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Proessora: Aline Alves

O que é desenvolvimento humano?


→ O campo do desenvolvimento humano
concentra-se no estudo científico dos
processos sistemáticos de mudança e
estabilidade que ocorrem nas pessoas.

→ Os cientistas do desenvolvimento (ou


desenvolvimentistas), observam os aspectos
em que as pessoas se transformam desde a
concepção até a maturidade, bem como as
características que permanecem
razoavelmente estáveis.
Os cientistas do desenvolvimento
reconhecem que o desenvolvimento humano
é um processo que dura a vida toda – um
conceito conhecido como desenvolvimento
do ciclo de vida.

Desde o começo, o estudo do


desenvolvimento humano tem sido
interdisciplinar.

Alimenta-se de um amplo espectro de


disciplinas que incluem psicologia,
psiquiatria, sociologia, antropologia,
biologia, genética, ciência da família (estudo
interdisciplinar sobre as relações
familiares), educação, história e medicina.
Domínios do Desenvolvimento
Os cientistas do desenvolvimento estudam os três principais domínios, ou aspectos,
do eu: físico, cognitivo e psicossocial.

O crescimento do corpo e do cérebro, as


Desenvolvimento
capacidades sensoriais, as habilidades motoras e a
Físico
saúde.

Desenvolvimento Aprendizagem, atenção, memória, linguagem,


Cognitivo pensamento, raciocínio e criatividade.

Desenvolvimento
Emoções, personalidade e relações sociais.
Psicossocial
São oito períodos os mais aceitos do
desenvolvimento: período pré nascimento,
primeira infância, segunda infância,
terceira infância, adolescência, início da
vida adulta, vida adulta intermediária e
vida adulta tardia.
Marcadores das fases
Durante o início da vida adulta, um
período exploratório que vai do início a
meados dos vinte anos, muitas pessoas
ainda não estão prontas para se dedicar
às tarefas típicas de jovens adultos:
estabelecer estilos de vida independentes,
ocupações e famílias. Por volta dos 30
anos, a maioria dos adultos já cumpriu
com sucesso essas tarefas.
Marcadores das fases
Durante a vida adulta intermediária, é
provável a ocorrência de algum declínio
nas capacidades físicas. Ao mesmo
tempo, muitos indivíduos de meia-idade
encontram entusiasmo e desafios nas
mudanças de vida – uma nova carreira e
filhos adultos –, enquanto outros
enfrentam a necessidade de cuidar de
pais idosos.
Marcadores das fases
Na vida adulta tardia, as pessoas precisam
enfrentar a perda de suas próprias faculdades,
perdas de entes queridos e os preparativos para a
morte. Se elas se aposentarem, deverão lidar com
a perda de relacionamentos ligados ao trabalho,
mas poderão sentir-se satisfeitas com as
amizades, a família, com o trabalho voluntário e a
oportunidade de explorar interesses antes
negligenciados. Muitas pessoas idosas tornam-se
mais introspectivas, buscando significado para
suas vidas.
Principais Desenvolvimento Tipico da Idade
Adulta

Faixa Etária Desenvolvimento Desenvolvimento Desenvolvimento


Físico Cognitivo Psicossocial
Principais Desenvolvimento Tipico da Idade
Adulta

Faixa Etária Desenvolvimento Desenvolvimento Desenvolvimento


Físico Cognitivo Psicossocial
Principais Desenvolvimento Tipico da Idade
Adulta

Faixa Etária Desenvolvimento Desenvolvimento Desenvolvimento


Físico Cognitivo Psicossocial
Fatores de Risco para o
Desenvolvimento
Pobreza Cultura, raça/etnia
Em 2025 um quarto da A forma de ser e agir
população mundial sobre o meio interfere no
sobrevivia com 1 dólar e comportamento dos
25 centavos por dia. sujeitos

Vizinhança Contexto histórico


Maior dificuldade de Experiências ligadas ao
encontrar suporte social tempo e lugar afetam o
adequado urso de vida das pessoas
Abordagem de Baltes
ao Desenvolvimento
do Ciclo da Vida

Paul B. Baltes e seus colegas


identificaram sete princípios básicos na
abordagem ou teoria do
desenvolvimento do ciclo de vida, esses
princípios servem como uma estrutura
conceitual amplamente aceita para o
estudo do desenvolvimento do ciclo de
vida.
Perderde-se ganhos
Multiplas dimenções, biologicos com o Memória, força fisíca
biologica, psicologica e tempo ganha-se e resistencia
social. conhecimento.

