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INDICE

RESUMO..................................................................................................3

1.1. O que é a infecção hospitalar ................................................................4

1.2. Principais causas ............................................................................... 4

1.3. Quem tem mais risco? ....................................................................... 5

Tipos de infecção hospitalar .......................................................................... 6

1.4. Como é feito o controle? ................................................................... 6

1.4. Infecções mais frequentes ................................................................... 8

Pneumonia ................................................................................................ 8

Infecção urinária....................................................................................... 8

Infecção de pele ....................................................................................... 9

Infecção do sangue .................................................................................. 9

1.5. Contaminação cruzada .....................................................................10

1.6. Como reduzir os riscos?...................................................................10

1.7.Cuidados pessoais............................................................................11

ANEXOS............................................................................................................13

REFERENCIAS.................................................................................................14
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RESUMO

As infecções hospitalares é uma grande ameaça aos pacientes


traqueostomizados internados na UTI, uma das causas é transmissão cruzada
transmissão de um agente patológico de paciente para o outro pela falta de
alguns cuidados de higienização pode ocasionar essa transmissão, que se
constituindo em risco à saúde dos pacientes. O objetivo desse artigo é
demonstrar transmissão cruzada em pacientes acontece com muita frequência
nas unidades de terapia intensivas. Na qual os artigos foram acessados pelas
bases eletrônicas: Scielo, google acadêmico, google livro e nos sites da Agencia
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e MINISTÉRIO DA SAÚDE. Pra busca
foram utilizadas as palavras chaves: prevenção, infecção hospitalar e
transmissão cruzada. Foi analisado artigos publicados entre o período de 2011
a 2019, incluindo artigos pra compor está revisão bibliográfica e passar a ideia
de um papel importante na UTI na recuperação de pacientes seguindo as
competências . No resultado pode se comprovar a veracidade da importância
para tratar riscos de Transmissões Cruzadas em Pacientes como cada atitude
tem a finalidade na melhora dos pacientes.
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1.0. INFECÇÃO HOSPITALAR

1.1. O que é a infecção hospitalar?

A infecção hospitalar, ou Infecção Relacionada à Assistência em Saúde


(IRAS) é definida como qualquer infecção adquirida enquanto a pessoa está
internada no hospital, podendo se manifestar ainda durante a internação, ou
após a alta, desde que seja relacionada com a internação ou a procedimentos
realizados no hospital.

Esse tipo de infecção é mais comum de acontecer em pacientes que


possuem o sistema imunológico mais enfraquecido ou que fizeram
procedimentos invasivos, como colocação de cateter ou cirurgias, por exemplo.

Para evitar esse tipo de infecção, que pode ser mais difícil de tratar devido
à presença de microrganismos multirresistentes em ambiente hospitalar, em
alguns casos, é importante que a higienização das mãos pelos profissionais de
saúde antes e depois da assistência ao paciente seja incentivada e que todas as
medidas indicadas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)
sejam seguidas.

1.2. Principais causas

Durante o período em um hospital, alguns dos principais fatores que


causam a infecção são:

 Desequilíbrio da flora bacteriana da pele e do organismo, geralmente devido

ao uso de antibióticos;

 Queda da defesa do sistema imune da pessoa internada, tanto pela doença,

como por uso de medicamentos;

 Realização de procedimentos invasivos como passagem de cateter,

passagem de sondas, biópsias, endoscopias ou cirurgias, por exemplo, que

quebram a barreira de proteção da pele;

 Maior tempo de permanência no hospital, já que essa situação costuma estar

relacionada com a maior fragilidade da imunidade e/ ou realização de

procedimentos invasivos, aumentando o risco de infecção.


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Adquirir uma infecção no hospital não é incomum, pois este é um


ambiente em que estão muitas pessoas doentes e em tratamento
com antibióticos.

Geralmente, os microrganismos que causam a infecção hospitalar não


causam infecções em outras situações, pois eles aproveitam o ambiente com
poucas bactérias inofensivas e a queda da resistência do paciente para se
instalar. Apesar disto, as bactérias hospitalares costumam desenvolver
infecções graves e de difícil tratamento, já que são mais resistentes aos
antibióticos, por isso, em geral, é necessário usar antibióticos mais potentes para
curar este tipo de infecção.

