna favorável à medida que a idade
avança, permitindo capacitar a rede familiar para a detecção dos sinais de alerta.
Realça-se ainda que intervir na rede familiar do idoso permite ainda avaliar as
relações e dinâmicas familiares existentes, bem como as suas potencialidades ou
debilidades. Salienta-se que o apoio psicológico favorece a detecção de situações de
risco, nomeadamente situações características de violência, maus tratos, exclusão e
solidão, bem como uma intervenção adequada!
A intervenção psicológica: um trabalho de prevenção, promoção da saúde e
intervenção na doença.
Em suma, os objetivos gerais do acompanhamento psicológico ao idoso
constituem na abordagem da história pessoal e contextos de vida do idosos, na
avaliação das suas capacidades psicossociais; na compreensão das suas
necessidades específicas e na satisfação das mesmas e na promoção da sua saúde.
No que concerne aos objetivos específicos da intervenção com o idoso, refere-se a
compreensão e apaziguamento das angústias do idoso em confrontar-se com a fase
final do ciclo de vida, evitando o isolamento social, desânimo e depressão; a promoção
da sua autonomia e auto estima; a promoção da aceitação e adaptação do idoso às
suas condições de vida; o fomento de comportamentos de saúde na idade avançada;
o desenvolvimento de competências; a redução ou prevenção da acentuação de
fatores de risco; a intervenção nas perturbações cognitivas; a minimização dos efeitos
das doenças físicas.
Face aos desafios que o envelhecimento impõe ao indivíduo, o apoio
psicológico pode ajudá-lo a desfrutar de um envelhecimento bem-sucedido, com
saúde e bem-estar emocional!
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Teorias do Envelhecimento Psicossocial
Teoria da atividade:
Existe um consenso sobre a relação entre as atividades sociais e a satisfação
vivida.
A velhice deve ser bem organizada e bem-sucedida, pressupondo a descoberta
de novos papéis de modo a manter a auto estima para obter maior satisfação pela
vida.
Um idoso deve manter-se ativo a fim de: obter, na vida, a maior satisfação
possível; manter a sua autoestima e conservar a sua saúde. A velhice bem-sucedida
implica a descoberta de novos papéis, na vida.
Tudo isso leva a hipótese de que a sociedade deve conservar a saúde
valorizando o avançar da idade.
Teoria da desinserção:
O envelhecimento é acompanhado de um desmembrar recíproco da sociedade
e do indivíduo.
Quando a desinserção é geral, o indivíduo modifica seu sistema de valores. A
perda do papel que desempenha na sociedade, a perda de relações impessoais e
sociais acabam por se tornar situações normais e rotineiras.
Verifica-se que a diminuição da satisfação da vida é proporcional à diminuição
das atividades diárias.
Teoria da continuidade:
O idoso mantém a continuidade nos seus hábitos de vida, nas suas
preferências, fazendo estes, parte da sua personalidade.
A teoria da continuidade afirma que o envelhecimento é uma parte integrante e
funcional do ciclo de vida.
O indivíduo idoso tem a possibilidade de manter todos os seus hábitos de vida,
preferências, experiências e compromissos construídos durante toda a sua vida.
As pressões exercidas pelos acontecimentos dos últimos anos de vida vão
levando a adoção de novos comportamentos que deem continuidade à vida.
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4 ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO
Fonte:giseliramos.com.br
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O envelhecimento é um processo comum a todos os seres vivos, sendo assim,
o conhecimento de seus aspectos anatômicos e sua fisiologia. Rebelatto e Morelli,
(2004), explicam que:
Uma vez que envelhecemos, apresentamos perda em estrutura. Essa perda de
ordem de 1cm por década aproximadamente começa a acontecer por volta dos 40
anos de idade. Essa perda se deve, principalmente, à diminuição dos arcos do pé, ao
aumento das curvaturas da coluna e também a uma diminuição no tamanho da coluna
vertebral, devido à perda de água dos discos intervertebrais decorrentes dos esforços
de compressão a que eles são submetidos.
De acordo com Rebelatto e Morelli (2004), o idoso também apresenta algumas
alterações características e que podem dar a ideia de sua formação típica. São o
aumento dos diâmetros da caixa torácica e do crânio, a continuidade do crescimento
do nariz e do pavilhão auditivo.
Ocorre também aumento do tecido adiposo, principalmente em regiões
características como a região abdominal. O teor de água corporal diminui, pela perda
hídrica intracelular, há perda de potássio. Esses fatos levam o idoso a perder massa
corporal, afetando vários órgãos, como os rins e o fígado, mas os músculos são os
que mais sofrem com essa perda de massa com o passar do tempo.
A pele fica menos elástica por causa da alteração da elastina e ocorre
diminuição da espessura de pele e do tecido subcutâneo, levando ao aparecimento
das rugas, ocorrendo também alterações nos melanócitos, que são células que dão a
cor à pele, que levam a formação de manchas, hiperpigmentadas, marrons e lisa,
principalmente na face e dorso da mão.
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vindos da “periferia”, associando-os aos mecanismos comportamentais específicos e
às respostas motoras.
