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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE


LICENCIATURA EM ENFERMAGEM

PROVÍNCIA: Manica, SEMESTRE 2º, ANO: 1º Ano/2021-2022

DISCIPLINA: Prevenção e Controle de Infecções, CÓDIGO DA DISCIPLINA:

NOME DO ESTUDANTE: Ivan Rivano, NÚMERO: 51210515

ENDEREÇO DE CORREIO ELECTRÓNICO: irivano@isced.ac.mz

CONTACTO TEL/CEL: 844342695, Nº B.I:

TRABALHO Nº: 1, ASSINATURA DO ESTUDANTE: Ivan Rivano

DATA DE FECHO: 28 de marco de 2022, DATA DE SUBMISSÃO: 28 de Marco de 2022

TÍTULO DO TRABALHO: Condições que favorecem a transmissão de infecções hospitalares e


Precauções para evitar a transmissão de infecções hospitalares.

Declaração do estudante

Eu declaro que:

• Eu entendo o que significa plágio

• As implicações do plágio foram explicadas para mim pela instituição

• Este trabalho é todo meu e reconheci qualquer uso de trabalhos publicados ou não publicados
de outras pessoas.

COMENTÁRIOS DO TUTOR:____________________________________________________

NOME DO TUTOR: ________________

ASSINATURA DO TUTOR: ___________________________DATA:________________


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Saúde

Curso de Licenciatura em Enfermagem

Condições que favorecem a transmissão de infecções hospitalares e Precauções para evitar a


transmissão de infecções hospitalares.

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Enfermagem na UnISCED.
Tutor: Leonilde dos Santos Alves Muzonde

Nome do aluno:------------------------------------------------------------------- Código do estudante:


Ivan Rivano

Chimoio, Março de 2021


ÍNDICE

CAPITULO I: INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1

1.1 OBJECTIVOS........................................................................................................................... 2

1.1.1 Objectivo geral ....................................................................................................................... 2

1.1.2 Objectivos específicos ........................................................................................................... 2

1.2 Metodologia .............................................................................................................................. 2

CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 3

2.1 Infecção hospitalar .................................................................................................................... 3

2.2 Condições básicas que facilitam a propagação de infecções hospitalares ................................ 3

2.3 Precauções básicas recomendadas pelas directrizes do CDC para evitarem a transmissão de
infecções hospitalares. .................................................................................................................... 6

2.4 Tipos de precauções .................................................................................................................. 7

2.4.1 Precauções padrão .................................................................................................................. 7

2.4.2 Precauções de contacto ........................................................................................................ 10

2.4.3 Precaução para gotículas ...................................................................................................... 11

2.4.4 Precauções para aerossóis .................................................................................................... 11

CAPITULO III: CONCLUSÃO ................................................................................................... 13

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................... 14
CAPITULO I: INTRODUÇÃO

O presente trabalho enquadra-se na disciplina de Prevenção e Controle de Infecções do curso de


Licenciatura em Enfermagem, e faz parte de um trabalho de Revisão Bibliográfica, com âmbito
avaliativo. Este trabalho tem como objectivo principal abordar sobre as condições que favorecem
a transmissão de infecções hospitalares e Precauções para evitar a transmissão de infecções
hospitalares.

Sendo que De acordo com TORTORA (2005) diz que uma infecção hospitalar é definida como
sendo toda infecção adquirida durante a internação hospitalar, desde que sem indícios de estar
presente no momento da admissão no hospital ou também relacionada a algum procedimento
hospitalar como cirurgias realizadas por médicos hospitalares.

Neste contexto os profissionais de saúde estão diariamente expostos a diversas doenças


infectocontagiosas passíveis de serem transmitidas pelo contacto com sangue e outros líquidos
corporais de pacientes que nem sempre possuem uma doença clinicamente manifesta. Apesar das
vias de disseminação de infecção hospitalar não terem mudado, novas situações tornaram seu
controle mais problemático.

Sendo assim o CDC adoptou um conjunto de medidas de controle de infecção hospitalar


baseadas em duas categorias de precauções, que são: as Precauções Padrão e as Precauções
Específicas. A adopção de medidas de precaução na prática assistencial tem sido recomendada
para o cuidado a todo e qualquer paciente independente do conhecimento de seu diagnóstico, ou
seja, todo e qualquer paciente atendido deve ser considerado como potencialmente portador de
uma doença infecto-contagiosa transmissível pelo sangue e/ou fluidos corpóreos.

