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ESCOLA SECUNDÁRIA PEDRO ALEXANDRINO

Albert Bandura

Anaisa Mate e Jandira


Simão – 12º LH2

Póvoa de Santo
Adrião, Odivelas

2022/2023
ESCOLA SECUNDÁRIA PEDRO ALEXANDRINO

Albert Bandura

Anaisa Mate e Jandira Simão- 12º LH2

Trabalho de pesquisa realizado para a disciplina de Psicologia B

Professora Ana Godinho

Póvoa de Santo Adrião, Odivelas

2022/2023

I
ESCOLA SECUNDÁRIA PEDRO ALEXANDRINO

Índice
Introdução I
1. Vida de Albert Bandura II
2. Teoria da Aprendizagem Social III
2.1Aprendizagem Observacional IV
2.2 Modelagem V
2.3 Processos de Modelagem……………………………………VI

3. Teoria da Cognitiva Social………………………………………VII

3.1 Reciprocidade Triádica……………………………VIII


3.2 Distinção entre aprendizagem e desempenho………IX
3.3 Teorização da modelação………………………………X
3.4 Autoeficácia……………………………………………XI
4. Conclusão………………………………………………………XII
5. Web grafia…………………………………………………………XIII

II
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Introdução

III
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Vida de Albert Bandura

Albert Bandura nasceu em Mundare, Alberta, Canadá no dia 4 de dezembro de 1925 e


morreu a 26 de julho de 2021 aos 95 anos em Stanford, Califórnia, EUA. Era o mais
novo dos seis filhos de um casal de descendência polaca do lado do pai, e ucraniana
do lado da mãe. Foi educado numa escola pequena com mínimos recursos, o que o
forçou a emancipar-se desde cedo, aprendendo de forma independente, e
estimulando, em si próprio a vontade de estudar e aprender. Os pais de Bandura
sempre o encorajaram a se aventurar em novos projetos fora da pequena aldeia onde
habitavam. Daí apos terminar o ensino secundário, no verão, o jovem trabalhou em
Yukon, um dos territórios no norte de Canadá, para proteger a estrada do Alasca da
sua submersão. Foi com essa experiência que Bandura se tornou cativado pela
psicopatologia, quando entrou em contacto com uma subcultura onde reinavam as
brincadeiras e as bebidas. Oque o auxiliou a expandir a sua perspetiva e os seus
pontos de vista sobre a vida. Bandura prosseguiu uma licenciatura na universidade de
British Columbia, EUA e em 1949 licenciou-se com o prémio Bolocan em psicologia,
atribuído anualmente ao aluno em destaque em psicologia. Após obter a licenciatura
continuou a estudar nos EUA na universidade de Iowa onde fez um trabalho de pós-
graduação, recebeu um mestrado em psicologia em 1951, e um doutoramento em
psicologia clínica em 1952.Foi nesta mesma universidade que conheceu a sua esposa
Virginia Varns com quem teve duas filhas. Durantes os seus anos na universidade de
Iowa, Bandura começou a apoiar um estilo de psicologia que tentava investigar
fenómenos psicológicos através de testes experimentais e repetitivos. A este perfil de
investigação, foi adicionando, nas pesquisas que fazia, representações de fenómenos
mentais como imaginação e representação, bem como o conceito de determinismo
recíproco, que postulou a relação de influência entre o agente e o seu meio ambiente,

IV
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o qual marcou uma mudança radical naquilo que era a tendência normalizada da
teoria do comportamentalismo, dominante naquela época. Em 1953 Bandura aceitou
um curso de um ano na Universidade de Stanford, onde rapidamente obteve uma
cadeira de professor. Em 1974 foi nomeado o Professor David Starr Jordan de
Ciências Sociais em Psicologia, e dois anos mais tarde tornou-se presidente do
departamento de psicologia. Permaneceu em Stanford, tornando-se então professor
diplomado de Psicologia em 2010. Ele também é médico ‘honoris causa’ por várias
universidades. Além disso, em 2008 ele ganhou o Prêmio Grawemeyer por suas
contribuições à psicologia. Segundo uma pesquisa realizada em 2002, Bandura é o
quarto psicólogo mais citado de todos os tempos.

