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1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
2 INFECÇÃO HOSPITALAR: IMPORTÂNCIA GLOBAL....................................... 4
2.1 Estratégias para medidas de prevenção ............................................................. 6
2.2 Higienização das Mãos (HM) .............................................................................. 8
2.3 Limpeza do ambiente........................................................................................ 11
2.4 Uso de jalecos/batas de uso individual ............................................................. 13
3 INFECÇÕES NO CONTEXTO GERAL .............................................................. 15
3.1 O Impacto da pandemia do Coronavírus X Controle das infecções hospitalares
...........................................................................................................................22
4 TIPOS DE INFECÇÕES ..................................................................................... 25
4.1 Conjuntivite ....................................................................................................... 30
4.2 Controle de infecções em Pediatria .................................................................. 32
5 ÉTICA E CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À
SAÚDE ...................................................................................................................... 35
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 37
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 INFECÇÃO HOSPITALAR: IMPORTÂNCIA GLOBAL
Fonte: shre.ink/myEb
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diagnósticos adicionais também produzem efeitos nos custos atribuídos (CORREIA,
2013).
As infecções hospitalares apresentam um problema global, visto que a
execução de programas de prevenção de infecções recebeu um reconhecimento
especial baseada na experiência do COVID-19 e da resistência a antibióticos. Houve
um aumento muito significativo de pacientes internados apresentando suspeita
ou colonização conhecida por determinados patógenos epidemiológicos, fazendo
com que estes pacientes possam sentir-se só, devido a vulnerabilidade durante sua
internação. Sendo assim, recomenda-se a permissão e envolvimento de
acompanhantes para visitas, pois possuem um impacto positivo na recuperação do
paciente.
Quando o paciente se encontra colonizado, ele apresenta risco de
transmissibilidade dos patógenos, ou seja, cuidados deverão ser executados para à
prevenção da saúde do acompanhante ou visitante (AV), porém não existem diretrizes
que garantam a adesão da criação de sugestões para esses indivíduos, resultando
em risco à saúde. A transmissão de microrganismos no ambiente hospitalar, é uma
grande preocupação e as infecções associadas à assistência à saúde (IRAS)
encontra-se entre as principais causas de morbimortalidade (SINÉSIO et al, 2018;
TAUFFER et al, 2019).
Se fizermos uma comparação entre os países desenvolvidos, iremos observar
que os percentuais de IRAS aumentaram 20 vezes mais do que quando comparadas
às de países desenvolvidos, ou em países em desenvolvimento. Fato este relacionado
ao baixo capital conduzido aos gastos com a saúde. A razão pela preocupação com
as IRAS, está relacionado à resistência aos antibióticos, devido seu uso frequente na
área da saúde beneficiando a escolha de cepas resistentes que podem multiplicar
facilmente no ambiente, caso não adotarem as medidas preventivas apropriadas
(PADOVEZE et al, 2019; SINÉSIO et al. 2018).
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2.1 Estratégias para medidas de prevenção
Fonte: bityli.com/SLQHutJC
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para outro ou para o meio ambiente ou para a segurança de pacientes, profissionais e
demais envolvidos na assistência à saúde. Os pacientes em precaução específica,
podem se sentir vulneráveis, desenvolvendo múltiplos sentimentos como: o medo da
piora de sua saúde ou que se torne uma ameaça para a comunidade, devido sua
condição ser contagiosa (JESUS; DIAS; FIGUEREDO, 2019).
O acompanhante é um representante da rede social do paciente que o
acompanha durante todo o período da internação, visando buscar melhorias em
termos de uma internação mais humanizada (BRASIL, 2010).
Eles poderão ser bastante úteis para prevenir a transmissão de infecções,
sendo indispensável que ambos recebam todas orientações necessárias sobre a PE,
em materiais informativos para pacientes, acompanhantes e visitantes, o que pode
ser a justificativa da precaução e medidas, os riscos, caso as medidas recomendadas
e as instruções de uso dos EPIs não forem corretamente seguidas (SIEGEL et al,
2007).