1.3. Quem tem mais risco?

Qualquer pessoa pode desenvolver uma infecção hospitalar, entretanto


têm maior risco aquelas com um maior fragilidade da imunidade, como:

 Idosos;

 Recém-nascidos;

 Pessoas com comprometimento da imunidade, por doenças como AIDS, pós-

transplantados ou em uso de medicamentos imunossupressores;

 Diabetes mellitus mal controlada;

 Pessoas acamadas ou com alteração da consciência, pois apresentam maior

risco de aspiração;

 Doenças vasculares, com o comprometimento da circulação, já que dificulta a

oxigenação e cicatrização dos tecidos;

 Pacientes com necessidade de uso de dispositivos invasivos, como sondagem

urinária, inserção de cateter venoso, utilização de ventilação por aparelhos;

 Realização de cirurgias.

Além disso, quanto maior o tempo de internação, maior o risco de se


adquirir uma infecção hospitalar, pois há maior chance de exposição aos riscos
e aos microrganismos responsáveis.
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Tipos de infecção hospitalar

As infecções relacionadas com o ambiente de saúde podem ser


classificadas em alguns tipos de acordo com o microrganismo e forma de entrada
no corpo. Assim, as IRAS podem ser classificadas em:

 Endógena, em que a infecção é causada pela proliferação de microrganismos

da própria pessoa, sendo mais frequente em pessoas com sistema imune mais

comprometido;

 Exógena, em que a infecção é causada por um microrganismo que não faz parte

da microbiota da pessoa, sendo adquirido através das mãos dos profissionais de

saúde ou como consequência de procedimentos, medicamentos ou alimentos

contaminados;

 Cruzada, que é comum quando existem vários pacientes na mesma UTI,

favorecendo a transmissão de microrganismos entre as pessoas internadas;

 Inter-hospitalar, que são infecções levadas de um hospital a outro. Ou seja, a

pessoa adquire infecção no hospital em que teve alta, mas foi internada em

outro.

É importante que seja identificado o tipo de infecção hospitalar para que


a Comissão de Controle de Infecção do hospital trace medidas de prevenção e
controle de microrganismos no hospital.

1.4. Como é feito o controle?

O controle das IRAS é feito pela Comissão de Controle de Infecção


Hospitalar (CCIH), que corresponde a um grupo formado por profissionais da
saúde que têm como função elaborar estudar as características epidemiológicas
do hospital e elaborar um programa de controle de infecção hospitalar com o
objetivo de reduzir o máximo o número de infecções adquiridas no hospital, bem
como a taxa de microrganismos multirresistentes.

A CCIH é adequada de acordo com as características do hospital e suas


necessidades, sendo as principais atividades realizadas por essa comissão:

 Elaboração de normas e rotinas para a limpeza e desinfecção dos

ambientes, estabelecendo a frequência, tipo de desinfetante e de desinfecção,


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especialmente em áreas críticas, como berçários, centros cirúrgicos ou UTI, por

exemplo;

 Determinação de regras para pacientes, visitantes e profissionais, para

diminuir o risco de infecções, como limitar o número de visitantes,

estabelecimento de normas e treinamentos para higiene, coleta de exames,

aplicação de medicações, realização de curativos ou preparo dos alimentos, por

exemplo;

 Estimulação de medidas de higiene, principalmente das mãos, que são um

dos principais veículos de transmissão de microrganismos, com a lavagem

frequentes, ou com uso do álcool gel, antes e após a assistência ao paciente. As

medidas de lavagem das mãos devem ser implantadas tanto para os

acompanhantes dos pacientes, quanto para a equipe médica, sendo importante

a monitorização dessa prática;

 Orientações para uso correto de antibióticos, evitando que os pacientes

sejam tratados com antibióticos sem necessidade ou por antimicrobianos de

amplo espectro, impedindo, assim, o desenvolvimento de bactérias

multirresistentes;

 Orientação sobre o uso de produtos químicos para eliminar

microrganismos, como germicidas, desinfetantes, antissépticos, agentes de

limpeza;

 Realização da vigilância de casos de infecção, para entender as causas e

elaborar formas de prevenção;

 Estabelecer, implementar e monitorar protocolos de prevenção de

infecção, que pode envolver as precauções de contato, medidas para evitar a


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sepse e orientações sobre o grau de inclinação da cabeceira de pacientes com

ventilação mecânica, por exemplo.

Para diminuir a taxa de infecção de um hospital, os cuidados básicos


devem ser tomados com todos os pacientes, independentemente de seu
diagnóstico e tratamento realizado. Além disso, é importante incentivar a alta
hospitalar sempre que possível, evitando-se permanecer muito tempo no
hospital, já que as chances de infecção aumentam com o passar do tempo.