Por serem complexas, as funções corticais superiores não se concentram em
uma única área específica. A integração de diferentes regiões funcionais (primárias,
secundárias e terciárias), bem como a ação dos diversos mediadores neuroquímicos,
promovem a ativação de sinapses nos lobos cerebrais de ambos hemisférios, agindo
sobre o equilíbrio do sujeito.
Assim como o SNC, o Sistema Nervoso Periférico (SNP) também desempenha
uma importante função sensório-motora sobre o sistema mantenedor do equilíbrio.
Sua ação refere-se ao ato de interligar os comandos proprioceptivos periféricos
(conscientes e inconscientes) ao encéfalo. Os impulsos sensitivos são conduzidos por
meio de neurônios pseudo-unipolares à medula, e ao tálamo, por meio dos fascículos
grácil e cuneiforme, e das vias espinocerebelares posteriores. A resposta motora
ocorre devido à ação de moto neurônios presentes no corno anterolateral medular.
A motricidade humana como resposta aos distúrbios de equilíbrio no
envelhecimento depende de três categorias básicas de movimento:
1) a ação de reflexos;
2) os movimentos rítmicos automatizados; e
3) os movimentos voluntários.
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condução e transmissão dos impulsos nervosos. Com isso, déficits consideráveis no
equilíbrio estático e dinâmico são gerados.
De um modo geral, dois eventos marcam o “envelhecimento” no sistema
nervoso: a diminuição do peso total do encéfalo; e a redução na camada cortical, que
leva a um concomitante aumento das cavidades ventriculares e dos sulcos. A redução
do peso pode ser da ordem de 80% ao final da sétima década de vida. A redução em
volume dos giros ocorre, sobretudo devido à atrofia cortical consequente a apoptose
neuronal. Alterações de cunho histológico também ocorrem, promovendo
modificações importantes dos neurônios. Entre estas, podem ser citadas a formação
de depósitos amilóides nos vasos e células (“placas senis”), consideradas proteínas
anômalas resultantes de quebra de moléculas precursoras normais em sítios
específicos; e a quantidade aumentada de pigmentos de lipofucsina (lipocromo ou
pigmento de desgaste). Estas alterações podem ser explicadas pela deficiência de
proteínas vitais, além da presença e depósito de substâncias anômalas, responsáveis
por acumular fragmentos de organelas nos novelos intracelulares de neurofibrilas16.
Outras alterações morfofuncionais deletérias e presentes ao envelhecimento
são: redução do número de neurônios nos giros pré-centrais, temporais e no cerebelo;
retração do corpo celular dos grandes neurônios de centro metabólito; atrofia neuronal
com redução do RNA citoplasmático; acúmulo de pigmento de desgaste; e alterações
na condução elétrica devido à degeneração da bainha de mielina.
Concluindo, é possível constatar que o envelhecimento de fato causa déficits
sobre o sistema mantenedor do equilíbrio humano. Isso se deve porque as estruturas
afetadas pelo processo de envelhecimento cerebral desempenham importante função
na dinâmica corporal. É necessário o conhecimento da sua funcionalidade perante a
arquitetura dos movimentos corporais para que seja possível conhecer a repercussão
da senilidade nestas atividades. Para tal, a presente revisão versará agora sobre um
problema funcional comum em idosos: a síndrome do desequilíbrio.
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considerado uma síndrome geriátrica, caracterizada por alterações multissensoriais
sob controle neurológico, por doenças em diversos sistemas ou por órgãos e reações
adversas a medicamentos.
As manifestações da síndrome do desequilíbrio têm grande impacto para os
idosos, podendo levá-los à perda de sua autonomia, por comumente afetar a
realização das atividades de vida diária e predispor o indivíduo a quedas e fraturas.
As quedas são ocorrências relativamente comuns nos idosos e constituem uma
importante causa de morbidade e mortalidade em sujeitos com mais de 65 anos de
idade. A morbimortalidade gerada pelas quedas geralmente associa-se comumente a
fraturas femorais e a lesões graves de tecidos moles que requerem imobilização e
internação.
Doenças cardiovasculares, musculoesqueléticas, diabetes e lesões
neurológicas focais também se manifestam como distúrbios de equilíbrio e causas da
instabilidade. O maior consumo de medicamentos devido à ocorrência de inúmeras
doenças comuns ao idoso aumenta a possibilidade de interações potenciais e efeitos
colaterais dos fármacos. Psicóticos, sedativos, antidepressivos, anti-hipertensivos e
ansiolíticos são as principais drogas utilizadas e que são associadas à vertigem, ao
desequilíbrio e às quedas.
A síndrome do desequilíbrio no idoso compromete a habilidade do sistema
nervoso em realizar o processamento dos sinais vestibulares, visuais e
proprioceptivos responsáveis pela manutenção da estabilidade corporal, bem como
diminui a capacidade de modificações dos reflexos adaptativos. Esses processos
degenerativos são responsáveis pela ocorrência de presbivertigem e de presbiataxia
na população geriátrica.