A Higienização das mãos (HM) é uma medida simples que deve ser utilizada
para prevenir à transmissão de microrganismos. É necessário ensinar a forma
adequada dessa higienização, não apenas para os envolvidos no cuidado à saúde do
paciente, mas a todos que estão em contato com ele (AZEVEDO et al, 2018).
Ao se ter contato com superfícies, objetos ou pessoas contaminadas, as mãos
tornam-se uma das principais vias de transmissão de patógenos, sendo
imprescindível ser higienizadas de maneira correta com água e sabão ou com
desinfetantes a base de álcool, principalmente soluções etanólicas ou isopropílicas
(SEQUINEL et al, 2020; WHO, 2009).
A maneira correta de se utilizar os EPIs, também foi sinalizada como uma das
principais ações de não conformidade feita pelos Acompanhantes e Visitantes (AV),
se forem utilizados corretamente, os EPIs como luvas, máscaras cirúrgicas e aventais,
os mesmos servirão como uma barreira física à transmissão de partículas infecciosas
presentes nos fluidos corporais (BROWN et al, 2019).
A Lei Federal nº. 9.431, de 06 de janeiro de 1997, e a Portaria nº. 2616 de 12
de maio de 1998, dispõem sobre a obrigatoriedade da existência de uma CCIH e de
um Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), respectivamente, nos
hospitais brasileiros. Constitui parte da CCIH/CCIRAS uma equipe multiprofissional
que atua de forma conjunta para evitar a transmissão e disseminação de
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microrganismos. Contudo, no que concerne à formação dos profissionais de saúde, o
tema de controle de IRAS não é abordado com a devida relevância, sendo raros os
cursos de graduação que abordem adequadamente essa temática, tendo como
consequência um grande hiato entre a prática e as recomendações do PCIH
(SINÉSIO et al, 2018; LÔBO et al, 2018; MENEGUETI et al, 2015; PADOVEZE et al,
2014).
Deste modo, é imprescindível o treinamento da equipe multidisciplinar para a
obtenção do êxito nos aspectos que tangem à prevenção e controle das IRAS
(SINÉSIO et al, 2018). Além disso, há necessidade de mudanças relacionadas as
atitudes e comportamentos dos profissionais de saúde para melhora da adesão em
relação às medidas preventivas específicas (GONZÁLEZ-ESTRADA et al, 2016).
Observa-se que muitas vezes, o significado e a utilidade das medidas de PE
não são bem esclarecidos aos AV, possibilitando o risco de contaminação ou da
transmissão de microrganismos para demais pessoas (JUSKEVICIUS et al, 2016;
PADOVEZE et al, 2019; SIEGEL et al, 2009). Outra situação que merece destaque se
refere à utilização equivocada dos EPIs. Em alguns casos, o uso de EPIs por AV é
negligenciado pois envolve sentimentos de desconforto ao ter como imposição uma
barreira física, como avental e luvas, para lidar com o paciente (MARQUES et al, 2014;
REIS et al, 2015).
Por outro lado, estudos apontam que frequentemente, a utilização de EPIs não
é totalmente esclarecida ou compreendida, ocasionando muitas vezes o uso
desnecessário desses equipamentos sucedendo a elevação dos custos relacionados
ao aumento do seu uso (REIS et al, 2015; SANTOS et al, 2018).
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Fonte: shre.ink/my0G
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evidenciando a importância da limpeza das mãos na prevenção de doenças
infectocontagiosas (STAPENHORST, 2019).
A higienização das mãos (HM) tem duas finalidades:
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utilize movimentos de vai e vem ou circulares durante a higienização das bancas, pois
esses movimentos espalham sujidade (STAPENHORST, 2019).
Os métodos de limpeza de superfícies em serviços de saúde abrangem a
limpeza concorrente (diária) e a limpeza terminal. A limpeza terminal é,
principalmente, utilizada em ambientes hospitalares e Unidades de Pronto
Atendimento (UPAs), pois é realizada com máquinas de lavar piso e com produtos
químicos mais fortes. O serviço de saúde que mais faz uso desse tipo de limpeza são
os hospitais e as upas.
