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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Ciências Sociais e Políticas

Licenciatura em Administração e Gestão Hospitalar

3°Ano – Laboral

Critérios de Avaliação e classificação

Discentes:

Cândido F.P. Arnial

Clementina Clementina Miguel

Laurinda Rodriguês Alexandre Chipire

Zainul Inocêncio.

Quelimane, Setembro de 2023


Critérios de Avaliação e classificação

O presente trabalho de investigação da


cadeira de Sistema de Informação em
Saúde é de caracter avaliativo a ser
entregue a docente: Drª . Cátia Zomane

Queliamane, Setembro de 2023


Índice
1. Introdução..............................................................................................................................

1.1. Objectivos..........................................................................................................................

1.1.1. Objectivo geral:..............................................................................................................

1.1.2. Objectivos específicos:...................................................................................................

1.2. Metodologia.......................................................................................................................

2. Critérios de Avaliação e classificação...................................................................................

2.1. Infecção..............................................................................................................................

2.2. Métodos de controlo de infecção hospitalar......................................................................

2.3. Medidas de controlo de infecção.......................................................................................

2.4. Procedimentos invasivos em diferentes sectores do hospital............................................

2.5. Conclusão.........................................................................................................................

2.6. Referencias Bibliográficas...............................................................................................


1. Introdução

O controlo e a prevenção de infecção hospitalar (IH) constituem grande preocupação da


equipe de saúde, em especial da equipe de enfermagem que, além de prestar assistência direta
e de forma contínua ao paciente, é ainda responsável pelos processos de desinfecção e
esterilização de materiais, tendo como uma de suas funções promover um ambiente seguro.
Para se ter uma assistência de enfermagem segura e de qualidade, faz-se necessário o
conhecimento detalhado dos mecanismos de transmissão de infecção e dos principais
elementos envolvidos nesse processo.

O presente trabalho tem como tema “Critérios de Avaliação e classificação de Serviços de


Higiene e Controlo de Infecções hospitalar. A prevenção e o controle de infecções no
ambiente hospitalar é um tema bastante recorrente, uma vez que é por meio da adoção dessas
medidas que os profissionais da área de saúde podem ter uma qualidade de vida e bem-estar
melhor ao desempenharem suas actividades profissionais, visto que os riscos a que estão
submetidos são mínimos.

A avaliação e classificação de serviços de higiene e controlo de infecções hospitalares


desempenham um papel fundamental na garantia da segurança dos pacientes, na prevenção de
infecções hospitalares e na manutenção de altos padrões de qualidade na prestação de
cuidados de saúde. Em um ambiente hospitalar, onde pacientes frequentemente apresentam
sistemas imunológicos comprometidos e são susceptíveis a infecções, a eficácia desses
serviços é crucial.

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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral:
 Compreender os Critérios de Avaliação e classificação de Serviços de Higiene e
Controlo de Infecções hospitalar
1.1.2. Objectivos específicos:
 Desrever a classificação de Risco
 Métodos de controlo de infecção hospitalar
 Medidas de controlo de infecção
 Procedimentos invasivos em diferentes sectores do hospital
1.2. Metodologia

No estudo de metodologias, Gil (2008; p.20) define a metodologia como um procedimento


racional e ordenado, constituído por instrumentos que envolvem experimentação e que são
utilizados pelo pesquisador para seguir um caminho definido em direcção aos objectivos pré-
estabelecidos na pesquisa. Isso implica a utilização de recursos, técnicas, procedimentos, entre
outros.

Portanto, a condução deste trabalho baseou-se principalmente em consultas bibliográficas. As


obras consultadas que possibilitaram a realização deste trabalho estão listadas ao final do
texto, após a conclusão, e foram organizadas em ordem alfabética.

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2. Critérios de Avaliação e classificação
2.1. Infecção

A infecção pode ser definida como uma invasão por micro-organismos nocivos, que vão além
da capacidade de reacção do organismo afectado e após infecção irão se multiplicar afectando
os órgãos de acordo com a sua espécie e virulência. É a penetração e desenvolvimento ou
multiplicação de um agente infeccioso, o qual pode ser, por exemplo, vírus, bactérias,
protozoários ou fungos.

“Segundo o Ministério da Saúde, a infecção hospitalar é definida como aquela adquirida após
a internação do paciente e se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta, quando
puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares” (Brasil, 1998).