Abaixo encontram-se descritos os principais agentes causais da síndrome do
desequilíbrio no idoso.
Sistema Vestibular
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as informações visuais e somatossensoriais para produzir o alinhamento corporal e o
controle da postura adequada. A importância das cotribuições vestibulares para a
postura e para o equilíbrio é resolver conflitos quando um ou mais sistemas enviam
informações equivocadas.
O sistema vestibular sofre um processo de degeneração com o
envelhecimento, havendo importante redução no número das cristas vestibulares; o
número de fibras que inervam as células ciliadas também se encontra
acentuadamente reduzido. A degeneração do sistema vestibular ocorre
principalmente no SNP. Há também uma perda significativa de sensores das células
vestibulares, um decréscimo dos neurônios vestibulares primários, uma diminuição da
densidade das células corticais e um decréscimo das células de Purkinje do cerebelo.
Todas estas alterações resultam em déficits na transmissão de informação, perda da
plasticidade, acentuando a síndrome do desequilíbrio no idoso.
Sistema Visual
Sistema Auditivo
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vestibular a problemas clínicos comuns aos processos de deterioração funcional
destes sistemas com o envelhecimento.
Alterações posturais
Reabilitação
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É fato que não se pode impedir que, com o avançar da idade, ocorram
alterações físicas e psíquicas triviais ao envelhecimento. Porém, sabemos que muitas
destas alterações podem ser evitadas/minimizadas por meio de atitudes e hábitos
realizados ao longo da vida. Mesmo assim, a Fisioterapia deve intervir sobre as
alterações fisiológicas ao envelhecimento, promovendo saúde e qualidade de vida à
população.
Fonte:revistabicicleta.com.br
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consequentemente da força e qualidade do músculo esquelético. Isso pode ocasionar
problemas na mobilidade e realização de atividades da vida diária aumentando
também a incidência de doenças crônicas como diabetes e osteoporose (MATSUDO,
2001).
O diabetes mellitus tipo II pode ser evitado combinando exercícios e dieta
adequada e o controle da glicemia pode ser melhorado. A sensibilidade a insulina
melhora no tecido muscular e em outros tecidos também, uma possível explicação é
devida ao aumento de transportadores de glicose da membrana celular (GALLO et.
al., 1999). Por ser uma doença autoimune se caracterizada pela destruição das
células beta, produtoras de insulina, e acontece por engano porque o organismo as
identifica como corpos estranhos, com isso sua ação é uma resposta autoimune. As
suas causas se concentram na hereditariedade, obesidade e o sedentarismo. Assim,
a prática da atividade física se faz necessária, pois aumenta a sensibilidade à insulina,
colabora na perda de peso e colabora para o controle do metabolismo corporal.
O momento de máxima produção óssea no ser humano é durante a terceira
década de vida, depois a produção cai ao longo dos anos e na velhice acelera ainda
mais essa queda. A doença que se relaciona bem com essa perda óssea é a
osteoporose. Ela ocorre especialmente em pessoas que fizeram uso crônico de
esteroides, tabaco e álcool, em homens com hipogonadismo e em mulheres após a
menopausa devido a diminuição do hormônio estrógeno, um dos responsáveis pela
manutenção óssea (GALLO et. al., 1999). Além da idade, essa perda óssea também
está relacionada à genética, estado nutricional, níveis hormonais e o nível de prática
de exercícios dos indivíduos (MATSUDO, 2001). A atividade física se faz necessária
em seu combate com caminhadas, musculação, danças, corrida, ou seja, mais
atividades com impacto, pois este leva a renovação celular dos ossos concedendo-
lhes mais força e diminuindo o risco de fraturas.
A hipertensão sistólica é bastante comum aos idosos. O percentual de
pacientes com hipertensão grave cresce ao longo dos anos dos idosos. A parede das
artérias dos idosos é menos flexível comparada a de pessoas mais jovens e isso
justifica a maior pressão sistólica. Essa diminuição da flexibilidade das artérias
acontece pela perda de elasticidade do tecido conjuntivo e aumento de aterosclerose.
Dessa forma novamente os exercícios tem papel fundamento na forma de tratamento
não medicamentoso ou auxiliando este, onde a atividade aeróbia moderada pode
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trazer benefícios relevantes a esse idoso, exceto casos de contraindicação (GALLO
et. al., 1999).
Assim, quando se trata da Terceira Idade muitas vezes nos vem à cabeça
doenças, debilidade e incapacidade funcional. Sem dúvida muitas dessas doenças
causam o que chamamos de senilidade, que é um processo de envelhecimento
patológico, ou seja, acometido de várias doenças, o que degrada mais o organismo
do idoso e lhe ocasiona diversos fatores negativos em sua velhice. Inversamente a
senilidade, temos a senescência que o envelhecimento normal, onde ocorre um
processo natural de envelhecimento, assim, a doença não envelhece a pessoa e sim
um processo natural do organismo. Em virtude disso, quando nos deparamos com a
situação de senilidade, um educador físico especializado poderá utilizar da atividade
física para o combate ou tratamento de algumas das doenças que são comuns aos
idosos.