Fonte: shre.ink/my01
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hipoclorito, necessita ser aplicado em toda a superfície do piso, utilizando um pano
limpo (STAPENHORST, 2019).
Fonte: shre.ink/myHu
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para a transmissão de microrganismos, o que poderia contribuir para o aumento das
infecções associadas aos cuidados de saúde (CARVALHO, 2009).
Ressalta-se também que essas vestimentas não constituem apenas risco para
a transmissão de microrganismos aos pacientes, pois os profissionais de saúde, de
forma geral, realizam a higienização de suas vestimentas em seus domicílios, o que
potencialmente gera riscos para a família e comunidade onde estão inseridos
(HIGGINSON, 2011).
Grande parte dos profissionais de saúde acredita que as roupas podem ser
veículos de transmissão de infecções hospitalares, o que é suportado por evidências
científicas frágeis. Assim, para comprová-las, é necessário que sejam testadas e
examinadas, quantificando-se e qualificando-se os microrganismos presentes nas
vestimentas (CARVALHO, 2009).
Em alguns hospitais, o uso de jalecos/batas de uso individual vem sendo
restrito às áreas de assistência a pacientes. Orientados por normas internas, os
colaboradores devem retirar o jaleco antes de saírem das unidades, em especial da
unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal/pediátrica e até de adultos, para entrarem
no refeitório sem esse equipamento de proteção individual (EPI).
Recomenda-se também que os profissionais de saúde utilizem um jaleco/bata
de uso individual novo (limpo) todos os dias, promovendo, assim, maior controle de
infecções dentro e fora dos hospitais, visto que também não está aconselhado esse
tipo de roupa em áreas e/ou vias públicas (Recife – Lei no 17.601/2009/São Paulo –
Projeto Lei no 687/2009).
É importante diferenciar os jalecos/batas de uso pessoal dos aventais
(descartáveis/tecido) indicados em casos de risco de contaminar a roupa das equipes
multiprofissionais e para proteger a pele no contato com sangue e fluidos corporais. A
indicação e a escolha do tipo de avental baseiam-se na natureza da intervenção com
o paciente, incluindo o grau esperado de contato com material infectante e o potencial
de penetração de sangue e fluidos no avental. Se os aventais forem do tipo
impermeável a líquidos, a utilização de cobertura de pernas, botas ou de sapatos
aumenta a proteção da pele quando há presença ou possibilidade de respingos ou
grande quantidade de material infectante (HINRICHSEN, 2018).
É importante lembrar que os aventais deverão ser retirados após contato com
pacientes e não deverão ser reutilizados antes de serem reprocessados, devendo ser
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retirados na saída do quarto/enfermaria/unidade assistencial, seguindo-se a
higienização das mãos. Além disso, eles não devem ser reutilizados de um paciente
para o outro e, após uso, precisam ser depositados em recipiente apropriado, não
devendo ser pendurados para uso posterior, especialmente em unidades de
neonatologia, pediatria e berçários.
A cultura de prevenção de infecções hospitalares deve contemplar não só a
mudança de comportamento da equipe e dos profissionais de saúde, mas também da
família que acompanha o paciente e permanece no ambiente hospitalar, bem como
da comunidade a que pertence. A atualização e o treinamento das equipes são
essenciais para garantir boas práticas de saúde e minimizar o risco de contágio
(CAETANO, 2020).
Fonte: shre.ink/my0b
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O uso de filtros higroscópicos e de sistemas de aspiração fechada pode acarretar
benefício por diminuir a frequência de desconexão do ventilador.
