Slides História e Atribuições de Psicologo Organizacional

História da Psicologia Organizacional
Prof.Rosimeri Vieira - Especialista Cognitiva

Comportamental - Mestra em Admininstração
Conceito de Organização
Define-se organização como sendo um agrupamento de pessoas, reunidas de forma

estruturada, deliberada ou em associação, que criam metas para atingir objetivos
comuns a todos. Podendo ser de vários tipos e estruturas, com natureza econômica ou
social. As organizações são diferentes umas das outras, não havendo, portanto, duas
organizações iguais (Carvalho, 2008)

Psicologia?
A psicologia é a ciência do comportamento humano (e não humano), da cognição,

da emoção e da motivação e pode ser subdividida em muitas diferentes
especializações.

O que é psicologia Organizacional?
A psicologia Organizacional é um olhar direcionado às relações humanas dentro da organização e para

funcionário como sujeito, buscando uma maior compreensão, sobre o comportamento de cada indivíduo com o
intuito de proporcioná-los um maior bem estar no local de trabalho (SPECTOR, 2005).
Prof. Rosimeri Vieira - Especialista Cognitiva

Comportamental - Mestra em Administração
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
SÉCULO XIX – população migra para as cidades.
Situação precária de vida para os operários:
 Jornada de trabalho de mais de 19 horas diárias.

 Crianças com 4 anos já trabalhavam nas fábricas.
 Falta de higiene, moradia e saúde.

HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
ORGANIZACIONAL
A psicologia organizacional é uma invenção do século XX,

com raízes no fim do século XIX, e existe praticamente desde
o início do campo da psicologia. Os primeiros psicólogos a se
envolverem na psicologia organizacional foram psicólogos
experimentais interessados na aplicação dos novos princípios
da psicologia a problemas nas organizações.

HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
ORGANIZACIONAL
A psicologia I/O, as duas guerras mundiais foram as grandes catalisadoras para

a mudança da disciplina. Este resumo da história mostrará como o campo da
psicologia I/O chegou a ser o que é e como alguns indivíduos e eventos
importantes ajudaram a moldá-la.

Os primeiros anos 1900- 1916
Em seus primórdios, o que hoje conhecemos como

psicologia I/0 nem mesmo tinha nome;
era uma fusão de duas forças que ganharam ímpeto antes de
1900.

Uma força era a natureza pragmática de algumas
pesquisas psicológicas básicas.
A maioria dos psicólogos nessa época era estritamente científica

e deliberadamente evitava estudar problemas que
ultrapassassem as fronteiras da pesquisa pura.

W. L. Bryan publicou um trabalho (Bryan

e Harter, 1897) sobre como telégrafos
profissionais desenvolviam habilidades
em enviar e receber o código morse.

Lillian Gilbreth foi uma das psicólogas que fizeram
consideráveis contribuições nos primórdios da
psicologia I/O.

Eles estavam preocupados principalmente com a economia na

produção e com a produtividade dos operários. Uma equipe de marido
e mulher, Frank e Lillian Gilbreth, contribuiu com conhecimento
pioneiro sobre tempo e movimento na produção industrial. Talvez eles
sejam mais conhecidos por sua pesquisa dos elementos do movimento
humano, os quais chamaram de "therbligs"4 (uma inversão do nome
Gilbreth).

Pediram-lhe sua opinião porque era a única
mulher na reunião.
Lillian Gilbreth
"levantou-se e comentou que o ser
humano, é claro, era o elemento mais
importante na indústria e lhe parecia
que esse elemento não estava
recebendo a devida atenção.

mulher na reunião.
O treinamento científico dos

engenheiros, disse ela, era voltado para o
manuseio de objetos inanimados. Ela
chamou a atenção para o fato de que a
psicologia estava rapidamente se tornando
uma ciência, e o muito que tinha a oferecer
estava sendo ignorado pelos engenheiros
gerenciais.

mulher na reunião.
O apelo em seus comentários

improvisados era que a nova profissão de
gerência científica abrisse seus olhos para
o lugar essencial que a psicologia ocupava
em qualquer programa que os engenheiros
industriais concebessem"

mulher na reunião.
https://www.youtube.com/watch?v=_9RlfBdLvE8

Três indivíduos se destacam como os pais da
psicologia I/O.
Walter Dill Scott

Como psicólogo, Scott foi persuadido a dar uma
palestra a alguns líderes empresariais sobre a
necessidade de aplicar a psicologia à propaganda.
Sua palestra foi bem-recebida e levou à publicação
de dois livros: The theory of advertising- A teoria
da publicidade -(1903) e The psychology of
advertising-A psicologia da publicidade –(1908).