As doenças cardiovasculares são muito comuns nessa fase, marcadas por
infartos, anginas e insuficiência cardíaca. São doenças que causam grandes
problemas e causam preocupação por ser tratar da parte do organismo vital, ou seja,
debilitando-se o coração condena-se de certa forma o restante do corpo. As prováveis
causas conhecidas dessas doenças são a falta de atividade física, as altas taxas de
gordura no sangue, o cigarro, a obesidade e também a diabetes, com isso são
inúmeros os fatores que podem colaborar para tais problemas no idoso. Embasados
nisso, temos que fazer a aplicação da atividade física buscando acabar com o
sedentarismo do idoso, promover a baixa da gordura corporal e diminuindo seu peso,
assim criam-se hábitos de vida saudáveis e se evita em boa parte os problemas
cardiovasculares.
O derrame é outra doença que prejudica ao idoso, pois pode lhe levar a
incapacidade funcional total. O derrame envolve a perda das funções cerebrais pela
falta de sangue no cérebro. Um dos fatores que levam a esse quadro é a pressão alta,
alto colesterol e também a obesidade. Assim, por meio da atividade física podemos
tratar este fator antes que se desenvolva, levando o idoso a mexer-se nas práticas
físicas adequadas a sua idade, fazendo controle de pressão sanguínea adequada
durante a atividade e buscando meios de diminuir seu colesterol e peso.
Assim, fica claro que se pode colaborar na prevenção e também retardo dos
grandes problemas que acometem os idosos que passam pela senilidade nessa fase
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da vida, com isso além do médico o profissional de educação física é grande aliado
no combate de doenças na terceira idade, pois cria um ambiente saudável que
colabora para que não só os idosos, mas todos possuam na sua velhice a plena forma.
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melhora do equilíbrio e da marcha, menor dependência para realização de atividades
domésticas e melhora da auto-estima e da autoconfiança, (NOBREGA et al, 1999).
Para McArdle, Kacth e Kacth (2003), apesar das reduções da capacidade
funcional e do desempenho nos exercícios, até mesmo entre os indivíduos ativos, o
exercício regular consegue contrabalançar os efeitos típicos do envelhecimento.
A Qualidade de Vida tem sido uma preocupação constante do ser humano,
desde o início de sua existência e, atualmente, constitui um compromisso pessoal à
busca continua de uma vida saudável.
A OMS propõe o termo de envelhecimento ativo, que é definido como sendo o
processo de aperfeiçoar oportunidades para a saúde, a participação e a segurança de
modo a melhorar a qualidade de vida no processo de envelhecimento de cada pessoa.
Preferência pessoal:
Aptidão necessária:
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6 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO BRASIL
Fonte:capelapuc.org.br
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Segundo projeções estatísticas da Organização Mundial de Saúde – OMS, no
período de 1950 a 2025, o grupo de idosos no país deverá ter aumentado em quinze
vezes, enquanto a população total em cinco.
Assim, o Brasil ocupará o sexto lugar quanto ao contingente de idosos,
alcançando, em 2025, cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade.
É importante destacar, no entanto, as diferenças existentes em relação ao processo
de envelhecimento entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento.
Enquanto nos primeiros o envelhecimento ocorreu de forma lenta e associado
à melhoria nas condições gerais de vida, no segundo, esse processo vem ocorrendo
de forma rápida, sem que haja tempo de uma reorganização social e de saúde
adequadas para atender às novas demandas emergentes.
É função das políticas de saúde contribuir para que mais pessoas alcancem
idades avançadas com o melhor estado de saúde possível, sendo o envelhecimento
ativo e saudável, o principal objetivo.
Se considerarmos saúde de forma ampliada, torna-se necessária alguma
mudança no contexto atual em direção à produção de um ambiente social e cultural
mais favorável para população idosa.
Fonte:2.camara.leg.br
28
Entre 2035 e 2040, haverá mais população idosa numa proporção de 18%
superior à de crianças e, em 2050, essa relação poderá ser de 100 para 172,7.
(Gráfico 3).
29
O Brasil caminha velozmente rumo a um perfil demográfico cada vez mais
envelhecido; fenômeno que, sem sombra de dúvidas, implicará na necessidade de
adequações das políticas sociais, particularmente daquelas voltadas para atender às
crescentes demandas nas áreas da saúde, previdência e assistência social.
Os ganhos sobre a mortalidade e, como consequência, o aumento da
expectativa de vida, associam-se à relativa melhoria no acesso da população aos
serviços de saúde, às campanhas nacionais de vacinação, aos avanços tecnológicos
da medicina, ao aumento do número de atendimentos pré-natais, bem como ao
acompanhamento clínico do recém-nascido e ao incentivo ao aleitamento materno, ao
aumento do nível de escolaridade da população, aos investimentos na infraestrutura
de saneamento básico e à percepção dos indivíduos com relação às enfermidades. O
aumento da esperança de vida ao nascer em combinação com a queda do nível geral
da fecundidade resulta no aumento absoluto e relativo da população idosa.
