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FUNDAMENTOS DE

ENFERMAGEM

Profa: Enfa Lorena B. Feijó


Infecções Relacionadas a Assistência em Saúde
(IRAS)
Infecções Relacionadas a Assistência em Saúde
(IRAS)
• Segundo a Organização Mundial da Saúde as IRAS constituem hoje uma
epidemia silenciosa.

• Dados da OMS mostram que cerca de 234 milhões de pacientes são


operados por ano em todo o mundo. Destes, um milhão morre em
decorrência de infecções hospitalares e sete milhões apresentam
complicações no pós operatório.
Infecções Relacionadas a Assistência em Saúde
(IRAS)

• Considera-se IRAS a infecção adquirida durante a hospitalização e que não


estava presente, e nem em período de incubação por ocasião da
admissão do paciente.

• São diagnosticadas, em geral, A PARTIR DE 72 HORAS após a internação.

• Também são consideradas hospitalares aquelas infecções manifestadas


ANTES DE 72 HORAS DE INTERNAÇÃO quando associadas a
procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos realizados.
Infecções Relacionadas a Assistência em Saúde
(IRAS)

QUALQUER TIPO DE INFECÇÃO ADQUIRIDA APÓS A ENTRADA DO PACIENTE


EM UM HOSPITAL OU APÓS A SUA ALTA QUANDO ESSA INFECÇÃO ESTIVER
DIRETAMENTE RELACIONADA COM A INTERNAÇÃO OU PROCEDIMENTO
HOSPITALAR.
Infecções Relacionadas a Assistência em Saúde
(IRAS)
As IH podem ser adquiridas a partir de:

 Fonte exógena – infecção cruzada ou a partir do ambiente;


 Fonte endógena – auto infecção – a partir de outro sítio no mesmo
paciente.
Infecções Relacionadas a Assistência em Saúde
(IRAS)
IRAS mais comuns
IRAS mais comuns
Fontes e vias de disseminação de ihs

Humana – pessoal da área de saúde (PAS), pacientes e visitantes:


Pessoas doentes;
Doentes assintomáticos em período de incubação;
Portadores sadios
Fontes e vias de disseminação de ihs

Ambiental – fômites, equipamentos, insumos, alimentos água ou ar


Fontes e vias de disseminação de ihs
Fontes e vias de disseminação de ihs
Fontes e vias de disseminação de ihs
 CONSEQUENCIAS DAS INFECÇÕES HOSPITALARES
 IHs afetam tanto o paciente quanto a comunidade => saúde pública podem
resultar em:
 Doença grave ou morte;
 Internação prolongada:
 Custo,
 Privação de trabalho para o paciente e sua família.
 Terapia antimicrobiana adicional:
 Custo,
 Toxicidade,
 Paciente torna-se uma fonte de infecção
 Disseminação intra-hospitalar e comunitária de microrganismos
COMO PREVINIR UMA INFECÇÃO HOSPITALAR?
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

• A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar é um grupo de


profissionais de saúde, de nível superior e técnico

• Objetivo: planejar, elaborar, implementar, manter, e avaliar o Programa de


Controle de Infecção Hospitalar adequado às necessidades da instituição.

• Este grupo de profissionais desenvolve ações visando a prevenção e a


redução da incidência de infecção hospitalar.
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

• Esta comissão é formada por médico infectologista, enfermeiro,


farmacêutico, biomédico, e técnicos de enfermagem.

• Esta equipe é responsável por todo o planejamento das atividades de


prevenção e controle das infecções de toda a instituição.
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

• Esta comissão é formada por médico infectologista, enfermeiro,


farmacêutico, biomédico, e técnicos de enfermagem.

• Esta equipe é responsável por todo o planejamento das atividades de


prevenção e controle das infecções de toda a instituição.
AFINAL, O QUE É UMA INFECÇÃO HOSPITALAR?
Afinal, o que é uma infecção hospitalar?

• Infecção é uma ação exercida no organismo decorrente da presença de


agentes patogênicos, podendo ser por bactérias, vírus, fungos ou
protozoários.

• Infecção Hospitalar (IH) é a infecção adquirida após a admissão do


paciente na Unidade Hospitalar e que se manifesta durante a internação
ou após a alta.

