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Idade Adulta

Intermediária
Desenvolvimento Físico, Cognitivo e
Psicossocial
Meia idade: 40 a 65 anos;
Idade Adulta O conceito de meia-idade é relativamente novo,
Intermediária decorrente do aumento da expectativa de vida,
tornando-se uma etapa distinta da vida;
Idade Adulta
Intermediária
A maioria das pessoas de meia-idade
está em boas condições físicas, cognitivas
e emocionais, sentindo-se bem no que se
refere à qualidade de vida.
A experiência da meia-idade pode variar
de acordo com: Saúde; Etnia; Cultura;
Personalidade; Nível Socioeconômico;
Situação Conjugal; Situação Parental;
Questões trabalhistas; Carreira
Profissional
Idade Adulta É frequente uma pessoa na meia idade
possuir filhos crescidos ou pais idosos
Intermediária
Idade Adulta
Intermediária
É um período movimentado, às vezes
estressante, repleto de muitas
responsabilidades e muitos papéis, por
exemplo:
 Cuidar da Casa
 Educar Filhos
 Cuidar de Pais Idosos
 Manter ou Desenvolver Trabalho
 Iniciar novos projetos ou carreiras
Mudanças Físicas

Muitas mudanças decorrem diretamente do


envelhecimento e da constituição genética, mas
o comportamento e o estilo de vida ao longo
da vida afetam a probabilidade, o momento de
ocorrência e a extensão das mudanças.
Quanto mais coisas as pessoas fazem, mais
podem fazer, ou seja:
• Mais atividade se converte em mais vigor e
resiliência
• Menos atividade (sedentarismo) promove
redução do tônus muscular e da energia.
Lidar com as
mudanças
• A maior parte das pessoas de
meia idade são realistas para
lidar com as alterações do
envelhecimento;
• Outras se submetem a todos
os tipos de tratamento com
intenção de retardar ou
mesmo evitar esses efeitos do
tempo;
• Algumas pessoas põem em
risco a própria saúde.
Os homens também
se preocupam

