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1 O QUE É PCIH?

O Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), criado


legalmente em 1998, por meio da Portaria nº 2.616 do Ministério da Saúde,
consiste em um conjunto de ações desenvolvidas de forma sistemática, com o
objetivo de reduzir a incidência e gravidades das IRAS, para a adequada
execução do PCIH os hospitais deverão constituir Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH).

2. O QUE É CCIH? 

CCIH é a sigla de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, tem por


objetivo elaborar, planejar, executar, manter e avaliar o Programa de
Controle de Infecção Hospitalar (PCIH).

3. QUAL A RELAÇÃO DA CCIH COM O PCIH? 

A CCIH é constituída pelos hospitais para adequação ao PCIH. Basicamente, é


a CCIH que executa as atividades previstas no plano de controle de
infecções hospitalares.  

4. O QUE SÃO INFECÇÕES HOSPITALARES? 

Considera-se INFECÇÃO HOSPITALAR (IH) a infecção adquirida durante a


hospitalização ou até mesmo após a alta.

5. O QUE SÃO INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À


SAÚDE (IRAS)? 

Infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são infecções cuja


aquisição está relacionada a um procedimento assistencial ou
internamento, que pode ser considerada em qualquer serviço de saúde até
em serviços de Home Care.

6. COMO OCORREM AS INFECÇÕES HOSPITALARES? 

As IRAS acontecem por desequilíbrio entre o sistema imunológico do


paciente e microrganismos oportunistas, que habitam ou infectam o corpo,
aproveitando a saúde debilitada, imunodeficiência, uso de antibióticos,
procedimentos médico-cirúrgicos e/ou dispositivos hospitalares invasivos,
como cateteres, tubos, drenos e sondas contaminados.  

7. QUEM REGULARIZA A CCIH? 

A CCIH é regularizada pela portaria Nº 2616, de 12 de maio de 1998, do


Ministério da Saúde, considerando determinações da Lei nº 9431, de 6 de
janeiro de 1997, que dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção pelos
hospitais do Programa de Controle de Infecções Hospitalares.
O que é CCIH: CCIH é a sigla de Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar, tem por objetivo elaborar, planejar, executar, manter e avaliar o
Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH)

8. QUAIS AS ATRIBUIÇÕES DA CCIH? 

 Elaborar, implementar, manter e avaliar o PCIH adequando às


necessidades da instituição, contemplando ações em diferentes frentes
relacionadas a prevenção e combate às infecções. 
 Avaliar, de forma periódica e sistemática, as informações providas pelo
Sistema de Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares;
 Aprovar as medidas de controle propostas pelos membros executores
da CCIH;
 Conduzir investigações epidemiológicas no caso de surtos e implantar
medidas imediatas de controle;
 Elaborar e divulgar relatórios e informações à autoridade máxima da
instituição, promovendo amplo debate na comunidade hospitalar; 
 Criar, implementar e gerenciar normas e rotinas técnico-operacionais,
com o intuito de limitar a disseminação de agentes presentes nas
infecções em curso no hospital, por meio de medidas de precaução e de
isolamento;
 Definir, junto à Comissão de Farmácia e Terapêutica, políticas de
utilização de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-
hospitalares para a instituição;
 Capacitar, ou cooperar com o setor de treinamento, adequadamente o
quadro de funcionários sobre controle de infecções hospitalares; 
 Elaborar o regimento interno para a Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar;
 Notificar órgãos de gestão, entidades regulatórias e outros núcleos de
epidemiologia em casos suspeitos ou diagnosticados de doenças sob
vigilância epidemiológica. Assim como em casos de surtos de infecção. 

9. QUEM FAZ PARTE DA EQUIPE DE CCIH?

Segundo a legislação, a CCIH deverá ser composta por profissionais de


nível superior na área de saúde. Os membros são classificados como
consultores e executores. Os consultores representam os serviços médico,
enfermagem, farmácia, laboratório de microbiologia e administração. Já os
membros executores representam o Serviço de Controle de Infecção
Hospitalar, encarregados de executar as ações do PCIH, os membros
executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área
de saúde para cada 200 (duzentos) leitos, os hospitais com número de
leitos igual ou inferior a 70 (setenta) precisam ter no mínimo 1 médico e 1
enfermeiro nesta comissão. 

10. COMO É FEITO O CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR?

O controle das IRAS é feito pelos membros da CCIH que estudam as


peculiaridades epidemiológicas do hospital e elaboram o PCIH, para
reduzir ao máximo possível as infecções adquiridas no ambiente, assim como a
taxa de microrganismos multirresistentes. O controle é feito por meio de boas
práticas de biossegurança na instituição, o que inclui limpeza e desinfecção de
superfícies e instrumentais, higiene das mãos, uso correto de EPI’s, cuidados
com o paciente, entre outros. 

Biossegurança em sentido amplo é conceituada como a vida livre de perigos.


