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Aula 07
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Definir o arranjo físico é decidir onde colocar
todas as instalações, máquinas,
equipamentos e pessoal de produção.
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Segundo Slack et al (2018, p. 238):
O “arranjo físico” (ou layout) de uma operação
ou processo significa a forma como seus
recursos de transformação são posicionados
entre si, como suas várias tarefas são
alocadas a esses recursos de transformação e
a aparência geral desses recursos. Juntas,
essas duas decisões irão ditar o padrão e a
natureza de como os recursos transformados
progridem pela operação ou processo.
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Porque as decisões de arranjo físico são
importantes?
Gera um bom fluxo de materiais,
informações e pessoas;
Reduz estoques;
Reduz filas;
Otimiza o tempo de funcionamento, e;
Reduz custos.
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Há razões práticas pelas quais as decisões de
arranjo físico são importantes na maioria dos
tipos de produção:
Arranjo físico é freqüentemente uma
atividade difícil e de longa duração
devido às dimensões físicas dos recursos
de transformação movidos.
O re-arranjo físico de uma operação
existente pode interromper seu
funcionamento, levando a insatisfação do
cliente ou a perdas de produção.
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O procedimento para a decisão de alterar o
arranjo físico começa com a decisão do tipo
de processo, que será influenciada pela
característica de volume-variedade da
operação assim como por seus objetivos de
desempenho estratégicos.
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Decisão 1:
Tipo de processo
Decisão 2:
Tipo básico de arranjo físico
Decisão 3:
Projeto detalhado de arranjo físico
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Figura 3: Exemplo da montagem de um navio.
Fonte: Olivares e Ferreira (2009, p. 165) 15
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É utilizado quando:
A variedade é relativamente alta.
Processos similares são localizados próximos
uns aos outros.
Roteiros serão de processo a processo de
acordo com suas necessidades.
Padrão de fluxo é complexo e intermitente.
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To To Tratamento Expedição
Tornos
térmico
To To To To
Tt Tt Re
To To Fr Fr
To To Fr Fr Tt Tt Re
Fr Fr Fr Fr
Fu Fu Fu Re Re
Fresas Fr Fr
Fu Fu Fu Re Re
X Y
Utensílios domésticos
Material de limpeza
Papelaria
Frutas
Enlatados
Legumes
Alimentos
Cereais
Caixas
X Y
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Figura 9 – Exemplo de arranjo físico funcional em uma biblioteca.
Fonte: Slack (2018, p. 244)
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Uma CÉLULA ficaria responsável pelo
processamento de um produto ou de uma
família de produtos.
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CÉLULA
Consiste no agrupamento de recursos de
transformação com características diferentes.
Uma vez agrupados, esses recursos serão
usados para transformar produtos que
possuam roteiro semelhante.
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X Y
To To Tornos Tratamento Expedição
térmico
To To To To
Re
Retífica
To To Fr Fr
Tt Tt
Re
To To Fr Fr Tt Re
Fr Fr Fr Fr Fu Fu Fu Célula Y
Fresas Fr Re
Tt
Fu Fu
Recebimento Furadeiras Fr Fu
Y
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Vantagens:
Melhor controle da produção;
As distâncias percorridas pelos fluxos dentro
das células são muito menores;
o tempo de preparação das máquinas é
reduzido;
Permite aumentar o volume de produção,
manter a variedade de produtos e reduzir os
custos.
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O fluxo é padronizado, ou seja, todos os
produtos seguem o mesmo caminho no
processo de produção.
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Figura 16: Arranjo físico por produto
Fonte: Olivares e Ferreira (2009, p. 172)
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O fluxo é claro e previsível e é mais fácil de
ser controlado e ideal para produção em altos
volumes, pois os produtos em processo não
ficam se cruzando dentro da fábrica.
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Exemplos:
Montagem de automóveis
Programa de vacinação em massa
Restaurante self-service
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Figura 18 – Ilustração de diferentes arranjos físicos por produto ou em linha.
Fonte: Corrêa e Corrêa (2017, p. 320)
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Tanto num arranjo físico celular como num
arranjo por produto, é muito comum a
utilização de um formato em “U”.
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Muitas operações ou projetam arranjos
físicos mistos, que combinam elementos
de alguns ou todos os tipos básicos de
arranjo físico ou usam tipos básicos de
arranjo físico de forma “pura” em
diferentes partes da operação.
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Quanto o volume é baixo e a variedade é
relativamente alta, o “fluxo” não é uma
questão central.
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Quando a variedade de produtos e serviços é
relativamente pequena, o fluxo de materiais,
informações ou clientes pode ser regularizado
e um arranjo físico por produto pode tornar-
se mais adequado, como no caso de uma
montadora de veículos.
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Figura 25 – Volume-variedade e tipo de arranjo físico
Fonte: Olivares e Ferreira (2009, p. 176)
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Por produto
Processo contínuo Serviço de Massa
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As características de volume e variedade de
uma operação vão reduzir a escolha a uma ou
duas opções.