• Aumentam os investimentos
masculinos em tratamentos
estéticos, cosméticos e até
cirurgia plástica;
• Caso não caia em padrões
obsessivos ou busca por
tratamentos que constituam
risco à saúde
• A vaidade pode ser útil caso
se converta em uma maior
preocupação com a saúde.
Mudanças Sensoriais e
Motoras
• Acima de 40 anos, muitas pessoas sofrem de presbiopia,
dificuldade de focalizar objetos próximos; A incidência de
miopia também aumenta.
• As papilas gustativas tornam-se menos sensíveis
• número de células olfativas diminui
• Geralmente sentimos o enfraquecimento de músculos das
costas e das pernas e depois dos braços e ombros;
• Aumenta a rigidez de cartilagens, tendões e ligamentos;
• O tempo de reação também diminui
• https://www.youtube.com/watch?v=RywrMYQup6Q
Mudanças estruturais e
sistêmicas
• Pele menos tesa e lisa pela perda de gordura e colágeno
imediatamente abaixo da pele;
• Cabelos podem se tornar mais ralos (menor taxa de
substituição) e mais grisalhos (diminuição da produção de
melanina);
• Transpiração diminui pela diminuição do número de glândulas
sudoríparas;
• Aumento de peso, devido ao acúmulo de gordura corporal;
• Perda de altura devido a contração dos discos intervertebrais.
• Perda óssea acelera-se aos 50 anos. Ocorre 2 vezes mais
rápido em mulheres
Sexualidade e Reprodução
• As mulheres se tornam incapazes de ter filhos e a fertilidade
dos homens diminui;
• A menopausa ocorre entre os 45 e 55 anos na maioria das
mulheres (80%);
• Em mulheres que fazem histerectomia, a menopausa chega
abruptamente.
• Associar a menopausa a depressão é um mito. A depressão
pode surgir, mas está mais associada a vivência das
mudanças psicossociais.
• As pesquisas mostram também que as mulheres que sofrem
de depressão nessa fase, geralmente sofreram de depressão
anteriormente.
Menopausa
Muitas mulheres sentem pouco ou nenhum desconforto
físico. Os sintomas físicos afetam uma minoria, incluem:
• “calores”,
• secura,
• ardor e prurido vaginal;
• infecções vaginais e urinárias;
• disfunção urinária pela contração dos tecidos;
• diminuição da lubrificação vaginal podendo causar
desconforto no ato sexual;
Mudanças na
sexualidade
• Mito: o prazer sexual termina na
menopausa
• A excitação e o prazer sexual
podem continuar sem alteração.
• A atividade sexual tende a
diminuir ligeira e gradualmente
entre 40 e 50 anos, mas isso não
possui causas fisiológicas e sim
psicológicas e culturais;
Mudanças na
sexualidade masculina
• Não sofrem de alteração hormonal brusca
e sim gradual desde a adolescência;
• As queixas psicológicas e emocionais
perecem estar mais ligadas a vivência das
mudanças psicossociais que a qualquer
alteração física;
ALTERAÇÕES REAIS:
• diminuição da quantidade de
espermatozoides (40 – 50 anos)
• Ereções tendem a se tornar mais lentas e
menos firmes, as ejaculações menos
vigorosas e o tempo de recuperação para
uma nova ejaculação aumenta.
Mudanças na
sexualidade masculina
39% dos homens de 40 anos e 67% dos
de 70 anos podem sofrer de disfunção
erétil, mas essa disfunção não está
associada apenas ao envelhecimento,
mas também a diabete, hipertensão,
colesterol elevado, insuficiência renal,
depressão, distúrbios neurológicos e
muitas doenças crônicas;
Cognição
• Meia-idade: apogeu da vida
cognitiva;
• O desenvolvimento cognitivo é
irregular durante a idade adulta,
envolvendo perdas e ganhos de
diversas habilidades em diversas
épocas;
• Algumas habilidades atingem seu
apogeu entre 50 e 60 anos.
Cognição

Mulheres jovens Mulheres meia idade


25 anos
Raciocínio indutivo - +
Orientação espacial - +
Vocabulário - +
Memória verbal - +
Cognição

• Capacidade de integrar os
conhecimentos e colocá-los a
serviço da resolução de problemas
parece ser uma característica da
“inteligência madura”;
• Os jovens, comumente, repetem
conceitos, sem conseguir
interpretá-los, integrá-los a outros
conhecimentos ou associá-los a
sua vivência.
Criatividade

• A Imaginação Criativa seria um


pensar específico sobre um fazer
concreto (Fayga Ostrower)
• Nesse sentido, é essencial conhecer,
integrar, articular... reorganizar todo o
conhecimento adquirido e apresentá-
lo em uma nova organização plena de
sentido.
• Criação não é repetição.
Mudanças
psicossociais

