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CUIDADO INDIVIDUALIZADO DA PELE EM PACIENTE COVID-19 EM

POSIÇÃO DE PRONA PROLONGADA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA.

Introdução: Os pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são aqueles graves e
de alto risco, onde as condições clínicas alternam-se entre limites estreitos de
normalidade/anormalidade (BALSANELLI; ZANEI; WHITAKER, 2006). As lesões de pele,
por exemplo, podem se apresentar como: lesões mecânicas, laceradas, químicas, térmicas,
lesões por eletricidade, por radiação, incisas, contusas, perfutantes, ulcera arterial, lesões
vasculogênicas – pé diabético, úlcera por pressão, ulcera venosa, lesões oncológicas, dentre
outras. (GEOVANINI; OLIVEIRA JUNIOR, 2010). De acordo com Morais, Oliveira e
Soares (2008), o profissional de enfermagem possui um papel importante quando se refere do
cuidado ao cliente, tem um trabalho relevante quando se refere ao tratamento de lesões, uma
vez que possui maior contato com o mesmo, acompanhando a evolução da lesão, orientando
e executando o curativo. Na abordagem do cliente portador de lesões é necessário que o
profissional de enfermagem avalie as condições da lesão para a reconstituição da lesão na
escolha correta do material a ser utilizado (DEALEY, 2008). A escolha do tema surgiu pela
observação da importância do cuidado prestado ao enfermeiro às lesões de pele em pacientes
diagnosticados por COVD-19, em uso de ventilação mecânica e com a necessidade de
posição prona por tempo prolongado na unidade de terapia intensiva. O trabalho justifica-se
pela necessidade de uma avaliação sistematizada e contínua nos pacientes COVID-19 em uso
de ventilação mecânica e prona prolongada, sendo realizada pela equipe de enfermagem de
forma coerente qualificando a assistência, tornando-a adequada na prevenção e tratamento de
feridas e obtendo resultado satisfatório para o cliente proporcionando uma reabilitação mais
rápida e eficaz. Para tanto, este trabalho se propõe a responder o seguinte questionamento:
Qual a importância do cuidado do enfermeiro às lesões de pele em pacientes diagnosticados
por COVID-19 em uso de ventilação mecânica e posição de prona prolongada na unidade de
terapia intensiva? Objetivo: Descrever a importância do cuidado individualizado do
enfermeiro às lesões nesse grupo específico de pacientes. Metodologia: A metodologia usada
para coletar as informações científicas para o desenvolvimento deste trabalho foi através de
uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa/quantitativa baseada e material teórico e
caderno de indicadores nos meses maio, junho e julho de 2021. Este trabalho foi iniciado pela
pesquisa em bases de coleta de dados utilizando como fontes livros e endereços eletrônicos
(SUS, IBGE, LILACS, MDELINE, BVS, SCIELO) que contemplaram o tema desenvolvido
na pesquisa e também dados institucionais, como nosso caderno de indicadores. Resultados:
Identificamos a abertura de duas lesões por pressão em regiões anatômicas distintas, onde a
falta da sistematização durante a avaliação da pele durante a iniciação da prona prolongada,
para a escolha da cobertura para proteção e prevenção de lesões, sendo nossa fragilidade.
Essas lesões surgiram nas áreas como pálpebra e face patelar do joelho. Caso 1: Paciente de
49 anos, hipertensa, DM-II, obesidade grau 3, dependente de O2 em alta concentração, com
hipoxemia refratária, onde foi colocada em posição prona prolongada por 20 horas. Ao
retornar para posição supino, observado surgimento de flictema bolhoso em região do joelho
esquerdo mesmo estando em uso de hidrocoloide local. Houve rompimento do flictema
classificando a lesão em estágio – II. Caso 2: Paciente de 30 anos, sem comorbidades, astenia
progressiva, dependente de O2 em baixo fluxo, Braden 17 com baixo risco para lesão.
Evoluiu para entubação, Braden 08 com risco altíssimo para lesão. Paciente grave com
hipoxemia refratária, onde foi colocada em posição prona prolongada por 20 horas.
Alternando para posição supino para higiene e outros procedimentos, intercalando as
posições. Observado surgimento de flictema bolhoso em joelho esquerdo. Portanto,
identificamos a necessidade de melhora na avaliação da pele desse grupo de pacientes em
específico, sendo assim foi criado um check list de Prona prolongada, respeitando a
individualidade do paciente por exemplo a anatomia corporal de cada um, para uso de
coberturas específicas assim evitando o surgimento de lesões. Conclusão: Diante do exposto
torna-se necessário a elaboração de cuidados prestados aos pacientes críticos, com ou sem
lesão prévia de pele, a fim de termos um perfil do cuidado individualizado, assim respeitando
a anatomia corporal, evitando assim o surgimento de novas lesões ou retardando o processo
de cicatrização das lesões existentes. Concluímos que é fundamental que o enfermeiro tenha
o conhecimento dos meios pelos quais o organismo realiza a reparação dos tecidos, para que
compreenda e determine o tipo de cobertura que favorece prevenção, assim como a
cicatrização. Retratamos o compromisso do enfermeiro na busca de um cuidado coletivo,
dialogado e crítico ao paciente com lesão de pele, o seu desempenho por meio de
intervenções de cuidado de forma sistematizada, além de uma atuação preocupada em
qualificar a equipe de Enfermagem para a prática clínica em lesões. Referências:
BALSANELLI, A. P.; ZANEI, S. S. S. V; WHITAKER, I. Y. Carga de trabalho de
enfermagem e sua relação com a gravidade dos pacientes cirúrgicos em UTI. Acta Paul
Enferm. São Paulo, v. 19, n. 1, p. 16-20, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/
ape/v19n1/a03v19n1.pdf>. Acesso em: 22 setembro. 2021. DEALEY, C. Cuidando de
feridas: um guia para as enfermeiras. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. GEOVANINI, T.;
OLIVEIRA JUNIOR, A. G. Manual de Curativos. 2. ed. São Paulo: Corpos, 2010.
MORAIS, G. F. da C.; OLIVEIRA, S. H. dos S.; SOARES, M. J. G. O. Avaliação de feridas
pelos enfermeiros de instituições hospitalares da rede pública. Texto contexto - enferm.,
Florianópolis, v. 17, n. 1, mar. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. php?
script=sci_arttext&pid=S0104 >. Acesso em: 22 set. 2021.

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