Da mesma forma, os procedimentos que utilizam circulação extracorpórea,
como hemodiálise e oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), aumentam as
chances de infecção de corrente sanguínea por contaminação dos circuitos e até
mesmo das soluções as quais foram utilizadas no procedimento. A prática da
automedicação induz ao consumo incorreto e indiscriminado de medicamentos,
especialmente antibióticos. Isso contribui para que cepas resistentes e seletivas
surjam no ambiente hospitalar, favorecendo infecções (HINRICHSEN, 2018).
A Lei Federal no 9.431, de 1997, regulamentada pela Portaria no 2.616, exige
que os hospitais mantenham um programa de controle de IrAS (infecções hospitalares
– IH), e estabeleçam dados epidemiológicos, pesquisar de vigilância epidemiológica
para identificação de eventos, determinar causas e possibilitar a proposição de
medidas administrativas coerentes e oportunas, obrigando ter um controle dos
procedimentos invasivos, à aplicação efetiva de técnicas de limpeza, desinfecção,
antissepsia, esterilização e isolamento.
Os processos judiciais a que estão expostos os hospitais, são outra razão
importante para prevenção e controle de IrAS/IH. O hospital possui a responsabilidade
de resguardar a incolumidade do paciente em tudo que possa lhe causar dano.
O artigo 159 do Código Civil mostra que aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, causar prejuízo a outrem fica obrigado a
reparar o dano. É de responsabilidade do hospital o trabalho de seus funcionários. Em
um processo jurídico, o prestador avaliado culpado poderá ser obrigado a indenizar o
paciente ou familiares, e, além dos danos à sua imagem, também poderá vir a perder
seu alvará, afetando sua lucratividade e viabilidade.
Os profissionais, estão sujeitos às sanções do código de ética e órgãos de
classe. O artigo 1.545 do Código Civil estabelece que médicos, cirurgiões,
farmacêuticos, parteiras e dentistas ficam obrigados a satisfazer o dano sempre que,
da imprudência, negligência ou imperícia em atos profissionais, resultar morte,
inabilitação de servir ou ferimento. O artigo 1.538 aborda da liquidação das obrigações
resultantes de ato ilícito, enquadrando-se neste as IrAS por imperícia, imprudência ou
negligência.
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O próprio Ministério da Saúde coloca a IrAS/IH como a provável quarta causa
de óbito. As vantagens de um programa ativo de prevenção e controle das infecções
são inquestionáveis, destacando-se a diminuição da morbimortalidade e dos custos.
Quando se trata de saúde é especificamente delicado, principalmente abordar
a questão econômica, mas a falta de recursos financeiros, tem exigido dos
administradores e profissionais de saúde a busca da eficácia e eficiência do
tratamento ao menor custo possível. A redução de custos não implica a perda de
qualidade assistencial, ao contrário: um hospital com bom gerenciamento financeiro
tem condições de reverter o resultado desse trabalho na educação continuada de seus
profissionais, em hotelaria (na modernização do espaço físico) e na aquisição de
equipamentos de última geração que trarão mais conforto, proporcionando maior
confiabilidade na assistência aos pacientes (HINRICHSEN, 2018).
Os custos dessas IrAS são três: diretos, quando efetuados pelo hospital e pelo
paciente; indiretos, quando há parada ou descontinuidade do trabalho e da produção
decorrentes do afastamento do paciente; e intangíveis, que são relacionados com as
alterações emocionais e psicológicas no paciente resultantes da doença.
Atualmente, a maioria das instituições de saúde do Brasil não dispõe de um
sistema técnico, detalhado e consistente de custos para estabelecer o preço de seus
serviços, além de apresentarem desperdício ou má aplicação de seus recursos, visto
que uma instituição de saúde que não conheça seus custos, provavelmente terá
graves problemas na administração de seu fluxo de caixa.
Portanto as IrAS constituem em um problema grave e um desafiador, exigindo
trabalho ininterrupto. Todos no hospital, pacientes, familiares, funcionários, médicos e
fornecedores, são responsáveis pela prevenção e controle da IH.