Este trabalho de revisão bibliográfica está dividido em três capítulos, dos quais o primeiro
capítulo apresenta a introdução e os objectivos do trabalho e a metodologia, explica-se de forma
detalhada, o processo de elaboração desta pesquisa e o material necessário para o
desenvolvimento da mesma. No Capitulo II, apresenta-se a Revisão Bibliográfica onde se
destaca alguns conceitos básicos da dissertação, importantes para o desenvolvimento desta
pesquisa. No Capitulo III, estão indicadas as conclusões, Por fim, são apresentadas as referências
bibliográficas usadas na elaboração deste trabalho.

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1.1 OBJECTIVOS

1.1.1 Objectivo geral

 Abordar sobre as condições que favorecem a transmissão de infecções hospitalares e


Precauções para evitar a transmissão de infecções hospitalares.

1.1.2 Objectivos específicos

 Conhecer as condições básicas que facilitam a propagação de infecções hospitalares;

 Conhecer as precauções básicas recomendadas pelas directrizes do CDC para evitar a


transmissão de infecções hospitalares.

1.2 Metodologia

Realizou-se uma colecta de material bibliográfico que proporciona conceitos e analises no que
concerne condições que favorecem a transmissão de infecções hospitalares e Precauções para
evitar a transmissão de infecções hospitalares, focando nos pontos chaves destacados no primeiro
parágrafo da introdução. Os dados utilizados para o referencial teórico foram colectados de livros
e artigos de autores que tratam da temática. Uma vez que para LAKATOS E MARCONI
(2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares,
suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes
examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é
muito mais amplo do que o das premissas que optei.

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CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Infecção hospitalar

De acordo com TORTORA (2005) diz que uma infecção hospitalar é definida como sendo toda
infecção angariada durante a internação hospitalar, desde que sem indicação de estar presente no
momento da admissão no hospital ou também relacionada a algum procedimento hospitalar
como cirurgias realizadas por médicos hospitalares.

Sendo assim pesquisas de vários autores estimam que 5 a 15% de todos os pacientes
hospitalizados conseguem algum tipo de infecção hospitalar. Uma vez que essas infecções são
resultado de uma comunicação de factores, que incorpora os microrganismos no ambiente
hospitalar, o estado de envolvimento do paciente e a cadeia de transmissão do hospital. Na maior
parte dos casos, a presença isolada desses factores não resulta na infecção, apenas quando estão
inter-relacionar-se. Entre os factores de risco para aquisição de uma infecção hospitalar está,
obviamente, a necessidade de um indivíduo ser subjugado a uma internação (TORTORA, 2005).

Entre os factores associados ao comprometimento do paciente que influenciam na


susceptibilidade a infecções estão incluídos a idade, principalmente recém-nascidos e idosos que
possuem uma imunidade fragilizada e os pacientes imunocomprometidos, como portadores
da AIDS e transplantados; o tempo de internação, que deve ser o mínimo possível, mas
contemplando todo o tratamento necessário; doenças crónicas como diabetes mellitus, que
interfere no processo de cicatrização da pele; doenças vasculares; entre outros tipos de doenças
TORTORA (2005).

2.2 Condições básicas que facilitam a propagação de infecções hospitalares

As condições básicas que facilitam a propagação de infecções hospitalares podem ser


categorizadas em:

1) Contacto.

2) Através de um veículo.

3) Ar.

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1. Contacto

Abrange três modalidades diferentes:

1) Contágio directo;

2) Contágio indirecto;

3) Projecção dinâmica das partículas através do ar.

Contágio Directo

De acordo com MELLO (1972) diz que o Contágio directo decorre do contacto pessoal de um
hospedeiro susceptível com outro, portador assintomático ou doente. A maioria das infecções
hospitalares é transmitida por contágio directo, através de mãos contaminadas.

