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MARABÁ- PARÁ
2021
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MARABÁ- PARÁ
2021
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Comissão Examinadora
RESUMO
ABSTRACT
Studies see demonstrating that the partnership between the school and the family is
crucial in the cognitive, emotional and social development of the child. In this sense,
the objective of this study is to describe and analyze the relationship between school,
parents and students within a perspective that this partnership is critical for cognitive
and social development of the student. Exploratory, bibliographical and qualitative
research allowed some considerations on the importance of establishing
relationships between the school and the family, involving reciprocal expectations:
parents consider that the school success of the child is paramount and teachers
believe that this is possible only with greater involvement of parents. However, there
is in many cases lack an interest of parents for the education of children (lack of time,
preoccupation with work, etc.) and teachers sometimes use power relations not
always effective. In this sense, it is considered that a partnership between parents
and school assumes equality and joint interest for the cognitive development of the
student / child. This involves time and appreciation of children by the process of
teaching and learning, both family and school, through a planned and conscious
intervention.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................6
1. TRAJETORIA DO ENSINO DE ESPANHOL.........................................................9
2. CONTEXTO FAMILIAR........................................................................................13
3. FAMÍLIA E A ESCOLA.........................................................................................19
4. O PAPEL DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NAS ESCOLAS JUNTO ÀS
FAMÍLIAS....................................................................................................................28
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................32
REFERÊNCIAS...........................................................................................................34
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INTRODUÇÃO
Neste a questão que norteia este trabalho é de saber: De que forma o interesse e o incentivo da
família na escola propiciará ao filho um desenvolvimento educacional escolar de qualidade?
Apresentamos aqui, um estudo acerca da inclusão da Língua Espanhola no contexto
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educativo e a importância desta decisão para todos os alunos e seus familiares para
o contexto escolar como uma forma de parceria.
descobridor do significado das ações e das relações que se ocultam nas estruturas
sociais”.
A nova lei impõe desafios às escolas públicas e privadas, pois elas devem
incluir o espanhol em seus cursos e os alunos podem optar por se inscrever na
disciplina.
Com a aprovação da lei, as escolas públicas e privadas têm cinco anos para
se implantar e se adaptar ao novo sistema de ensino, ou seja, até 2010. Segundo o
portal do MEC, até 2010, quase 10 milhões de alunos do ensino médio queriam
aprender espanhol, já se passaram cinco anos.
Em 2017, quando olhamos para o ensino do espanhol, pode-se dizer que o
processo de adaptação foi lento. Muitos centros de ensino não aderiram à prática do
ensino do espanhol e poucos o tornaram efetivo no currículo os professores, não
permitirá que grupos de alunos participem do ensino ou seja, significa que o direito
só existe no papel e só existe na teoria, mas na prática o mais interessante é que
quase não existe.
No Brasil, embora a legislação da primeira metade deste século já
indicasse o caráter prático que deveria possuir o ensino de línguas
estrangeiras vivas, nem sempre isso ocorreu. Fatores como o
reduzido número de horas reservados para o ensino das línguas
estrangeiras e a carência de professores com formação linguística
pedagógica, por exemplo, foram os responsáveis pela não aplicação
efetiva dos textos legais(BRASIL, 2000, p. 25).
2. CONTEXTO FAMILIAR
Assim, o autor chega à origem da palavra família que advêm dos romanos
que a utilizaram para designar um novo organismo social, onde prevalecia a figura
de um chefe que mantinha um poder sobre a mulher, os filhos e escravos. Sendo
este direito pleno, podendo até mesmo reger sobre a vida e morte deles (ALTHOFF,
1996).
Áries (1981) grande historiador social da família explica que primeiro surge a
família patriarcal, base social de qualquer Estado, e daí que vai aparecer a familiar
nuclear composta de pai, mãe e filho (s), modelo que prevalece até os dias atuais
como dominante na sociedade.
Acrescentam Dessen e Polonia (2007, p.24) que atualmente não existe mais
uma configuração de família ideal, visto que são inúmeras as combinações e formas
de interações entre os indivíduos que levaram a criação de diferentes tipos de
famílias contemporâneas tais como: nuclear tradicional, recasadas, monoparentais,
homossexuais, entre outras.
[...] os arranjos familiares distintos que vão surgindo, por sua vez, provocam
transformações nas relações familiares, nos papéis desempenhados pelos
seus membros, nos valores, nas funções intergeracionais, nas expectativas
e nos processos de desenvolvimento do indivíduo.
3. FAMÍLIA E A ESCOLA
Ilustra Macedo (apud ALTHUON; ESSLE; STOEBER, 1996) que muitos pais
reclamam da falta de tempo como uma das principais causas para o distanciamento
com a escola. Tal fato se deve que muitos trabalham fora e só vêem seus filhos à
noite. Existem também os problemas sociais como alcoolismo dos pais, violência na
família, questões de rejeição e negligência, as dificuldades pessoais dos pais,
contexto sócio-econômico-histórico em que se fundamenta a família; a
permissividade ou autoritarismo, doenças, separação, desemprego e os diferentes
modelos de organização familiar que implicam diretamente no cenário escolar.
Apresentam-se os entendimentos de Augusto Cury que em seu livro “Pais
Brilhantes, Professores Fascinantes”, aborda sobre a solidão intensa nas relações
familiares, onde os pais escondem seus sentimentos dos filhos, os filhos escondem
suas lágrimas dos pais, e os professores se ocultam atrás do giz (CURY, 2003).
Faria Filho (2000) é outro autor que relata sobre a incidência dos problemas
familiares na educação. A partir de uma visão histórica da ação da família na escola,
o autor relata que a percepção dos profissionais da educação é de que os pais já
não conseguem mais educar aos seus filhos, visto que, prevalece um desinteresse
em participar da escola.
