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TEMA: OS BENEFÍCIOS DA ZUMBA NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO

Com a chegada da terceira idade, corpo e mente passam por grandes mudanças,
dando origem a algumas limitações físicas. Não é fácil adaptar-se ao novo estilo de
vida, por isso algumas práticas auxiliam nesse processo, tornando a vida mais
agradável. A dança tem assumido um papel importante na vida dos idosos,
ganhando muitos adeptos e melhorando sensivelmente a sua qualidade de vida.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a terceira idade chega a partir dos
65 anos. Com essa idade, surgem algumas limitações que podem colocar em risco
a qualidade de vida do indivíduo. Se não houver adequação de hábitos físicos e
alimentares, várias doenças podem surgir nesse período, como: hipertensão,
obesidade e osteoporose, entre outras. Já as atividades físicas – principalmente as
praticadas em grupos – surgem como um dos principais benefícios à saúde física e
mental.
Antigamente, imaginava-se que apenas exercícios como a hidroginástica e a
caminhada deveriam ser recomendados aos idosos, por apresentarem impactos
físicos limitados e fluxo moderado. Hoje, no entanto, a gama de possibilidades
aumentou e a dança cumpre um papel fundamental para o aumento da autoestima
dessas pessoas.
Um dos principais diferenciais da dança é o estímulo ao convívio social, algo
fundamental para quem chega à terceira idade. Em alguns casos, o idoso pode
sentir-se solitário ou abandonado, já que passa mais tempo em casa e não mantém a
rotina atribulada de outros tempos. E uma das principais consequências acaba sendo
a depressão.
Nesse sentido, a dança surge como um forte estímulo físico e emocional,
promovendo a integração de várias pessoas que, afinal, podem ter muito em comum
e criar assim novos laços de amizade, gerando um novo ciclo de independência e
autonomia na vida dos idosos.
Principais benefícios da dança para os idosos:
– Bem-estar físico e emocional;
– Exercício de vários grupos musculares;
– Ganhos de agilidade e na coordenação motora;
– Melhorias à atividade cardiorrespiratória;
– Estímulo à atenção e à memória;
– Incentivo à concentração e melhora no equilíbrio;
– Ajuda no combate à depressão e melhora a autoestima.
Embora sejam fundamentais na vida de qualquer ser humano, principalmente
daqueles que estão na terceira idade, muitos não gostam de praticar exercícios
físicos com frequência.

Mas se você não quer levar uma vida sedentária e não sabe qual atividade escolher,
a dança pode ser uma boa opção. Sabemos que durante muitos anos ela foi
considerada apenas um instrumento de lazer. Porém, uma pesquisa realizada na
Itália mostrou que a prática possui inúmeros benefícios para a saúde do coração,
além de aumentar a capacidade respiratória e melhorar a qualidade de vida do
praticante.

Na terceira idade é muito comum ocorrer o aumento do peso, já que a diminuição


dos níveis de estrógeno, testosterona e de hormônio do crescimento no organismo
colaboram para a perda de massa muscular agravando numa queima menor de
calorias.

Todavia, essas não são as únicas vantagens encontradas por quem


costuma movimentar-se ao ritmo de alguma canção. Dançar na terceira
idade contribui para um melhor condicionamento físico e mental. Além disso,
ajuda a elevar a autoestima e afastar os sintomas da depressão. A razão para isso é
que através da atividade o cérebro libera serotonina, uma substância que traz a
sensação de alívio, melhorando o humor e o sono.