• Ingresso das mulheres no


mundo do trabalho
externo
• Redução do número de
filhos
• Maternidade/paternidade
tardia
• Divórcios tem se tornado
mais frequentes.
Crise de
meia-idade
• Existe uma Crise de meia-idade?
• Convencionou-se chamar de crise da meia-
idade mudanças de personalidade e estilo
de vida que ocorrem em torno dos 40
anos;
• Esse período seria entendido como
especialmente estressante, em decorrência
da reavaliação da vida;
• O termo foi cunhado pelo psicanalista
Elliott Jacques, conceituando-a como uma
crise de identidade, sendo chamada de
“segunda adolescência”.
Crise de
meia-idade
• O que provocaria a crise seria a
consciência de mortalidade;
• Sentem fortemente o limite do
tempo e a possibilidade de não
chegarem a realizar seus sonhos da
juventude
• Pesquisas recentes, entretanto, não
confirmam a universalidade dessa
crise, pelo menos não como crise ou
perturbação psicológica;
Crise de meia-
idade
• Esse “balanço da meia-idade” pode
ser um ponto de virada psicológico,
produzindo novos entendimentos de
nós mesmos e estimulando
correções na trajetória de nossa vida;
• Tomar as mudanças como uma crise
pode depender mais de aspectos
pessoais que da idade;
• Resiliência e flexibilidade são
fatores importantes nessa fase da
vida.
Múltiplas dimensões
do Bem-Estar
Carol Ryff desenvolveu um modelo multifacetado com seis
dimensões de bem-estar e uma escala de auto avaliação
para medi-las:
1. Auto-Aceitação;
2. Relações positivas com os outros;
3. Autonomia;
4. Domínio do Ambiente;
5. Propósito na vida;
6. Crescimento Pessoal.
Múltiplas
dimensões do
Bem-Estar
• Os estudos também examinaram
influências de gênero e de classe
• De modo geral, o bem-estar de
homens e mulheres se mostrou
semelhante, mas as mulheres
tinham mais relacionamentos
sociais positivos;
• O bem-estar também era maior
para homens e mulheres com mais
educação e melhores empregos.
Mudanças nos
relacionamentos
• Nas amizades na meia-idade, a
idade tem menor importância que
pontos comuns como casamento,
idade dos filhos e profissão;
• Dedica-se menos tempo às amizades
e menos ainda na constituição de
novas amizades, entretanto, a
qualidade compensa a quantidade.
Predominam amizades antigas, com
maior intimidade e suporte mútuo;
Mudanças nos
relacionamentos
• A maior parte das pessoas de meia-
idade afirmam que os relacionamentos
sexuais são importantes, mas os
relacionamentos sociais são ainda mais
(cônjuges e amigos)
• Redes sociais amplas, incluindo família,
amigos, grupos de convivência,
mostram efeitos também na saúde
física;
• O mais importante é a qualidade dos
relacionamentos e não a quantidade.
Mudanças nos
relacionamentos
•Divórcios tem sido mais frequentes.
•O aumento do número de divórcios
parece estar estreitamente relacionado
ao aumento da independência
financeira das mulheres
•Os anos de declínio conjugal são
aqueles em que as responsabilidades
conjugais e profissionais tendem a ser
maiores.
•Dois fatores se destacam: finanças da
família e número de filhos ainda em
casa.
Divórcio
• A maior parte dos divórcios
acontece nos primeiros 10 anos de
casamento. Quanto menor o tempo
do casamento, maior o risco de
rompimento
• Os casamentos mais longos são
mais difíceis de romper em
decorrência do chamado “capital
conjugal”, benefícios financeiros e
emocionais do casamento dos
quais é difícil abrir mão
Filhos
adolescentes
• É interessante notar que as duas
fases da vida mais reconhecidas
por suas “crises” coexistam no
mesmo lar: adultos de meia-
idade e adolescentes;
Filhos
adolescentes
• O questionamento da autoridade
dos pais e os conflitos em um
processo de diferenciação são
comuns, mas alguns fatores se
mostram protetivos, como o
trabalho por exemplo.
• O maior desafio para os pais
parece ser o de aceitar os filhos
como eles são e não como
gostariam que fossem.
“Ninho Vazio”
• Esse momento tem se mostrado
menos estressante, sendo entendido
como um ganho em liberdade para
boa parte dos pais;
• O “ninho vazio” não é o fim da
maternidade/paternidade, apenas
configura um novo modo de
relacionar-se.
Esse momento se mostra mais difícil para mulheres que viveram a