Ressalta-se a Tiba (1998) que descreve sobre uma vida atual de correria
constante, preocupações laborais e problemas econômicos, que fazem com que
muitos pais deixem de lado a educação de seus filhos. Sendo que esses ainda
consideram que os filhos possuem comportamentos inadequados, ou seja, que as
crianças de hoje são indisciplinadas. No entanto, não se dão conta de sua ausência
no convívio familiar.
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Frente a tais argumentos, Freire (1996) adverte para o fato de que educar
implica em um ato de responsabilidade. Educar é um “ato comunicante, co-
participado”, de modo algum é produto de uma mente “burocratizada”. E ainda
ressalta que ensinar é algo profundo e dinâmico onde a questão de identidade
cultural que atinge a dimensão individual e a classe dos educandos é essencial à
“prática educativa progressista”.
Aborda Macedo (1998) que quando uma criança se insere no âmbito escolar,
necessita que sua família se reorganize de modo que todos se mobilizem (pais,
irmãos, outros adultos) para sua interação em um novo processo educativo.
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Reafirma Cia et al. (2006) para o diálogo como ponto crucial da relação pai e
filho. Esta é a chave para o desenvolvimento de um eficaz clima familiar baseado
nas expressões de sentimentos de agrado e desagrado; nas expressões de opiniões
e a solicitação adequada de mudança de comportamento e para o cumprimento de
promessas. Portanto, a participação dos pais deve ser conjunta na divisão de tarefas
educativas, onde ambos devem saber: “dizer não", "negociar" e "estabelecer regras",
bem como, "desculpar-se".
Ilustram Dessen e Polonia (2007, p.22) que tanto a família como a escola são
responsáveis pela transmissão e construção do conhecimento, de modo a incidir
diretamente na formação psicológica, cultural e social do indivíduo. Neste sentido, a
família e a escola são “[...] duas instituições fundamentais para desencadear os
processos evolutivos das pessoas, atuando como propulsoras ou inibidoras do seu
crescimento físico, intelectual, emocional e social”.
Esta visão veio sendo trabalhada também por Piaget (2000, p.50), ao relatar
que:
Para Silveira (2007, p.9) tanto a família como a escola são responsáveis pela
socialização da criança. Portanto, não se pode desassociar uma instituição da outra.
Assim sendo,
Neste sentido, Neves e Jesus (1998) relatam que a parceria entre escola e
pais alude em uma observação sistêmica do aluno, da família e da escola. Portanto,
é preciso clarificar os papéis que ocupam cada um nesse sistema, tanto na
consciência da família, que deve ter claro que ocupa um lugar central para toda a
vida e a escola que se encontra em um tempo limitado. Com isso, preciso que se
estabeleça uma comunicação constante e totalitária do contexto que se insere o
aluno, de modo a visualizar possíveis problemas e ajudar na relação ensino-
aprendizagem.
Com isso, Silveira (2007) explica que a maioria dos estudos que relatam
sobre a relação escola/família, busca concentrar-se nas estratégias educativas
parentais associadas ao rendimento escolar e ao comportamento dos alunos, onde o
propósito é de interligar o funcionamento familiar com as práticas educativas. O que
esses estudos comprovam que a relação parental ajuda na compreensão e na
intervenção sobre condutas isoladas e que podem interferir no resultado esperado
em relação ao comportamento escolar da criança.
desejar constituir este vínculo, termina por fazê-lo, já que se coloca sempre no
centro da produção do conhecimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Assim passa também no âmbito escolar que precisa assumir seu papel de
agente transmissora de conhecimento e socialização do indivíduo. Portanto, não se
pode desassociar a família e a escola do processo educativo de filhos (alunos) como
sujeitos de uma formação holística. A chave para o sucesso escolar esta na união
escola/família.
Percebe-se que essa percepção ocorre quando a escola se dá conta que seu
interesse não é somente pelo aluno, e sim pelo contexto onde o mesmo está
inserido. A base de sustentação da relação ensino/aprendizagem, logo, se encontra
no processo continuo e permanente de interação entre a escola e a família.
intervir no real se encontrem. Mas para que isso ocorra é preciso que a escola saiba
trabalhar com as diferenças como fator principal para minimizar os problemas de
aprendizagem que necessitam de uma atuação específica da escola através de
trabalho conjunto entre professores, orientadores, pais e alunos.
REFERÊNCIAS
34
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implicações de gênero. Cadernos de Pesquisa, 110, julho 2000.
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contribuição da história da educação. Perspectiva, São Paulo, v.14, n.2, p. 44-50,
2000.
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de; BOSSA, N. A. (Orgs.). Avaliação psicopedagógica do Adolescente.
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funções da família. In: FERES-CARNEIRO, Terezinha. Família e casal: efeitos da
contemporaneidade. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, 2005.
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2008.
PIAGET, Jean. Para onde vai à educação. 15. ed. Rio de Janeiro: José Olympio,
2000.
SOUZA, Rosane M. Família, minha família, a família do papai, uma Família sem
papai e outros desafios à compreensão infantil. Psicologia Revista, v. 7, n. 1, p. 11-
31, 1998.
TIBA, Içami. Ensinar aprendendo. 26. ed. São Paulo: Integrare Editora, 1998.
ZAGURY, Tânia. Família e Escola: Uma visão de mão dupla. In: Centro
Educacional Objetivo – Grupo Litoral e São José dos Campos. 2009. Disponível
em: <http://blog.objetivobaixada.com.br/2009/01/21/familia-e-escola-uma-via-de-
mao-dupla/. Acesso em: 12 de SET. 2021