A dança e o cérebro do idoso

Dançar em salões coopera para uma mudança significativa de comportamento do


praticante que passa a ser menos tímido e aprende a ter mais confiança. Mais uma
vantagem é que ela ajuda manter o cérebro em plena atividade, melhorando, desta
forma, a coordenação motora e a concentração, pois eleva a circulação cerebral em
áreas adormecidas.
Isto porque esses estímulos aumentam as conexões neuronais, proporcionando ao
idoso maiores habilidades no aprendizado, raciocínio e na memória. Mediante a
isso, reduz o estresse e a ansiedade. Fonte : ( site geriatria reviver)
Após a aposentadoria muitos idosos acreditam que perderam a importância em casa
e na sociedade. É comum ouvirmos frases que demonstram o sentimento que alguns
carregam: o de serem um peso na vida dos familiares. Aos poucos, a maioria dos
idosos deixa de fazer atividades físicas e cultivar uma vida social.
É muito importante que o idoso faça alguma atividade física e esteja em contato com
outras pessoas. A dança pode ser uma distração eficiente, além de muito prazerosa,
em todas as faixas etárias e precisamente na terceira idade. A socialização e a
alegria da dança ajudam a melhorar o humor e prevenir doenças como depressão e
até o Alzheimer.
A dança é uma atividade de baixo impacto, o risco de lesão é pequeno. O que a faz
ser uma boa alternativa.
Conheça alguns dos benefícios da dança na Terceira Idade:
- Melhora o equilíbrio, a flexibilidade, alonga e exercita os músculos;
- Ajuda a prevenir a depressão;
- Eleva a capacidade cardiorrespiratória;
- Melhora a qualidade do sono;
- Exercita a coordenação motora;
- Estimula o convívio social;
- Faz bem para a autoestima;
- Auxilia a perda e a manutenção de peso.
Fonte:  Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino.

   
A prática da dança para idosos
A dança é uma forma de atividade física capaz de gerar uma série de benefícios para
a promoção da qualidade de vida dos idosos.
    Entre os idosos a dança é considerada uma atividade física capaz de potencializar
socialização, as relações interpessoais e otimizar as atividades de vida diária (Gobbo
e Carvalho, 2005).

    De acordo com Corraza (2001) a dança na terceira idade é fundamental para
desenvolver os estímulos dos sentidos, entre eles cita:
Visual - Ver os movimentos e transformá-los em atos;
Tátil - Sentir os movimentos e seus benefícios para seu corpo;
Auditivo - Ouvir a música e dominar o seu ritmo;
Afetivo - Emoções e sentimentos transpostos na coreografia;
Cognitivo - Raciocínio, ritmo, coordenação;
Motor - Esquema corporal.
   
No aspecto social autores registram que a dança revela aos idosos uma forma de
diversão, uma maneira de buscar novas amizades, manter as que já existem, um
meio de inclusão na sociedade e na sua própria família que é o fator principal para
elas (Ribeiro, 2010).
   
Souza et al. (2010) afirmam que a dança como atividade recreativa aparece como
uma alternativa de trabalho coletivo, que estimula a solidariedade, fazendo com que
haja uma diminuição das tensões e das angústias, e consequentemente incentiva o
idoso a buscar a socialização e o prazer de estar com pessoas da mesma faixa etária.
   
Uma alternativa válida para se adaptar ao envelhecimento é a recreação, a
participação coletiva, que estimula a solidariedade. As atividades de convivência em
grupo como a recreação, a dança e outras atividades de socialização são necessárias
para a manutenção do equilíbrio social do idoso, afastando-o do isolamento (Souza e
Metzner, 2009).
   
Para Garcia et al (2009), a dança vista como atividade física auxilia o idoso a sair do
isolamento provocado pela aposentadoria, contribui para a independência social,
melhora a condição geral do indivíduo, ocorrendo também uma diminuição do
preconceito cultural imposto pela sociedade.
Conforme Merquiades et al (2009), os dados de estudos que enfatizaram a relação
entre atividade física e qualidade de vida demonstraram que idosos mais ativos
vivem com mais satisfação, pois encontram na prática da atividade física um modo
de terem suas vidas com a quantidade de doenças minimizadas, um bem estar físico
e mental, melhor convívio social e maior disposição na realização de tarefas diárias.
   
Qualidade de vida nada mais que ser analisada pelas seguintes variáveis: domínio
físico, social e psicológico. Dentre as formas de avaliação, podemos registrar as que
se baseiam na sensação de bem-estar e saúde, na satisfação com diversas áreas da
vida, no diferencial entre o que o indivíduo deseja ou espera ter e o que tem, e ainda
na funcionalidade (Souza et al., 2010).
   