Walter Dill Scott
O primeiro livro tratava da sugestão e do argumento

corno meios de influenciar pessoas. O objetivo do
segundo livro era melhorar a eficiência humana com
táticas como imitação, competição, lealdade e
concentração. Em 1911, expandindo suas áreas de
interesse, Scott publicou mais dois livros: Influencing
men in business(Influenciar homens nos negócios e
Aumentar a eficiência humana nos negócios.
e Increasing human efficiency in business.
Walter Dill Scott
Durante a Primeira Guerra Mundial, Scott

desempenhou um papel importante na aplicação de
procedimentos a funcionários no exército. Scott foi
apontado como um scien-tist-practitioner(cientista
prático) altamente respeitado em ambas as esferas da
atividade profissional. Scott tinha considerável
influência para aumentar a consciência pública e a
credibilidade da psicologia industrial.

Frederick W. Taylor
À medida que ia ascendendo na escala hierárquica

de uma empresa como operário, supervisor e,
finalmente, gerente de fábrica, Taylor percebeu o
valor de reestruturar a situação de trabalho para
obter tanto um melhor desempenho para a empresa
quanto um salário melhor para o trabalhador.

Frederick W. Taylor
Seu trabalho mais conhecido é o livro The principies of scientific

manage-ment (1911).
(1)a ciência acima o método empírico,
(2) seleção e treinamento científicos,
(3) a cooperação acima do individualismo e
(4) divisão de trabalho mais adequado à empresa e aos funcionários

(equidade trabalho).

Frederick W. Taylor
Treinar os funcionários aumentou sua produtividade

média de 12,5 para 47 toneladas movimentadas por dia
(com menos fadiga relatada), o que resultou em aumento
de salários para eles. A empresa também aumentou
drasticamente a eficiência ao reduzir os custos de 9,2
centavos por tonelada para 3,9 centavos por tonelada.

Frederick W. Taylor
Como consequência desse método, Taylor sofreu
acusações de que explorava desumanamente os operários
em troca de um salário maior e de que mais trabalhadores
ficariam desempregados porque um menor número deles
era necessário. Como nessa época a taxa de desemprego
era alta, os ataques a Taylor foram violentos.

Hugo Münsterberg
Münsterberg foi um psicólogo alemão com
treinamento acadêmico tradicional. O
renomado psicólogo americano William James
convidou Münsterberg para a Universidade de
Harvard, onde ele aplicou seus métodos
experimentais a uma variedade de problemas,
inclusive à percepção e à atenção.

Hugo Münsterberg
Münsterberg estava interessado em aplicar os

tradicionais métodos da psicologia a problemas
industriais práticos. Seu livro Psychology and
industrial efficiency (1913) era dividido em três
partes: seleção de trabalhadores, concepção de
situações de trabalho e uso da psicologia em
vendas.

Hugo Münsterberg
Quando a Primeira Guerra Mundial
eclodiu na Europa, Münsterberg
apoiou a causa alemã.
Ele foi repudiado por sua escolha,
e a tensão emocional
provavelmente contribuiu para sua
morte, em 1916.
A nação americana foi o único país
envolvido na guerra que deu
unidade à profissão.
Hugo Münsterberg
A principal ênfase dos primeiros trabalhos em psicologia I/O foi
sobre os ganhos econômicos que poderiam ser obtidos com a
aplicação das ideias e dos métodos da psicologia a problemas nos
negócios e na indústria.
Líderes empresariais começaram a empregar psicólogos, e alguns
psicólogos partiram para a pesquisa aplicada. Entretanto, a
Primeira Guerra Mundial ocasionou uma mudança na direção
da pesquisa da psicologia industrial.

Primeira guerra mundial (1917-1918)
A Primeira Guerra Mundial foi um potente impulso

para a ascensão da psicologia à respeitabilidade. Os
psicólogos acreditavam que podiam prestar um
valioso serviço à nação, e alguns viam a guerra como
um meio de acelerar o progresso da profissão

Robert Yerkes
Robert Yerkes foi o psicólogo mais instrumental no envolvimento da

psicologia na guerra. Como presidente da APA, direcionou a profissão para
atribuições no esforço de guerra.

