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O PSICODIAGNÓSTICO NO HOSPITAL
ESPIRITO SANTO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
SUMÁRIO
1.1 A Psicologia.......................................................................................... 2
4 PSICODIAGNÓSTICO .............................................................................. 34
6 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 55
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1.1 A Psicologia
Fonte:pedagogiaaopedaletra.com
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Psicólogo sai do seu setting para estabelecer contato obrigatório com outros
profissionais (Silva, 2012).
Enquanto profissional, o Psicólogo Clínico deverá ter sempre em atenção três
aspectos, como: a ética enquanto princípio moral, a deontologia no contexto de regras
e deveres profissionais e a legislação vigente que poderá influenciar a atividade do
psicólogo Os princípios gerais englobam o respeito pela dignidade e direitos da
pessoa (os psicólogos devem respeitar as decisões e os direitos da pessoa); a
competência (os psicólogos têm como obrigação exercer a sua atividade de acordo
com os pressupostos técnicos e científicos da profissão, a partir de uma formação
pessoal adequada e de uma constante atualização profissional); a responsabilidade
(os psicólogos devem ter consciência das consequências que o seu trabalho pode ter
junto das pessoas, da profissão e da sociedade em geral); a integridade (a integridade
é a qualidade de quem revela integridade moral, uma conjugação coerente dos
aspectos do eu); e para terminar a beneficência e não-maleficência (os psicólogos
devem ajudar o seu paciente a promover e a proteger os seus legítimos interesses).
Relativamente aos princípios específicos, alguns exemplos são: o consentimento
informado (isto é, a escolha de participação voluntária do paciente em um ato
psicológico); a confidencialidade e privacidade (relativamente a toda a informação do
seu cliente); as relações profissionais (é importante a colaboração com outros
profissionais. O encaminhamento de clientes é um exemplo e sugere a importância
de psicólogos indicarem os serviços de outros colegas sempre que não tenham
competência ou manifestem impossibilidade de assumir a intervenção); a avaliação
psicológica (a avaliação psicológica concretiza-se através do recurso a protocolos
válidos e deve responder a necessidades objetivas de informação, salvaguardando o
respeito pela privacidade da pessoa).
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Fonte:cdn.univicosa.com.br
de Mary Jane Spink (1992), que versou sobre a estruturação do campo da Psicologia
da Saúde. Embora não contenha nenhum texto específico sobre o trabalho do
psicólogo no contexto hospitalar, “Psicologia e Saúde: repensando práticas”, pode ser
considerado o marco inaugural de uma Psicologia Crítica da Saúde no contexto
brasileiro.
A produção de livros sobre o que se denominou de Psicologia Hospitalar,
contudo, começou a ocorrer ainda na primeira metade da década de oitenta
(ANGERAMI-CAMON, 1984). O psicólogo Valdemar Augusto Angerami, mais
conhecido como Camon, publica uma série de livros sobre o tema durante a década
de noventa (ANGERAMI- CAMON, 1995; 1996; 1997; 1998), sendo um dos autores
mais influentes do assim denominado campo da Psicologia Hospitalar.
Em 1998, Yamamoto e Cunha publicam um artigo no qual, a partir de uma
pesquisa empírica, apresentam alguns questionamentos ao campo. Os autores
apontam para a necessidade de se repensar a formação do psicólogo brasileiro em
função dos desafios do campo da saúde e criticam a constituição de uma Psicologia
Hospitalar, defendendo que se situe o trabalho do psicólogo dentro da perspectiva da
Psicologia da Saúde tomada em um sentido mais amplo. Em um artigo posterior,
Yamamoto, Trindade e Oliveira (2002) reafirmam a inadequação do uso de um local
de trabalho para designar uma área de atuação e acrescentam que tal prática tenderia
a pulverizar e fragmentar o campo profissional da Psicologia, tornando assim muito
difícil a construção de uma identidade profissional da Psicologia da Saúde.
