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A Influência da Dança na Superação de Limites na

Terceira Idade

Evandro da Silva e Silva


Prof. Tutor Jhony Martinez dos Santos Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Bacharel Educação Física (FLX0072)
17/07/2020

RESUMO

A dança como atividade física que melhora a disposição para as atividades do dia-a-dia pode
proporciona ao indivíduo que a pratica, força muscular, estética corporal e autoestima, através dos
movimentos realizados por tal atividade. O presente trabalho acadêmico tem como objetivo
retratar a vivência e intervenção do projeto de estágio III, onde se buscou verificar a influência da
dança na superação de limites na terceira idade. O estágio foi realizado na empresa DELBRUN
ACADEMIA LTDA-ME na cidade de Marabá Pará. Foi feito uma abordagem de natureza
qualitativa e para a coleta de dados foi aplicada uma breve entrevista para uma amostra de 10
alunos da aula de dança. Os resultados evidenciam que a busca pela prática da dança é muito
grande pelo fato de proporcionar inúmeros benéficos para a saúde de quem a prática. A dança se
mostra de grande importância como ferramenta de promoção da saúde para este público, por suas
propriedades terapêuticas. Deste modo tornando-a ótima alternativa a ser inserida nos programas
de treinamento dos idosos, visando à prevenção de doenças que estão atreladas com a chegada da
terceira idade.

Palavras-chave: Idosos, dança superação de limites.

1. INTRODUÇÃO

Atualmente é dificil um ser humano viver sem praticar atividade fisica. Isso vem acontecendo
porque as pessoas estão se concientizando dos resultados positivos emrelação à qualidade de vida.
Tendo em vista o crescimento pela busca de praticar atividade física para melhoria da qualidade de
vida, a dança se tornou uma grande opção para as pessoas que buscam mudar seu estilo de vida, por
ser uma atividade prazerosa de se praticar. A dança como atividade física melhora a disposição para
as atividades do dia-a-dia podendo proporciona ao indivíduo que a pratica, força muscular, estética
corporal e autoestima, através dos movimentos realizados pela atividade.
Sendo assim, o tema busca esclarecer como a dança pode contribuir para a promoção de saúde e
melhoria da qualidade de vida dos seus praticantes uma vez que conhecer e entender os benefícios
advindos da prática da dança. Segundo Camargo (2011). A dança é um produto histórico, cada ser
humano irá construir sua forma de expressar através do seu corpo e isso vai depender da ação
humana, já que cada ser humano tem sua maneira de agir, de se expressar, de se movimentar. A
dança exige que o ser humano se movimente, que exprima o seu íntimo com toda perfeição.
Segundo Szauster (2011, p.29) “a dança enquanto atividade física tem muitos benefícios, melhora
elasticidade muscular, melhora movimentos articulares, diminui o risco doenças cardiovasculares,
problemas no aparelho locomotor e sedentarismo, reduzindo o índice depressão’’. Por isso, é
importante para os idosos passar por essa etapa da vida com autonomia, saber lidar com essas
mudanças no corpo e aproveitando essa fase da melhor maneira possível e com saúde.
Nas academias, a procura pela dança é muito grande. Um dos motivos é o fato de as pessoas
estarem acima do peso normal e buscarem meios de alcançar resultados que promovam a
autoestima, visando assim a uma boa aparência da sua imagem corporal.
Acredito que este trabalho irá contribuir para futuros professores e outros profissionais que
desenvolvem atividades com essas pessoas o utilizem como base para o trabalho com a terceira
idade, compreendendo assim um pouco sobre os fatores que influenciam no processo de
envelhecimento e os benefícios que atividade física pode proporcionar para as pessoas desta faixa
etária.