A dança, de acordo com Souza et al. (2010) tem como objetivo trabalhar o
organismo do indivíduo harmoniosamente, respeitando as suas emoções, o seu
estado fisiológico, desenvolvendo habilidades motoras, o autoconhecimento e ainda
possibilitando benefícios como: prevenção e combate a situações estressantes;
estimular a oxigenação do cérebro; melhorar o funcionamento das glândulas;
reforçar os músculos e a proteção das articulações; auxiliar no aumento do
desempenho cognitivo, da memória, da concentração e da atenção, proporcionar
cooperação, colaboração, contato social; estimular a criatividade, a melhora da
autoestima, da autoimagem e o resgate cultural.
   
A dança como forma de expressão e comunicação, estimula as capacidades humanas
e pode ser incorporada à linguagem oral, por exemplo. Assim como as palavras são
formadas por letras, os movimentos são formados por elementos, a expressão
estimula e desenvolve as atividades psíquicas de acordo com os seus conteúdos e
forma de ser vivida, tanto quanto a palavra (Almeida, 2005).
   
Uma das sugestões para se trabalhar com este público é a prática da dança, já que
esta desenvolve o indivíduo integralmente. Como atividade física, a dança talvez
seja a mais completa de todas, por dar manutenção da força muscular, sustentação,
equilíbrio, potência aeróbica, movimentos corporais de total amplitude e mudanças
do estilo de vida (Souza et al., 2010).
   
Na terceira idade o corpo é afetado de um modo geral, sendo que os membros
inferiores são os mais prejudicados, pois com o passar do tempo surgem limitações
ligadas ao declínio das capacidades físicas, perdas na aptidão funcional, entre outras,
e a dança pode beneficiar as idosas, retardando esses fatores que comprometem sua
condição física. (Bocalini; Santos e Miranda, 2007).
   
Chiarion (2007), diz que uma atividade física, sendo praticada de forma regular e
sistemática, aumenta e mantém a aptidão física da pessoa, podendo elevar a melhora
do bem estar funcional, o menor índice de mobilidade e mortalidade, tendo como
ponto principal a promoção de saúde controlando as doenças relacionadas à idade.
   
Ao relacionar os aspectos físicos com a prática da atividade física, segundo Garcia
et al. (2009), percebe-se que os idosos ficam mais dispostos e ativos para as
atividades da vida diária e de trabalho, além de adquirirem uma melhor locomoção e
um sono mais tranquilo. Já, ao comparar a atividade física com os aspectos
psicológicos, constata-se que os idosos estão mais satisfeitos com sua autoimagem e
autoestima e, consequentemente vêem um melhor sentido de viver.
   
A dança como atividade física é importante para os idosos porque estimula as
funções do organismo, previne o diabetes, a hipertensão, a osteoporose, causa uma
melhora no aparelho locomotor, auxiliando assim em suas atividades diárias (Silva,
2007).
   
Dançar na terceira idade não é só uma maneira divertida de mexer o corpo,
habilidades como força, ritmo, agilidade, equilíbrio e flexibilidade também são
desenvolvidas e trazem bem estar e saúde aos idosos. Quando dançam, eles fazem
um esforço maior para memorizar a sequência dos passos e precisam se concentrar
para não invadir o espaço do parceiro. Além disso, se lembram de experiências e
sensações vividas no passado, quando a música os remete à juventude (Miranda,
2010).
   
A maioria dos idosos não está interessada em performance artística, mas sim em
uma atividade prazerosa com movimentos fáceis e ao mesmo tempo desafiadores e
com ritmos variados. (Paiva et al., 2009).
   
O objetivo da dança é o de trabalhar com um mecanismo harmonizador, respeitando
as emoções, os estados fisiológicos, desenvolvendo habilidades de movimentos,
exercendo possibilidades de autoconhecimento e possibilita os seguintes benefícios:
prevenção e combate de situações estressantes, estimula a oxigenação do cérebro,
melhora no funcionamento das glândulas, reforço dos músculos e proteção das
articulações, conhecimento do seu corpo, melhora da capacidade motora, melhora
do desempenho cognitivo, melhora da memória, concentração e atenção,
proporciona cooperação e colaboração, contato social, criatividade, melhora da
autoestima e auto-imagem e estimula o resgate cultural (Gobbo e Carvalho, 2005).
   
Segundo Franco (2003), o idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer,
diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de
idade.
   
Por meio de um estilo de vida ativo, pode-se promover a estimulação cognitiva,
estimular o envelhecimento saudável e prevenir declínios que levam ao
desenvolvimento de doenças neurodegenerativas (Coelho, 2013).
   