O trabalho mais sistemático sobre o campo de atuação do psicólogo que
trabalha em hospitais, no que tange ao entendimento da identidade profissional, foi o
de Castro e Bornholdt (2004), que compreendem a denominada Psicologia Hospitalar
como pertencente à área de Saúde, que utilizaria conhecimentos da Psicologia
Clínica, das Ciências Biomédicas e da Psicologia Comunitária para intervir nos mais
diversos contextos sanitários, incluindo o hospital. Outra contribuição importante do
artigo é que ele é um dos primeiros a tratar da especificidade da Psicologia Hospitalar
no Brasil tendo como parâmetro a realidade internacional. As autoras comparam
nossa realidade com as realidades estadunidense e espanhola, nas quais o marco
conceitual da Psicologia da Saúde serve de fundamentação teórica e prática para o
trabalho no contexto hospitalar.
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Análise indutiva
Com base na descrição apresentada, entende-se que para o psicólogo
hospitalar se inserir no contexto hospitalar e atender a demanda psicológica existente,
o mesmo deve apresentar as seguintes competências:
1. Assegurar autonomia profissional para analisar a demanda psicológica hospitalar e
propor ações para atendê-la independentemente da natureza da instituição e do lugar
que a psicologia ocupa na hierarquia.
2. Sistematizar o trabalho de tal modo que seja possível desenvolver ações
assistenciais, de ensino e de pesquisa.
3. Empenhar-se para que o nível de abrangência não comprometa a qualidade do
serviço prestado.
4. Identificar a necessidade dos pacientes e escolher métodos de intervenção
condizentes com o estado de saúde que apresentam e com as características da
unidade que estão vinculados (Centros e Unidades de Tratamento Intensivo,
Emergência, Internação ou Ambulatório).
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21. Propor estratégias que conciliem a prática de pesquisa com as demais atividades
que precisam ser desenvolvidas no âmbito hospitalar.
22. Desenvolver recursos que permitam avaliar os resultados obtidos com a
intervenção psicológica e demonstrar ganhos institucionais na redução de custos.
23. Apresentar trabalhos e debater em público assuntos relacionados à prática
psicológica hospitalar.
24. Analisar os fatores que dificultam a prática psicológica hospitalar e propor ações
capazes de superá-los.
25. Evitar assumir responsabilidades que não são funções do psicólogo hospitalar
para que não sejam geradas expectativas equivocadas com relação à atuação deste
profissional.
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Análise crítica
A análise das competências e habilidades do psicólogo hospitalar teve como
ponto de partida as resoluções do Conselho Federal de Psicologia (2000, 2001) sobre
a caracterização da especialidade. O documento do Conselho Federal de Psicologia
(2000) é uma descrição geral dos espaços e focos do trabalho da psicologia em
hospitais, enfatizando as demandas esperadas. Com base neste documento e na
experiência dos participantes, foi possível fazer o levantamento das competências e
habilidades apresentadas neste estudo. Tais definições ressaltam as condutas e os
procedimentos profissionais necessários ao desempenho da prática psicológica
hospitalar. Entende-se que tais competências e habilidades refletem padrões reais e
consensuais de desempenho dos profissionais inseridos na área, e não articulações
burocráticas para atender determinadas exigências legais.
Como se pôde constatar, muitos dos aspectos levantados são aplicáveis a
outros contextos de atuação do psicólogo. Tais aspectos são ilustrativos do que pode
ser considerado geral e compartilhado com outras demandas profissionais e o que
pode ser específico na prática hospitalar. As competências e habilidades
apresentadas contêm a diferença gradativa do que é geral ao psicólogo, conforme
listado nas habilidades básicas, e do que é específico ao psicólogo hospitalar,
conforme listado nas competências. Contudo, é difícil definir fronteiras entre o básico,
a ênfase profissional ainda na graduação e a especialização, no sentido da pós-
graduação lato sensu.
A noção de educação por competências é um recurso pedagógico ágil e
flexível, sensível aos novos tempos. Infelizmente, entre nós, a novidade pedagógica
veio como exigência legal. Melhor teria sido se viesse como descoberta institucional,
trabalho de pesquisa ou proposição diferenciada de instituições comprometidas com
um ensino de qualidade. Como um estatuto legal, é bem possível que os frutos sejam
escassos. Com isso, todo o trabalho de planejamento do currículo por competências
pode se transformar em um expediente apenas burocrático, posteriormente
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Fonte:valordoconhecimento.com.br
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sistemas de saúde público e privado procura tais serviços por sua condição de
adoecimento somático. Entretanto, tal concepção moderna, cartesiana de homem e
mundo, que privilegia o contexto da saúde pública como ainda centrado na instituição
hospitalar restringe a compreensão do existir humano em sua plenitude e se afasta
das concepções contemporâneas que apontam para uma abordagem complexa do
humano.