A flora bacteriana das mãos é constituída de microorganismos residentes e transitórios. A


microflora residente forma a população bacteriana estável da pele, sendo encontrada na camada
queratinizada e também no epitélio celular e nos duetos glandulares. É composta por:
Staphylococcus epidermidis, Corinebactérium acnes e Lactobacilos sp. Tanto o pessoal
hospitalar, como o enfermo, transferem mutuamente microorganismos da flora transitória
durante as práticas de rotinas diárias (exame físico, curativos, mudanças de roupas, banhos)
(MELLO, 1972).

b) Contágio Indirecto

Para PESSOA (1972) diz que contágio Indirecto decorre do contacto pessoal de um hospedeiro
susceptível com os objectos inanimados, genericamente designados fômites e subsequentemente
transferência do material infectado para a boca, pele e mucosas lesadas.

Embora uma grande variedade de materiais hospitalares tenha sido envolvida em casos de
infecção, é necessário prudência na interpretação da presença de microorganismos em fômites,
pois nem sempre é suficiente para caracterizá-lo como via de transmissão. Sendo que entre os
materiais hospitalares, o instrumental cirúrgico é o que oferece sempre maiores riscos,

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principalmente aqueles que não podem ser esterilizados pelo calor: caéteres, humidificadores,
acessórios de anestesia e gasoterapia, e citoscópios (PESSOA, 1972)

c) Transmissão pela projecção dinâmica de partículas de Flugge

Conforme PESSOA (1972) são partículas expelidas pela tosse, fala e espirro constituem uma
modalidade de transmissão por contacto, já que implicam na associação relativamente íntima e
constante entre duas ou mais pessoas.

A profilaxia para esse tipo de transmissão depende mais do uso correto de máscaras do que de
uso de conhecimento de engenharia no que diz respeito aos recursos de engenharia para o
controle de aerossóis.

2. Transmissão mediante veículo

No ponto de visa de MELLO (1972) a transmissão mediante veículo acontece, quando a água, os
alimentos, os medicamentos, incluindo o sangue e anticépticos, servem de meio através do qual o
agente infeccioso passa de seu reservatório natural para um hospedeiro susceptível, por ingestão,
inoculação ou deposição sobre a pele e mucosas.

Alimentos - Água, alimentos crus e as formas lácteas são veículos importantes das infecções
adquiridas em hospital, tornando necessárias rigorosas medidas de higiene na cozinha e no
lactário.

Germicidas contaminados - Embora se saiba que as soluções de desinfectantes e anti-sépticos


podem sofrer contaminação e acarretar infecções graves, e mesma fatais, a devida atenção não
tem sido dada a esse problema na maioria dos hospitais Moçambicanos:

1) Soluções aquosas de quaternários de amónia ainda são utilizadas, apesar da possibilidade


de veicular infecções por Pseudomomas e outros microorganismos;

2) Soluções alcoólicas (tinturas) são mais eficientes, pois a acção germicida é intensificada
pelo álcool e pela cetona utilizada como solventes.

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3) Anti-sépticos à base de hexaclorofeno em concentração inferior a 3%, frequentemente
contaminam-se com bastonetes gram-negativos.

4) Apesar disso, na maioria dos hospitais, os desinfectantes e anticépticos são escolhidos em


função do preço ou de critérios subjectivos por razões económicas.

3. Transmissão através do ar

Segundo HUTZLER (1973) diz que o ar não tem flora microbiana própria e os microorganismos
nele encontrados decorrem de contaminação que se verifica através de vários agentes. Sendo que
durante a respiração normal, o ar expirado é praticamente estéril e a contaminação da atmosfera,
consequentemente nula. Todavia, durante a conversação, a tosse e principalmente o espirro, um
número variável de partículas contaminadas é expelido.

A profilaxia das infecções aerógenas envolve um conjunto de medidas: supressão de portadores,


uso obrigatório de máscaras e esterilização do ar por meios físicos ou químicos. A poeira
hospitalar é constituída por partículas que variam entre 10 e 150 micras. Seu papel na
transmissão das infecções hospitalares é indirecto pela contaminação de fômites. O controlo
dessa via de transmissão implica na eliminação de eventuais reservatórios e na limpeza e
desinfecção diária do ambiente.

2.3 Precauções básicas recomendadas pelas directrizes do CDC para evitarem a


transmissão de infecções hospitalares.