Multidimensional Mudanças Plasticidade


biologicas
1 2 3 4 5 6 7

Multidirecional Alocação de Historico e


Vitalício Ganhamos e Recursos Cultural
perdemos Crescimento,
Mudanças que concervação e Influenciam e são
habilidades ao longo
afetam a fase reparação influenciados
da vida.
seguinte.
Essa controvérsia remonta ao século
XVIII. O filósofo inglês John Locke
sustentava que uma criança pequena é
uma tabula rasa – uma “tela em
branco” – onde a sociedade “se
inscreve”. Por outro lado, o filósofo
francês Jean Jacques Rousseau
acreditava que as crianças nascem
como “bons selvagens” que se
desenvolvem de acordo com suas
próprias tendências naturais positivas,
se não forem corrompidas pela
sociedade.
Pensando o Desenvolvimento
JOHN LOCKE Rousseau
Modelo Mecanicista Modelo Organicista

→ Esse modelo entende as pessoas como


organismos ativos em crescimento que
→ Nesse modelo, as pessoas são como
põem em marcha seu próprio
máquinas que reagem a estímulos
desenvolvimento (Pepper, 1942, 1961).
ambientais (Pepper, 1942, 1961). Uma
Elas iniciam eventos, e não apenas
máquina é a soma de suas partes. Para
reagem. Assim, a força que impulsiona
entendê-la, podemos desmontá-la em
a mudança é interna. Influências
seus menores componentes e depois
ambientais não causam o
montá-la novamente.
desenvolvimento, embora possam
acelerá-lo ou desacelerá-lo.
Pespectivas Teóricas do Desenvolvimento
Cinco grandes perspectivas sustentam boa
parte das teorias influentes e da pesquisa sobre
desenvolvimento humano: (1) psicanalítica, que
se concentra nas emoções e nos impulsos
inconscientes; (2) da aprendizagem, que estuda
o comportamento observável; (3) cognitiva, que
analisa os processos do pensamento; (4)
contextual, que enfatiza o impacto do contexto
histórico, social e cultural; e (5)
evolucionista/sociobiológica, que considera as
bases evolucionistas e biológicas do
comportamento.
Nenhuma teoria do
desenvolvimento humano é
universalmente aceita, e
nenhuma perspectiva teórica
explica todas as facetas do
desenvolvimento
Início da vida
Adulta
• Quando uma pessoa se torna
adulta?

• A maturidade sexual chega durante


a adolescência; a maturidade
cognitiva geralmente demora mais.

• A definição de idade adulta legal


varia: aos 16 anos, os jovens podem
votar e, aos 18, na maioria dos
Estados norte-americanos, podem
se casar sem a autorização dos pais;
de 18 a 21 anos (dependendo do
Estado), eles podem firmar
contratos de união.
Definindo o Início da idade Adulta
• Segundo definições sociológicas, as pessoas podem ser
consideradas adultas quando são responsáveis por si mesmas
ou escolheram uma carreira, casaram-se ou estabelecem um
relacionamento afetivo significativo ou iniciaram uma família.

• A maturidade psicológica depende de realizações como


descobrir a própria identidade, tornar- -se independente dos
pais, desenvolver um sistema de valores e estabelecer
relacionamentos. Alguns psicólogos sugerem que a entrada na
vida adulta é marcada não por critérios externos, mas por
indicadores internos como o sentimento de autonomia,
autocontrole e responsabilidade pessoal.
Definindo o Início da idade Adulta
• Hoje, o caminho para a vida adulta é marcado por múltiplas
etapas – ingressar na universidade (em tempo integral ou em
meio período), sair da casa dos pais, casar-se e ter filhos – e a
ordem e o momento dessas transições variam (Schulenberg et al.,
2005).

