Você está na página 1de 28

BACTERIAS Multirresistentes?

Infecções hospitalares?
O que são as infecções hospitalares?

Infecções hospitalares são doenças causadas por microrganismos, como vírus,


fungos, bactérias e parasitas, muitas vezes agrupados erroneamente sob a palavra
“germes”. As bactérias são responsáveis pela maior parte das infecções associadas
aos cuidados da saúde.

Os tipos mais comuns de infecções são as infecções do trato urinário, infecção


em feridas, pneumonia (infecção pulmonar) e infecções da corrente
sanguínea.
Fatores primordiais e grupo de risco

As infecções hospitalares geralmente ocorrem entre dois a três dias após a internação no
hospital, e alguns tipos de pacientes são mais suscetíveis a infecções do que outros. O grupo de
risco para infecções inclui bebês prematuros e crianças doentes, idosos, diabéticos e outras
pessoas com doenças degenerativas e pacientes com sistema imunológico enfraquecido ou que
estejam sendo tratados com quimioterapia ou esteroides.
Pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva ou que vão se submeter à cirurgia também
correm mais risco de adquirirem infecções que os demais.

Essas infecções podem se espalhar de muitas formas, e as mais comuns são causadas por alguns
fatores básicos, como a permanência prolongada no hospital; a internação por doenças
complexas ou a realização de múltiplas cirurgias; o descumprimento das rotinas de higiene por
parte dos profissionais do hospital; a resistência aos antibióticos causada pelo uso exagerado —
e que pode levar ao surgimento de superbactérias —; entre outros.
Infecções hospitalares mais perigosas
Por falar em superbactérias, elas são responsáveis por algumas das infecções mais
difíceis de serem controladas, mas existem ainda outras causas que também podem
trazer o perigo da contaminação.
A seguir você confere as cinco infecções hospitalares mais perigosas e vai saber
como evitar a sua proliferação (Fonte: NCBI):
Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV)
Quando os pacientes hospitalizados têm dificuldade em respirar, eles são frequentemente intubados, um
procedimento desagradável que envolve colocar um tubo de plástico na traqueia.
Em um ambiente de terapia intensiva, o tubo frequentemente está ligado a um ventilador mecânico que
bombeia o ar para os pulmões do paciente e o mantém vivo, mas também aumenta o risco de infecção
respiratória. Isso cria a oportunidade para a pneumonia se infiltrar através da tubulação, o que pode levar à
morte.
2. Infecção do Trato Urinário Associado ao Cateterismo
Infecções do trato urinário causadas por procedimentos de cateterismo são um dos tipos mais frequentes de infecções em
hospitais.

Tal como acontece com a PAV, estas infecções invadem quando o equipamento médico é deixado no interior do corpo
durante um longo período de tempo.

Quando os cateteres são colocados em condições não esterilizadas ou usados por um período muito longo, as bactérias
são capazes de entrar no corpo e causar uma infecção.

