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Com a chegada da terceira idade, corpo e mente passam por grandes mudanças,
dando origem a algumas limitações físicas. Não é fácil adaptar-se ao novo estilo de
vida, por isso algumas práticas auxiliam nesse processo, tornando a vida mais
agradável. A dança tem assumido um papel importante na vida dos idosos,
ganhando muitos adeptos e melhorando sensivelmente a sua qualidade de vida.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a terceira idade chega a partir dos
65 anos. Com essa idade, surgem algumas limitações que podem colocar em risco
a qualidade de vida do indivíduo. Se não houver adequação de hábitos físicos e
alimentares, várias doenças podem surgir nesse período, como: hipertensão,
obesidade e osteoporose, entre outras. Já as atividades físicas – principalmente as
praticadas em grupos – surgem como um dos principais benefícios à saúde física e
mental.
Antigamente, imaginava-se que apenas exercícios como a hidroginástica e a
caminhada deveriam ser recomendados aos idosos, por apresentarem impactos
físicos limitados e fluxo moderado. Hoje, no entanto, a gama de possibilidades
aumentou e a dança cumpre um papel fundamental para o aumento da autoestima
dessas pessoas.
Um dos principais diferenciais da dança é o estímulo ao convívio social, algo
fundamental para quem chega à terceira idade. Em alguns casos, o idoso pode
sentir-se solitário ou abandonado, já que passa mais tempo em casa e não mantém a
rotina atribulada de outros tempos. E uma das principais consequências acaba sendo
a depressão.
Nesse sentido, a dança surge como um forte estímulo físico e emocional,
promovendo a integração de várias pessoas que, afinal, podem ter muito em comum
e criar assim novos laços de amizade, gerando um novo ciclo de independência e
autonomia na vida dos idosos.
Principais benefícios da dança para os idosos:
– Bem-estar físico e emocional;
– Exercício de vários grupos musculares;
– Ganhos de agilidade e na coordenação motora;
– Melhorias à atividade cardiorrespiratória;
– Estímulo à atenção e à memória;
– Incentivo à concentração e melhora no equilíbrio;
– Ajuda no combate à depressão e melhora a autoestima.
Embora sejam fundamentais na vida de qualquer ser humano, principalmente
daqueles que estão na terceira idade, muitos não gostam de praticar exercícios
físicos com frequência.
Mas se você não quer levar uma vida sedentária e não sabe qual atividade escolher,
a dança pode ser uma boa opção. Sabemos que durante muitos anos ela foi
considerada apenas um instrumento de lazer. Porém, uma pesquisa realizada na
Itália mostrou que a prática possui inúmeros benefícios para a saúde do coração,
além de aumentar a capacidade respiratória e melhorar a qualidade de vida do
praticante.
A prática da dança para idosos
A dança é uma forma de atividade física capaz de gerar uma série de benefícios para
a promoção da qualidade de vida dos idosos.
Entre os idosos a dança é considerada uma atividade física capaz de potencializar
socialização, as relações interpessoais e otimizar as atividades de vida diária (Gobbo
e Carvalho, 2005).
De acordo com Corraza (2001) a dança na terceira idade é fundamental para
desenvolver os estímulos dos sentidos, entre eles cita:
Visual - Ver os movimentos e transformá-los em atos;
Tátil - Sentir os movimentos e seus benefícios para seu corpo;
Auditivo - Ouvir a música e dominar o seu ritmo;
Afetivo - Emoções e sentimentos transpostos na coreografia;
Cognitivo - Raciocínio, ritmo, coordenação;
Motor - Esquema corporal.
No aspecto social autores registram que a dança revela aos idosos uma forma de
diversão, uma maneira de buscar novas amizades, manter as que já existem, um
meio de inclusão na sociedade e na sua própria família que é o fator principal para
elas (Ribeiro, 2010).
Souza et al. (2010) afirmam que a dança como atividade recreativa aparece como
uma alternativa de trabalho coletivo, que estimula a solidariedade, fazendo com que
haja uma diminuição das tensões e das angústias, e consequentemente incentiva o
idoso a buscar a socialização e o prazer de estar com pessoas da mesma faixa etária.
Uma alternativa válida para se adaptar ao envelhecimento é a recreação, a
participação coletiva, que estimula a solidariedade. As atividades de convivência em
grupo como a recreação, a dança e outras atividades de socialização são necessárias
para a manutenção do equilíbrio social do idoso, afastando-o do isolamento (Souza e
Metzner, 2009).
Para Garcia et al (2009), a dança vista como atividade física auxilia o idoso a sair do
isolamento provocado pela aposentadoria, contribui para a independência social,
melhora a condição geral do indivíduo, ocorrendo também uma diminuição do
preconceito cultural imposto pela sociedade.
Conforme Merquiades et al (2009), os dados de estudos que enfatizaram a relação
entre atividade física e qualidade de vida demonstraram que idosos mais ativos
vivem com mais satisfação, pois encontram na prática da atividade física um modo
de terem suas vidas com a quantidade de doenças minimizadas, um bem estar físico
e mental, melhor convívio social e maior disposição na realização de tarefas diárias.
Qualidade de vida nada mais que ser analisada pelas seguintes variáveis: domínio
físico, social e psicológico. Dentre as formas de avaliação, podemos registrar as que
se baseiam na sensação de bem-estar e saúde, na satisfação com diversas áreas da
vida, no diferencial entre o que o indivíduo deseja ou espera ter e o que tem, e ainda
na funcionalidade (Souza et al., 2010).