Teoria da Aprendizagem Social

Bandura estudou e explicou diversas teorias. Uma delas foi a teoria da aprendizagem
social onde ele enfatiza a importância de observar, modelar e imitar os
comportamentos, atitudes e reações emocionais dos outros. A teoria da aprendizagem
social considera o modo como tanto os fatores ambientais como cognitivos influenciam
a aprendizagem e o comportamento humano, e esses são dois componentes
essenciais para a compreensão das relações sociais. Esta teoria é baseada na ideia
de que aprendemos com as nossas interações com outros num contexto social.
Separadamente, ao observar os comportamentos dos outros, as pessoas conseguem
desenvolver comportamentos semelhantes. Depois de observar o comportamento dos
outros, as pessoas assimilam e imitam esse comportamento, especialmente se as
suas experiências de observação forem positivas ou incluem recompensas
relacionadas com o comportamento observado. De acordo com Bandura, imitação
envolve a reprodução efetiva das atividades motoras observadas. Esta teoria foi se
tornando talvez a teoria mais influente da aprendizagem e desenvolvimento. É assim
enraizada em muitos dos conceitos básicos da teoria da aprendizagem tradicional.
Esta teoria é frequentemente denominada uma ponte entre as teorias de
aprendizagem comportamentalista e a aprendizagem cognitiva pois engloba atenção,
memória e motivação. Contudo, a este respeito, Bandura acredita que o reforço direto
não poderia ser considerado para todos os tipos de aprendizagem. Por essa razão, na
sua teoria ele acrescentou um elemento social, argumentando que as pessoas podem
aprender novas informações e comportamentos observando outras pessoas. De
acordo com os elementos desta teoria, existem três princípios gerais para a

V
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aprendizagem. Presume-se que os princípios da aprendizagem social funcionam da
mesma forma ao longo da vida. A aprendizagem observacional pode ter lugar em
qualquer idade. Na medida em que a exposição a novos influentes, modelos
poderosos que controlam os recursos podem ocorrer na fase da vida, nova
aprendizagem através do processo de modelação é sempre possível. A teoria da
aprendizagem social postula que as pessoas aprendem umas com as outras, através
de: observação, imitação e modelação

VI
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Aprendizagem Observacional

Voltando a realçar que grande parte da conduta é aprendida a partir de outros seres
humanos, Bandura focou-se naquilo que era o tratamento de crianças agressivas a
partir das fontes de violência nas suas vidas. Este trabalho culminou, ao lado de Neal
Miller e de John Dollard, no conjunto de experiências com um Bobo Doll. Então em
1961 Bandura realizou a sua famosa experiência conhecida como a experiência do
Bobo Doll, onde o objetivo era estudar padrões de comportamento, pelo menos em
parte, pela teoria da aprendizagem social, e que semelhantes eram comportamentos
aprendidos por indivíduos que moldaram o seu próprio comportamento após
observarem as ações dos modelos. Os resultados de Bandura, da Experiência Bobo
Doll, mudou o curso dos modelos modernos da psicologia, e foram amplamente
creditados por ajudarem a mudar o foco na psicologia, do puro comportamentalismo
ao cognitivo. A experiência está entre as mais elogiadas e celebradas de experiências
psicológicas. O estudo foi significativo porque se afastou da insistência do
comportamentalismo de que todo o comportamento é determinado por reforço ou
recompensas. Nesta experiência as crianças não receberam nenhum incentivo ou
recompensa para espancar a boneca, estavam simplesmente a imitar o
comportamento que tinham observado. Bandura denominou este fenómeno de
aprendizagem observacional e caracterizou o elemento de aprendizagem
observacional eficaz como: atenção retenção, reciprocidade e motivação. Ele
demonstrou que as crianças aprendem e imitam os comportamentos que têm
observando outras pessoas. Sobre este processo, ele identificou três modelos básicos
da aprendizagem observacional: Um modelo vivo, que envolve um indivíduo real
demonstrando ou atuando um comportamento. Um modelo instrucional verbal, que
envolve descrições e explicações de um comportamento. Um modelo simbólico, que
envolve personagens reais ou fictícias exibindo comportamentos em livros, filmes,
programas de televisão, ou meios de comunicação online. Tudo isto deu o colorido
empírico necessário para que a obra “Teoria da Aprendizagem Social”, tratado datado
de 1977, se tornasse ainda mais credível e proeminente; e o mote necessário para
uma psicologia mais voltada para a cognição. Não obstante, as críticas existiram,
nomeadamente sobre o estimular de atitudes e posturas agressivas nas crianças.