APA
A APA fez muitas propostas, inclusive maneiras de
eliminar os recrutas com deficiências mentais e de atribuir
funções aos recrutas selecionados. Comitês de psicólogos
investigavam a motivação dos soldados, o moral e
problemas psicológicos decorrentes de incapacidade física e
de disciplina.

Testes
O exército, por sua vez, estava cético quanto às alegações dos
psicólogos. Ele acabou aprovando apenas um pequeno número de
propostas, na maioria aquelas que envolviam a avaliação de recrutas.
Yerkes e outros psicólogos avaliaram uma série de testes de
inteligência geral até que finalmente desenvolveram um, ao qual
chamaram de Army Alpha (um teste de inteligência desenvolvido
durante a Primeira Guerra Mundial por psicólogos 1/0 para a seleção
e colocação de militares)

TESTES
Quando descobriram que 30% dos recrutas eram analfabetos,

desenvolveram o Army Beta (um teste de inteligência não verbal
desenvolvido durante a Primeira Guerra Mundial pelos psicólogos
I/O para avaliar os recrutas analfabetos) , um teste especial para
aqueles que não sabiam ler.

TESTES
Embora o impacto da psicologia para o esforço de guerra
não tenha sido substancial, o próprio processo de dar aos
psicólogos tanto reconhecimento e autoridade foi um
grande impulso para a profissão. Os psicólogos eram
considerados capazes de fazer valiosas contribuições para a
sociedade e de contribuir para a prosperidade de uma
empresa (e, na guerra, da nação).

TESTES
Também em 1917 o mais antigo e mais representativo jornal
no campo da psicologia I/O —o Journal of Applied
Psychology — começou a ser publicado.
Após a guerra, houve uma explosão no número de empresas

de consultoria psicológica e centros de pesquisa. O
nascimento dessas agências introduziu a próxima fase da
psicologia I/O.
Período entre Guerras (1919-1940)
Em 1924, uma série de experimentos começou a ser feita
na fábrica Ilawthorne, da Western Electric Company.
Embora inicialmente parecessem ter pouco significado
científico, os experimentos se tornaram clássicos na
psicologia industrial

Período entre Guerras (1919-1940)
Estudos de Hawthorne

Segunda Guerra Mundial
(1941-1945)
Quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra
Mundial, os psicólogos industriais estavam mais preparados
para o seu papel no esforço de guerra 4o que haviam estado em
1917. Dessa vez, os psicólogos haviam estudado os
problemas de seleção e colocação de funcionários e haviam
apurado consideravelmente suas técnicas.

(1941-1945)
Army General Classification Test (AGCT — Teste de

Classificação Geral do Exército, AGCT é um teste
desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial por
psicólogos I/O para a seleção e a colocação de militares), um
marco na história dos testes em grupo.

(1941-1945)
Os psicólogos também trabalharam no
desenvolvimento e uso de testes de estresse
situacional, um projeto empreendido pelo U.S. Office
of Strategic Services (Escritório de Serviços
Estratégicos dos EUA). A finalidade desse programa
de teste era avaliar candidatos para designação a
unidades de inteligência militar.

(1941-1945)
Durante três dias de aplicação de uma bateria de testes e

observação extremamente intensivas, os candidatos moraram
juntos em pequenos grupos sob observação quase continua da
equipe de avaliação.

Segunda Guerra Mundial (1941-1945)
Cada uma das duas guerras mundiais teve um

efeito importante na psicologia industrial, mas de
maneiras diferentes. A Primeira Guerra Mundial
ajudou a formar a profissão e a dar-lhe aceitação
social.
A Segunda Guerra Mundial ajudou a desenvolvê-la
e a apurá-la.

A próxima fase na história da psicologia I/O acompanhou a
evolução da profissão em subespecialidades e no alcance de
níveis mais elevados de rigor acadêmico e científico.

Assim foi realizado a primeira aplicação em
larga escala de teste psicológicos para
colocação profissional de indivíduos.

