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Podemos salientar que neste momento o indivíduo acaba se tornando um “peso” para
a sociedade, sendo considerado “velho”. Portanto, cabe nesse momento compreender melhor
essa fase da vida, o idoso. Da mesma forma que as demais fases (ISAYAMA; GOMES, 2008;
SILVA; MARCELLINO, 2006; DELGADO; STOPPA, 2006; ALVES; ISAYAMA, 2006),
torna-se difícil de conceituar e delimitar a velhice ou o envelhecimento. Segundo o Estatuto
do Idoso no artigo 1°, do Título I, as pessoas são consideradas idosas a partir de 60 anos de
idade (BRASIL, 2003). Para muitos as pessoas idosas constituem uma parcela da população
que mais cresce no mundo, porém encontram-se vulneráveis a exclusões e discriminações,
sendo necessário esclarecer que a velhice é um processo dinâmico que todos estão sujeitos um
dia vir a participar desse processo (ISAYAMA; GOMES, 2008). O próprio Estatuto do Idoso
destaca o lazer como um direito a ser assegurado pela família, pela sociedade e pelo poder
público. Isayama e Gomes (2008) chamam a atenção para o lazer nesta etapa da vida, fazendo
com que essas pessoas possam aumentar o vínculo das amizades, transpor barreiras, inserir no
âmbito social aumentando a sua autoestima, favorecendo as descobertas das relações sociais,
psíquicas e físicas, portanto não sendo classificados como fardos dentro da sociedade.
Contudo, ainda encontramos muitos idosos com sentimento de improdutividade e
inferioridade, cabendo ao profissional que atua com essas pessoas substituir ações negativas
por ações positivas, buscando estratégias diferenciadas para que o idoso seja participativo e
tenha autonomia dos afazeres diários, quebrando os preconceitos, estigmas, estereótipos e
injustiças existentes nesta população (BARBOSA; CAMPAGNA, 2006). Dessa maneira,
torna-se necessário, segundo os autores, encorajar o idoso para atitudes e condutas lúdicas
através de ambientes motivadores e coerentes com as necessidades básicas.
À medida que o indivíduo envelhece suas funções vitais vão sendo diminuídas e a
partir desse momento o sentimento de velhice começa a surgir, ocasionando uma série de
doenças crônicas e degenerativas. Devido a isso o idoso pode se afastar do mundo que o
rodeia, da família, dos amigos, podendo desenvolver sinais de depressão, angústias, levando-
os ao distanciamento do meio social (DIAS; SCHWARTZ, 2005). Mediante estas
características apresentadas, deveria ser garantido aos idosos seus direitos por meio de
políticas públicas, em vista que a legislação assegura a esses indivíduos o acesso e a
convivência em diversos setores da sociedade.
De acordo com a Lei n° 10.741, de 1° de outubro de 2003, que dispõe sobre o
estatuto do idoso, em seu art. 3° “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do
Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária” (BRASIL, 2003,
grifo nosso).
Para a Organização das Nações Unidas (ONU) a qualidade de vida ao idoso ativo
deve ser assegurada através de políticas públicas: O envelhecimento ativo é uma
recomendação da ONU (Organização das Nações Unidas) para as políticas públicas
relacionadas ao envelhecimento. Isso prevê a otimização das oportunidades de saúde a fim de
aumentar a qualidade de vida conforme as pessoas envelhecem. O envelhecimento é natural e
não significa que o idoso vai aceitar a queda na saúde e da qualidade de vida como uma coisa
natural. No art. 9° do Estatuto do Idoso “é obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a
proteção à vida e a saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permeiam um
envelhecimento saudável e em condições de dignidade” (BRASIL, 2003). Por isso, faz-se
necessário criar espaços de lazer e esporte, buscando possibilitar vivências para o idoso nestas
áreas para que eles encontrem afinidade nas mesmas e busquem uma melhoria de vida e
promoção da saúde (BRASIL, 2008). As políticas públicas para o idoso foram direitos
adquiridos e construídos, no entanto, devem ser colocados em prática, deforma efetiva, com
concretização de ações, serviços e atendimento (BRASIL, 2008).
https://www.scielo.br/j/rbgg/a/zppmS36dmR9ckP66XGTJXVh/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/rbgg/a/zppmS36dmR9ckP66XGTJXVh/?lang=pt