2.1 Envelhecimento e saúde

Nos últimos anos a busca por melhores condições de saúde na terceira idade, tem levantado debates
a respeito desta temática, observa-se que alguns setores da sociedade têm se empenhado a
desenvolver atividades adaptadas para que esta população seja respeitada, e mantenha uma vida
saudável física e emocionalmente. Para Belo & Gaia (2007) passamos por um momento de
mudanças e respeito da importância à saúde e da qualidade de vida, estimulando o conhecimento e a
prevenção de possíveis doenças em decorrência do envelhecimento. Uma das fazes da vida que
mais traz desafios ao ser humano é a velhice, isso porque passamos por transformações severas em
nosso organismo, desta forma muitas pessoas não lidam de forma saudável com essas mudanças.
Salvador (2004) relata que os desafios que os idosos terão de enfrenta com o avanço da idade são
muitos e relata alguns como: a falta de flexibilidade, diminuição da agilidade, perda de massa óssea
e perda de autonomia de locomoção, estes são apenas alguns dos muitos desafios. Logo se percebe a
importante dos idosos transpor essa etapa da vida com autonomia, saber lidar com essas mudanças
no corpo e aproveitando essa fase da melhor maneira possível e com saúde. Uma boa alternativa
para adaptar ao envelhecimento é a recreação, o convívio social, atividades de socialização são
necessários para a manutenção do equilíbrio social do idoso, afastando-o do isolamento. Para
Salvador (2005) Atividades recreativas tais como os jogos e a dança proporcionam ao idoso à
redução das tensões e promove um ambiente favorável à diversão e a socialização com outras
pessoas da mesma idade, sugerindo assim que a realização de atividades em grupo é de grande
importância para promover a autoestima dos idosos. Sendo assim é muito importante que o idoso
faça alguma atividade física e esteja em contato com outras pessoas principalmente da mesma faixa
etária de idade. Além de ser uma atividade muito prazerosa a dança pode ser uma distração para os
idosos.
Cada pessoa tem a sua própria qualidade de vida, a sua maneira de viver bem como deseja, pois são
muitos os fatores envolvidos para definir a qualidade de vida de cada um. A dança como atividade
recreativa aparece como uma alternativa de trabalho coletivo, que irá estimular a solidariedade
fazendo com que haja uma diminuição das tensões, das angústias e melhor faz com que essas
pessoas façam novas amizades e por ser uma atividade alegre e estimulante faz com que saiam da
rotina, busquem a socialização e o prazer de estarem com pessoas da mesma faixa etária.
(SALVADOR 2004). A dança auxiliar na melhora da qualidade de vida, porque trabalha o
condicionamento físico, a respiração, desenvolvimento o senso de ritmo e principalmente trás
tranquilidade, amizades, o sentimento de liberdade e emoção (SILVA, 2007). Pode-se dizer que é
através dos movimentos corporais que a dança favorece os seus praticantes com bons resultados
para uma melhor qualidade de vida. Desse modo o número de pessoas que buscam essa prática está
aumentando, pois a mesma vem destacando-se cada vez mais.
Hass e Leal. (2006 apud SILVA, 2007) nos mostram que o ato de dançar causa um bem estar,
estimula a diversão e a sensação de prazer através das músicas utilizadas que são da época de sua
juventude, causam um resgate das lembranças do passado fazendo com que os idosos sintam
vontade de realizar os movimentos. A prática regular de atividades físicas tem importante relação
como o controle e prevenção de várias doenças crônico-degenerativas como diantes tipo II,
osteoporose, doenças cardiovasculares e a sarcopenia (SILVA et al., 2014). Assim sendo a dança
contribuí significativamente na manutenção ou melhora de muitas das dimensões que estão
inseridas no contexto qualidade de vida, entre elas a adaptação das condições da aptidão funcional e
integração social. Então pode-se dizer também que a busca por uma vida saudável resultará no
aumento da expectativa de vida. O bem-estar relaciona-se ao sentir-se bem consigo mesmo. A
dança proporciona alegria e diversão. A pessoa elegre automaticamente tem uma autoestima
elevada e esse fator já é bastante importante na concepção de conviver socialmente.