• O início da vida adulta é basicamente, é um período de tempo


durante o qual os jovens não são mais adolescentes, mas ainda
não se firmaram nos papéis adultos (Arnett, 2000, 2004, 2006;
Furstenberg et al., 2005). Embora a incerteza e o tumulto que pode
marcar esse processo possam ser angustiantes, de modo geral a
maioria dos jovens tem uma visão positiva de seu futuro e
anseiam pela vida adulta (Arnett, 2007a).
Definindo o Início da idade Adulta
• O estabelecimento de um self separado dos pais é uma
tarefa importante da idade adulta jovem. Para a maioria dos
indivíduos, o desapego emocional dos pais que ocorre na
adolescência e na idade adulta jovem é seguido por uma
nova definição interna de si mesmo como alguém
competente e que se sente bem quando sozinho, capaz de
cuidar de si mesmo no mundo real. Esse afastamento dos
pais continua muito depois do casamento, e a paternidade
resulta na formação de novas relações que substituem os
genitores como os indivíduos mais importantes na vida dos
adultos jovens.
Definindo o Início da idade Adulta
• Identidade de trabalho: A transição do aprender e brincar
para o trabalho pode ser gradual ou abrupta. Grupo
socioeconômico, gênero e raça afetam a busca e o
desenvolvimento de escolhas ocupacionais particulares.

• Dependendo da escolha da carreira e das oportunidades, o


trabalho pode se tornar uma fonte de frustração constante
ou uma atividade que aumenta a autoestima. Os sintomas
de insatisfação no trabalho são alta taxa de mudança de
emprego, absenteísmo, erros cometidos na atividade
laboral, propensão a acidentes e até mesmo sabotagem
Definindo o Início da idade Adulta

• Desemprego: Os efeitos do desemprego transcendem os da


perda da renda; os custos psicológicos e físicos são
enormes. A incidência de dependência de álcool, homicídio,
violência, suicídio e doença mental aumenta com o
desemprego. A essência da identidade, que com frequência
está atrelada à ocupação e ao trabalho, é gravemente
danificada quando um emprego é perdido, seja por meio de
demissão, de redução no quadro de funcionários, seja por
meio de aposentadoria precoce ou até convencional.
Definindo o Início da idade Adulta

• Desenvolvendo amizades adultas: No fim da adolescência


e na idade adulta jovem, antes do casamento e da
paternidade, as amizades são frequentemente a fonte
primária de sustentação emocional. Colegas de quarto,
amigos que dividem um apartamento, irmandades e
fraternidades, como indicam os nomes usados para
descrevê-las, são substitutos dos pais e irmãos, que são
temporários até que sejam encontradas substituições mais
permanentes.
Definindo o Início da idade Adulta

• Desenvolvendo amizades adultas: Necessidades emocionais de


intimidade e confidencialidade são, em grande parte, satisfeitas
pelas amizades. Todos os problemas principais do
desenvolvimento são discutidos com os amigos, particularmente
com aqueles que se encontram em circunstâncias semelhantes.

• Quando ocorrem os casamentos e nascem os filhos, a importância


emocional central das amizades diminui.
Definindo o Início da idade Adulta
• Sexualidade e Casamento: A mudança desenvolvimental da
experimentação sexual para o desejo de intimidade é
experimentada na idade adulta jovem como uma solidão intensa,
resultante da consciência da ausência de um amor comprometido
semelhante ao vivenciado na infância com seus pais.

• Breves encontros sexuais em relacionamentos de curta duração já


não estimulam a autoestima de maneira significativa. Cada vez
mais, o desejo é pelo envolvimento emocional em um contexto
sexual. O adulto jovem que não consegue desenvolver a
capacidade de relações íntimas corre o risco de viver no
isolamento e centrado em si mesmo na meia-idade.
Definindo o Início da idade Adulta
• Sexualidade e Casamento: A idade média do primeiro
casamento vem aumentando de maneira constante desde
1950 para homens e mulheres, e o número de pessoas que
nunca se casam tem aumentado.

• Hoje, aproximadamente 50% de todos os adultos com mais


de 18 anos não são casados, comparados com apenas 28%
em 1960. A proporção de indivíduos entre 30 e 34 anos que
nunca se casaram quase triplicou, e a proporção dos que
nunca se casaram entre 35 e 39 anos dobrou.
Definindo o Início da idade Adulta
• Problemas Conjugais: Embora o casamento tenha a tendência
a ser considerado um laço permanente, uniões malsucedidas
podem ser terminadas, como de fato o são na maioria das
sociedades.
• Entretanto, muitos casamentos que não terminam em
separação ou divórcio são conturbados. Ao considerarem os
problemas conjugais, os clínicos se detêm nas pessoas
envolvidas e também na unidade conjugal em si.
• A forma como funciona um casamento está relacionada ao
parceiro escolhido, à organização ou desorganização das
personalidades de cada um dos parceiros, à interação entre eles
e às razões originais para a união.
Definindo o Início da idade Adulta
• As pessoas se casam por uma variedade de razões –
emocionais, sociais, econômicas e políticas, entre outras.
Uma pessoa pode ver o cônjuge como um meio de satisfazer
suas necessidades de infância de uma boa parentalidade.
Outros podem ver o cônjuge como alguém a ser salvo de
uma vida que de outra forma seria infeliz.