Uma CCIH/gerência de risco/qualidade, estruturada e eficaz, com uma equipe
de profissionais comprometida em obter a diminuição dos índices de infecção,
acarretará melhoria significativa na qualidade da assistência aos pacientes e
expressiva redução de custos, assim como de processos judiciais (HINRICHSEN,
2018).
O processo de qualidade nos serviços de saúde ligada à questão das IrAS é
uma temática que continua evocando atenção no cenário mundial para a concepção
da cultura de segurança do paciente. Trata-se de evento não somente biológico, mas
histórico e social, que causa impacto direto na segurança da assistência à saúde, e
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constitui um dos principais desafios mundiais para a qualidade dos cuidados em
saúde.
Antibioticoprofilaxia
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A indicação de antibioticoprofilaxia cirúrgica, quando realizada, visa à
prevenção de infecção cirúrgica, local, porém não previne outras infecções já
existentes, como as urinárias, pneumonia ou infecção de cateter. Deverá ser iniciada
1 h antes do procedimento (coincidindo geralmente com o momento da indução
anestésica) e descontinuada logo após. Cirurgias com mais de 4 h, deve-se repetir a
dose após 2 h da primeira e suspender posteriormente.
Os antibióticos empregados como profiláticos em procedimentos cirúrgicos são
a cefazolina e a cefalotina, ambas cefalosporinas de primeira geração e com espectro
semelhante para microrganismos comuns como Staphylococcus aureus/epidermidis
e Escherichia coli. A cefazolina é preferida à cefalotina, por sua meia-vida sérica
tecidual maior (4 h), possibilitando uma excelente ação sobre as principais bactérias
de interesse cirúrgico (HINRICHSEN, 2018).
Devido a cefalotina, possuir meia-vida mais curta (2 h), obriga ao aumento do
número de doses a cada hora. A repetição do antibiótico profilático intraoperatório
deverá ocorrer se o tempo cirúrgico ultrapassar a meia-vida do antibiótico escolhido.
Translocação bacteriana
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A função intestinal normal abrange um complexo processo de digestão e
absorção de alimentos. Devido à quantidade imensa de bactérias em seu lúmen, o
intestino grosso possui um intricado sistema de defesa, o qual ajuda a reconhecer
nutrientes que serão absorvidos de endotoxinas e bactérias que necessitam ser
excluídos. Esse mecanismo de prevenção engloba um sistema imune ativo, a barreira
mucosa e a peristalse, entre outros (HINRICHSEN, 2018).
Em ocasiões em que existe deficiência imunológica, como idade avançada;
doenças associadas a diabetes melito; depressão; epilepsia; instabilidade
hemodinâmica após procedimentos cirúrgicos prolongados (maiores que 3 h), com
ampla perda sanguínea (sangramentos durante cirurgias e ou após estas); precisão
de reposição sanguínea (hemotransfusões de concentrado de hemácias);
desnutrição; episódios de constipação intestinal com uso de medicamentos laxantes
que possam levar a desequilíbrio hídrico (desidratação), seguidos de diarreia e/ou
alterações gastrintestinais, podem causar quebra física da barreira mucosa, aumento
da permeabilidade mucosa e estase intestinal. A translocação bacteriana para
linfonodos mesentéricos tem sido demonstrada.
Em episódio de obstrução intestinal, as causas possíveis para o aumento da
translocação bacteriana seriam a estase fecal, que determina uma quebra de balanço
ecológico da microflora intestinal (com rápido aumento da população bacteriana), e a
isquemia, que leva a déficit de irrigação e lesão da barreira mucosa.
Escherichia coli (E. coli), Proteus mirabilis e Klebsiella pneumoniae são
bactérias gram-negativas, aeróbias bastante encontradas em culturas. São as
bactérias, principalmente a E. coli, que mais se translocam, em particular quando há
fatores de risco associados, que afetam a imunidade do indivíduo. Os patógenos mais
envolvidos nas infecções do paciente grave são E. coli, Pseudomonas aeruginosa,
Staphylococcus aureus e Enterococcus spp., acontecendo principalmente em
infecções ginecológicas, obstétricas e intraperitoneais.