As atividades desempenhadas pela CCIH são realizadas com o objetivo


principal promover a segurança do paciente por meio de medidas que visem
diminuir o risco de infecção do paciente, como por exemplo conscientizar
acompanhantes e equipe médica sobre a higienização correta das mãos, já que
as mãos são consideradas as principais vias de transmissão e contágio por
microrganismos. Saiba como lavar as mãos corretamente.

1.4. Infecções mais frequentes

As infecções adquiridas no hospital podem levar ao aparecimento de


sinais e sintomas que variam de acordo com o microrganismo responsável pela
infecção e via de entrada no organismo. As infecções mais frequentes em
ambiente hospitalar são:

Pneumonia

A pneumonia adquirida no hospital costuma ser grave e é mais comum


em pessoas que estão acamadas, desacordadas ou que têm dificuldades da
deglutição, pelo risco de aspiração de alimentos ou da saliva. Além disso,
pessoas que fazem uso de dispositivos que auxiliam na respiração, têm mais
chance de adquirir infecção hospitalar.

Algumas bactérias mais comuns neste tipo de pneumonia são Klebsiella


pneumoniae, Enterobacter sp., Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter
baumannii, Staphylococcus aureus, Legionella sp., além de alguns tipos de vírus
e fungos.

Principais sintomas: Os principais sintomas associados à pneumonia


hospitalar são dor no tórax, tosse com secreção amarelada ou sanguinolenta,
febre, cansaço, falta de apetite e falta de ar.

Infecção urinária

A infecção urinária hospitalar é facilitada pelo uso de sonda durante o


período de internação, apesar de qualquer pessoa poder desenvolver. Algumas
das bactérias mais envolvidas nesta situação incluem Escherichia coli, Proteus
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sp., Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella sp., Enterobacter sp., Enterococcus


faecalis e de fungos, como Candida sp.

Principais sintomas: A infecção urinária pode ser identificada por meio


de dor ou ardência ao urinar, dor abdominal, presença de sangue na urina
e febre.

Infecção de pele

As infecções de pele são muito comuns devido às aplicações de injeções


e acessos venosos para medicamentos ou coletas de exames, cicatriz de
cirurgia ou biópsia ou pela formação de escaras de decúbito. Alguns dos
microrganismos envolvidos neste tipo de infecção
são Staphylococcus aureus, Enterococcus, Klebsiella sp., Proteus sp.,
Enterobacter sp, Serratia sp., Streptococcus sp. e Staphylococcus epidermidis,
por exemplo.

Principais sintomas: No caso de infecção de pele, pode haver presença


de área de vermelhidão e inchaço na região, com ou sem a presença de bolhas.
Geralmente, o local é doloroso e quente, e pode haver produção de secreção
purulenta e mal cheirosa.

Infecção do sangue

A infecção da corrente sanguínea é chamada de septicemia e,


geralmente, surge após infecção de algum local do corpo, que se espalha pela
corrente sanguínea. Este tipo de infecção é grave, e se não for rapidamente
tratada pode rapidamente causar falência dos órgãos e risco de morte. Qualquer
dos microrganismos das infecções pode se disseminar pelo sangue, e alguns
dos mais comuns são E. coli, Staphylococcus aureus, Staphylococcus
epidermidis ou Candida, por exemplo.

Principais sintomas: Os principais sintomas relacionados à infecção no


sangue são febre, calafrios, queda da pressão, batimentos cardíacos fracos,
sonolência. Saiba como identificar a infecção no sangue.
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CONTAMINAÇÃO CRUZADA

1.5. O que é contaminação cruzada?

Na verdade, trata-se da transferência de microrganismos de uma pessoa,


superfície ou objeto para outra pessoa, resultando na transmissão de algum vírus
ou bactéria.

Essa contaminação pode ocorrer de diversas maneiras, como através do


contato com itens infectados e até por meio das mãos de trabalhadores da área
da saúde, que podem estar “carregando” uma bactéria sem saber.

Além disso, vale destacar que as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs)


acolhem pacientes com casos mais graves. Desse modo, nestes locais são
realizados procedimentos mais invasivos. Portanto, existe maior possibilidade de
entrada de bactérias e vírus. Da mesma forma, cortes e outros tipos de lesões
na pele representam altos riscos para a contaminação cruzada.

1.6. Como reduzir os riscos?

Sem dúvida, manter os hospitais seguros é um grande desafio. Mas


seguindo alguns cuidados é possível baixar os índices de contaminação e
melhorar o bem-estar de quem frequenta o local.