• A infecção hospitalar poderá surgir mesmo após a alta, e estar relacionada


com a internação ou procedimentos hospitalares realizados.
Afinal, o que é uma infecção hospitalar?

• Finalidade da CCIH:

• Detectar casos de infecção hospitalar, seguindo critérios de


diagnósticos previamente estabelecidos.
• Conhecer as principais infecções hospitalares detectadas no serviço e
definir se a ocorrência destes episódios de infecção estão dentro dos
parâmetros aceitáveis.
• Elaborar normas de padronização para os procedimentos realizados na
instituição, visando protocolo de técnicas assépticas.
• Colaborar no treinamento de todos os profissionais da saúde no que se
refere à prevenção e controle das infecções hospitalares.
Afinal, o que é uma infecção hospitalar?

• Finalidade da CCIH:

• Realizar controle da prescrição de antibióticos, evitando que os mesmos


sejam utilizados de maneira descontroladas no hospital.
• Recomendar medidas de isolamento no caso de doenças transmissíveis,
quando se tratar de pacientes hospitalizados, ou em caso de bactérias
multirresistentes.
• Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a aquisição
correta de materiais e equipamentos e para o planejamento adequado
da área física das unidades de saúde.
COMO DIMINUIR O NUMERO DE INFECCOES?
Normas Básicas de Prevenção e Controle de
Infecção Hospitalar
• A Técnica Asséptica é um método utilizado para manipular produtos estéreis a fim
de manter a sua esterilidade (total ausência de contaminação).

• Este método refere-se a uma série de procedimentos que evitam a contaminação


por microrganismos.
Normas Básicas de Prevenção e Controle de
Infecção Hospitalar
• A equipe de saúde tem importante papel na cadeia de transmissão da infecção
hospitalar ou domiciliar.

• As práticas adotadas para sua prevenção visam controlar a propagação de


microrganismos que habitam o ambiente hospitalar e diminuir os riscos do
paciente vir a adquirir uma infecção.
Normas Básicas de Prevenção e Controle de
Infecção Hospitalar
• Por outro lado, tanto as medidas gerais como as específicas de prevenção e
controle de infecção implantadas na instituição, também se direcionam à proteger
o próprio trabalhador.

• Ex:
Normas Básicas de Prevenção e Controle de
Infecção Hospitalar
• Medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar:

• Lavar sempre as mãos antes de realizar qualquer procedimento é um dos mais


importantes meios para prevenir a infecção cruzada;
• Manter os cabelos longos presos durante o trabalho, pois quando soltos acumulam
sujidades, poeira e microrganismos, favorecendo a contaminação do paciente e do
próprio profissional;
• Manter as unhas curtas e aparadas, pois as longas facilitam o acúmulo de sujidades
e microrganismos;
Normas Básicas de Prevenção e Controle de
Infecção Hospitalar

• Evitar o uso de joias e bijuterias, como anéis, pulseiras e demais adornos, que
podem constituir-se em possíveis fontes de infecção pela facilidade de albergarem
microrganismos em seus sulcos e reentrâncias, bem como na pele subjacente;

• Não encostar ou sentar-se em superfícies com potencial de contaminação, como


macas e camas de pacientes, pois isto favorece a disseminação de microrganismos.
Normas Básicas de Prevenção e Controle de
Infecção Hospitalar
• A adesão da equipe às medidas gerais de prevenção e controle de infecção ainda
dependem da conscientização e mudança de hábitos dos profissionais.
O que é EPI?
Quais são os EPIS?

http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2020/03/cartilha_epi.pdf
Limpeza

• É o ato de remover a sujidade por meio de fricção e uso de água e


sabão ou soluções detergentes.

• De maneira geral, a limpeza é suficiente para reduzir os


microrganismos existentes nas superfícies hospitalares, reservando-
se os processos de desinfecção e descontaminação para as áreas
onde há deposição de matéria orgânica.

• A limpeza pode ser:


Limpeza

• Limpeza Concorrente: É feito diariamente e consiste na limpeza do piso,


remoção de poeira do mobiliário, limpeza completa do sanitário,
reposição de material de higiene e recolhimento do lixo, repetido
conforme a necessidade.