7 TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Fonte:onconews.com.br
30
e nutricional no país, que resultam em alterações nos padrões de ocorrência das
enfermidades.
A transição epidemiológica caracteriza-se pela mudança do perfil de morbidade
e de mortalidade de uma população, com diminuição progressiva das mortes por
doenças infectocontagiosas e elevação das mortes por doenças crônicas. Além disso,
apresenta diversidades regionais quanto às características socioeconômicas e de
acesso aos serviços de saúde.
A figura a seguir (gráfico 5), apresenta as rápidas mudanças ocorridas no Brasil
nas últimas décadas, nas quais a mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias
caiu de 46% (em 1930) para 5,3% (em 2005), enquanto as mortes por doenças e
agravos não transmissíveis chegaram, em 2005, a representar dois terços da
totalidade das causas conhecidas. Nos países desenvolvidos, a transição
epidemiológica transcorreu em um período longo, enquanto nos países em
desenvolvimento ocorre de maneira rápida, acarretando profundas necessidades de
adaptação dos serviços de saúde às novas realidades.
31
8 MORTALIDADE
Fonte: i0.wp.com
32
9 MORBIDADE E USO DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Fonte:atlasdasaude.pt
33
transmissíveis. Todavia, a pneumonia, causa específica que ocupa o segundo lugar,
não se enquadra nesse grupo.
Quando se trata de internação hospitalar pelo SUS, várias considerações
precisam ser feitas: o número de internações é condicionado à oferta do serviço, não
obstante guarda alguma relação com a ocorrência da enfermidade na população;
podem haver distorções quanto à notificação da morbidade, tendo em vista que o
sistema que notifica é o mesmo que remunera o prestador do serviço; nem todos os
idosos brasileiros são usuários exclusivos do SUS, em média 70% dos idosos
brasileiros o são, porém há variações regionais consideráveis, com uma tendência de
diminuição desses percentuais de Norte para o Sul do país.
Quando se trata de morbidade em idosos, aspectos da condição de saúde e
uso dos serviços de saúde na comunidade são extremamente importantes. Ver a
tabela 2, abaixo.
34
10 PRECAUÇÕES
Fonte:destaquesp.com
Acidentes sempre acontecem com várias pessoas todos os dias e é por isso
que sempre devemos ser cuidadosos conosco e também com as pessoas que estão
a nossa volta, principalmente com os idosos que sempre estão sujeitos a quedas que
podem ocasionar lesões e acidentes graves aos mesmos.
As quedas são as principais causas de acidentes em pessoas idosas segundo
a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, e é por isso que devemos sempre
ficar atentos com os idosos para evitar essas quedas e também para que elas não se
tornem um acidente grave que acabe levando o idoso ao hospital.
Quem convive com pessoas idosas sabe que o cuidado deve ser extremo para
que não ocorra nenhum acidente envolvendo uma queda dentro ou fora de casa. Esse
cuidado extremo é essencial para que o idoso possa viver tranquilamente sem se
machucar, pois todos sabem que como os idosos tem um corpo mais frágil uma
simples queda pode causar um sério problema.
Como Evitar?
35
Todos nós um dia iremos conviver com uma ou mais pessoas idosas e
consequentemente também seremos uma, por isso devemos sempre ter o máximo de
cuidado possível com os idosos e também repassar esses cuidados para que outras
pessoas possam fazer o mesmo.
No banheiro
Fora de casa
• Evite que ele se levante rapidamente após acordar: esperar alguns minutos
antes de sentar e de caminhar;
• Atravesse a rua sempre nas faixas de segurança;
• Dar medicamentos somente sob orientação médica; cuidado especial para os
diuréticos, remédios para pressão e calmantes;
• Estimule o idoso à prática de atividades de coordenação e concentração como
dança, artesanato, palavras cruzadas e jogos.
Fonte:cdn.blogcamp.com.br
37
10.2 Como Ajudar na Comunicação
Fonte:institutovivabem.com.br
Comunicar envolve, além das palavras que são expressas por meio da fala ou
da escrita, todos os sinais transmitidos pelas expressões faciais, pela postura corporal
e também pela proximidade ou distância que se mantém entre as pessoas; a
capacidade e jeito de tocar, ou mesmo o silêncio em uma conversa.
Algumas vezes a pessoa cuidada pode ficar irritada por não conseguir falar ou
se expressar, embora entenda o que falam com ela. Para facilitar a comunicação,
serão descritas a seguir algumas dicas:
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• Aguarde a resposta da primeira pergunta antes de elaborar a segunda, pois a
pessoa pode necessitar de um tempo maior para entender o que foi falado e
responder. Não interrompa a pessoa no meio de sua fala, demonstrando pressa ou
impaciência. É necessário permitir que ele conclua o seu próprio pensamento.
• Caso o cuidador não entenda a fala da pessoa cuidada, peça que escreva o
que quer dizer. Se a pessoa cuidada não puder escrever, faça perguntas que ela
possa responder com gestos e combine com ela que gestos serão usados, por
exemplo: fazer sim ou não com a cabeça, franzir a testa ou piscar os olhos, entre
outros.