Dançar aumenta a freqüência cardíaca, estimula à circulação do sangue, melhora a
capacidade respiratória e queima muitas calorias. A dança de salão é essencialmente
uma atividade social e provoca uma sensação de bem-estar psicológico. Permite a
troca de experiências, estimula o diálogo e aumenta a motivação (Freitas et al.,
2007).
   
Quando se pratica dança, você reduz o estresse, aumenta a energia, e melhora o
tônus muscular. Embora a dança não trabalhe tão intensamente como a musculação,
ela pode realmente fortalecer os músculos, especialmente a parte traseira das coxas e
os glúteos, contribui para o controle de peso, excelente exercício cardiovascular,
fortalece os ossos das pernas e quadris, aumenta o equilíbrio e a coordenação
motora. A dança é movimento. Desenvolve a consciência de como o corpo se move
e como funciona o seu controle corporal. A dança desafia a percepção espacial e do
outro, que está envolvido na dança, desenvolve o sistema circulatório, melhora a
capacidade mental, contribui para a boa postura e alinhamento corporal, desenvolve
o controle pessoal e principalmente contribui para a interação social (Souza;
Barnieri e Souza, 2013).
   
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Fonte: deportes.com
A preocupação nos países desenvolvidos e em desenvolvimento com a população
idosa tem ocasionado uma gama de atividades físicas com o objetivo de manter a
terceira idade ativo mental e físico (LEAL, 2006).

