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ENFERMAGEM - BACHARELADO
DISCENTES:
Eva Santos Silva
Amanda Gonçalves Labes
Brenda Almeida Freitas
Fabia Lanuzui da Silva
Lucas Carvalho Silva
Taciana Miranda Ribeiro da Silva
Weder de Oliveira Araújo
MARABÁ
2022
DISCIPLINA: PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO – PGA
TUTOR PRESENCIAL:
Ottomá Gonçalves
MARABÁ
2022
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO............................................................................................6
2.1 Caracterização da ferida cirúrgica infectada.......................................................6
2.2 Intervenções diante da ferida cirúrgica infectada...............................................8
2.3 Enfermagem no contexto da infecção da ferida cirúrgica...................................9
3. Anamnese.............................................................................................................11
4. Objetivos...............................................................................................................15
5. Metodologia..........................................................................................................15
6. Infecção de Sitio Cirúrgico....................................................................................16
7. CONCLUSÃO.......................................................................................................18
8. REFERÊNCIAS....................................................................................................20
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1. INTRODUÇÃO
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desenvolvimento, a mortalidade
ocasionada por tais complicações oscila entre 5 e 10% dos pacientes.
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2. DESENVOLVIMENTO
Após uma cirurgia, o paciente se depara com uma ferida operatória, que,
embora pareça uma simples linha de sutura, requer cuidados especiais. Deve-se ter
sempre avaliação e manejo no pós-operatório. Esses cuidados são realizados pelo
enfermeiro e por sua equipe de enfermagem. Desta forma, a avaliação do sítio
cirúrgico envolve o exame físico da ferida e da pele adjacente, relacionando os
achados com o processo fisiológico de cicatrização. Com isso, faz-se a mensuração
da incisão.
A observação do tecido da ferida deve ser feita com atenção à reepitelização,
à integridade da linha de sutura, ao exsudato que, porventura, possa drenar e à
execução da palpação da incisão, atentando-se para a deposição de colágeno.
Assim, o paciente deve ser avaliado diariamente pelo enfermeiro para detectar sinais
e sintomas desta ferida (FERREIRA & ANDRADE, 2006).
A cicatrização do sítio cirúrgico pode ocorrer de três formas, tais como
cicatrização por primeira intenção, que se dá por intermédio da aproximação das
margens e fechamento da ferida; cicatrização por segunda intenção, que acontece
quando o sítio cirúrgico é deixado aberto e a ferida cicatriza por formação de tecido
de granulação e epitelização e, finalmente, a cicatrização por terceira intenção ou
fechamento primário retardado, que ocorre quando a ferida é deixada aberta por um
curto período de tempo e, transcorrido este tempo, as margens são aproximadas e
suturadas (KAWAMOTO, 2009).
Na fase inflamatória, o processo de restauração da ferida inicia-se nas
primeiras horas, resultando em reparos e substituição de células mortas e
danificadas por células saudáveis, constituindo, assim, o tecido conjuntivo
denominada cicatriz. O achado mais importante nos primeiros quatro dias de pós-
operatório é a identificação da inflamação. A incisão cirúrgica pode apresentar-se
quente ao toque e com eritema e edema ao seu redor. Nessa fase, é normal
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observar sinais inflamatórios ou
flogísticos, tais como calor, eritema ou descoloração, dor e edema. No entanto,
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Geralmente, o paciente manifesta
uma temperatura corporal, isto pode ser um sinal de infecção. O paciente apresenta
queda no estado geral, anorexia e febre. Portanto, a febre é o sinal clínico inicial
mais comum de infecção. No caso de eritema,
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aumentando, assim, os riscos no decorrer
da cirurgia (RODRIGUES, 2007). Deve-se, ainda, educar o paciente e seus
familiares nos cuidados com a incisão na identificação e notificação de sinais e
sintomas relacionados à infecção (CDC, 2001).