• Diminua os ruídos no ambiente onde a pessoa cuidada permanece.
• Sempre que a pessoa demonstrar não ter entendido o que foi falado , repita o
que falou com calma evitando constranger a pessoa cuidada.
• Procure falar de forma clara e pausada e aumente o tom de voz somente se
isso realmente for necessário.
• Verifique a necessidade e condições de próteses dentárias e/ou auditivas que
possam estar dificultando a comunicação.
• Converse e cante com a pessoa, pois essas atividades estimulam o uso da
voz.
• A música ajuda a pessoa cuidada a recordar pessoas, sentimentos e
situações que ocorreram com ela, ajudando na sua comunicação.
• O toque, o olhar, o beijo, o carinho são outras formas de comunicação que
ajudam o cuidador a compreender a pessoa cuidada e ser compreendido por ela.
39
• Dificuldade para escrever e para entender o que está escrito.
• Não conseguir conversar, parar a conversa no meio, parece que não percebe
as pessoas que estão perto dela, ou falar sozinha.
• Dificuldade para expressar as emoções: pode sorrir quando sente dor ou
demonstrar tristeza e chorar quando está satisfeita, se agitar ou ficar ansioso ao
expressar carinho e afeto.
• As dificuldades de comunicação são sinais frequentemente presentes na
demência e outras doenças neurológicas. Caso o cuidador observe uma ou mais
dessas alterações deve procurar a Unidade de Saúde.
40
11 OS DIREITOS DOS IDOSOS NO BRASIL
Fonte:i0.wp.com
Violência e abandono
Mercado de trabalho
Pensão alimentícia
Ainda que o mais comum seja observar situações em que pais são obrigados
a pagar pensão alimentícia aos filhos, o contrário também encontra previsão legal. O
artigo 12 do Estatuto do Idoso dispõe que os idosos que não tiverem condições de se
sustentar têm direito a receber pensão – e o genitor pode escolher de qual filho quer
receber a obrigação.
A Constituição Federal e o Código Civil também preveem essa possibilidade.
Enquanto a Constituição traz que “os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar
42
os pais na velhice, carência ou enfermidade”, o Código Civil prevê que “o direito à
prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos”.
Assistência à saúde
Justiça
Transporte
43
devem separar 5% das vagas para idosos, que precisam ter identificação em seus
veículos.
Viagem interestadual
Idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos têm direito a viajar
gratuitamente em ônibus interestaduais. De acordo com o Estatuto do Idoso, a cada
viagem devem ser reservadas duas vagas gratuitas por veículo e, se houver mais
procura, deve haver mais dois lugares com desconto de 50%.
Lazer
Quem optar por casar após os 70 anos de idade deve aderir à separação
obrigatória de bens, conforme prevê o Código Civil. Esse tipo de regime de bens exige
que os cônjuges façam um pacto pré-nupcial em cartório, estabelecendo que os bens
de ambos são incomunicáveis – ou seja, mesmo após o casamento continuam
pertencendo apenas a quem já pertenciam antes da união.
44
Qualquer órgão público citado acima tem o dever de zelar pelos direitos dos
idosos de maneira justa. O idoso que não tiver condições de manter sua subsistência
e que comprovar que nenhum membro de sua família pode auxiliá-lo financeiramente,
tem direito a receber um salário mínimo.
Caracterizará dependência financeira e legal quando o idoso for acolhido por
adulto ou família. Entre os direitos garantidos pelo Estatuto do Idoso, está que 10%
dos assentos do transporte coletivo são exclusivos para idosos.
Os direitos dos idosos são aplicados com punição sempre que forem omitidos
ou abusados por família, entidade, sociedade e/ou Estado.
O Estatuto do Idoso assegura a essas pessoas direitos e respeito que deveriam
fazer parte da sociedade. Os idosos já contribuíram muito para a construção financeira
e de conhecimento. É direito do idoso ser amparado nesta fase de sua vida que inspira
tantos cuidados e carinho.
O Ministério Público e o Judiciário podem determinar que o idoso tenha
tratamento de saúde domiciliar ou hospitalar. Como podemos ver, assento exclusivo
em transporte público ou meia-entrada em cinemas e teatros não são os únicos
benefícios que os idosos têm direito.
O idoso, assim como qualquer cidadão, tem direito a políticas sociais,
assistência social e amparo contra qualquer negligência cometida. Os direitos dessas
pessoas devem ser preservados, respeitados e protegidos, assim como os direitos de
qualquer pessoa que resida no território brasileiro.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre os direitos dos idosos, faça que
sejam respeitados, procurando os órgãos públicos responsáveis sempre que os
direitos forem omitidos ou agredidos. Não basta existirem leis se a sociedade não
exigir que sejam cumpridas.
Não é só dever dos órgãos públicos zelar pela integridade dos idosos, a
sociedade tem o dever de denunciar. Por isso, denuncie qualquer tipo de agressão
ligando para o disque 100 do governo. Nesse número, pode ser feito todo tipo de
denúncia, desde apropriação ilegal de pensões até a violência física.