VII
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Modelagem

As pessoas que estão a ser observadas são chamadas modelos e o processo de


aprendizagem é chamada modelagem. As declaradas segunda e terceira fases de
aprendizagem social de Bandura: imitação e modelação de comportamento somente
irão ocorrer se uma pessoa observar resultados positivos e desejados na primeira
fase. Se, por exemplo, um instrutor frequenta e observa um curso no mundo e é
entretido, informado, e aprova a forma como os estudantes agem, é mais provável que
os estudantes queiram ensinar um curso no mundo eles próprios. Podem então usar o
comportamento que experimentaram para imitar e modelar outros estilos de ensino de
outros instrutores no mundo. Estudos prévios confirmaram que pelo menos em parte
de muitos comportamentos podem ser aprendidos através da modelagem. Alguns
exemplos que podem ser citados a este respeito são, os estudantes podem assistir os
pais a ler, os alunos podem assistir às demonstrações de problemas matemáticos, ou
ver alguém a agir com coragem e uma situação de medo. Com base neste ponto a
agressão também pode ser aprendida através de modelos. Muita investigação indica
que as crianças se tornam se mais agressivas quando observam modelos agressivos
ou violentos (visto na teoria da aprendizagem observacional com a experiência do
Bobo Doll). A partir daí, a visão, pensamento moral e comportamento moral são
influenciados pela observação e modelação. Em consequência, a aprendizagem inclui
juízos morais sobre o certo e o errado que podem em parte, desenvolver através da
modelação. Ao contrário das teorias comportamentalistas, em que a aprendizagem
ocorre devido à reação estimulante, Bandura elabora ainda mais o processo de
informação que ocorre entre o estímulo e a imitação do comportamento como uma
resposta. Bandura acredita que os seres humanos são processadores de informação.
Em termos simples, Bandura acredita que a aprendizagem do comportamento não
poderia ocorrer se não fosse pelos processos cognitivos. Os processos cognitivos
intervêm no processo de aprendizagem, que passa então a determinar se uma
resposta é ou não aprendida. Portanto, os comportamentos não são aprendidos
automaticamente simplesmente porque um indivíduo está na presença de um modelo.
O processo de pensamento que atua nos bastidores entre a observação (estímulo) e a
aprendizagem real (resposta) é definido como o processo de modelagem.

VIII
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Processos de Modelagem

Bandura menciona quatro condições necessárias que são necessárias no processo de


modelação. Por considerando estas etapas, um indivíduo pode fazer com sucesso o
modelo de comportamento de outra pessoa. Há quatro processos de mediação
propostos pela Bandura.

Atenção: O indivíduo precisa de prestar atenção ao comportamento e às suas


consequências e formar uma representação mental do comportamento. Para que um
comportamento seja imitado, ele tem de captar a nossa atenção. Observamos muitos
comportamentos diariamente, e muitos destes não são dignos de nota. A atenção é,
portanto, extremamente importante para saber se um comportamento influencia outros
a imitá-lo.

Retenção: Como o comportamento é bem memorizado. O comportamento pode ser


notado, mas nem sempre é lembrado o que obviamente impede a sua imitação. É
importante, portanto, que uma memória do comportamento seja formada para ser
executada mais tarde pelo observador. Grande parte da aprendizagem social não é
imediata, pelo que este processo é especialmente vital nesses casos. Mesmo que o
comportamento seja reproduzido pouco tempo depois de o ver, é necessário que haja
uma memória a que se possa referir.

Reprodução: Esta é a capacidade de executar o comportamento que o modelo acaba


de demonstrar. Vemos diariamente muitos comportamentos que gostaríamos de poder
imitar, mas que nem sempre são possíveis. Estamos limitados pela nossa capacidade
física e por essa razão, mesmo que desejemos reproduzir o comportamento, não
podemos. Isto influência as nossas decisões de tentar imitá-lo ou não. Imagine o
cenário de uma senhora de 90 anos que luta para andar a ver “Dança no Gelo”. Ela
pode apreciar que a habilidade é desejável, mas não tentará imitá-la porque
fisicamente não o pode fazer.

Motivação: A vontade de executar o comportamento. As recompensas e castigos que


se seguem a um comportamento serão considerados pelo observador. Se as
recompensas percebidas compensarem os custos percebidos, então o comportamento
será mais provável que seja imitado pelo observador. Se o reforço vicário não for visto
como importante para o observador, então este não imitará o comportamento.