2.2 O que é o envelhecimento

O envelhecimento é um processo normal, individual é gradativo, que caracteriza uma etapa da vida
na qual ocorrem modificações bioquímicas, psicológicas e fisiológicas em consequência da ação do
tempo. Está ligado às alterações fisiológicas que ocorrem ao longo do tempo em organismos
multicelulares. Tais alterações acontecem nas moléculas e nas células que acabam por prejudicar o
funcionamento dos órgãos e do organismo em geral (CABRAL, 2008). Podem-se dividir as causas
de tal período, levando em consideração a genética, o estilo de vida e o ambiente em que uma
pessoa vive. Segundo Barbosa (2000), muitas destas reduções associadas ao processo de
envelhecimento podem ser resultados do estilo de vida dos indivíduos, e não apenas uma
característica própria e inevitável deste processo. O envelhecimento pode ser considerado de várias
formas, das quais a definição mais difundida é a perda dos processos envolvidos na conservação da
homeostase do organismo, implicando na diminuição da viabilidade ou crescimento da
vulnerabilidade ao estresse (PEREGRINO et al., 2012). Desta forma compreende como um
processo dinâmico e progressivo que causa modificações morfológicas, funcionais e bioquímicas.
Essas alterações determinam a perda progressiva da capacidade de adaptação ao meio ambiente,
resultando maior instabilidade e existência de processo patológicos que impulsionam o indivíduo a
morte (FERREIRA et al., 2012). O envelhecimento pode estar associado à perda da capacidade
física, a perda da beleza, a processo patológicos e outros fatores que auxiliam para que as pessoas se
sintam frustradas em frete a essa realidade, pois vai se instalando diariamente de forma irreversível
deixando clara e evidente as alterações e limitações características ocasionadas pó processo do
envelhecimento.
O estilo de vida que uma pessoa leva, já afirmado, pode contribuir bastante para o seu
envelhecimento como, por exemplo, o sedentarismo que faz com que os indivíduos acumulem
gordura e açucares no organismo, dificultando a ação dos órgãos. Essas alterações fisiológicas e
musculoarticulares, associadas à inatividade física, levam, geralmente, o idoso a uma condição
degenerativa crescente de suas capacidades físicas e fisiológicas, acarretando o aparecimento de
problemas como a perda de equilíbrio, e os problemas psicológicos como a baixa estima e
depressão. (MATSUDO, 2002). Diante disso, a realização das atividades diárias e, desse modo a
manutenção de um estilo de vida ativo vão se tornando difíceis (SILVA et al., 2014). A capacidade
do idoso de realizar suas tarefas diárias autonomamente reduz substancialmente com o passar dos
anos, isto resulta da redução das alterações produzidas nos sistemas biológicos e em todos os
órgãos, bem como decorrem simultaneamente dos fatores sócias e psicológicos.
Tendo isso em vista, é sugerido na literatura que grande parte desses aspectos deletérios do
envelhecimento pode ser amenizada com a intervenção por meio da prática de exercícios físicos
regulares. Contudo a atividade física proporciona importante contribuição sobre tudo quando
associada ao tratamento psicoformacológica da depressão, contribuindo na recuperação da
autoconfiança e da auto-estima (SILVA et al., 2014). Sendo assim a prática de regular de atividades
físicas deve ser apontanda como uma alternativa não formacológica no tratamento depressivo, por
prevenir o declínio funcional do idoso, ser acessível e ter um baixo custo econômica.