De acordo com ALONSO (2012), da entender que precauções são definidas como sendo medidas
adoptadas com finalidade de evitar a propagação de doenças transmissíveis, evitando assim, a
transmissão de microorganismos dos pacientes infectados para outros pacientes, visitantes ou
mesmo para os profissionais de saúde. Actualmente existem dois tipos de Precauções:

O CDC e a ANVISA adoptaram um conjunto de medidas de controlo de infecção hospitalar


baseadas em duas categorias de precauções, que são: as Precauções Padrão e as Precauções
Específicas. A adopção de medidas de precaução na prática assistencial tem sido indicada para o
cuidado de todo e qualquer paciente independente do conhecimento de seu diagnóstico.

As precauções padrão serão utilizadas quando existir o risco de contacto com:


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a) Sangue;

b) Todos os fluidos corpóreos, secreções e excreções com excepção do suor, sem considerar a
presença ou não de sangue visível; Pele com solução de continuidade;

c) Mucosas.

Precauções Específicas: As precauções específicas são aplicadas para pacientes nos quais há
suspeita ou confirmação de colonização ou infecção por patógenos transmissíveis e
epidemiologicamente importantes, que requerem medidas de controle adicionais baseadas na
forma de transmissão deste patógeno, a saber:

a) Transmissão aérea por gotículas;

b) Transmissão aérea por aerossol;

c) Transmissão por contacto.

As precauções específicas podem ser combinadas para as doenças que apresentam múltiplas vias
de transmissão. Quando adoptadas, seja isoladamente ou combinadas, devem ser usadas
associadas às Precauções Padrão.

2.4 Tipos de precauções

2.4.1 Precauções padrão

As Precauções Padrão apresentam um conjunto de medidas que devem ser aplicadas no


atendimento para todos os pacientes hospitalizados, não obstante do seu estado infeccioso,
incluindo neste momento a manipulação de equipamentos e materiais contaminados. Sendo
assim as Precauções Padrão deverão ser utilizadas quando existir o risco de contacto com:
sangue; todos os líquidos corpóreos, secreções e excreções, com excepção do suor, sem
considerar a presença ou não de sangue visível; pele com solução de continuidade e mucosas
(FERNANDES; FERNANDES; RIBEIRO FILHO, 2000).

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Higienização das mãos  Realizar a Higienização das mãos seguindo os cinco
momentos: antes do contacto com o paciente, antes da
realização de procedimento asséptico, após risco de
exposição a fluidos corporais, após contacto com o paciente
e após o contacto com as áreas próximas ao paciente;
 Realizar com água ou solução alcoólica;
 Retirar adornos.
Paramentação Luvas
 Utilizar luvas sempre que houver risco de contacto com
sangue, fluido corporal, secreção, excreção, pele não
íntegra e mucosa, com o objectivo de proteger as mãos do
profissional;
 Retirar as luvas imediatamente após o uso, antes de tocar
em superfícies ou contacto com outro paciente,
descartando-as;
 Trocar as luvas entre os pacientes. Trocar as luvas entre um
procedimento e outro no mesmo paciente;
 Higienizar sempre as mãos antes e imediatamente após a
retirada das luvas.
Máscara, óculos, protector facial
 Utilizar máscara e óculos de protecção sempre que houver
risco de respingos de sangue, fluido corporal, secreção e
excreção, com o objectivo de proteger a face do
profissional;
 Colocar máscara cirúrgica e óculos com protecção lateral,
para cobrir olhos, nariz e boca durante os procedimentos
com possibilidade de respingo de material biológico;
 A máscara cirúrgica e os óculos devem ser individuais;
 Retirá-los ao término do procedimento e higienizar as
mãos;
 Descartar a máscara cirúrgica no máximo a cada 2 horas de

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uso contínuo;
Avental
 Utilizar avental sempre que houver risco de contacto com
sangue, fluido corporal, secreção, excreção;
 Se houver risco de contacto com grandes volumes de
sangue ou líquidos corporais, usar avental impermeável;
 Retirar o avental após o procedimento e lavar as mãos;
 O avental quando rasgado deverá ser encaminhado para
lavanderia para avaliar condições de reparo.
Materiais e Equipamentos  Utilizar luvas ao removê-los e transportá-los em sacos
Utilizados durante o cuidado impermeáveis fechados ou carrinhos fechados para evitar
ao paciente contaminação ambiental;
 Atenção para o uso inadequado de luvas. Evitar tocar nas
superfícies.
Ambiente  Realizar rotina de limpeza e desinfecção das superfícies,
que incluem camas, colchões, grades, mobiliários do
quarto, equipamentos, e superfícies frequentemente tocada
a cada 24 horas e entre um paciente e outro (realizado pela
equipe de higienização);
 Piso e parede devem receber limpeza e desinfecção
sistemática, com água e sabão e desinfectante quaternário
de amónia.
Roupas  Manusear o material com cuidado, não reencapar as
agulhas, não as desconectar das seringas e não as dobrar;
 O descarte de agulhas, seringas e outros materiais
contaminados devem ocorrer o mais próximo possível da
área onde são gerados;
 Descartar em recipientes rígidos e resistentes a perfuração,
invioláveis;
 Seguir as orientações para montagem desses recipientes e
não ultrapassar o limite indicado pela linha tracejada.