Também há a recomendação de prevenção à ISC, no pré e pós-operatório
para qualquer tipo de intervenção cirúrgica. Deve-se proceder à tricotomia restrita ao
local
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3. Anamnese
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Situação – Problema: O exame físico completo associado a uma anamnese
de qualidade, possibilita identificar os sinais e sintomas que irão contribuir para a
definição do diagnóstico de enfermagem e posteriormente, subsidiarão o plano de
cuidados de enfermagem direcionado a esse paciente. Na SGA descrita, o paciente
apresenta um acometimento no sistema digestório, tornando importante que o
enfermeiro reconheça as alterações desse sistema, tanto no momento da admissão
hospitalar, quanto no pós-operatório. Nesse sentido, descreva quais sinais e
sintomas devem ser investigados; os métodos propedêuticos utilizados para o
exame físico desse sistema e a sequência para a sua realização; os procedimentos
especiais que podem ser empregados; e as alterações que podem ser encontradas
no sistema digestório desse paciente tanto na avaliação inicial quanto no pós-
operatório.
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acompanhada de febre, calafrios,
náuseas e vômitos. Que nesse caso foi confirmada através de ultrassonografia já
que o paciente havia apresentado sintomas característicos. Reduzir a ingestão de
sal e líquidos devido ao quadro de coleciste aguda.
Pós cirúrgico
alguma medicação anestésica. Nos pós cirúrgicos dessa determinada cirurgia pode
haver quadro de náusea e vômitos nas primeiras 12 horas, mas pode ser
persistente.
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4. Objetivos
5. Metodologia
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As ISC podem se manifestar até 30
dias após a cirurgia, ou em até 90, nos casos em que houver colocação de
implantes. Sua classificação se dá de acordo com o grau de acometimento:
incisional, superficial profunda ou infecção de órgão e/ou cavidade. As graves
consequências advindas dessas infecções impõem a necessidade de criação de
esforços para sua prevenção, sendo a determinação dos fatores e risco uma das
estratégias utilizadas, por permitir a identificação de situações e/ou condições
clínicas que predisponham um paciente ao desenvolvimento de infecção. (Tostes et
al; 2016).
Caso a infecção se instale, esta pode propiciar grandes encargos
socioeconômicos, elevando os custos assistenciais e da morbimortalidade, devido
ao aumento do tempo de internação, da antibioticoterapia associada, das cirurgias
necessárias à reconstrução do tecido, além do prolongamento do afastamento das
atividades laborais e dos familiares do paciente26. Quando não tratadas, as
infecções de sítio cirúrgico podem causar infecção profunda da ferida, formação de
sepses e abscessos, falha na cicatrização da ferida e deiscência e falha do implante,
como também impacto em demais aspectos do bem-estar do paciente e em relação
à sua recuperação funcional. (Copanitsanou P et al; 2021).
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7. CONCLUSÃO
O enfermeiro tem o contato mais direto com o paciente, de modo que cumpre
o papel extremamente importante nesse processo ao orientar os profissionais para
prevenir e controlar a infecção, e ao contribuir com medidas específicas para que
não haja disseminação de micro-organismos no ambiente hospitalar.
A enfermagem é uma profissão secular cuja atribuição era baseada em
conhecimentos empíricos e eminentemente, tecnicistas. Ao longo dos anos a equipe
de enfermagem, sob a supervisão dos enfermeiros, tem atuado de maneira cada vez
mais científica. As bases do cientificismo na enfermagem do Brasil vieram do PE
descrito e socializado por Wanda Horta. Recentemente, com o advento da SAE o
cuidado prestado pela equipe de enfermagem tornou-se mais específico e detalhado
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contemplando as seguintes etapas:
Histórico de Enfermagem, Diagnóstico de enfermagem, Prescrição, Evolução e
Relatório de enfermagem. Estes termos dão significado ao ato de registrar as etapas
do PE e não substituem os termos usados para dar nome as etapas do PE.
As ISC são as complicações cirúrgicas mais comuns e podem se desenvolver
na pele superficial ou nas camadas mais profundas dos tecidos. O enfermeiro se
constitui no profissional de referência para realizar as ações de vigilância das
infecções durante o período de internação e no pós-alta.