A dança, de acordo com Souza et al. (2010) tem como objetivo trabalhar o
organismo do indivíduo harmoniosamente, respeitando as suas emoções, o seu
estado fisiológico, desenvolvendo habilidades motoras, o autoconhecimento e ainda
possibilitando benefícios como: prevenção e combate a situações estressantes;
estimular a oxigenação do cérebro; melhorar o funcionamento das glândulas;
reforçar os músculos e a proteção das articulações; auxiliar no aumento do
desempenho cognitivo, da memória, da concentração e da atenção, proporcionar
cooperação, colaboração, contato social; estimular a criatividade, a melhora da
autoestima, da autoimagem e o resgate cultural.
A dança como forma de expressão e comunicação, estimula as capacidades humanas
e pode ser incorporada à linguagem oral, por exemplo. Assim como as palavras são
formadas por letras, os movimentos são formados por elementos, a expressão
estimula e desenvolve as atividades psíquicas de acordo com os seus conteúdos e
forma de ser vivida, tanto quanto a palavra (Almeida, 2005).
Uma das sugestões para se trabalhar com este público é a prática da dança, já que
esta desenvolve o indivíduo integralmente. Como atividade física, a dança talvez
seja a mais completa de todas, por dar manutenção da força muscular, sustentação,
equilíbrio, potência aeróbica, movimentos corporais de total amplitude e mudanças
do estilo de vida (Souza et al., 2010).
Na terceira idade o corpo é afetado de um modo geral, sendo que os membros
inferiores são os mais prejudicados, pois com o passar do tempo surgem limitações
ligadas ao declínio das capacidades físicas, perdas na aptidão funcional, entre outras,
e a dança pode beneficiar as idosas, retardando esses fatores que comprometem sua
condição física. (Bocalini; Santos e Miranda, 2007).
Chiarion (2007), diz que uma atividade física, sendo praticada de forma regular e
sistemática, aumenta e mantém a aptidão física da pessoa, podendo elevar a melhora
do bem estar funcional, o menor índice de mobilidade e mortalidade, tendo como
ponto principal a promoção de saúde controlando as doenças relacionadas à idade.
Ao relacionar os aspectos físicos com a prática da atividade física, segundo Garcia
et al. (2009), percebe-se que os idosos ficam mais dispostos e ativos para as
atividades da vida diária e de trabalho, além de adquirirem uma melhor locomoção e
um sono mais tranquilo. Já, ao comparar a atividade física com os aspectos
psicológicos, constata-se que os idosos estão mais satisfeitos com sua autoimagem e
autoestima e, consequentemente vêem um melhor sentido de viver.
A dança como atividade física é importante para os idosos porque estimula as
funções do organismo, previne o diabetes, a hipertensão, a osteoporose, causa uma
melhora no aparelho locomotor, auxiliando assim em suas atividades diárias (Silva,
2007).
Dançar na terceira idade não é só uma maneira divertida de mexer o corpo,
habilidades como força, ritmo, agilidade, equilíbrio e flexibilidade também são
desenvolvidas e trazem bem estar e saúde aos idosos. Quando dançam, eles fazem
um esforço maior para memorizar a sequência dos passos e precisam se concentrar
para não invadir o espaço do parceiro. Além disso, se lembram de experiências e
sensações vividas no passado, quando a música os remete à juventude (Miranda,
2010).
A maioria dos idosos não está interessada em performance artística, mas sim em
uma atividade prazerosa com movimentos fáceis e ao mesmo tempo desafiadores e
com ritmos variados. (Paiva et al., 2009).
O objetivo da dança é o de trabalhar com um mecanismo harmonizador, respeitando
as emoções, os estados fisiológicos, desenvolvendo habilidades de movimentos,
exercendo possibilidades de autoconhecimento e possibilita os seguintes benefícios:
prevenção e combate de situações estressantes, estimula a oxigenação do cérebro,
melhora no funcionamento das glândulas, reforço dos músculos e proteção das
articulações, conhecimento do seu corpo, melhora da capacidade motora, melhora
do desempenho cognitivo, melhora da memória, concentração e atenção,
proporciona cooperação e colaboração, contato social, criatividade, melhora da
autoestima e auto-imagem e estimula o resgate cultural (Gobbo e Carvalho, 2005).
Segundo Franco (2003), o idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer,
diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de
idade.
Por meio de um estilo de vida ativo, pode-se promover a estimulação cognitiva,
estimular o envelhecimento saudável e prevenir declínios que levam ao
desenvolvimento de doenças neurodegenerativas (Coelho, 2013).
Dançar aumenta a freqüência cardíaca, estimula à circulação do sangue, melhora a
capacidade respiratória e queima muitas calorias. A dança de salão é essencialmente
uma atividade social e provoca uma sensação de bem-estar psicológico. Permite a
troca de experiências, estimula o diálogo e aumenta a motivação (Freitas et al.,
2007).
Quando se pratica dança, você reduz o estresse, aumenta a energia, e melhora o
tônus muscular. Embora a dança não trabalhe tão intensamente como a musculação,
ela pode realmente fortalecer os músculos, especialmente a parte traseira das coxas e
os glúteos, contribui para o controle de peso, excelente exercício cardiovascular,
fortalece os ossos das pernas e quadris, aumenta o equilíbrio e a coordenação
motora. A dança é movimento. Desenvolve a consciência de como o corpo se move
e como funciona o seu controle corporal. A dança desafia a percepção espacial e do
outro, que está envolvido na dança, desenvolve o sistema circulatório, melhora a
capacidade mental, contribui para a boa postura e alinhamento corporal, desenvolve
o controle pessoal e principalmente contribui para a interação social (Souza;
Barnieri e Souza, 2013).
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Fonte: deportes.com
A preocupação nos países desenvolvidos e em desenvolvimento com a população
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