• Limpeza Terminal: É realizada periodicamente, de acordo com a área de


risco do hospital, consiste na limpeza de paredes, pisos, tetos, janelas,
portas e sanitários. Ela é utilizada após a alta do paciente, ou quando
este demora muito no internamento convém realizar a remoção para
outro leito para ser realizado este procedimento de limpeza.
Conceitos básicos
ASSEPSIA:
Conjunto de métodos e processos de higienização de determinado ambiente,
com a finalidade de evitar sua contaminação por agentes infecciosos e
patológicos. É uma higienização preventiva.
Ex: Higienização das mãos; Cuidados pessoais; Uso de máscaras, luvas, toucas e
propés.

ANTISSEPSIA:
Conjunto de medidas usadas para inibir o crescimento de microorganismos ou de
remover de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los. Para isso
são utilizados antissépticos.
Ex: Limpeza da pele antes de uma cirurgia; Antes de realizar uma coleta de
sangue; Antes de realizar uma punção venosa.
Conceitos básicos

DESINFECÇÃO
É a redução de micoorganismos presentes em materiais e equipamentos.
Ex: Realizar a limpeza da mesa de refeições do paciente; Limpeza das grades de
proteção do leito do paciente.

DEGERMAÇÃO:
É a eliminação de sujidades e impurezas da pele, através de sabonetes ou
detergentes líquidos específicos para essa limpeza.
Podemos dizer que é uma limpeza mecânica (escovar).
Ex: No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico; Antes da
realização de procedimentos invasivos;
Conceitos básicos
DESCONTAMINAÇÃO
Procedimento utilizado em artigos contaminados com matéria orgânica (sangue, pús,
secreções corpóreas) para destruir os microrganismos patogênicos na forma vegetativa (não
esporulados), antes de iniciar o processo de limpeza, a fim de proteger as pessoas que irão
proceder a limpeza dos artigos.
Pré- limpeza antes da esterilização.
Ex: Remoção do excesso de sujidade de uma pinça. Deixar a pinça de molho em um recipiente
para facilitar sua esterilização depois.

ESTERILIZAÇÃO:
Destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e
esporuladas, fungos e vírus), mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos.
Permite que um material se torne “estéril”.
Ex: Deixar um instrumental dentro da autoclave à 121 graus por 15 minutos.
Lavagem das mãos

• A principal via de transmissão das infecções hospitalares são as mãos, em geral da


equipe de saúde, sua adequada lavagem é de grande importância.

• Sua finalidade consiste em eliminar microrganismos, consequentemente evitar


propagação de infecções, eliminar da pele substâncias tóxicas e medicamentosas e
proteger-se contra agressões do meio.

• A lavagem das mãos é de extrema importância para a segurança do paciente e do


próprio profissional, haja vista que, no hospital, a disseminação de microrganismos
ocorre principalmente de pessoa para pessoa, através das mãos.
Lavagem das mãos
Uso de luvas

• Outra barreira utilizada para o controle da disseminação de


microrganismos no ambiente hospitalar são as luvas, indicadas para
proteger o paciente e o profissional de contaminação.
Uso de luvas
• Tipos de luva:
• Esterilizadas: são indicadas para a realização de procedimentos
invasivos ou manipulação de material estéril, impedindo a deposição
de microrganismos no local. Ex: cirurgias, suturas, curativos,
cateterismo vesical, dentre outros.

• Procedimento: são limpas, porém não esterilizadas, e seu uso é


indicado para proteger o profissional durante a manipulação de
material, quando do contato com superfícies contaminadas ou
durante a execução de procedimentos com risco de exposição a
sangue, fluidos corpóreos e secreções. Ex.: para realizar coleta de
sangue e para realizar o banho no leito, dentre outros.
Uso de luvas
Uso de Luvas

Calçando Luvas Estéreis


Uso de Luvas

Retirando Luvas Estéreis


QUESTOES DE FIXAÇÃO
1. O que são IRAS e qual o papel da CCIH?
2. Cite a importância da lavagem das mãos e quais os momentos que esta
deve ocorrer?
3. Na pratica clinica, temos diversos tipos de PVPI. Quais são eles e em que
momento utilizar cada um.
4. O que são EPIs, para que eles servem e qual a ordem correta de colocar e
retira-los?
5. Cite 5 doenças que requerem os seguintes tipos de precaução:
a) Padrão
b) Contato
c) Goticulas
d) Aerossois

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