Nos ambientes onde se presta assistência à saúde, encontram-se exemplos de
vários tipos de riscos ocupacionais para o profissional que aí exercem suas
funções. Entre eles, os riscos biológicos por agentes infecciosos . Diversos
casos de aquisição de doença profissional por agentes biológicos têm sido
descritos como virais os vírus das hepatites B e C (HBV e HCV) e o HIV, os
protozoários como T.cruzi, os bacterianos como o Mycobacterium tuberculosis,
etc. O sangue humano é a principal fonte de contágio. A via aérea representa,
também, outra forma importante de contágio, seja pela inalação de aerossóis
com o risco de aquisição de varicela, sarampo ou tuberculose, seja de
partículas maiores associadas à doenças como a meningocócica. A seguir
apresenta-se considerações sobre a exposição a sangue com vistas ao
contágio pelo HIV, HBV e HCV. A estimativa de risco de se adquirir infecção
pelo HBV, HCV e HIV, depende do tipo de exposição:

11. QUAL O PAPEL DO ENFERMEIRO NA COMISSÃO DE CONTROLE DE


INFECÇÃO HOSPITALAR?

A enfermagem exerce um papel de extrema importância nas Comissões de


Controle Hospitalar (CCIH), uma das responsabilidades do enfermeiro CCIH
é orientar os demais profissionais quanto a prevenção de infecções e
atuar com as equipes para que não ocorra disseminação de
microrganismos no ambiente hospitalar. Isso é feito por meio de ações
práticas e informações sobre métodos eficazes para aprimorar as técnicas de
controle de infecções.

12- Principais infecções hospitalares


Segundo o especialista, as principais infecções relacionadas à assistência à
saúde são: infecção da corrente sanguínea associada a cateter venoso central;
pneumonia associada à ventilação mecânica; infecção do trato urinário
associada a cateter vesical; infecção de sítio cirúrgico.

13- Fatores de risco para infecções hospitalares


Didaticamente, podemos dividir os fatores de risco para IH ou IRAS em três
grandes grupos: 1. Fatores de risco relacionados ao paciente: são aqueles
relacionados à saúde geral do indivíduo, com ênfase na integridade de sua
imunidade inata e adaptativa. São aqui considerados especialmente relevantes
os extremos de idade, a desnutrição, a obesidade, o diabetes mellitus, as
neoplasias, a doença pulmonar obstrutiva crônica, entre outras doenças ou
condições que aumentam o risco individual de infecção. Note que muitos
desses fatores de risco não são modificáveis e, portanto, não são alvos das
atividades de prevenção. Uma exceção a essa regra são os distúrbios
nutricionais, que podem ser modulados para minimização do risco de IH. 2.
Fatores de risco relacionados ao ambiente hospitalar: são aqueles relacionados
a estrutura hospitalar, incluindo o modo como ela organiza o fluxo de
atendimento e seus padrões de acabamento. São aqui considerados
especialmente relevantes os padrões de circulação e renovação do ar interno,
a qualidade química e microbiológica da água, a presença de quartos de
isolamento, as atividades de limpeza e desinfecção das superfícies e
equipamentos. Quando inadequada, a estrutura hospitalar pode colocar sob
risco coletivo os pacientes e os profissionais da saúde. 3. Fatores de risco
relacionados à agressão diagnóstico-terapêutica: são aqueles relacionados ao
modo como procedemos a investigação diagnóstica e as intervenções
terapêuticas no paciente. São especialmente relevantes aqui a realização de
procedimentos invasivos como cirurgias, endoscopias e introdução de
cateteres, mas também a prescrição de medicamentos como aqueles
imunossupressores e os antimicrobianos. Por serem altamente modificáveis,
esses fatores de risco são o principal alvo da prevenção de IH. Segundo um
ditado popular no meio médico “o tratamento nunca pode ser mais agressivo do
que a própria doença do paciente”.
14- Comportamento do profissional da saúde em frente às infecções
hospitalares
O profissional da saúde poderá enquadrar-se em três situações: 1ª. nega que
elas existam , ou 2ª. admite uma possibilidade estatística que ocorram, mas
não acredita que vai estar envolvido neste problema , ou 3ª. acredita no perigo
real que elas ocorram. Como analisar a primeira e segunda situações? A
intensidade requerida do estímulo para desencadear um comportamento, varia,
provavelmente de acordo com os diferentes níveis de suscetibilidade e
seriedade percebidas. Quando estas são pequenas há necessidade da
existência de um estímulo muito intenso para o desencadeamento da ação, e
quando grandes, a simples presença de um leve estímulo poderá ser
adequado. Por exemplo, se entender que não é susceptível à infecção
hospitalar e os outros também, dificilmente aceitarão tomar medidas
preventivas, a não ser que tenham infecção hospitalar ou seu paciente, com
grande repercussão do problema. Por outro lado, se aceitar a suscetibilidade à
infecção hospitalar com vistas à experiências vividas mesmo que pouco
significativas, poderá agir prontamente com medidas preventivas. Então, as
decisões em saúde são determinadas por uma variedade de fatores pessoais,
interpessoais e situacionais. As tentativas de induzir as pessoas a mudarem
suas ações em saúde, podem ser realizadas com sucesso em vários pontos da
tomada de decisão. Daí a importância de se falar em conseqüências da
infecção hospitalar, quais sejam, as econômicas, desprestígio, aspectos
jurídicos, etc.

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