IX
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Teoria Cognitiva Social

A teoria cognitiva social vê as pessoas como agentes ativos que podem tanto
influenciar como são influenciados pelo seu ambiente. A teoria é uma extensão da
aprendizagem social que inclui os efeitos dos processos cognitivos - tais como
conceções, julgamento e motivação - sobre o comportamento de um indivíduo e sobre
o ambiente que o influencia. Em vez de absorver passivamente o conhecimento dos
inputs ambientais, a teoria cognitiva social argumenta que as pessoas influenciam
ativamente a sua aprendizagem através da interpretação dos resultados da sua ação,
o que, por sua vez, afeta os seus ambientes e fatores pessoais, informando e
alterando o comportamento subsequente .Ao incluir processos de pensamento na
psicologia humana, a Teoria Cognitiva Social é capaz de evitar a suposição feita pelo
comportamentalismo radical de que todo o comportamento humano é aprendido
através de tentativa e erro. Em vez disso, Bandura destaca o papel da aprendizagem
observacional e da imitação no comportamento humano. Numerosos psicólogos, tais
como Julian Rotter e o psicólogo de personalidade americano Walter Mischel
propuseram diferentes perspetivas sociocognitivas. Albert Bandura (1989) introduziu a
perspetiva mais proeminente sobre a teoria cognitiva social. A perspetiva de Bandura
tem sido aplicada a uma vasta gama de tópicos, tais como o desenvolvimento e
funcionamento da personalidade, a compreensão e tratamento de perturbações
psicológicas, programas de formação organizacional, educação, estratégias de
promoção da saúde, publicidade e marketing, e muito mais. O princípio central da
teoria sociocognitiva de Bandura é que as pessoas procuram desenvolver um sentido
de agência e exercer controlo sobre os acontecimentos importantes das suas vidas.
Este sentido de agência e controlo é afetado por fatores como a autoeficácia,
expectativas de resultados, objetivos e autoavaliação. O objetivo da teoria cognitiva
social é explicar como as pessoas regulam o seu comportamento através de controlo e
reforço, a fim de alcançar um comportamento orientado por objetivos que possa ser
mantido ao longo do tempo. Bandura, na sua formulação original da teoria da
aprendizagem social relacionada, incluía cinco construções, acrescentando
autoeficácia à sua teoria cognitiva social final.

X
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Reciprocidade Triádica
Na visão cognitiva social as pessoas não são nem impulsionadas por forças interiores,
nem automaticamente moldadas e controladas por estímulos externos. Mais
propriamente, o funcionamento é explicado em termos de um modelo de reciprocidade
triádica na qual comportamentos, fatores cognitivos e fatores pessoais, além de efeitos
ambientais operam como determinantes interativos uns dos outros. Bandura (1986)
destaca a ação da aprendizagem observacional em possibilitar que o meio e a ação
social dos indivíduos interfiram no desenvolvimento de seus mecanismos cognitivos
complexos. Bandura (1986) também diferencia a aquisição de conhecimento (ou
aprendizagem) do desempenho observável, que é baseado naquele conhecimento
(caracterizado como comportamento). Esta diferença se justifica porque Bandura
(1986) sugere que todos os indivíduos podem saber mais do que demonstram ou
expressam através de seus comportamentos. Podemos melhor compreender estes
argumentos com o exemplo que se segue: os(as) alunos(as) de certo professor de
matemática podem ter aprendido como simplificar frações, mas se saem mal na prova
porque estão ansiosos ou doentes, ou porque interpretaram mal o problema. Embora
possa ter ocorrido aprendizagem, ela não pode ser demonstrada até que a situação
seja corrigida ou haja incentivos (motivação, por exemplo) ao desempenho. Estes
fatores pessoais (crenças, expectativas, atitudes e conhecimento), o ambiente
(recursos, consequências de ações e ambiente físico), assim como o comportamento
(atos e escolhas individuais e declarações verbais); todos influenciam e são
influenciados uns pelos outros. Surge então o que podemos caracterizar como
determinismo recíproco, ou seja, a interação entre o ambiente, os comportamentos, e
os mecanismos cognitivos internos (e outros fatores subjetivos). É exatamente isto que
esta teoria propõe: um modelo no qual exista interação entre fatores pessoais,
comportamentos e variáveis ambientais. Esta reciprocidade possui três categorias de
fatores, compondo, portanto, uma tríade, que realiza a interação dos fatores
elencados. Daí a composição terminológica de “reciprocidade triádica”. Bandura
chama essa interação de determinismo recíproco, porque, se existe uma relação direta
entre estes fatores, um é reciprocamente influenciador do outro. Compreendido este
princípio, a partir das informações e interpretações dos resultados de sua
performance, o indivíduo altera seu ambiente e as suas auto-crenças. Estas alterações
no ambiente e nas auto-crenças individuais, podem gerar alterações subsequentes em
sua performance.

XI
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XII
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XIII

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