Outros pesquisadores vêm estudando a importância da dança como forma de


atividade física para o idoso. Resultados indicam que a dança tem o poder de
modificar a vida dos idosos, possibilitando-lhes viver numa melhor dimensão
existencial e que a idade não é obstáculo para sua prática (LEAL, 2006)
O processo do envelhecimento é progressivo e natural, e a atividade física é
apontada como uma possibilidade de diminuir e principalmente manter a capacidade
funcional do idoso. Dessa forma, a participação em programas de atividade física,
em que os idosos realizam trabalho de forca, de flexibilidade, de agilidade, de
resistência aeróbia e de coordenação é fundamental para realização de suas tarefas
diárias, minimizando o risco de desenvolver doenças que podem levar a
dependência (CAPRIANI et al, 2010).
Esse processo de perdas físicas e funcionais pode ser minimizado ou até mesmo
atrasado com a pratica de atividade física, gerando assim autonomia para o idoso,
assim garantindo a continuidade de uma vida melhor e independente (SANTOS,
2014).
Os idosos têm maiores tendências à quedas devido às alterações da mobilidade,
controle postural e disfunções no equilíbrio corporal, o que acrescenta para a
instabilidade e o risco de cair. Esse risco pode ser diminuído com a prática de
exercícios físicos, a dança, por exemplo, é extremamente importante, pois
proporciona melhoras tanto no aspecto físico, social e psicológico (SILVA, 2014).
É por meio da dança que o idoso melhora a coordenação, ritmo, equilíbrio,
lateralidade, memorização, consciência corporal, visto que as coreografias fazem os
praticantes se concentrarem mais e melhorar assim suas habilidades. Outra
influência que a dança proporciona para os idosos, é a melhora da qualidade de vida
em grupo, fatores como sócio-afetivo e os físicos, como a consciência corporal
(SILVA, 2014).
Os movimentos da dança são fáceis de acompanhar e modelam o corpo, tendo como
as principais áreas visadas o glúteo, as pernas, os braços, o tronco, abdominais e o
músculo mais importante do corpo o coração.
Ao contrário do que pensam, não é necessário ser bailarino, ou ter experiência
prévia com dança para fazer Zumba. Uma aula de zumba cria um ambiente de festa
onde todos se sente confortáveis e motivados durante a aula, fazendo com que
queiram voltar sempre (PEREZ, Instructor Training Manual Basic Steps Level 1.
Vol.8).
Alberto Beto Perez é o gênio criativo por trás da formula de condição física Zumba
que propôs à milhares de pessoas mudanças no corpo, na mente e na alma. Beto
Perez começou a dançar muito jovem em sua cidade natal, Cali Califórnia. Quando
era adolescente usou suas habilidades de dança para ajudar a pagar as contas
fazendo coreografias para artistas locais e dançando em clubes de salsa. Ganhou
uma bolsa de estudos na academia de dança brasileira Maria Sanford. Mais tarde,
tornou-se instrutor na academia, se especializando em dança latina. Beto ministrou
aulas de salsa, merengue, rumba, sapateado, funk, jazz e dança moderna.
Posteriormente, seu interesse no âmbito da condição física fez com que se tornasse
um instrutor pessoal certificado e instrutor de exercícios em grupos. Em 2000,
decidiu dar o grande passo e mudar-se para os Estados Unidos, Miami, e seu estilo
inovador chamou a atenção de dois empresários. Os três se uniram e criaram a
Zumba Fitness, uma empresa global com base na filosofia de condição física de
Beto (PEREZ, Instructor Training Manual Basic Steps Level 1. Vol.8).
O programa Zumba foi criado através da paixão de Beto Perez por músicas latinas,
dança e condição física. Ele acreditava que as aulas de ginásticas em grupo
deveriam ser mais divertidas e atraentes para todos, não apenas para os grupos que
já estão em forma e com boa coordenação. O intuito de Beto Perez era fazer com
que todas as pessoas, de todos os níveis de condição física pudessem participar de
uma aula de Zumba (PEREZ, Instructor Training Manual Basic Steps Level 1.
Vol.8). Zumba Fitness é uma combinação exclusiva de dança e exercícios,
concebida para fazer com que a condição física seja uma experiência divertida
(PEREZ, Instructor Training Manual Basic Steps Level 1. Vol8. Pag 2.).
Atualmente Beto Perez viaja o mundo apresentando o Programa Zumba Fitness e
ministrando cursos de formação de instrutores de Zumba. Seu fenomenal sucesso
tem sido transmitido em vários programas de televisão e revistas. (PEREZ,
Instructor Training Manual Basic Steps Level 1. Vol.8).
O programa Zumba traz benefícios não só para o corpo como a queima de gordura e
tonificação muscular com um treino anaeróbio, mas também, benefícios fisiológicos
e psicológicos do treino intervalado. Apesar da fisiologia ser a razão por trás da
perda de peso e tonificação muscular, a psicologia do programa Zumba é o
motivador principal e o fator primário para o seu sucesso. Sem os benefícios
psicológicos, os idosos praticantes não obteriam os benefícios fisiológicos (PEREZ,