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são necessários dois elementos fundamentais, explorados por Hycner (1995) que
vamos contextualizar aqui no trabalho em saúde, a saber, a presença e a inclusão.
Aliado a estes elementos, apresentamos o corpo como elemento fundamental da
relação dialógica. Segundo Freitas (2009a) o diálogo ocorre em dois níveis diferentes:
no da corporeidade e no nível da fala. "O corpo é, portanto, fundo da expressão",
espaço da realização do contato. Sendo o corpo "fundo", é o lugar das intersecções,
é campo, é ponto de contato e encontro entre paciente e psicólogo. Nada mais
significativo quando o ponto central ou de partida da relação é justamente o
adoecimento somático. Ao constatarmos que o corpo é elemento essencial do diálogo
é necessário compreender o que chamamos de corpo e como este se constitui
enquanto dimensão dialógica.
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A presença é uma atitude do psicólogo na qual este se revela como uma pessoa
autêntica. É estar na relação abrindo-se existencialmente para que o outro possa se
apoiar em seu self como caminho de autopercepção. A presença não significa
simplesmente uma forma de estar com o outro na qual não deva existir interferência
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(...) precisa ser capaz de, tanto humanamente quanto possível, tentar
experienciar o que o cliente está experenciando do seu lado do diálogo. Na melhor
das hipóteses, é apenas uma experiência momentânea, pois ninguém pode manter
uma atitude desse tipo durante muito tempo (...). Há uma experiência de ausência de
self nesses momentos.
O self do terapeuta passa a ser fundo para que a existência do paciente seja
figura. Em seu campo, significa emprestar sua existência e sua corporeidade para
permitir que o estranhamento do sentido do outro encontre espaço de expressão na
existência atual do terapeuta (Freitas, 2009a). Diferente da empatia, a inclusão é um
voltar-se "(...) existencialmente para o outro e uma tentativa de experienciar o lado da
pessoa assim como o próprio" (Hycner, 1995). É permitir ao outro ser ele mesmo
enquanto Tu.
Na teoria da Gestalt-terapia é salientada a importância ôntica do contato. Tal
forma específica de contato que é o diálogo torna-se a base para a autorrealização.
Quando possibilita a awareness integrativa, permite ao paciente, à família ou à equipe
responder a uma situação de forma apropriada às suas necessidades e às
possibilidades da situação que o contexto possa apresentar (Hycner & Jacobs, 1997).
Sabemos que a Gestalt-terapia defende que para viver essa integração a
pessoa não deve julgar sua experiência nem desprezar ou alienar aspectos de si
mesma. Isso inclui seus sentimentos, o medo, a raiva, o seu corpo, seus
pensamentos, o ambiente, a espera, o desconhecido, assim como sua história. O que
é também particularmente verdadeiro para o contexto hospitalar, entretanto, com a
delimitação de que esses sentimentos no momento e contextos atuais estão
intimamente relacionados com o processo de saúde-doença. Não é aniquilar a tensão
entre as partes constitutivas do vivido de uma enfermidade, uma intervenção cirúrgica
ou uma internação. É permitir que a tensão entre as partes seja suficiente ao mesmo
tempo para a manutenção da autonomia do paciente, assim como para a continuidade
do processo de restabelecimento do seu bem-estar físico e psicológico, que pode
significar a continuidade ou a não continuidade do tratamento médico em todos ou
alguns de seus aspectos. É uma proposta de descentramento de um modelo de cura
romântico que busca o restabelecimento de um estado imaginário anterior de bem-
estar para uma proposta de busca incessante da manutenção da autonomia do
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paciente, regulada pela confiança no saber médico e não por um autoritarismo cego
a um suposto poder científico da medicina contemporânea.