Para redução de infecção do trato urinário associada a cateter


vesical, é indicado: manter a bolsa coletora de urina acima do
solo; não obstruir o cateter vesical; ficar atento para vazamentos
do sistema e informar para troca; ingerir, caso não tenha
restrição hídrica, 30ml/kg/dia de líquidos; fazer higiene íntima
com água morna e sabonete com pH levemente ácido
(semelhante ao da pele); questionar ao médico sobre o
momento da retirada do cateter vesical, sendo melhor quando
for o mais precoce possível; cobrar adequada higiene das mãos
antes e após o contato com o cateter vesical.
3. Infecção por Clostridium difficile
Em 2015, o Centro para o Controle de Doenças dos EUA divulgou um
relatório sobre o Clostridium difficile que revelou que quase meio milhão de
pacientes por ano contraem essa infecção e quase 30 mil morrem decorrentes
de complicações dessa bactéria.
A maneira mais comum de contrair o clostridium difficile é usar antibióticos
pesados que acabam com as bactérias do intestino, permitindo que invasores
assumam o controle. Uma vez que o patógeno tenha florescido no sistema
digestivo, pode causar diarréia mortal. A melhor maneira de prevenir esse tipo
de infecção é limitar o uso de antibióticos.
4. Infecção na sala de cirurgia
Manter o local estéril durante a cirurgia é essencial para manter os pacientes saudáveis.
Infelizmente, os hospitais nem sempre conseguem manter os locais cirúrgicos limpos para
prevenir infecções. Isto pode levar os pacientes a desenvolverem diversos sintomas, como
febre, inchaço e acúmulo de líquido.
Sem tratamento adequado, essas infecções podem levar a danos graves nos órgãos. Falar
diretamente com os profissionais de saúde é um passo fundamental para os pacientes que
desejam limitar o risco de uma infecção no local cirúrgico.
Para redução de infecção de sítio cirúrgico, é indicado:
controlar as doenças crônicas, como diabetes, realizando um
acompanhamento glicêmico adequado; evitar o tabagismo antes de qualquer
procedimento cirúrgico; tomar banho com clorexidina degermante como
estratégia de descolonização, para redução da concentração de bactérias em
algumas partes do corpo; aderir ao protocolo de descolonização nasal da
bactéria S. aureus; cuidar bem dos curativos realizados em ferida operatória;
manter e cobrar a melhor higiene das mãos antes e após o contato com a
ferida operatória.
Infecção primária pela corrente sanguínea (IPCS)
Essas infecções evitáveis causam milhares de mortes todos os anos nos hospitais
brasileiros.
Muitas internações utilizam um acesso semipermanente para uma veia principal que
permite aos médicos administrar grandes doses de medicamentos diretamente na
corrente sanguínea.
Como permite que os médicos acessem facilmente os sistemas internos do paciente,
também permite que vírus e bactérias entrem facilmente. Seguir os procedimentos de
esterilização em todos os momentos é fundamental para prevenir a IPCS.
Para redução de infecção da corrente sanguínea associada a
cateter venoso central, é recomendado: cobrar da equipe a
adequada higiene das mãos antes e após o contato com o cateter
venoso central; cobrar da equipe a adequada desinfecção dos
conectores do acesso venoso central antes e depois da
administração de medicamentos; questionar ao médico sobre o
momento da retirada do cateter venoso central, sendo melhor
quando for o mais precoce possível; cuidar bem do curativo do
cateter venoso central.
Como o paciente pode ajudar a evitar infecções?
Um hospital deve zelar pela segurança de pacientes e seus familiares. Para que tudo corra bem é
importante a atenção de todos e, inclusive, do próprio paciente. Nesse sentido, o Hospital e as
equipes multidisciplinar deve garantir que cada um pode contribuir para melhores resultados e
menor risco de aquisição de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) com algumas
práticas:
manter sempre a melhor higiene possível, principalmente em locais de feridas, cirurgia ou cateter;
cobrar a higiene das mãos antes e após o contato com qualquer ferida operatória ou cateter;
zelar pelos melhores cuidados com os curativos realizados em feridas operatórias;
observar qualquer vazamento de curativos ou cateteres e comportamento incomum da pele e do
organismo.
O que é o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar?

Nos seis anos seguintes da inauguração do Hospital Israelita Albert Einstein, foi criada sua
primeira Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (1977). Largando na vanguarda, o
Einstein já apresentava controle sobre o assunto quando, em 1998, a legislação brasileira
passou a exigir a presença de uma equipe exclusiva para essa atividade (Lei nº 2.616).
Atualmente, sua equipe é formada por especialistas, médicos e enfermeiros, que atuam na
prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde.
Trabalhando de forma inovadora e com a cultura de tolerância zero às infecções, suas
principais atividades são:
vigilância epidemiológica das infecções relacionadas à assistência à saúde;
prevenção de surtos; notificação das doenças compulsórias para os órgãos governamentais;
treinamento e reciclagem dos profissionais de saúde;
atuação no ensino e pesquisa com produção científica.
Todo ano, o serviço de controle estabelece metas para redução de infecções das
principais topografias associadas a procedimentos invasivos. Além disso, são
divulgadas mensalmente as taxas de infecções que estariam relacionadas à
assistência à saúde para a liderança do hospital. Isso gera estratégias acertadas de
prevenção e controle.

O Einstein também mantém um Programa de Higiene das Mãos há 18 anos, para


alcançar os melhores índices de adesão a essa boa prática. Em 2019, alcançou a
taxa de 80% de adesão geral, enquanto a literatura médica nos diversos centros de
excelência no mundo cita uma taxa em torno de 50%.
É também relevante sua participação no programa de uso racional de antimicrobianos
(antibióticos ou quimioterápicos) com a semana de racionalização para reduzir o consumo e
prevenir a disseminação de multirresistência bacteriana. Uma resistência menor às bactérias
pode indicar menos infecções!