45
12 LEITURA COMPLEMENTAR
46
Fácil é perceber que, à medida em que envelhece, o homem vai acumulando
doenças crônicas que farão parte, com grande frequência, do seu patrimônio pessoal
durante toda a existência. Por outro, lado é absolutamente patente que as doenças
crônicas causem suas principais consequências quando cursam de forma
descontrolada ou descompensada. Há, portanto, nítida diferença entre o portador de
hipertensão arterial sistêmica (HAS) devidamente tratada e aquele que mantém níveis
pressóricos elevados.
Assim, com o intuito fundamental de distinguir estas condições, a Organização
Mundial de Saúde (OMS), em 1947, definiu que "saúde é um estado de pleno bem-
estar físico, psíquico e social" (OMS, 1947). Resume, portanto, nesta frase, as
condições adequadas de vida para um ser humano em qualquer idade, cultura ou
perfil socioeconômico.
No que diz respeito ao idoso, fica claro que este estado de saúde deve coexistir
com a existência de uma ou mais doenças crônicas.
Estudos realizados no município de São Paulo revelaram que 78% dos idosos
tinha pelo menos uma doença crônica que necessitava de um tratamento
medicamentoso. Estes dados são compatíveis com os do Instituto Nacional de Saúde
americano (NIH,2000), de que 3/4 da população idosa americana tem pelo menos
uma doença crônica e que destas, mais da metade (56%) tem duas ou mais doenças
crônicas (Bodenheimer; Wagner; Grumbach, 2002).
Torna-se necessário, portanto que haja a possibilidade de minimizar os efeitos
deletérios da doença para que possa ocorrer para a maioria dos idosos uma
perspectiva de experimentar um envelhecimento saudável.
Se por um lado isto é um anseio de todo indivíduo que almeja possuir sua
autonomia e independência durante toda a vida, este também é uma necessidade das
Instituições de Saúde que entendem ser impossível para qualquer tipo de economia
ou de desenvolvimento político social a manutenção da saúde de uma população
exponencialmente crescente e com índices de comodidades muito elevados.
Muitas são, portanto, as estratégicas recomendadas para a Promoção do
Envelhecimento Saudável. Em 1992 a OMS, por intermédio da Organização Pan
Americana de Saúde (OPAS) recomendou que a "Promoção da Saúde do Idoso seja
realizada por ações interdisciplinares" e que "estas ações sejam dirigidas,
47
especificamente, para reduzir, nesta população, o risco de adoecer e de morrer"
(OPAS, 1992).
Estas recomendações corroboram o nosso conceito de atuação neste sentido
identificando-o como Senecultura (termo proposto em 1985), que ao nosso ver é "o
conjunto de ações interdisciplinares que contribuem efetivamente para Promoção de
Saúde do Idoso" (Jacob-Filho, 1998).
Fica evidente que não é possível realizar esta proposta sem a cooperação das
diferentes áreas profissionais envolvidas com o envelhecimento. Neste mister, a
gerontologia assume, muitas vezes o papel fundamental para a eficácia da
intervenção.
Ao nosso ver "seria impossível que um profissional reunisse o conhecimento e
habilidade para atender adequadamente o idoso" e que torna a promoção do
envelhecimento saudável um desafio interdisciplinar para os períodos presente e
futuro (Jacob-Filho, 1984).
Não temo afirmar que, se o século XX caracterizou-se pela grande revolução
etária da população do mundo, o século XXI será caracterizado pela solução dos
problemas que este fenômeno determinou. Para tal, muitas possibilidades de atuação
em diferentes fases do desenvolvimento terão que ser rapidamente implementadas.
No cenário atual, a população que apresenta maior crescimento relativo, seja
nos países desenvolvidos, seja nos em desenvolvimento, são os "muito idosos"
(pessoas com 80 ou mais anos). A título de exemplo, na década de 1991 a 2000, esta
faixa etária apresentou, no Brasil (segundo o IBGE), um crescimento de 63%
enquanto que a população nestes 19 anos cresceu apenas 3% (IBGE, 1999; 2000).
Importante frisar que é exatamente nesta faixa etária que ocorrem as maiores
complicações das doenças crônicas malcuidadas. Dados recentes da professora
Lebrão (Projeto SABE, 2003) e da OMS revelaram que, dentre os muitos idosos, haver
incapacidade para realizar todas as atividades de vida diária (AVD) superior a 75% e
para as atividades instrumentais (AIVD) de mais de 80% (labrão; Duarte, 2003).
Cabe ressaltar que estas limitações tornam inviável a permanência destes
octagenários em seu meio ambiente se não houver a existência da figura do cuidador,
elemento crítico para a manutenção da integridade física e emocional deste longevo,
mas que pode, em muitos casos inexistir, o que favorece a opção familiar pela
institucionalização.
48
Acredito que estas considerações iniciais possam justificar a busca universal
por soluções que visem a prevenção e/ou a recuperação da saúde com vistas a
preservar a funcionalidade de quem envelhece.