Assim como a perspectiva de compreensão da totalidade defendida pela
Gestalt-terapia, a psicologia da saúde busca um modelo que compreenda os múltiplos
fatores inerentes ao processo de adoecimento (biológicos, psicológicos, sociais e
espirituais), rompendo com modelos lineares e causais da compreensão dos
processos de saúde-doença (Ogden, 1996). Segundo Freitas (2009b), em Gestalt-
terapia saúde e doença são vistos como dois pólos de um único processo
pluridimensional, dinâmico e contínuo. As polaridades saúde e doença não se
enquadram dentro de um critério de exclusão, mas se articulam em uma relação
complexa e processual. Ser saudável não significa ausência de doenças, nem
tampouco, estar doente, ausência de saúde, isto é, "o processo de saúde-doença
implica a compreensão dos significados dos sintomas no contexto da personalidade,
no contexto de vida, pensamentos e sentimentos dos sujeitos e da cultura" (Freitas,
2009b, p. 71). Contato é sempre contato, não há parâmetros possíveis para se
estabelecer o que seja bom ou mau contato. Há que se entender, outrossim, os
sentidos de cada expressão e de cada traço do sujeito em seu contexto de vida e não
em comparação com uma curva ou gráfico que buscam uma pretensa padronização
do campo homem/meio. Buscar aniquilar as tensões inerentes à hospitalização e ao
adoecimento é aniquilar o próprio sujeito.
Entender o homem como um campo organismo/meio que se estrutura em uma
corporeidade expressiva é, especialmente em nosso contexto, falar de alguém que
sofre sendo seu corpo material, visível e sensível à dor, ao toque, ao olhar do outro,
ao cheiro que se desprende, ao processo de transformação física, aos sentimentos
que dele e com ele vivencia.
Abrir-se a esta possibilidade é permitir uma compreensão de que frente ao
adoecimento estamos expostos à ressignificação existencial. Uma organização de
novos sentidos para essa existência no ambiente hospitalar é facilitada por meio do
contato psicológico, pela mútua atitude do encontro Eu-Tu. Entende-se que o diálogo
possibilita que a pessoa seja percebida como um ser relacional e considerada na sua
totalidade, dentro do seu contexto existencial aqui-e-agora, que é aquele da doença,
da internação, da intervenção médica, da espera e/ou da cirurgia. O diálogo é a busca
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alcançada nas décadas de quarenta e cinquenta é atribuída ao fato de que “os dados
gerados pelo método eram compatíveis com os princípios básicos da teoria
psicanalítica” (Vane & Guarnaccia, 1989.).
Esse foi o período áureo das técnicas de personalidade. Embora o Rorschach
e o TAT fossem os instrumentos mais conhecidos, começaram a se multiplicar
rapidamente as técnicas projetivas, como o teste da figura humana, o Szondi, o MPAS
e tantos outros.
O entusiasmo que cercou o advento das técnicas projetivas pode ser, em
grande parte, explicado por dois fatores de peso:
1) o fato de que os testes, tão valorizados na época anterior, principalmente na
área militar e da indústria, já não pareciam tão úteis “na avaliação de problemas da
vida (neurose, psicose, etc.) ” (Groth-Marnat, 1999, p.4), e
2) a valorização atribuída pela comunidade psiquiátrica ao entendimento
dinâmico.
Entretanto, a partir de então, as técnicas projetivas começaram a apresentar
certo declínio em seu uso, por problemas metodológicos, pelo incremento de
pesquisas com instrumentos alternativos, como o MMPI e outros inventários de
personalidade, por sua associação com alguma perspectiva teórica, notavelmente a
psicanalítica (Goldstein & Hersen, 1990), e pela ênfase na interpretação intuitiva
apesar dos esforços para o desenvolvimento de sistemas de escore (Vane &
Guarnaccia, 1989). Apesar disso, essas técnicas ainda são bastante utilizadas,
embora com objeções, por parte dos psicólogos que propugnam por avaliações de
orientação comportamental e biológica.
Atualmente, há indiscutível ênfase no uso de instrumentos mais objetivos,
interesse por entrevistas diagnósticas mais estruturadas, notadamente com o
incremento no desenvolvimento de avaliações computadorizadas de personalidade,
que vêm oferecendo novas estratégias neste campo (Butcher, Keller & Bacon, 1985).