O SCIH do Einstein elabora e coordena o Programa de Prevenção e Controle de Infecção,


atualizado anualmente, para proteger toda pessoa que entra na instituição — incluindo pacientes,
profissionais da saúde e público em geral. Esse programa incorpora práticas baseadas em
evidências científicas, tendo como fonte as recomendações dos principais órgãos de saúde do
mundo.

O resultado disso é a menor taxa de densidade de incidência de infecções comparada às taxas


das instituições de saúde de excelência internacional. Um trabalho de grande importância e que
serve de exemplo para o resto do mundo.
Que são bactérias multirresistentes?
Bactérias multirresistentes são microrganismos resistentes a diferentes
classes de antimicrobianos testados em exames microbiológicos.
Consideradas como importante causador de infecção hospitalar pela
fácil transmissibilidade de uma pessoa à outra por meio do contato das
mãos e de materiais contaminados.

Quais são as bactérias hospitalares multirresistentes?


As bactérias multirresistentes são aquelas que se tornam resistentes à
ação de vários antibióticos por meio de mutações, por exemplo,
tornando o tratamento da infecção mais difícil. Isso também ocorre
com alguns tipos de fungos.
As superbactérias ou bactérias multirresistentes, são um dos maiores
desafios da ciência dos últimos tempos em todo o mundo. Um
estudo governo britânico estima que tais organismos serão
responsáveis por mais de 10 milhões de mortes por ano após 2050.

Algumas bactérias nocivas já são conhecidas há muito tempo pelo


homem, sendo estudadas desde o século XIX. O problema é que
com o passar do tempo elas vêm se adaptando e se tornando cada
vez mais resistentes aos antibióticos.

https://youtu.be/XmwwsUnsIa0
• Streptococcus pyogenes
• Esta bactéria causa mais de 700 milhões de infecções no mundo todos os anos, e tem uma
taxa de mortalidade de 25% nos casos mais sérios. Uma vez que você tenha uma infecção
dessa bactéria, ela pode desencadear uma série de outras doenças como uma dor de
garganta, impetigo (infecção de pele) até mesmo escarlatina. Por sorte, a bactéria é
sensível a penicilina e tratada com facilidade na maior parte dos casos. Contudo, novas
cepas estão ficando resistentes a outros tipos de antibióticos.

• Neisseria gonorrhoeae
• A gonorreia, infecção sexualmente transmissível, causa vários problemas tanto em homens
quanto mulheres. Este tipo de bactéria vem apresentando mutações ao longo de 50 anos, se
adaptando lentamente as diferentes abordagens médicas, a medida que foram aplicados
antibióticos diferentes no combate à doença. Esta bactéria possui pequenos pelinhos
chamados de “pili”, que agem como ganchos que tem uma força 100 mil vezes maior que seu
próprio peso. Com esta força, a pili pode mover a célula infectada e anexá-la a outras células
saudáveis, tornando o tratamento ainda mais demorado e complicado.
• Mycobacterium tuberculosis
A tuberculose já foi conhecida por diversos nomes, como escrófula e peste branca.
Também é conhecida por mortes e destruição ao longo da história. Acredita-se que
Nefertiti e seu marido, o Faraó Akhenaton morreram de tuberculose por volta de 1330
aC, onde foram encontrados documentos do Egito Antigo que falam sobre os perigos
da doença. Apesar de os casos terem diminuído consideravelmente ao longo da
história, a sua resistência a antibióticos aumentou no início dos anos 90. De acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a tuberculose também é a principal
causa de óbitos relacionados à resistência bacteriana e a principal causa de morte entre
pessoas com HIV.
• Acinetobacter baumannii
Esta superbactéria pode desencadear pneumonia, meningite e infecção urinária. Ela
tornou-se muito resistente durante a guerra do Iraque entre os soldados feridos que
passavam por diferentes instalações médicas. A bactéria pode sobreviver a condições
difíceis por longos períodos de tempo, por isso, é mais difícil combater em pacientes
que estão mais fracos. Assim como as outras bactérias, a melhor forma de combate-la
é cuidando da higienização em ambientes onde ocorrem cuidados com a saúde.
• Escherichia coli (E. coli)
Esta bactéria é inofensiva enquanto está no intestino humano. Contudo, pode causar sérios
problemas quando em contato com outros órgãos, levando a infecções alimentares, assim como
meningites e infecção urinária. O alto nível de resistência dos antibióticos foram encontrados
em cepas do E. coli, sendo um exemplo preocupante de bactéria que tem potencial de causar
problemas se o uso de antibióticos não for feito de maneira correta do início ao fim do
tratamento.