Portanto, existe uma série de medidas que podem ajudar, como atenção
com higiene pessoal, desinfecção frequente e uso de produtos de limpeza
potentes.

Quer saber mais detalhes dessas ações fundamentais para evitar a


contaminação cruzada? Confira abaixo!

1.7. Cuidados pessoais


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De fato, tudo começa com alguns cuidados básicos que não podem ser
esquecidos. Como o ato de higienizar as mãos corretamente, é essencial que os
profissionais e visitantes do ambiente hospitalar lavem as mãos com água e
sabão da maneira adequada.

Do mesmo modo, é essencial que a clínica ou hospital tenha sempre


álcool em gel disponível para realizar a higienização. Portanto, o indicado é que
o produto esteja próximo aos quartos, leitos e nos banheiros.
Além disso, os colaboradores da equipe de limpeza profissional devem utilizar
os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) indicados, como botas, luvas e
máscaras para realizar suas tarefas.

Da mesma forma, o recomendado é que os profissionais trabalhem o


tempo todo com os cabelos devidamente presos ou com uma touca. Pois os fios
de cabelo também podem transmitir alguns tipos de bactérias.

Por fim, os jalecos devem ser utilizados apenas dentro do hospital. Por
isso, médicos, enfermeiros e colaboradores que usam a vestimenta devem evitar
levá-la para o ambiente externo e para casa, assim como outros itens do
ambiente hospitalar. Pois eles podem representar perigo, pelo contato diário com
pacientes, materiais biológicos e possíveis contaminantes.

1.8. Rotina de higienização completa

Para afastar os perigos da contaminação cruzada, o hospital precisa


manter um plano de limpeza ativo e eficiente.
Por isso, é importante ter um cronograma com rotinas não apenas para o
chão e para os móveis do local, mas também em paredes, janelas, portas,
utensílios, superfícies e todos os componentes da unidade de internação, que
demandam ainda mais atenção.
Além disso, é primordial que resíduos e materiais infectantes sejam
descartados em locais apropriados.
Desinfecção frequente

De fato, a limpeza hospitalar é uma ação detalhada. Mas para conseguir


prevenir, controlar, reduzir e até eliminar alguns perigos que possam
comprometer a saúde das pessoas é preciso dedicar muito foco nas tarefas de
desinfecção. Pois elas são fundamentais para destruir estes riscos.
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No entanto, é importante esclarecer que a desinfecção hospitalar não é


um serviço único e sim uma série de procedimentos de esterilização, onde são
utilizados diversos produtos e equipamentos para garantir um local livre de
contaminantes.
Ou seja, a tarefa visa eliminar microrganismos de salas, banheiros,
quartos, cozinhas e até móveis do hospital.
Existem, inclusive, diferentes tipos de desinfecção. Primeiramente, o
serviço de baixo nível destrói as bactérias em forma vegetativa, todos os vírus e
fungos.
Desse modo, a ação de médio nível elimina todos os perigos das tarefas
de baixo nível e atinge também o bacilo da tuberculose, o Mycobacyterium
tuberculosis.
Por fim, a desinfecção de alto nível destrói todos os microrganismos de
objetos inanimados e superfícies, com exceção apenas de um número elevado
de esporos bacterianos.
Portanto, é importante diagnosticar a necessidade do local e realizar a
desinfecção adequada, principalmente em momentos de desocupação de
quartos de internações.
Do mesmo modo, os banheiros precisam ser rigorosamente limpos e
desinfetados, especialmente os que são de uso coletivo.
Atenção durante as visitas
De fato, como citamos ao longo do texto, os cuidados para evitar a
contaminação cruzada devem ser estendidos até mesmo para as visitas. Por
isso, as pessoas que visitam o hospital não devem sentar em macas e evitar o
contato com superfícies. Porém, o recomendado é apostar no álcool em gel
sempre antes e depois das visitas.
Objetos trazidos de fora também devem ser evitados. Pois como os
pacientes já estão com a imunidade baixa, a exposição de novas bactérias pode
acabar agravando a situação.
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ANEXOS

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FIGURA 1 FIGURA 2

FIGURA 3 FIGURA 4

FIGURA 5
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Referencias.

https://www.riccel.com.br/blog/contaminacao-cruzada-veja-como-
afastar-este-perigo-do-ambiente-hospitalar/

https://www.tuasaude.com/o-que-e-infeccao-hospitalar/

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