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2.4.2 Precauções de contacto

De acordo com OLIVEIRA (2005) diz que estas precauções visam precaver a propagação de
microorganismos epidemiologicamente importantes a partir de pacientes infectados para outros
pacientes, profissionais, visitantes, acompanhantes, por meio de contacto directo ou indirecto.

 O paciente deve ser internado em quarto privativo ou,


caso não seja possível, coorte de pacientes com a mesma
Quarto privativo
doença, respeitando a distância mínima de um metro
entre os leitos;

Higienização das mãos  Realizar a HM seguindo os cinco momentos: antes do


contacto com o paciente, antes da realização de
procedimento asséptico, após risco de exposição a fluidos
corporais, após contacto com o paciente e após o contacto
com as áreas próximas ao paciente;
 Realizar com água ou solução alcoólica;
 Retirar adornos

Materiais perfuro- cortantes  Manusear o material com cuidado, não reencapar as


agulhas, não desconectá-las das seringas e não dobrálas;
 O descarte de agulhas, seringas e outros materiais
contaminados devem ocorrer o mais próximo possível da
área onde são gerados;
 Descartar em recipientes rígidos e resistentes a
perfuração, invioláveis
 Seguir as orientações para montagem desses recipientes e
não ultrapassar o limite indicado

Visitas  As visitas devem ser restritas e orientadas quanto a HM e


precauções específicas. Devem procurar a equipe de enfermagem
antes de entrar no quarto.

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2.4.3 Precaução para gotículas

Conforme APECIH (2012) embasa que Precauções por gotículas visam precaver a propagação
de microorganismos por via respiratória por partículas maiores que 5 micra de pacientes com
doença transmissível, geradas pela tosse, espirro e durante a fala.

Mascara cirúrgica  Colocar a máscara cirúrgica ao entrar no quarto do


paciente;
 Recomenda-se que todos os profissionais usem a máscara
cirúrgica independente se foram vacinados ou
apresentaram a doença;
 Orientar o paciente a cobrir a boca e nariz ao tossir ou
espirrar, utilizando lenço de papel, descartá-lo e logo
após, higienizar as mãos;
 Retirar a máscara ao sair do quarto. Trocá-la no tempo
máximo de um turno de trabalho

Transporte do paciente para  Antes de encaminhar o paciente, avisar o sector de


realização de exame realização do exame sobre as precauções de gotículas;
 O paciente deverá utilizar máscara cirúrgica durante todo
o período em que estiver fora de seu quarto

Visitas  As visitas devem ser restritas e orientadas quanto a HM e


uso de máscara; em caso de dúvida quanto o isolamento,
entrar em contacto com a equipe de enfermagem

2.4.4 Precauções para aerossóis

Segundo RODRIGUES e RICHTMANN (2008) Precauções para aerossóis são medidas


colocadas para pacientes com suspeita ou diagnóstico de infecção transmitida por via aérea com
partículas menores que cinco micra, que podem ficar suspensas no ar. Deve-se utilizar para o
cuidado deste paciente, área física específica, dotada de sistema de ar com uso de filtro especial e
pressão negativa, quando estes recursos estiverem disponíveis.