3. A dança e seus benefícios para os idosos

A dança pode ser caracterizada como uma expressão corporal em que vivenciamos emoções e
liberdade. Ela é uma das artes mais antigas que se conhece. Segundo Guimarães (2003 apud
GARCIA et. al, 2009), a dança está presente desde os primórdios como forma de manifestação
natural e ritual, promovendo o desenvolvimento integral do ser humano.
Silva & Mazo (2007) afirmam que a dança é uma arte que se desenvolve no espaço e no tempo,
expressa sensibilidade por meio do movimento corporal e se utiliza de linguagens Sonora, visual e
tátil. Portanto, esse tipo de atividade física também é uma atividade de expressão, em que se
movimenta o corpo e se expressa a alma.
Para Barros Neto (2007 apud MERQUIADES et. al., 2009), a adoção de um estilo de vida mais
ativo e bem sucedido, com aumento das atividades físicas habituais ou até mesmo a inclusão de
exercícios físicos na rotina dos idosos contribuem para um envelhecimento saudável, minimizando
as incapacidades associadas ao envelhecimento.
Segundo Okuma (1993 apud SALVADOR, 2004) diz que a pratica de uma atividade física de forma
regular auxiliar na manutenção da massa óssea existente fazendo que a sua perda por causa do
envelhecimento seja menor.
Os idosos praticantes de exercícios físicos se mostram mais abertos e bem humorados, e
emocionalmente equilibrados em relação aos fatos do cotidiano, contribuindo assim para o encontro
de uma identidade e de uma melhor qualidade de vida (PELLEGRINOTTI, 2008 apud
MERQUIADES, era. al, 2009). Por meio da prática da dança, conseguimos despertar sentimentos
de revitalização e ruptura do senso comum, desenvolver capacidades como a autoexpressão
anteriormente jamais imagináveis, além de proporcionar diversão e prazer, seja em par ou sozinho,
idoso ou criança, homem ou mulher.
A pratica de atividades físicas para idosos a dança é importante porque estimular as funções do
organismo, previne contra o diabetes, hipertensão, osteoporose, causa uma melhora no aparelho
locomotor, auxiliando assim em suas atividades diárias (OKUMA, 1998 apud SILVA 2007).
Na dança todos os sentimentos são trabalhados, para o idoso isso é importante, pois ele entra em
contato com suas necessidades e limitações, e interage com os outros e percebe que cada um
apresenta um tipo de dificuldade. Dessa forma ele ver que pode superar seus limites junto ao
convívio social tendo a dança como auxiliar neste processo. Para Leal e Haas (2006), A dança
torna-se importante para o idoso porque proporciona além do bem-estar físico, convívio social. Por
mais que os idosos que iniciam as atividades da dança encontrem dificuldade no início, superam as
mesmas em alguns meses após o início da prática conseguiram melhorar tanto seu desempenho na
dança como em outros aspectos de saúde. A dança leva a uma melhora da elasticidade muscular,
aumenta e melhora a circulação sanguínea e os movimentos articulares, além de diminuir o risco de
doenças cardiovasculares, problemas do aparelho locomotor e o sedentarismo, reduzindo o índice
de depressão e ansiedade (CHIARION, 2007; SALVADOR,2004).
Finalizando podemos notar que a dança é uma excelente promotora de qualidade de vida para as
pessoas idosas, fazendo com que paradigmas sejam quebrados, onde a alegria de viver é o principal
ponto a chegar, fortalecendo laços de amizade e afinidades, como superação de problemas, além da
melhora da saúde, fortalecendo os músculos e o sistema cardiorrespiratório, como estimulante da
percepção e da coordenação motora e o principal a felicidade de estar bem e viver bem.

3.1 Histórias da dança

A dança é a mais antiga das artes criadas pelo homem. Nas pinturas das cavernas pré-históricas,
podemos ver a tentativa dos primeiros artistas de mostrar o homem primitivo dançando
instintivamente, usando seus movimentos e gesto para agradar vitória, celebrar alguma festa. O
homem dançava em cada manifestação de vida. A dança é a arte de mexer o corpo, através do
movimento e ritmos, criando uma harmonia própria. Não é somente através do som de uma música
que pode dançar, pois os movimentos podem acontecer independentes do som que se ouve, e até
mesmo sem ele (BARROS, 2011). O ritmo, que acompanha o gesto, é uma descarga emocional
servindo para regular a medir todas as forças vitais; é ele estabelece harmonia e equilíbrio dos
movimentos, preside à ordem das coisas e dá aos gestos do homem e às suas reações a força e a
expressão. O ritmo é o primeiro movimento da vida que índice sobre os músculos do corpo humano
(TAVARES, 2005). Segundo Tavares (2005, p. 93):
Existem indícios de que o homem dança desde os tempos mais
remotos. Todos os povos, em todas as épocas e lugares dançaram.
Dançaram Para expressar revolta ou amor, reverencia ou afastar
deuses, mostrar. Força ou arrependimento, fazer, conquistar, distrair,
enfim, viver!

Para Ribas (1959) a dança é também ‘‘uma coordenação estética de movimentos corporais, uma
expressão “rítmico-musical de sentimento humanos sendo então de extrema necessidade ao homem
brasileiro”. A dança nos dias atuais tem usos nunca imaginados antes. Pode ser usada até
terapeuticamente, prescrita por muitos médicos como forma de obter recuperação física os
musculares.

4. Material e Métodos

O presente trabalho traz uma abordagem de natureza qualitativa, e retifica de forma fiel a vivência
do estágio III. O referido estágio foi realizado na empresa DELBRUN ACADEMIA LTDA-ME
(Fox Academia). Depois de todos os termos legais serem apresentados tais como: carta de
apresentação, assinatura do contrato de estágio e o termo de compromisso, iniciou-se a fase de
observação, fase está primordial para a escolha da área de concentração a ser trabalhada. Depois do
segundo dia de observação e de algumas conversas com o professor regente foi definido a
modalidade e o grupo a ser trabalhado, no terceiro dia já tendo em vista que o estágio seria
realizado na área de dança e o grupo a ser acompanhado seria da terceira idade, foram levantadas as
informações para a caracterização do projeto de estágio. Como as aulas de dança são frequentadas
exclusivamente por mulheres, dentre elas muitas com idade acima de 60 anos, foi realizada uma
roda de conversa com um grupo de 10 senhoras, onde através de uma breve entrevista observou-se
quais os motivos levaram as mesma começarem a fazer atividade física, todas foram unânimes em
responder; indicação medica, alivio das dores articulares e por se sentirem bem no convívio com
pessoas da mesma idade.