Ninho vazio maternidade como projeto maior, abrindo mão de projetos


profissionais, por exemplo.
Também se mostra difícil para pais que se culpam de haver passado
pouco tempo com os filhos.
Ninho Vazio
• A crise do “ninho vazio” parece ser
proporcional À qualidade do casamento.
• Em um bom casamento, a partida dos
filhos pode abrir espaço para uma
segunda lua de mel e não para uma crise.
• Por outro lado, um casamento que se
mantêm pela responsabilidade para com
os filhos, pode não ver mais sentido na
união a partir da partida dos mesmos;
Filhos retornam -
“Porta giratória”
• Alguns filhos adultos
retornam...
• A casa dos pais configura um
refúgio para os filhos que
passam por dificuldades
financeiras, conjugais, etc;
• Esse fenômeno tem se
tornado cada vez mais
comum, principalmente para
pais com mais de um filho;
Filhos retornam
“Porta giratória”
• Esse retorno geralmente é fonte de
tensão na medida em que é sentido
como um fracasso dos filhos e dos pais;
• Os conflitos se estendem às
responsabilidades domésticas e ao estilo
de vida do filho adulto.
• Além disso, a privacidade dos pais é
violada, gerando conflitos e frustração.
• Negociar responsabilidades e reconhecer
mutuamente a necessidade de
intimidade dos pais parece minimizar os
conflitos.
Cuidando de
filhos crescidos
• Alguns pais tem dificuldade de tratar os
filhos como adultos e muitos adultos
jovens tem dificuldade para aceitar que
os pais continuem se preocupando com
eles;
• Geralmente, entretanto, pais e filhos
continuam gostando da companhia
mútua;
• Os filhos, especialmente as mulheres,
continuam contando com a ajuda dos
pais após saírem de casa: ajuda em
dinheiro, a cuidar dos bebês e a montar o
novo lar.
Cuidar de pais
idosos
 As pessoas de meia-idade, em geral,
possuem uma visão mais realista dos pais,
vendo-os com qualidades e defeitos;
 Ver os pais idosos pode ser perturbador;
• Pais idosos e filhos de meia-idade
costumam manter o convívio (geralmente 1
vez por semana) e o auxílio mútuo quando
necessitam;
• Mesmo idosos aptos fisicamente,
costumam contar com os filhos para tomar
decisões, executar tarefas diárias e auxílio
financeiro;
Cuidar de pais
idosos
• A maior parte das pessoas de meia-
idade costumam cobrar de si mesmas
mais responsabilidade com os pais do
que os próprios pais esperam delas;
• A necessidade de cuidar de pais idosos
é recente, decorrente do aumento da
expectativa de vida.
• Em 1900 apenas 10% dos adultos de
meia-idade tinham chances de ter um
dos pais vivos, em 1976 essa
porcentagem subiu para 47%.
Cuidar de pais idosos

• A chance de se tornar um cuidador de idosos


aumentou muito, tanto em decorrência do aumento
da expectativa de vida quanto da diminuição do
tamanho das famílias;
• O relacionamento é melhor quando os pais são
saudáveis.
• Quando os pais apresentam enfermidades,
especialmente deteriorações mentais ou mudanças
na personalidade, os conflitos aumentam;
• Muitos cuidadores consideram a tarefa um ônus
físico, emocional e financeiro;
• Além do cuidado propriamente dito, muitos
precisam conciliar com o cuidado com seus próprios
filhos, lares e profissões, o que aumenta as tensão;
Cuidar de
pais idosos
• A prestação de assistência pode
chegar a provocar crises
conjugais e até divórcio;
• Esse cuidado se mostra como
uma exigência inesperada na
medida em que os adultos se
preparam para cuidar dos filhos
e não dos pais.
Cuidar de
pais idosos
• Cerca de 25% optam pelas
instituições de cuidado, mas as
tensões continuam em muitos
casos, seja pelas exigências
financeiras, de monitoramento ou
mesmo a necessidade de lidar com
a culpa;
• As tensões parecem diminuir
quanto maior for o vínculo afetivo
entre pais e filhos. Também são
menores quando o filho conta com
recursos pessoais e financeiros
suficientes para enfrentar o desafio.

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