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Quarto Privativo  O paciente deverá ser internado em quarto privativo;
 É necessário quarto específico para acomodação do paciente,
dotado de sistema de ventilação de ar especial com pressão
negativa em relação às áreas adjacentes, filtragem de ar com
filtros de alta eficiência (se o ar for central e circular em outras
dependências), com seis a doze trocas de ar por horas;
 O ar deste quarto é considerado contaminado em relação ao dos
demais, por isso o ar presente neste quarto não deve atingir o
corredor; as portas e janelas devem ser mantidas fechadas, bem
vedadas e a troca de ar com o ar externo ocorre periodicamente,
porém o ar que sai do quarto passa por um filtro de alta
eficiência (saída de ar “limpo”);
 Caso o hospital não possua quartos com estas características
(quartos com pressão negativa), manter o paciente em quarto
privativo, com as portas fechadas e boa ventilação.

Higienização das  Realizar a Higienização das mãos seguindo os cinco momentos:


mãos antes do contacto com o paciente, antes da realização de
procedimento asséptico, após risco de exposição a fluidos
corporais, após contacto com o paciente e após o contacto com
as áreas próximas ao paciente;
 Realizar com água ou solução alcoólica;
 Retirar adornos.

Máscara tipo  É obrigatório o uso de máscara tipo respirador (N95 ou PFF2)


respirador (N95 ou) com eficiência de filtração de 95% de partículas com 0,3μ de
diâmetro;
 Colocar a máscara antes de entrar no quarto, retirá-la após fechar
a porta, estando fora do quarto, no corredor ou antecâmara;
 Verificar se a máscara está perfeitamente ajustada à face e com
boa vedação.

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CAPITULO III: CONCLUSÃO

Após a realização do trabalho de Revisão Bibliográfica que tem como tema Condições que
favorecem a transmissão de infecções hospitalares e Precauções para evitar a transmissão de
infecções hospitalares, tendo como principal objectivo abordar sobre as condições que favorecem
a transmissão de infecções hospitalares e Precauções para evitar a transmissão de infecções
hospitalares.

Deu para perceber que infecção hospitalar é percebida como sendo toda infecção angariada
durante a internação hospitalar, desde que sem indicação de estar presente no momento da
admissão no hospital ou também relacionada a algum procedimento hospitalar como cirurgias
realizadas por médicos hospitalares. Sendo assim conclui-se que para garantir o cumprimento
das Precauções Padrão e das Precauções Específicas é um desafio que deve ser enfrentado dia a
dia por todos aqueles que entram em contacto com o paciente.

O comprometimento dos profissionais na adesão ao uso dos equipamentos de protecção


necessários para atender o paciente em Precauções Específicas resulta em controlo da
transmissão de microorganismos no ambiente hospitalar, menor transmissão de doenças
infecciosas, menor tempo e custo de internação dos pacientes acometidos. A adopção de medidas
como a prática da higienização das mãos associada ao uso dos equipamentos de protecção
necessários e informações claras, garante um cuidado seguro, com maior qualidade na assistência
prestada e melhor satisfação do paciente.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALONSO, MA. La participación de lós pacientes em las decisiones clínicas. Medwave 2012;
12(3).

APECIH - Associação Paulista de Epidemiologia e Controle de Infecção Relacionada à


Assistência à Saúde. Monografia: Precauções e Isolamento 2012: 277 p.

FARRELL, J. A assustadora história das Pestes e Epidemias, São Paulo: Ediouro 2003.

FERNANDES, A. T., FERNANDES, M. O. V., RIBEIRO FILHO, N. Infecção Hospitalar e


suas Interfaces na Área da Saúde. Rio de Janeiro: Atheneu, 2000.

HUTZLER, R. U. et al. - Incidência de infecções hospitalares. Revista do hospital das


clínicas 28 (supl.), 1973.

Medidas de Precaução para Prevenção de Infecção Hospitalar. Procedimento Operacional


Padrão. POP/CCIH/005/2015/HULW

MELLO, Carlos G. de - A coordenação das medidas preventivas contra as infecções


hospitalares. Revista paulista de hospitais 20 (9), seet, 1972.

OLIVEIRA, A. C. Infecções Hospitalares: Epidemiologia, Prevenção e Controle. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

PESSOA, Alba Lins - Fontes de infecção no hospital, Revista paulista de hospitais 20 (8), ago.
1972.

RODRIGUES, E. Ap. C., RICHTMANN, R. IRAS: Infecção Relacionada à Assistência à


Saúde. Orientações Práticas. São Paulo: SARVIER, 2008

TORTORA, G.J, FUNKE, B. R, CASE, C. L. Microbiologia. -8. ed.- Porto Alegre: Artmed,
2005.

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