• Expectativas irracionais entre os cônjuges aumentam o


risco de problemas conjugais.
Definindo o Início da idade Adulta
• Paternidade: A paternidade intensifica o relacionamento entre os
novos pais. Por meio da sua união física e emocional, o casal produziu
um ser frágil e dependente que precisa deles nos papéis interligados
de pai e mãe.

• Esse reconhecimento expande a imagem interna que um tem do outro


para incluir pensamentos e sentimentos que emanam do papel de
genitor. À medida que vivem juntos como uma família, a relação do
casal se modifica. Eles se tornam pais que se relacionam um com o
outro e com seus filhos
Definindo o Início da idade Adulta
• No entanto, surgem problemas entre pais e filhos. Além da carga
econômica de criar um filho, existem custos emocionais. Os filhos
podem reacender conflitos que os próprios pais tinham quando
crianças, ou podem ter doenças crônicas que desafiam os recursos
emocionais das famílias.

• À medida que os filhos vão crescendo e entram na adolescência, o


processo de estabelecimento da identidade assume grande
importância. As relações com os pares se torna essencial para o
desenvolvimento de uma criança, e pais superprotetores que
impedem que o filho desenvolva amizades ou tenha a liberdade de
experimentação com amigos que eles desaprovam podem interferir
em sua passagem pela adolescência.
Influências comportamentais na saúde
e na condição física
A associação entre comportamento e saúde ilustra as
inter-relações entre aspectos físicos, cognitivos e
emocionais do desenvolvimento. O que as pessoas
sabem sobre saúde afeta o que elas fazem, e o que
elas fazem afeta como elas se sentem, contudo,
conhecer os bons (e maus) hábitos de saúde não
basta.

A personalidade, as emoções e o ambiente social


frequentemente pesam mais do que aquilo que as
pessoas sabem que devem fazer e levam a
comportamentos não saudáveis.
A B C

Dieta e Nutrição Obesidade/ Transtornos da


Importante para
Sobrepeso alimentação
saúde fisíca e Relação com Anorexia e
mental depressão e Bulimia
doenças arterias
D E F

Atividade fisíca Estresse Sono


Auxilia na saúde Riscos físicos, Afeta funcionamento
fisíca e mental imunologicos e fisíco, cognitivo,
psicologicos emocional e social
A B C

Tabagismo Álcool Nível


O consumo Socioeconômico
Mais de 40% dos atinge seu auge Educação e melhor
jovens de 21 a 25 no início da vida nível socioenômicos
anos são fumantes adulta, entre 18 e tem melhor
25 anos. condições de saúde

Relacinamentos
Integração e
apoio socail
produzem saúde
→ Para a maioria dos adultos emergentes, a saúde mental e o
bem-estar melhoram e os problemas de comportamento
diminuem. Contudo, ao mesmo tempo, a incidência de
transtornos psicológicos aumenta para condições como
depressão maior, esquizofrenia e transtorno bipolar.

→ A transição para a vida adulta marca o final dos anos


relativamente estruturados do ensino médio. A
independência para tomar decisões e escolher diferentes
caminhos é frequentemente libertadora, mas a
responsabilidade de contar consigo mesmo e de sustentar-
se financeiramente pode ser esmagadora (Schulenberg e
Zarrett, 2006)
→ Alcoolismo: A exposição a uma substância que causa
dependência, cria um estado mental eufórico
acompanhado por alterações neurológicas que produzem
sensações de desconforto e fissura quando ela não está
mais presente.