Outro fator importante na incidência de translocação, é o aumento da
população bacteriana sobretudo porque o intestino delgado exibe maior
suscetibilidade em relação ao colo, devido às diferenças estruturais e fisiológicas entre
os intestinos delgado e grosso, e, ainda, porque ele é um órgão frequentemente
afetado nos estados de hipoperfusão ou na evolução de doenças inflamatórias
abdominais (HINRICHSEN, 2018).
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3.1 O Impacto da pandemia do Coronavírus X Controle das infecções
hospitalares
Fonte: bityli.com/TpYKhFAH
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É importante saber que quando mencionamos sobre leitos de UTI’s é
necessário saber quantos existem no país, essas informações facilmente podemos
encontrar no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) que em 2020
indicavam a totalidade de 86.392 leitos complementares, sendo 51,6% públicos ou
contratados pelo SUS e os remanescentes 48,4% de propriedade privadas.
Contudo, 31.940 são leitos de UTI Adulto e 4.938 de UTI Pediátrica, sendo,
respectivamente, 15.322 (48,0%) e 2.669 (54,1%) ‘leitos do Sistema Único de Saúde
(SUS)’ (BRASIL, 2020; ARAÚJO et al., 2021).
A Portaria GM/MS nº 237 e 414/GM/MS, de 18 de março de 2020, autoriza a
habilitação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva Adulta e Pediátrica, para
acolhimento exclusivo dos pacientes COVID-19, por esta razão, é necessário a
inclusão na Tabela de Leitos do CNES, Tipo 03 - Complementar, o Leito 51 - UTI II
Adulto - COVID-19 e o Leito 52 - UTI II Pediátrica - COVID-19.
Entretanto, em julho de 2020, continuaram cadastrados 20.203 leitos COVID-
19 Adultos e 729 leitos COVID-19 Pediátricos, sendo, simultaneamente, 10.228
(50,6%) e 200 (27,4%) SUS (VITÓRIA & CAMPOS, 2020).
Este acréscimo nas UTI,s simboliza cerca de 35,3% sobre a totalidade de leitos
complementares do período imediato anterior à pandemia aos meses de janeiro e
fevereiro onde 58,7% de ampliação, sobre o somatório dos leitos de UTI Adulto e
Pediátrico existentes em janeiro e fevereiro de 2020 (35.682 leitos à época). O maior
desenvolvimento proporcional aconteceu na Região Sudeste (48,3%), seguido das
Regiões Nordeste (24,7%), Sul (13,0%), Norte (6,0%) e Centro-Oeste (8,0%)
(CAMPOS & CANABRAVA, 2021).
Exclusivamente foram oferecidos a habilitação de leitos de UTI,s durante a
pandemia de COVID-19, pelo Ministério da Saúde (MS) onde foi regulamentada pela
Portaria GM/MS nº 568, de 26 de março de 2020. No período de abril a agosto de
2020, foram habilitados 12.244 leitos de UTI,s COVID-19 adultos e 249 leitos de UTI,s
COVID-19 pediátricas, a partir de 156 diferentes portarias ministeriais. Neste cenário
atual foram habilitados 100% dos leitos SUS COVID-19, tanto adulto quanto pediátrico
estão prontos para receber os pacientes de Coronavírus (BRASIL, 2020; MARQUES
et al., 2021).
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De acordo com Oliveira, Lucas e Iquiapaza (2020), a SCIH precisou intervir nas
medidas de precaução devido ao potencial de sobrevivência do vírus no ambiente por
vários dias, e nas instalações e áreas com grande potencialmente de contaminados
por SARS-CoV-2. Essas medidas de precaução são para todos os ambientes
hospitalares comuns e restritos, onde antes de serem reutilizadas, devem ser limpas
com produtos que contenham agentes antimicrobianos conhecidos por sua eficácia
contra os Coronavírus.