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O custo exato de operar o arranjo físico é
difícil de prever e provavelmente dependerá
de fatores numerosos e difíceis de quantificar.
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Exemplo:
Uma fábrica de brinquedos precisa posicionar
seis departamentos numa área retangular de
600m2. Cada departamento ocupará 100m2,
conforme a Figura 1.
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Figura 29: Departamentos da fábrica.
Fonte: Olivares e Ferreira (2010, p. 09)
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Exemplo:
Os departamentos estabelecem trocas de
materiais entre si. A Tabela 1 mostra a
quantidade (em unidades) de materiais
movimentados diariamente entre cada par de
departamentos, independentemente do sentido
de cada fluxo. Por exemplo, a tabela indica que
50 unidades de produtos são movimentadas
entre os departamentos A e C.
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Figura 30: Volume movimentado entre os departamentos
Fonte: Olivares e Ferreira (2010, p. 09)
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Figura 31: Detalhamento dos fluxos.
Fonte: Olivares e Ferreira (2010, p. 09)
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O detalhamento do arranjo físico por
processo consiste em buscar o melhor
posicionamento para os departamentos de
forma de diminuir os custos de
movimentação.
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Assim, temos:
(quantidade movimentada entre departamentos A e C x
distância entre departamentos A e C) + (quantidade
movimentada entre departamentos A e E x distância
entre departamentos A e E) + (quantidade movimentada
entre departamentos B e C x distância entre
departamentos B e C) + (quantidade movimentada entre
departamentos B e F x distância entre departamentos B e
F) + (quantidade movimentada entre departamentos C e E
x distância entre departamentos C e E) + (quantidade
movimentada entre departamentos D e E x distância
entre departamentos D e E) + (quantidade movimentada
entre departamentos D e F x distância entre
departamentos D e F) = (substituindo os valores das
Figuras 11.1.a e 11.1.b na fórmula apresentada):
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Você pode estar se perguntando:
Será que o posicionamento dos departamentos é
o melhor para a empresa?
Por que os departamentos A e E, que trocam o
maior volume de materiais, ficam tão
afastados?
Como poderíamos propor uma alternativa em
que o deslocamento total diminuísse?
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A Figura 3 mostra o arranjo físico revisado,
resultante da simples troca de posição entre os
departamentos B e E.
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Foi por tentativa e erro porque para uma fábrica
com seis departamentos, o número de arranjos
possíveis seria igual a 6! (ou 720).
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Denomina-se balanceamento de linha a alocação
equânime de trabalho para cada estágio da
linha.
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Tempo de ciclo
É o intervalo entre a saída de um item da
linha de produção e a saída de outra unidade
do mesmo item.
Se uma fábrica de automóveis que funciona
480 minutos por dia deseja produzir 120
unidades de um determinado modelo, qual
deve ser o tempo de ciclo? Ou seja, de
quanto tempo uma unidade do produto deve
ser terminada?
O tempo de ciclo será encontrado dividindo-
se o tempo total disponível pela quantidade a
ser produzida. Assim, o tempo de ciclo do
referido modelo na fábrica de automóveis
será igual a 480/120 = 4 minutos.
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Exemplo:
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PROJETO DETALHADO DE ARRANJO
FÍSICO POR PRODUTO
3º passo: Alocar as tarefas.
As tarefas devem ser alocadas a cada um dos
quatro estágios de trabalho, obedecendo à
ordem dada pelo diagrama de precedências e
garantindo que os tempos totais das tarefas
dentro de cada estágio não supere 1,5 minuto
(tempo de ciclo).
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Figura 38: Divisão de tarefas
Fonte: Olivares e Ferreira (2010, p. 19).
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5,4
Eficiência = --------------------- = 0,9 ou 90%
4 x 1,5
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Figura 40: Distribuição igual de trabalho. Figura 41: Diferenças na distribuição de
Fonte: Olivares e Ferreira (2010, p. 20). trabalho.
Fonte: Olivares e Ferreira (2010, p. 20).
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100
Dúvidas?
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REFERÊNCIAS
CORRÊA, Henrique; CORRÊA, Carlos A. Administração de
produção e operações: manufatura e serviços uma abordagem
estratégica. São Paulo: Atlas, 2006.
CORRÊA, Henrique L.; CORRÊA, Carlos A. Administração
de produção e operações: o essencial. 3. ed. São Paulo: Atlas,
2017.
MARTINS, Petrônio G.; LAUGENI, Fernando Piero.
Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
OLIVARES, Gustavo; FERREIRA, Marcelo Sales. Gestão da
produção. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2008.
OLIVARES, Gustavo; FERREIRA, Marcelo Sales. Gestão da
produção. v. 2, 2. ed. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ,
2010.
SLACK, Nigel; BRANDON-JONES, Alistair; JOHNSTON,
Robert. Administração da produção. 8 ed. São Paulo: Atlas,
2018. 10
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