• Klebsiella pneumoniae
Esta é conhecida por causar uma série de infecções e ser bastante resistente a vários
antibióticos. Primeiro, afeta pessoas de meia idade e idosos com sistema imunológico mais
fraco, é mais frequente em pacientes internados que precisam estar ligados a aparelhos para
respirar, que tomam injeções diretamente na veia por muito tempo ou que fazem muitos
tratamentos seguidos com antibióticos. Devido sua alta resistência, é comum médicos
solicitarem exames mais específicos para identificar qual tipo de cepa está presente e como
saber trata-la com mais eficácia.
• Clostridium difficile
A C. difficile é uma das superbactérias mais presente em hospitais ao redor do mundo. Sua
principal consequência é um tipo de diarreia muito forte que se espalha rapidamente e pode se
levar a complicações no cólon. Um surto recente dessa bactéria virou notícia no Reino Unido
quando em um hospital de Eastbourne morreram 13 pessoas e 17 fizeram tratamento contra a
bactéria. Os médicos relataram neste caso que a variação dessa bactéria produzia 20 vezes mais
toxinas do que outras e era resistente a vários medicamentos.

• Pseudomonas aeruginosa
Por sua rápida mutação e adaptação a diferentes tratamentos a antibióticos, esta
bactéria habilmente desenvolve resistência a esses medicamentos. É descrita como
‘oportunista’ por primordialmente afeta pessoas com a imunidade comprometida,
como pacientes em tratamento de AIDS, câncer, transplante ou fibrose cística,
causando sérias complicações ou até mesmo a morte.
• Burkholderia cepacia
Descoberta em 1949, a bactéria causa o apodrecimento de cebolas, mas também pode ser
muito perigosa para humanos. Embora responda ao tratamento com combinação de
antibióticos, já há casos em que a bactéria tem altos níveis de resistência e pode sobreviver a
condições extremas. Pode ser particularmente perigosa para quem já tem condições
pulmonares preexistentes, como fibrose cística.

• Staphylococcus aureus (MRSA)


Mais conhecida como MRSA, a bactéria está presente naturalmente na pele, mas se invadir outras partes do
corpo, pode causar diferentes infecções, como a meningite e pneumonia. O caso mais recente conhecido por
infecção a esta bactéria foi de Arthur Araujo Lula da Silva, de apenas 7 anos (neto do ex-presidente Luis Inácio
Lula da Silva) que acabou falecendo horas depois de dar entrada no hospital.

Na década de 60, 80% das amostras de MRSA eram resistentes aos antibióticos. A meticilina é um antibiótico
geralmente eficaz no tratamento dessa bactéria, porém, já existem cepas resistentes a esse tipo e a quase todos os
antibióticos betalactâmicos, essa classe de antibióticos inclui as penicilinas (oxacilina, meticilina) e as
cefalosporinas.
O que é o Antibiograma?
O antibiograma é uma ferramenta muito útil na otimização do uso de antimicrobianos.

Através do exame, o médico é capaz de identificar o perfil de sensibilidade de bactérias a


determinados antibióticos. Essa é uma vantagem grande, considerando a resistência a
antibióticos que vem crescido constantemente nos últimos anos.

Assim sendo, com o resultado do antibiograma, a escolha do antimicrobiano se torna muito


mais eficaz no combate à doença. Como resultado isso, benefícios como menor tempo de
internamento e a melhor resposta orgânica são atingidos.

Pensando nisso, como resultado esperado, o antibiótico que inibir o crescimento microbiano
será o indicado no tratamento da infecção.
Qual é o objetivo do Antibiograma?

Ao ser identificada a bactéria ou fungo ao que o paciente se encontra exposto, o Teste de


Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA) ganha a sua importância clínica.