Atribuições do Psicólogo do
Trabalho
Fonte: Conselho Federal de Psicologia -1992

PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL
Atua individualmente ou em equipe

multiprofissional, onde quer que se dêem as
relações de trabalho nas organizações sociais
formais ou informais, visando a aplicação do
conhecimento da Psicologia para a compreensão,
intervenção e desenvolvimento das relações e dos
processos intra e interpessoais, intra e intergrupais
e suas articulações com as dimensões política,
econômica, social e cultural.
Fonte: Conselho Federal de
Psicologia -1992
Planeja, elabora e avalia análises de trabalho
(profissiográfico, ocupacional, de posto de trabalho etc.),
para descrição e sistematização dos comportamentos
requeridos no desempenho de cargos e funções, com o
objetivo de subsidiar ou assessorar as diversas ações da
administração.

Participa do recrutamento s seleção pessoal, utilizando
métodos e técnicas de avaliação (entrevistas, testes, provas
situacionais, dinâmica de grupo, etc.), com o objetivo de
assessorar as chefias a identificar os candidatos mais
adequados ao desempenho das funções.

Elabora, executa e avalia, em equipe multiprofissional,
programas de treinamento e formação de mão-de-obra,
visando a otimização de recursos humanos.

Psicologia -1992
Participa, assessora, acompanha e elabora instrumentos
para o processo de avaliação pessoal, objetivando subsidiar
as decisões, tais como: promoções, movimentação de
pessoal, planos de carreira, remuneração, programas de
treinamento e desenvolvimento, etc.

Planeja, coordena, executa e avalia,

individualmente ou em equipe multiprofissional,
programas de treinamento, de capacitação e
desenvolvimento de recursos humanos.

Psicologia -1992
Participa do processo de movimentação

pessoal, analisando o contexto atual, os
antecedentes e as perspectivas em seus
aspectos psicológicos e motivacionais,
assessorando na indicação da locução e
integração funcional.

Participa de programas e/ou atividades na área de segurança

do trabalho, subsidiando-os quanto a aspectos psicossociais.

Participa e assessora estudos, programas e
projetos relativos a organização do trabalho e
definição de papéis ocupacionais:
produtividade, remuneração,
incentivo, rotatividade, absenteísmo e evasão
em relação a integração psicossocial dos
indivíduos e grupos de trabalho.

Promove estudos para identificação das necessidades

humanas em face da construção de projetos e equipamentos
de trabalho (ergonomia).

Participa de programas
educacionais,culturais,recreativos e de higiene
mental, com vistas a assegurar a preservação da
saúde e da qualidade de vida do trabalhador.

Encaminha e orienta os empregados e as organizações,

quanto ao atendimento adequado, no âmbito da saúde
mental, nos níveis de prevenção, tratamento reabilitação.

• Elabora diagnósticos psicossociais das organizações.
• Emite pareceres e realiza projetos de desenvolvimento da

organização no âmbito
de sua competência.

• Realiza pesquisas visando a construção e ampliação do
conhecimento teórico e
aplicado ao trabalho.
• Coordena e supervisiona as atividades de Psicologia do
trabalho, ou setores em que
elas se inserem, em instituições ou organizações em que
essas atividades ocorrem.

Desenvolve ações destinadas as relações de trabalho no
sentido de maior
produtividade e da realização pessoal dos indivíduos e
grupos, intervindo na
elaboração de conflitos e estimulando a criatividade na
busca de melhor qualidade
de vida no trabalho.

• Acompanha a formulação e implantação de projetos de
mudanças nas organizações, com o objetivo de facilitar ao
pessoal a absorção das mesmas.
• Assessora na formação e na implantação da política de
recursos humanos das
organizações.

• Participa do processo de desligamento de funcionários, no
que se refere a demissão
• e ao preparo para aposentadoria, visando a elaboração de
novos projetos de vida.
• Participa como consultor, no desenvolvimento das
organizações sociais, atuando como facilitador de processos
de grupo e de intervenção psicossocial nos diferentes níveis
hierárquicos das estruturas formais.

Referências Bibliográficas
BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História: sociedade e cidadania, 7ª série
(8º ano). São Paulo: FTD, 2006.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA contribuição do,ao
Ministério do Trabalho para integrar o catálogo brasileiro de
ocupações – enviada em 17 de outubro de 1992.
HENDERSON, W. O. A Revolução Industrial. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 1979.
SPECTOR, P. E. Psicologia nas organizações. 4ª edição. São Paulo:
Saraiva, 2005.
MUCHINSKY, Paulo M. Psicologia Organizacional. São Paulo:
Pioneira Thompson Learnig, 2004.

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Durante a Primeira Guerra Mundial, Scott

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