Segundo Pereira (2005) “A grande maioria das infecções hospitalares é causada por um
desequilíbrio da relação existente entre a microbiota humana normal e os mecanismos de
defesa do hospedeiro. Isso pode ocorrer devido à própria patologia de base do paciente,
procedimentos invasivos e alterações da população microbiana, geralmente induzida pelo uso
de antibióticos”

Controle e a prevenção de infecção hospitalar (IH) constituem grande preocupação da equipe


de saúde, em especial da equipe de enfermagem que, além de prestar assistência direta e de
forma contínua ao paciente, é ainda responsável pelos processos de desinfecção e esterilização
de materiais, tendo como uma de suas funções promover um ambiente seguro.

Para se ter uma assistência de enfermagem segura e de qualidade, faz-se necessário o


conhecimento detalhado dos mecanismos de transmissão de infecção e dos principais
elementos envolvidos nesse processo. A infecção hospitalar é definida pelo Ministério da
Saúde como: qualquer infecção adquirida após admissão do paciente no hospital e que se
manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação
ou com os procedimentos hospitalares.

2.2. Métodos de controlo de infecção hospitalar


 Utilizar equipamentos de protecção;
 Uso de materiais descartáveis nos procedimentos;
 Realizar a higienização das mãos com frequência;
 Mantenha o jaleco sempre limpo;
 Esterilizar os equipamentos antes de utilizar;

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 Estabeleça medidas de higiene para o hospital.

Os acidentes ocupacionais que ocorrem em hospitais estão relacionados a diversos factores e,


portanto, seu controle depende de acções em várias áreas, priorizando-se o desenvolvimento
de divulgação de informações, além da adoção de procedimentos correspondentes às boas
práticas de segurança para profissionais, pacientes e meio ambiente. As barreiras utilizadas na
prevenção de riscos são Equipamentos de Protecção Individual (EPI), Equipamentos de
Protecção Colectiva (EPC), adoção de medidas preventivas e imunização

2.3. Medidas de controlo de infecção

Entre as acções de prevenção e controle, destacam-se a higienização das mãos, a elaboração e


a aplicação de uma série de protocolos de prevenção, a aplicação de medidas de precaução e
isolamento, o gerenciamento do uso de antimicrobianos, protocolos de limpeza e desinfecção
de superfícies.

Segundo Pereira (2005), controlo de infecções hospitalares é fundamental para garantir a


segurança dos pacientes, a saúde dos profissionais de saúde e a prevenção da disseminação de
doenças dentro de um ambiente hospitalar. Existem vários métodos e medidas de controlo de
infecção que são implementados em hospitais e instituições de saúde e esses métodos
envolvem:

1. Higienização das mãos: A lavagem frequente das mãos é uma das medidas mais
eficazes na prevenção da propagação de infecções. Tanto profissionais de saúde
quanto pacientes devem praticar uma boa higiene das mãos.

2. Isolamento de pacientes: Pacientes com infecções contagiosas podem ser colocados


em isolamento para evitar a disseminação da doença. Existem diferentes tipos de
isolamento, incluindo isolamento de contacto, isolamento respiratório e isolamento
por precaução.

3. Uso de Equipamentos de Protecção Individual (EPI): Profissionais de saúde devem


usar EPI adequado, como luvas, aventais, máscaras e óculos de protecção, ao lidar
com pacientes infectados ou durante procedimentos que possam envolver exposição a
fluidos corporais.

4. Limpeza e desinfecção de superfícies: Superfícies e equipamentos em áreas


hospitalares devem ser regularmente limpos e desinfectados para evitar a

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contaminação cruzada. Isso inclui maçanetas, interruptores de luz, camas, monitores e
outros objectos de uso comum.

5. Controle de visitantes: Restringir o número de visitantes e implementar políticas de


triagem para visitantes com sintomas de infecções é importante para evitar a entrada
de agentes infecciosos no hospital (Brasil, 1998).

6. Vacinação: Profissionais de saúde devem ser vacinados contra doenças infecciosas,


como gripe, hepatite B e sarampo, para proteger a si mesmos e aos pacientes.

7. Esterilização e desinfecção de equipamentos médicos: Equipamentos médicos


reutilizáveis devem ser adequadamente esterilizados ou desinfectados entre os usos
para evitar a transmissão de infecções.

8. Uso racional de antibióticos: A administração prudente de antibióticos é fundamental


para evitar a resistência bacteriana. Os antibióticos devem ser prescritos apenas
quando necessário e de acordo com as directrizes apropriadas.