Enumero adiante as ações que vem sendo propostas não apenas para atender
as expectativas manifestas pela OPAS de reduzir a morbimortalidade para tornar o
envelhecimento uma fase incluída no cenário evolutivo do ser humano saudável.
49
parâmetros determinantes do "estado de pleno bem-estar físico psíquico e social"
devem ser conhecidos para que seja possível, na cronologia indicada, intervir
adequadamente.
Infelizmente, embora tenhamos cada vez mais evidência a favor dos efeitos
preventivos dos exercícios em relação aos principais fatores de riscos para as
doenças comuns à segunda metade da vida, vemos com pesar um progressivo
sedentarismo sendo incorporado aos hábitos e costumes do homem moderno. Quem
poderia supor, há algumas décadas que teríamos que atuar contra o sedentarismo
infanto-juvenil. Estudos recentes demonstram que a obesidade é muito mais uma
condição da atividade do que de um aumento expressivo da ingestão calórica. Há
nítida correlação entre o peso corporal e o tempo em que o indivíduo permanece
diante de uma tela, seja ela de televisão ou de computador. Se isto é preocupante
entre os mais jovens, é ainda mais entre os idosos, pois esta progressiva redução da
mobilidade que caracteriza os hábitos da maioria das pessoas que envelhecem torna-
se um dos principais motivos para o incremento da sarcopenia e das limitações
funcionais. Há tanto interesse em modificar esta condição de imobilismo que
campanhas voltadas para o estímulo à prática de atividade física regular estejam
ocorrendo a nível local ("Agita São Paulo") ou no mundo (Carta a Heidelberg), entre
outros.
O estímulo, porém, para hábitos de vida mais sedentários (elevadores, esteiras
rolantes, controles remotos, entregas a domicílio, compras pela internet, trabalho e
educação à distância) são importantes opositores a esta intenção. Salienta-se que,
para os idosos há o agravante de encontrar os ambientes favoráveis para a prática de
exercícios. Ao nosso ver, mais do que construir opções apropriadas que dependam
de recursos financeiros e políticos poucos disponíveis, há que se "customizar” os
ambientes já existentes. Temos recomendado que idosos interessados em iniciar um
programa de atividades físicas, façam suas caminhadas em segurança nas alamedas
das galerias e shoppings centers antes da abertura das lojas. Em mais de um deles
já ocorreu, por iniciativa das empresas locais, a contratação de um Professor de
Educação Física ou de uma Fisioterapeuta para orientar os exercícios que precedem
50
e sucedem a caminhada. Obviamente não é a solução que nos satisfaz, mas é com
certeza um passo importante da mobilização de um segmento em busca de novas
opções em favor da sua saúde.
Deste ponto para a busca por exercícios mais específicos para cada demanda
ou necessidade, teremos um caminho bem mais curto e favorecido. Cabe aos
profissionais a responsabilidade de incentivar com as evidências já suficientemente
disponíveis, que a atividade física faça parte do cotidiano de quem pretende ter um
envelhecimento saudável. Em recente manifestação do professor Keneth Cooper,
defensor contumaz dos exercícios aeróbicos na proteção do sistema cardiovascular
nas décadas de 70/80, hoje um praticante confesso dos exercícios resistidos por
entender que esta composição é a que melhor protege e recupera a funcionalidade
do idoso. Do alto dos seus 78 anos conclui "quem não tiver tempo para realizar
atividades físicas vai ter que encontrar tempo para cuidar de suas doenças".
51
aquelas que ocupam demasiado tempo no cotidiano das pessoas. São, em geral,
atividades que impedem uma agradável distribuição dos papéis profissionais e sociais
e que no futuro, quando interrompidas, vão causar importante transtorno no estado de
saúde, conforme a definição da OMS.
São bons exemplos aqueles que se destinam, fundamentalmente, a um só
objetivo profissional ou a cuidar de seus dependentes (filhos ou parentes enfermos).
Adequação nutricional
52
semelhança da atividade física, devem partir de um basal comum à maioria das
pessoas, mas deve atender às características individuais de cada idoso. Respeitar os
valores culturais, hábitos, preferências e condições econômicas são as
particularidades que identificam o profissional capacitado a atuar nesta faixa etária. A
opção de obter, da alimentação, uma interessante opção de busca pelo prazer pode,
muitas vezes, ser a porta inicial da solução de importantes conflitos sociais. Bom
exemplo desta capacidade tem sido evidenciada por estudos realizados com a
introdução de animais domésticos na residência de quem vive sozinho ou em
instituições de longa permanência (ILP), denominada pet therapy. Observa-se, em
consequência, incremento da condição nutricional (companhia para comer e ter que
preparar o alimento) e das atividades físicas (ter que levar o animal passear, ao
veterinário, ao pet shop) e da autoestima.
53
a ocorrência precoce de uma enfermidade crônica trará inigualável benefício quanto
à possibilidade das futuras complicações. Segundo Fries, mesmo quando há alguma
perda na expectativa de vida total, a compressão da morbidade terá grande benefício
na ampliação do período de vida sem doença e sem grandes limitações (FRIES,
1980).
54
13 BIBLIOGRAFIA
55
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