5. Resultados e Discussão

A aula terá 60 minutos, inciando com um breve aquecimento e alongamento para as articulações
utilizadas com a maior frequência na aula de zumba. Em seguida as idosas ficarão em suas
posições, e a professora mostrará de forma harmoniosa a sequência de passes para as idosas, e as
mesmas terão que seguir a sequência da professora (lembrando cada idosa executará os movimentos
de acordo com suas capacidades físicas) as músicas serão em formatos de ("merengue, salsa,
cumbia, reggaeton, bachata"). Tivemos que fazer algumas adaptações já que as aulas oferecidas
pela empresa são de zumba. As primeiras aulas se deram de forma bem descontraída com
aquecimento inicial, dinâmicas e um momento para relembrar os passos e movimentos básicos da
dança. Nas aulas seguintes fomos evoluindo com o movimento mais elaborado, com o passar do
tempo já se notava segurança e coordenação por parte das participantes ao realizar os movimentos.
Em algumas aulas foram realizadas brincadeiras e danças de roda como: cirandas, danças cantadas,
e ritmos regionais. Sempre mantendo a ludicidade e respeitando a limitação de cada participante
isso para a promoção de uma socialização mais saudável. As aulas terminavam sempre com uma
música mais lenta a fim de promover um momento de relaxamento e volta à calma, realizava-se um
alongamento coletivo onde todos se ajudavam com os movimentos de alongamento. Na conclusão
do plano de intervenção foi realizada uma reunião com as participantes, de modo bem espontâneo
as participantes relataram os benefícios que as mesmas conseguiram notar ao participar das aulas de
dança voltadas para a terceira idade. Dentre os relatos podemos destacar a melhoria do humor,
melhoria da coordenação motora, alívio das dores articulares e um dos pontos chaves que chamou
atenção à sensação de sentir-se acolhida ao convívio social.

6. CONCLUSÃO

Envelhecer talvez seja uma fase mais desafiadora para o ser humano, o medo da inatividade leva às
pessoas nessa etapa da vida ao sentimento de exclusão social. O de respeito ao idoso estar dentro às
inúmeras injustiças causadas ao grupo social, à exclusão aos idosos pela sociedade é visível em
nosso cotidiano, a população idosa aumenta significativamente e o contraponto desta realidade
aponta que o suporte para essa nova condição não evolui com a mesma velocidade. Diante disto a
preocupação com esse novo perfil populacional vem gerando, nos últimos anos, inúmeras
discussões e a realização de diversos estudos com o objetivo de fornecerem dados que subsidiem o
desenvolvimento de políticas e programas adequados para essa parcela da população. Isto devido ao
fato que a referida população requer cuidados específicos e direcionadas às peculiaridades advindas
com o processo do envelhecimento sem segregá-los da sociedade. Neste contexto a dança se
mostrou de grande importância por proporcionar ao idoso um olhar diferente a respeito do
envelhecimento. A interação com outras pessoas da mesma idade realizando uma atividade
exclusivamente voltada para este público trouxe à tona o sentimento da valorização e pessoal, pois
ao serem estimulados a superar seus limites de forma lúdica e atrativa os levou a perceber que
podem realizar as mais diferentes tarefas diárias com autonomia. O estágio mostrou-se de grande
relevância no processo da formação profissional, pois o mesmo pode vivenciar na prática tudo que
estudou no ambiente acadêmico. Uma atividade dessa natureza leva o acadêmico a ter um olhar
mais crítico a respeito da sua própria formação e do dever ético e profissional quando estiver
atuando no mercado de trabalho. Com base nos depoimentos relatados pelo público que foi
acompanhado neste estágio, podemos afirmar que a dança se mostrou como uma alternativa a mais
para o professor de educação física explorar na sua atuação profissional. Dessa forma verifica-se
também que há a necessidade de estudos mais aprofundados levantando outras hipóteses a respeito
dos benefícios da dança na saúde dos idosos.

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