→ De 6 a 48 horas após a última dose, os alcoolistas


experimentam sintomas físicos de abstinência fortes
(ansiedade, agitação, tremores, pressão sanguínea elevada
e, às vezes, convulsões). Os alcoolistas, como os
dependentes de drogas, desenvolvem uma tolerância à
substância e necessitam cada vez mais para obter o
“barato” desejado (NIAAA, 1996).
→ O tratamento para alcoolismo pode incluir desintoxicação
(remoção de todo o álcool do corpo), hospitalização,
medicamento, psicoterapia individual e de grupo e
encaminhamento a uma organização de apoio, como o
Alcoólicos Anônimos. Embora não haja uma cura, o
tratamento pode dar aos alcoolistas novas ferramentas
para lidar com sua dependência e conduzir vidas
produtivas.
→ Uso e Abuso de drogas: O uso de drogas ilícitas atinge seu
auge entre as idades de 18 e 25 anos. Quando os adultos
jovens se estabelecem, casam e assumem a
responsabilidade por seu futuro, eles tendem a interromper
o uso de drogas. As taxas de uso caem drasticamente
durante a segunda década, e então continuam a diminuir,
embora mais lentamente, à medida que as pessoas entram
na vida adulta tardia e velhice (SAMHSA, 2008.).
→ Cerca de 20% de pessoas com transtornos por uso de substância
também têm transtornos do humor (depressão) ou de ansiedade
(Grant et al., 2004).

→ Além disso, há uma relação entre a ocorrência de transtornos da


personalidade e o abuso tanto de drogas ilegais como de álcool
(Grant et al., 2007).

→ A relação causal aqui não é clara. Pode ser que o uso de drogas
ilegais coloque os jovens em risco de desenvolvimento de uma
variedade de psicopatologias. Alternativamente, poderia ser o caso
de que aquelas pessoas que sofrem de angústias psicológicas se
automediquem e, portanto, sejam mais propensas à dependência e
a outros comportamentos de risco.
→ Depressão: A adolescência e o início da vida adulta
parecem ser períodos sensíveis para o início de transtornos
depressivos. Entre as idades de 15 e 22 anos, a incidência de
depressão aumenta gradualmente (Schulenberg e Zarrett,
2006).
→ Adolescentes que são deprimidos, e cuja depressão
persiste até a idade adulta, tendem a ter tido fatores de
risco da infância significativos, como transtornos
neurológicos ou do desenvolvimento, famílias
problemáticas ou instáveis, e transtornos
comportamentais da infância. Eles podem ter dificuldade
para negociar a transição para o início da vida adulta.
→ Geralmente, as mulheres jovens são mais propensas a
sofrer de um episódio depressivo maior, e esta diferença na
prevalência torna-se particularmente aguda após o início
da puberdade (Wasserman, 2006).
→ As mulheres também são mais propensas que os homens a
apresentar sintomas atípicos, a ter uma psicopatologia
adicional juntamente com seus transtornos depressivos e a
tentar (mas não ter êxito) o suicídio (Gorman, 2006).
→ Além disso, mulheres e homens podem responder a
antidepressivos de forma diferente, com as mulheres
apresentando uma maior probabilidade de reações
adversas aos medicamentos (Franconi et al., 2007).
→ As atividades sexual e reprodutiva são frequentemente uma
preocupação primária do início da vida adulta. Essas funções
naturais e importantes podem envolver preocupações físicas.
Três dessas preocupações são os distúrbios relacionados à
menstruação, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e a
infertilidade.

→ Comportamento e Atitudes Sexuais: De acordo com um


levantamento nacionalmente representativo feito pessoalmente,
75% dos adultos tiveram relações sexuais antes do casamento
aos 20 anos; 95% o fizeram aos 44 anos. As porcentagens
aumentam nitidamente em coortes etárias mais recentes; entre
meninas que fizeram 15 anos entre 1964 e 1993, pelo menos 91%
tinha tido relações sexuais antes do casamento aos 30 anos
(Finer, 2007).
→ Os adultos jovens tendem a ter mais parceiros sexuais do
que outros grupos etários, mas fazem sexo com menos
frequência. Pessoas que se tornaram sexualmente ativas
durante o início da vida adulta tendem a envolver-se em
menos comportamentos de risco – aqueles que podem
levar a ISTs ou a gestações não planejadas – do que aqueles
que começaram na adolescência. Os preservativos são o
contraceptivo utilizado mais comumente, embora seu uso
seja inconsistente (Lefkowitz e Gillen, 2006).
→ O sexo casual (o “ficar”) é razoavelmente comum,
especialmente nos campi universitários. As agressões
sexuais a mulheres também são um problema nesta faixa
etária. Ambos estão frequentemente associados com
outros comportamentos de risco não sexuais, como beber e
usar drogas (Santelli et al., 2007).