Instructor Training Manual Basic Steps Level 1. Vol.8). A maioria dos programas
de condição física para idosos funcionam, mas muitos deles não têm sucesso porque
não tem a motivação psicológica para participar de maneira ativa e contínua.
O programa Zumba trás esses benefícios para os idosos terem resultados, pois: - o
programa trabalha em um nível elevado de energia e música motivante com
coreografias exclusivas que fazem os idosos afastarem o estresse por meio da dança.
- o programa é baseado no principio de que deve ser fácil, eficaz e divertido. Assim,
os idosos se comprometem nesse programa de ginástica e conseguem alcançar
benefícios à saúde a longo prazo. - o programa foge um pouco do tradicional,
fazendo com que a condição física seja uma atividade estimulante e excitante. - por
ser uma aula divertida, os idosos praticantes aumentam a intensidade dos seus
movimentos. O professor os motiva, a música os motiva com mais intensidade do
que se estivesse numa aula de musculação.
O programa não é bom apenas para o corpo, também é ótimo para a mente. É um
treino onde as pessoas se sentem felizes, ajudando a melhorar a auto-estima,
autoconfiança e auto-imagem. O sucesso das aulas de Zumba se dá porque os idosos
praticantes continuam a voltar porque estão se divertindo e nem percebem que estão
realmente se exercitando de maneira adequada. E quando começam a ver os
resultados, o ciclo continua, e os resultados físicos e psicológicos também
continuam. Os resultados da Zumba Fitness são 60% mental e 40% físicos (PEREZ,
Instructor Training Manual Basic Steps Level 1. Vol8. Pág. 7.).
Nos dias atuais aumentou muito a perspectiva de vida do ser humano,
principalmente o idoso, que passou a procurar por exercícios que venham a
contribuir com a promoção da saúde, porém, nota-se que muitos desses idosos,
acabam desistindo da atividade. Um dos motivos é a falta de programas e aulas que
lhes sejam agradáveis. Esse é o objetivo da Zumba, a qual propõe uma pratica
diferenciada na motivação das aulas. Pesquisas feitas em academias de Criciúma e
Araranguá afirmam que o principal motivo para a permanecia dos alunos nas aulas
de Zumba foi o bom desempenho do professor, com um bom atendimento às
pessoas que frequentam as aulas e coreografias fáceis que todos consigam realizar
(ALVAREZ 2014). As vantagens das aulas de Zumba são: sensação de bem-estar
após a aula, energia contagiante durante a aula, companheirismo e união. Uma
pesquisa feita por Alvarez (2014) evidencia que o professor é o principal
influenciador para a aderência dos alunos, em segundo lugar a música, em terceiro
lugar a coreografia e em quarto lugar o ambiente.
O Programa Zumba Gold é um programa especificamente elaborado para os idosos
com ritmos internacionais estimulantes. É uma técnica saudável e fácil de seguir,
tanto para idosos ativos quanto iniciantes. Zumba Gold não se diferencia muito da
tradicional Zumba Fitness, pois também é inspirado nas musicas e danças latinas,
porém com movimentos e intensidade adaptada para o idoso. O programa Gold foi
criado, pois muitos dos praticantes afirmaram que as coreografias de Zumba Fitness
eram muito intensas e rápidas para suas habilidades, sendo assim foi adaptado para
atender as necessidades anatômicas e biomecânicas dos idosos (PEREZ, Instructor
Training Manual Basic Steps Level 1. Vol.8). À medida que envelhecemos o
exercício físico continua a ser de extrema importância para o gerenciamento do
peso, equilíbrio, saúde do coração e prevenção de lesões (HERNANDES e
BARROS 2004). O programa Zumba Gold se enquadra na categoria de treinamento
de resistência, mantendo o coração saudável e sistema circulatório forte, desenvolve
coordenação, queima de calorias para evitar o aumento de peso que muitas vezes
acompanha o envelhecimento (FERREIRA, 2014). Zumba Gold é projetado para ser
acessível a todos os idosos, independente do nível de condição física e sem precisar
de prévia experiência em dança (PEREZ, Instructor Training Manual Basic Steps
Level 1. Vol.8).
O programa Zumba, por ser considerado um exercício aeróbio, aumenta a eficiência
do sistema cardiorrespiratório e cardiovascular; fortalece o músculo cardíaco; reduz
(melhora) o batimento cardíaco em repouso; melhora a circulação; auxilia no
acumulo de colesterol; adapta o corpo para queimar gordura como principal fonte de
combustível; reduz a gordura corporal; aumenta a taxa metabólica basal; baixa a
pressão arterial; reduz o nível de colesterol LDL no sangue (PEREZ, Instructor
Training Manual Basic Steps Level 1. Vol.8).
Além dos benefícios do treino aeróbio, a Zumba se tratando de exercício de força
muscular, proporciona aos idosos praticantes, melhora da postura, força muscular,
aparência física, melhora o equilíbrio, aumenta a flexibilidade e precisão em
respostas aos movimentos, aumenta a taxa metabólica basal, aumenta a densidade
óssea, ajuda a prevenis lesões durante atividades físicas diárias (PEREZ, Instructor
Training Manual Basic Steps Level 1. Vol.8).