Através dele é possível conhecer o perfil microbiano, ou seja, a qual medicação ele é
resistente ou sensível. Como comentamos, esse teste tem uma importância especial no
que concerne a resistência antibacteriana.

Com essas informações, a equipe médica é capaz de realizar um plano terapêutico muito
mais eficiente no combate bacteriano. Além disso, tão importante quanto interromper a
colonização bacteriana e suprimir a progressão da doença, evita-se uma resistência
antibacteriana importante.

Assim sendo, é sempre vital que o médico oriente o seu paciente sobre não fazer uso de
antibióticos sem a prescrição profissional. Pensando nisso, explicar o motivo por traz
dessa recomendação também deve fazer parte de uma terapêutica eficaz.
Quando solicitar um antibiograma?
É evidente que a experiência do médico encarregado do caso é, muitas vezes, suficiente para de avaliar o tipo de
antibiótico ideal para o tratamento. Essa é a prescrição conhecida como “empírica”, comum nas terapêuticas
infecciosas.

No entanto, é comum que, prescrevendo inicialmente um antibiótico e não apresentando resultados, tem-se a
indicação de um antibiograma.

Como o exame é feito e quais técnicas são utilizadas?


O antibiograma não exige um preparo do paciente, como jejum por exemplo. Além disso, a via da amostra a ser
coletada varia, a depender do objetivo. Por isso, pode ser por saliva, muco nasal, ou até mesmo fezes ou sangue.

Como comentamos, o objetivo do exame é avaliar o comportamento do bacteriano à exposição de diferentes


antibióticos. Para isso, técnicas diferentes podem ser empregadas.

Difusão em agar;
Baseado em diluição.
O método de difusão em agar também é chamado de Kirby-Bauer. É um teste quantitativo, em que a cultura é
adequada ao antibiótico a ser analisado. A partir disso, é avaliado o crescimento microbiano, ao longo dos dias.
Por meio dele, é avaliado o crescimento microbiano. Na ausência do crescimento ao redor do disco, é interpretada
a supressão de colonização da bactéria. Ou seja, entende-se que o antibiótico aplicado foi eficaz na atuação contra
aquele tipo bacteriano.

Em relação ao antibiograma baseado em diluição, ainda é avaliada a concentração mínima inibitória (CMI), sobre
a qual falaremos adiante. Assim, ainda é avaliada à dose do antibiótico a ser utilizado no tratamento, o que
colabora para uma terapêutica eficiente.

Vantagens e limitações do método Kirby-Bauer (difusão em agar): quais são?


O método Kirby-Bauer, ou difusão em agar, é um método de antibiograma que tem como boa vantagem ser de
baixo custo. Além disso, possui uma metodolodia de simples aplicação.

Por outro lado, as limitações desse método podem ser elencadas a seguir:

Dificuldade de interpretação;
Recomendado para microrganismos de crescimento rápido;
Não é quantificável.
A partir disso, é importante uma avaliação médica a fim de escolher o melhor método para a avaliação
microbiana.
Precauções e cuidados na realização do antibiograma: o que saber
Algumas precauções e cuidados merecem ser tomados na avaliação do
antibiograma, especialmente por parte do técnico que realizará a coleta e
técnica.

Placas com espessura média de 4mm;


Observar critérios para a escolha dos antibióticos apropriados para a bactéria
em análise e suas resistências.
A temperatura de incubação deve ser rigorosamente controlada;
Outras precauções que vale a pena reforçar a importância é a escolha correta da
escolha dos antibióticos. É através dessa escolha assertiva que a resistência
pode ser devidamente avaliada pelo examinador.
Em quanto tempo o antibiograma fica pronto?
Como o antibiograma é um exame que consiste na avaliação do crescimentos das
culturas microbianas, o tempo até o resultado não é tão rápido.

Assim sendo, o resultado do TSA pode levar de 3 a 5 dias. Como comentamos, o


que se espera como resposta, é que o antibiótico escolhido para o tratamento seja
aquele capaz de suprimir o crescimento microbiano.

O tempo até o resultado do exame certamente é uma limitação desse modelo.


Isso porque, especialmente considerando um paciente internato em UTI, o tempo
de ação no combate à colônia bacteriana é precioso. Por isso, esse prazo pode
atrasar um pouco o tratamento mais adequado.

Você também pode gostar