As diretrizes atuais reforçam a importância das medidas de precauções em
relação às infecções, como precauções padrão, de contato, por aerotransportadas e
por gotículas; e as suas relações com o bem-estar e segurança do paciente e do
profissional de saúde. Reforça a correta higienização das mãos, a utilização de
insumos para prevenção de acidentes com materiais biológicos, além da utilização
de antibióticos profiláticos perioperatórios.
A equipe de enfermagem que atua no centro cirúrgico é responsável pela
implementação de princípios de higiene e assepsia a fim de prevenir e limitar a
propagação de infecções, desde a orientação e preparo do paciente no período pré-
operatório, na aplicação de medidas de segurança no transoperatório, e com os
cuidados de enfermagem no período pós-operatório.
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Staphylococcus aureus e
Pseudomonas aeruginosa, que podem causar deiscência cirúrgica completa sem
evisceração, abscesso, retardamento no processo de cicatrização e óbito por
choque séptico e/ou pneumonia. (Alves ANF et al; 2007).
A destituição e o crescimento bacteriano são os principais pré-requisitos para
desenvolvimento de uma infecção, assim como o tipo de microrganismo e as toxinas
sintetizadas por eles. Vários patógenos possuem componentes específicos que
aumentam a sua virulência, a exemplo das cápsulas deKlebsiella spp e do
Streptococcus pneumoniae, as endotoxinas das bactérias Gram-negativas
Pseudomonas sp, Acinetobacter baumannii, Bacillus sp, as exotoxinas dos
estreptococos, o biofilme dos Staphylococcus aureus e dos Staphylococcus
epidemidis, que contribuem para a resistência aos antibióticos. (Lichtenfels E et al;
2007).
Para uma melhor prevenção e controle das infecções pós-cirúrgicas é
necessário que o controle bacteriológico seja instituído como atividade de rotina em
todos os casos e que haja um acompanhamento ambulatorial mesmo após alta
hospitalar.
O enfermeiro como membro da comissão deve propor medidas de isolamento
para o paciente, fazendo orientação da equipe de trabalho nas enfermarias e di
vulgando os resultados com percentuais dos casos de infecção para conhecimento
de todos os profissionais envolvidos.
8. REFERÊNCIAS
Gillespie BM, Walker RM, McInnes E, Moore Z, Eskes AM, Connor TO, et al.
Preoperative and postoperative recommendations to surgical wound care
interventions: a systematic meta-review of Cochrane reviews. International
Journal of Nursing Studies. 2020;102(103486):1-14.
Sousa FO, Silva SJ, Silva AM, Silva MR, Santos AS, Silva LM, et al.
Prevenção das infecções no período Perioperatório: Participação da equipe de
enfermagem. Brazilian Journal of Health Review. 2021;4(3):11813-11823.
20
Souza, ISB, Santana AC, D’Alfonso Júnior G. A ocorrência de infecção do
sítio cirúrgico: um estudo de revisão. Rev Med Minas Gerais. 2018;28(Supl5):e-
S280521:168-175.
Martins T, Amante LN, Vicente C, Sousa GM, Caurio EP, Guanilo MEE, et al.
Intervenções de enfermagem para reduzir infecção do sítio cirúrgico em
cirurgias potencialmente contaminadas: revisão integrativa. Estima, Braz. J.
Enterostomal Ther. 2020;18(e20).
Silva EM, Silva RKS, Carvalho SB, Façanha DMA, Carvalho REFL, Pereira
FGF. Fatores de risco para infecção de sítio cirúrgico em cirurgias traumato
ortopédicas. Revista Cuidarte. 2021;12(2):e1292:1-14.
Bashaw MA, Keister KJ. Perioperative strategies for surgical site infection
prevention. AORN Journal. 2019;109(1):68-78.
21
RODRIGUES, Edwal Aparecido C. et al. Infecções hospitalares: prevenção
e controle. São Paulo: Sarvier, 2007. p. 149-167.
Patine FS, Barboza DB, Pinto MH. Ensino do exame físico em uma escola
de enfermagem. Arq Ciênc Saúde 2004; 11(2).
22
Pires SB, Méier MJ. A
sistematização do cuidado em enfermagem: uma análise da implementação
[dissertação]. Curitiba: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem,
Universidade Federal do Paraná; 2007.
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