→ Os estudantes universitários, em particular, estão se


tornando menos críticos e mais abertos em relação à
atividade sexual. Entretanto, ainda existe um padrão duplo:
é esperado que os homens tenham mais liberdade sexual
que as mulheres.
→ o início da vida adulta, a maioria das pessoas homossexuais,
bissexuais e transgêneros são claros em relação à sua
identidade sexual. Muitos se revelam pela primeira vez aos
outros durante esse período (Lefkowitz e Gillen, 2006).

→ Em geral, as gerações mais recentes nos Estados Unidos estão


se revelando em uma idade mais precoce. Além disso, os
homens são mais propensos a se revelar em uma idade mais
precoce do que as mulheres.

→ Jovens de minorias étnicas são igualmente propensos a ser


abertos sobre sua orientação sexual aos seus amigos, mas são
mais propensos a manter essa informação em segredo de seus
pais (Grov et al., 2006).
→ Infecções Sexualmente Transmissíveis: De longe as taxas
mais altas de ISTs nos Estados Unidos encontram-se entre
os adultos emergentes de 18 a 25 anos, especialmente entre
aqueles que usam álcool e/ou drogas ilícitas (SAMHSA,
2007b).

→ Estima-se que 1 em cada 4 pessoas que são sexualmente


ativas, mas quase metade dos novos casos de ISTs, estão
nessa faixa etária, e muitas não recebem diagnóstico
médico e tratamento (Lefkowitz e Gillen, 2006).

→ O uso de preservativos é o meio mais efetivo de prevenir as


ISTs.
→ Transtornos Menstruais (STPM ou TPM): é um transtorno que
produz desconforto físico e tensão emocional por até duas
semanas antes de um período menstrual. Os sintomas podem
incluir fadiga, cefaleias, inchaço e sensibilidade dos seios, mãos
ou pés inchados, distensão abdominal, náusea, cólicas,
constipação, aumento do apetite, ganho de peso, ansiedade,
depressão, irritabilidade, mudanças de humor, choro e
dificuldade para concentrar-se e lembrar (American College of
Obstetricians and Gynecologists [ACOG], 2000; Moline e Zendell,
2000).
→ Até 85% das mulheres que menstruam podem ter alguns
sintomas, mas apenas 5 a 10% justificam um diagnóstico de
TPM (ACOG, 2000).
→ Transtornos Menstruais (STPM ou TPM): A causa da TPM não é
totalmente entendida, mas ela parece ser uma resposta aos
surtos mensais normais dos hormônios femininos estrógeno e
progesterona (Schmidt et al., 1998) bem como aos níveis do
hormônio masculino testosterona e de serotonina, uma
substância química cerebral (ACOG, 2000). O tabagismo pode
colocar as mulheres em maior risco de desenvolvimento de TPM
(Bertone- -Johnson et al., 2008).

→ A TPM pode ser confundida com dismenorreia (menstruação


dolorosa, ou “cólicas”). As cólicas tendem a afetar mulheres
mais jovens, enquanto a TPM é mais típica em mulheres na
faixa dos 30 anos ou mais.
→ Infertilidade: a incapacidade para conceber um bebê após 12
meses de tentativas na ausência de métodos contraceptivos
(CDC, 2005; Wright et al., 2006).

→ A fertilidade feminina começa a decrescer no final da segunda


década de vida, com diminuições substanciais durante a
terceira década. Na quarta década de vida, muitas mulheres não
são capazes de ficar grávidas sem o uso da tecnologia de
reprodução assistida (TRA). A fertilidade masculina é menos
afetada pela idade, mas diminui significativamente no final da
terceira década de vida (Dunson, Colombo e Baird, 2002)
→ Tanto em homens como em mulheres, fatores ambientais que
podem ser modificados estão relacionados à infertilidade.

→ Por exemplo, homens (Sallmen et al., 2006) e mulheres


(Maheshwari, 2010) que estão acima do peso são mais
propensos a ter problemas de fertilidade. O tabagismo também
parece ter um forte efeito negativo sobre a fertilidade. Outros
fatores, como estresse psicológico, consumo de altos níveis de
cafeína e álcool e exposição a poluentes ambientais foram
implicados, mas a evidência de seus efeitos negativos é menos
forte (Hofman, Davies e Norman, 2007).
Referências
• PAPALIA, D.E& OLDS,S.W .Desenvolvimento humano. 12. ed. Porto Alegre:
Artes Médicas Sul, 2013.

• SADOCK, B. J. Compêndio de psiquiatria: ciência do comportamento


e psiquiatria clínica. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017
Duvidas?

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