A dança nas academias de ginásticas tem tornado-se uma das práticas


corporais mais procuradas, sendo vista como a melhor forma de uma pessoa
sedentária iniciar a prática de uma atividade física, pressupondo ser acessível a
todos devido a aula de baixo impacto, com duração em média de 40 a 50
minutos de aula.
Atualmente, as academias são descritas como centros especializados,
empresas, que com fins lucrativos, que disponibilizam instalações e
profissionais para a promoção da atividade física de forma apropriada e segura,
na intenção de atender os objetivos de seus alunos/clientes (TOSCANO, apud
FLORES, 2015).
Nesses espaços, os desejos, os objetivos transitam entre os estéticos,
saúde, relações interpessoais, dentre outros. Todos eles podem ser vistos,
também, como cenários de convivência social e de aprendizagem, centros de
exercício físico, em que se presta um serviço de prescrição, orientação e
avaliação, sob a supervisão direta, preferencialmente, de profissionais de
educação física (TOSCANO, apud FLORES, 2015).
A Les Mills2 comercializa no Brasil um sistema, com programas de
ginástica em academias pré-coreografadas, com dez modalidades diferentes e
também licencia academias, sendo representada no país pela Body Systems 3 ,
sediada na cidade de São Paulo. Sua concepção de aulas une coreografias de
baixo nível de complexidade, sob o aspecto de execução, e com músicas,
dando forma a atividade (GOMES, CHAGAS e MASCARENHAS, apud
FLORES, 2015).
Um deste boom nas academias de ginástica, no ano de 2014 em
Campina Grande - PB foi o Zumba. O Zumba é um dos programas mais
praticados na atualidade, contando com 12 Bilhões de participantes, em 25
países do mundo (ZUMBA, 2014). Em 2012 foi classificado em 9° Lugar em
termos de tendências de fitness (Thompson, 2013 apud FERREIRA, 2014).
O estudo identifica que a relação do Programa Zumba é com a ginástica,
essencialmente a chamada aeróbica, pois tem como base alguns dos
princípios de treinamento aeróbico com intervalado e treino de resistência,
para aumentar a queima de calorias e proporcionar benefícios
cardiovasculares e tonificação total do corpo. Nesse sentido, o estudo
compreende que se trata de um tipo de ginástica aeróbica que utiliza
movimentos e ritmos musicais determinadas danças. Mas, não se caracteriza
como dança. Enfatiza o Manual: “O programa zumba é uma aula de
ginástica baseada em exercícios cardiovasculares com componentes de
resistência e modelagem corporal que tonificam todo o corpo e faz com que
seja possível alcançar qualquer meta de ginástica desejada” (Zumba, 2014).
O uso de movimentos de dança são justificados pelo Programa com base no
fator cardiovascular, por serem considerados fáceis de acompanhamento e
incluírem modelagem do corpo, principalmente de glúteos, pernas, braços e
abdômen, além do músculo coração (Manual, 2014). Dessa forma, o referido
manual não trata os movimentos da dança que compõem o sistema de
ginástica Zumba em suas dimensões constitutivas, por exemplo: da
expressividade, da comunicação, da apropriação da linguagem em seus
sentidos/significados, ou seja, os movimentos visam prioritariamente a
dimensão anatomo-fisiológica.
Com isso, o estudo não nega os benefícios que a vivência da Zumba pode
trazer ao praticante. Mas, o programa em análise assim como outros do
universo fitness utiliza-se do discurso de que “é pra todos, que é fácil, nível
de preparo físico com qualquer histórico e idade podem começar o programa
imediatamente” (manual, p13). A chamada Fórmula do programa, composta
de passos básicos, faz com que seja fácil para todos.
Observou-se que o Programa faz uso de técnicas para que a didática da aula
seja fácil e mais prática a execução dos praticantes. Tais técnicas podem
contribuir para o desempenho dos mesmos, de forma a permitir que eles
executem adequadamente, apredam padrões complexos e alterem os
movimentos no momento exato das mudanças do instrutor. São três tipos de
estilos de indicação usados: Visual, Verbal e tátil.
Indicações Visuais: Usar movimentos físicos para demostrar um novo
movimento, mudança de direção, a variação de tempo, ou forma de
correção. Gestos com os braços e mãos são sinais mais eficazes para a
maioria da clientela.
Indicações Verbais: O uso de terminologia específica para descrever um
padrão de passos, concentra-se em uma ação muscular, fazer uma correção
na forma, contar as repetições, ou a contagem regressiva para mudança tanto
na música ou como em um movimento específico. Muitos instrutores usam
indicações verbais para fazer afirmações em sala de aula, encorajar os
participantes e regular intensidades específicas.
Indicações Tateis: esse método envolve tocar fisicamente seu cliente.
Certificando-se que o aluno está usando o grupo muscular adequado,
tocando naquele músculo o ajuda focar- se na ação correta. O alinhamento
correto pode precisar ser corrigido, ajudando o aluno a ficar em posição
adequada (Manual de treinamento - Zumba, 2014).

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