9. Educação e treinamento: Profissionais de saúde devem receber treinamento sobre


medidas de controlo de infecção e boas práticas. Os pacientes também devem ser
educados sobre como prevenir infecções.

10. Vigilância epidemiológica: Hospitais devem monitorar e relatar infecções


hospitalares para identificar surtos precocemente e implementar medidas de controlo.
(Fernandes, 2000).

11. Ventilação adequada: Uma boa ventilação nas áreas hospitalares ajuda a reduzir a
concentração de agentes infecciosos no ar, especialmente em salas cirúrgicas e áreas
de isolamento.

12. Manutenção da saúde do trabalhador: Profissionais de saúde devem ser


acompanhados quanto à sua saúde, especialmente se tiverem estado em contacto com
pacientes infectados.

Essas são apenas algumas das medidas e métodos que os hospitais e instituições de saúde
implementam para controlar infecções. A combinação de várias estratégias é essencial para
garantir um ambiente hospitalar seguro e reduzir o risco de infectos hospitalares. (Barbosa e
Abbot, 2006).

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2.4. Procedimentos invasivos em diferentes sectores do hospital

Os procedimentos invasivos são aqueles que promovem uma invasão ao organismo através de
instrumentos cirúrgicos. Além disso, os procedimentos e as cirurgias invasivas têm longa
duração, são mais agressivos e envolvem anestesia.

Para Schuler (2004, p. 37), os procedimentos invasivos fazem jus significado no universo da
cirurgia plástica: invasão do organismo por meio de instrumentos cirúrgicos. Os
procedimentos invasivos cirúrgicos que atingem órgãos internos mais procurados são:

 Cesarianas; (enfermeiros e médicos);


 Colecistectomia; (médicos);
 Cirurgia bariátrica de redução de estômago; (médicos);
 Cirurgia de laqueadura; (médicos);
 Vasectomia; (médicos);
 Reconstrução facial; (dentistas);
 Reconstrução de mama; (médicos).

Actualmente, os procedimentos minimamente invasivos mais demandados pela população


são:

 Vacinação (Realizado por todos os profissionais da saúde): A vacinação é um


procedimento fundamental para prevenir uma série de doenças infecciosas.
Profissionais da saúde, como enfermeiros, médicos, farmacêuticos e até mesmo
técnicos de saúde, desempenham um papel crucial na administração de vacinas e na
educação dos pacientes sobre a importância da imunização.
 Aplicação de Soro (Realizado por enfermeiros): A aplicação de soro é um
procedimento comum realizado por enfermeiros para administrar líquidos
intravenosos (IV) para hidratar ou administrar medicamentos directamente na corrente
sanguínea.
 Aplicação de Insulina (Realizado pelo próprio paciente leigo em saúde): Pacientes
com diabetes frequentemente aprendem a aplicar insulina por conta própria, sob
orientação médica. No entanto, o aprendizado inicial geralmente é supervisionado por
profissionais de saúde.
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 Injecções Medicamentosas (Realizado por enfermeiros, dentistas, farmacêuticos e
médicos): A aplicação de injecções medicamentosas é realizada por uma variedade de
profissionais de saúde, dependendo do medicamento e do propósito do tratamento.
Isso pode incluir enfermeiros, dentistas, farmacêuticos e médicos. (Gastal, 2004).
 Colecta de Sangue (Realizado por biomédicos): A colecta de sangue para exames é
realizada por biomédicos e técnicos de laboratório. Eles são treinados para colectar
amostras de sangue de forma estéril e segura.
 Transfusão de Sangue (Realizado por biomédicos): A transfusão de sangue é uma
prática médica que envolve a administração de sangue ou componentes sanguíneos a
pacientes que precisam. A administração segura é realizada por biomédicos ou
técnicos de laboratório especializados.
 Acupuntura (Realizado por todos os profissionais da saúde): A acupuntura é uma
técnica terapêutica que envolve a inserção de agulhas em pontos específicos do corpo
para tratar uma variedade de condições. Ela pode ser praticada por profissionais de
saúde treinados, como acupunturistas, fisioterapeutas ou médicos.
 Aplicação de Toxina Botulínica (Realizado por biomédicos, dentistas,
enfermeiros, farmacêuticos e médicos): A aplicação de toxina botulínica, como a
Botox, é realizada por uma variedade de profissionais de saúde qualificados, incluindo
biomédicos, dentistas, enfermeiros, farmacêuticos e médicos. É frequentemente usada
para fins cosméticos e médicos.
 Preenchimento com Ácido Hialurônico (Realizado por biomédicos, dentistas,
enfermeiros, farmacêuticos e médicos): O preenchimento com ácido hialurônico é
um procedimento estético que envolve a injeção de substâncias para preencher rugas
ou aumentar o volume facial. É realizado por profissionais de saúde qualificados.
 Tatuagens (Realizado por tatuadores não profissionais da saúde): A tatuagem
envolve a inserção de pigmentos na pele para criar desenhos ou padrões permanentes.
Tatuadores são especialistas em realizar tatuagens, mas geralmente não têm formação
médica.
 Maquiagens Definitivas (Realizado por maquiadores não profissionais da saúde):
A maquiagem definitiva, também conhecida como micropigmentação, envolve a
aplicação de pigmentos na pele para melhorar a aparência das sobrancelhas, olhos e
lábios de forma semi-permanente. Geralmente é realizado por profissionais de beleza
treinados, mas não profissionais da saúde.