Também, as necessidades de manter um embasamento científico para oferecer
respostas adequadas e compatíveis com os progressos de outros ramos da ciência,
especialmente em termos de questões diagnósticas, criadas por modificações
introduzidas nas classificações oficiais, têm levado à revisão, renormatização e
criação de novas estratégias de avaliação.
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Definição
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Objetivos
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certos transtornos quanto sobre a utilização mais adequada da testagem com esse
objetivo.
Por último, existe um objetivo de perícia forense. O exame procura resolver
questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício de funções de
cidadão, avaliação de incapacidade ou de comprometimentos psicopatológicos que
etiologicamente possam se associar com infrações da lei, etc.
Geralmente, é colocada uma série de quesitos que o psicólogo deve responder
para instruir um determinado processo. Suas respostas devem ser claras, precisas e
objetivas. Portanto, deve haver um grau satisfatório de certeza quanto aos dados dos
testes, o que é bastante complexo, porque “os dados descrevem o que uma pessoa
pode ou não fazer no contexto da testagem, mas o psicólogo deve ainda inferir o que
ele acredita que ela poderia ou não fazer na vida cotidiana” (Groth-Marnat, 1984,
p.25). As respostas fornecem subsídios para instruir decisões de caráter vital para o
indivíduo. Consequentemente, a necessidade de chegar a inferências que tenham tais
implicações pode se tornar até certo ponto ansiogênica para o psicólogo.
Na realidade, comumente o psiquiatra é nomeado como perito e solicita o
exame psicológico para fundamentar o seu parecer. Não obstante, muitas vezes, o
psicólogo é chamado para colaborar com a justiça, de forma independente.
Responsabilidade
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4.2 Operacionalização
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Fonte:psicocare.net
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apenas como uma ausência de sintomas, pois, uma pessoa pode estar gravemente
enferma sem apresentar qualquer sintomatologia. Por outro lado, as doenças,
atualmente, não são consideradas como possuindo uma única determinação, mas
sim, são multideterminadas. Não existem duas psicologias, uma psicologia da saúde
e uma psicologia da doença. Na realidade, quando se refere à psicologia na saúde, a
expressão engloba a vivência de uma pessoa também no seu processo de
adoecimento. Assim, toda doença tem aspectos psicológicos e que envolve múltiplos
fatores a serem avaliados, tais como estilo de vida, hábitos, cultura, mitos familiares
(Straub, 2005).
A psicologia na saúde está baseada em evidências e vem ganhando
importância nos meios científico, confirmando resultados práticos da atuação deste
profissional, principalmente em países desenvolvidos. Gildron (2002) aponta para o
desenvolvimento de ensaios clínicos randomizados com o intuito de demonstrar a
eficácia das avaliações e, consequentemente, das intervenções de psicólogos em
ambientes médicos, enfatizando a utilização de ferramentas de avaliação baseadas
em estudos de validade e precisão mais elaborados, o que evitaria a avaliação
baseada somente na intuição clínica.
O desenvolvimento de protocolos de avaliação de pacientes é fundamental
para o desenvolvimento de guias de tratamento mais eficientes. Como bem assinalam
Belar e Deardorff (1995), o tipo de serviço prestado, o objetivo do profissional, bem
como o setor em que se situa o profissional são algumas das variáveis que
influenciarão diretamente a forma como o psicólogo desenvolverá seu protocolo de
avaliação psicológica. De maneira geral, as informações necessárias para uma
avaliação minimamente adequada estão relacionadas ao estado geral do paciente, as
mudanças que ocorreram desde o início da doença e o histórico passado,
principalmente aquele relacionado ao enfrentamento de situações de doença
anteriores.
A avaliação proposta também deve levar em consideração as peculiaridades
do sistema de saúde, bem como os suportes sociais/familiares que o paciente vem
recebendo, a fim de contextualizar o tipo de avaliação psicológica e,
consequentemente o tipo de intervenção mais específica. Apesar das diferentes
visões que vários autores possuem sobre os objetivos e passos de uma avaliação
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Amerman, 1997). Neste sentido deve-se tomar um cuidado extra para não transformar
protocolos de avaliação em formas "enfaixadas" de avaliação, as quais, de forma
contrária, ao invés de propiciarem linhas guias para o tratamento, acabam por limitar
a compreensão do problema.
6 BIBLIOGRAFIA
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