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 Podologia (Realizado por podólogos): A podologia é uma área da saúde que se
concentra no diagnóstico e tratamento de condições dos pés e tornozelos. Os
podólogos são especialistas treinados em cuidados com os pés.

Portanto, esses procedimentos minimamente invasivos desempenham um papel importante na


promoção da saúde e no tratamento de várias condições médicas e estéticas. É essencial que
sejam realizados por profissionais qualificados para garantir a segurança e eficácia do
tratamento.

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2.5. Conclusão

Concluindo, a infecção hospitalar é um desafio significativo na área da saúde, pois envolve a


invasão e multiplicação de micro-organismos nocivos, representando riscos tanto para os
pacientes quanto para os profissionais de saúde. A prevenção e controle de infecções são
fundamentais para garantir a segurança dos pacientes e o bom funcionamento de instalações
de saúde.

Para prevenir a propagação de infecções hospitalares, são necessários métodos e medidas de


controlo, que incluem higienização das mãos, isolamento de pacientes, uso adequado de
Equipamentos de Protecção Individual (EPI), limpeza e desinfecção de superfícies, controle
de visitantes, vacinação, esterilização de equipamentos, uso racional de antibióticos, educação
e treinamento, vigilância epidemiológica, ventilação adequada e manutenção da saúde dos
profissionais de saúde.

Também, foram destacados procedimentos invasivos cirúrgicos e procedimentos


minimamente invasivos em diferentes sectores hospitalares. Os procedimentos invasivos,
como cirurgias, envolvem invasão do organismo com instrumentos cirúrgicos e são realizados
por profissionais qualificados, como médicos e enfermeiros. Por outro lado, os procedimentos
minimamente invasivos, como vacinação e aplicação de medicamentos, são demandados pela
população e realizados por uma variedade de profissionais de saúde.

Portanto, a prevenção e controle de infecções são cruciais no ambiente hospitalar para garantir
a segurança dos pacientes e profissionais de saúde. A escolha adequada de métodos e medidas
de controlo, juntamente com a realização competente de procedimentos invasivos e
minimamente invasivos, contribui para a qualidade da assistência médica e o bem-estar dos
pacientes. É fundamental que todos os envolvidos na área da saúde estejam cientes das
directrizes e boas práticas para o controle de infecções e a realização segura de procedimentos
médicos.

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2.6. Referencias Bibliográficas

Barbosa, L. R., & Abbot, L. K. (2006). Criteria for the definition of infections in clinical
trials. Reviews of Infectious Diseases, 4 (2), 77-84.

Donabedian, A. (1998). The role of the infection control committee in an integrated system
for the prevention and control of nosocomial infection. American Journal of Infection
Control, 26 (6), 541-547.

Fernandes, A. T. (2000). Controle de infecção hospitalar: Prevenção e manejo. Revista de


Epidemiologia e Controle de Infecção, 1470-1476.

Gil, A. (2008). Metodologia de pesquisa.

Oliveira, L. C., Armond, J. C., & Clemente, S. C. (2005). Desinfecção e esterilização:


Importância na prevenção de infecções hospitalares. Revista Brasileira de Ciências da
Saúde, 9 (29), 21-28.

Schuler, C. F. (2004). Desinfecção e esterilização: Fundamentos para a prática clínica.


Revista de Controlo de Infecção Hospitalar, 11 (3), 33-39.

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