Segundo Neri et al. (2021), os testes realizados com álcool 70% exibiram um
efeito de desinfecção esperado para dois tipos de Coronavírus (vírus da hepatite de
camundongo e vírus da gastroenterite transmissível) em seguida um minuto de
contato em comparação com 0,06% de sódio hipoclorito também.
Exames realizados com SARS-CoV-2 mostraram que o hipoclorito de sódio
possui eficácia em uma concentração de 0,05% a 0,1% após cinco minutos quando é
agregado a um material contendo SARS-CoV-2. Conforme Moreira, Meirelles e Cunha
(2022), relata que a transmissão do SARS-CoV-2 acontece de pessoa para pessoa
que através da autoinoculação do vírus em membranas mucosas (nariz, olhos ou
boca) e do contato com superfícies inanimadas infectadas, por este motivo, se
fazendo necessário uma prevenção de medidas de proteção humana a fim de evitar
a contaminação de pessoas.
Essas medidas são imprescindíveis para a prevenção da transmissão
relacionada à higienização das mãos, considerada uma medida de baixo custo e alta
efetividade, por serem as mãos o principal veículo de contaminação cruzada. Segundo
Dias et al. (2021), comenta que a higienização das mãos, que contempla todas as
metas internacionais de segurança do paciente, trabalhadas em cima da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), protocoladas como medidas assistenciais
como barreira essencial e eficaz para a proteção do paciente e do trabalhador de
saúde.
Considerando essa perspectiva no momento atual, observa-se que o
trabalhador passou a perceber quando existe a falta dos insumos essenciais a essa
prática, como lavatórios e torneiras danificados, ou se os dispensadores de álcool gel,
sabões e papel toalha estão vazios.
Já Silva, Emily e Souza (2022), relatam que o monitoramento entre os colegas
de trabalho quanto à realização da técnica correta da higiene das mãos, uma vez que
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a disseminação do SARS-CoV-2, do mesmo modo, alcançava toda a equipe
interdisciplinar. A promoção da higiene das mãos é essencial para minimizar a
transmissão do SARS-CoV-2 de outras patologias. Os Equipamentos de Proteção
Individual (EPI,s) e Coletivo (EPC,s), ambos em contato com o pacientes
contaminados por várias patologias entre elas o Coronavírus.
Entretanto Teixeira et al. (2020) comenta que a exposição dos profissionais de
saúde nas UTI’s com relação ao vírus da COVID-19 tem uma magnitude de riscos
ocupacionais, devidos as horas exaustivas, não somente voltados aos
perfurocortantes e riscos biológicos em geral, por executar inúmeros e diferentes
procedimentos. Por este motivo, se faz necessário o uso regular e intermitente dos
EPI’s veste de sua relevância na minimização das possibilidades de se desenvolver
uma doença ou acidentes provenientes do trabalho executado.
A SCIH tem um papel fundamental que é a fiscalização nestes ambientes
hospitalar, que é um local altamente periculoso, que nenhum profissional da saúde
está isento de acidentes causados por materiais biológicos ou doenças ocupacionais,
o uso de EPI’s é fundamental para os profissionais, cabe a eles julga-se útil o uso e
incentivar o uso frequente desse recurso durante a atividade laboral. Ainda assim,
todos os profissionais de saúde tiveram que passar por treinamentos intensivos,
principalmente com os cuidados direto com os pacientes (ROCHA; ROCHA;
MADUREIRA, 2021).
4 TIPOS DE INFECÇÕES
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Fonte: shre.ink/myxO
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Os pacientes que apresentam maior risco de contrair IrAS nos hospitais são os
neutropênicos, os submetidos a cirurgias, os internados em UTI, os politraumatizados
e os grandes queimados (HINRICHSEN, 2018).
As infecções podem gravíssimas ou assintomáticas, como, por exemplo, as
bacteriúrias assintomáticas, associadas ao uso do cateter vesical. Em geral, as mais
graves, com maior taxa de letalidade, são as pneumonias associadas à ventilação
mecânica (PAV). Estima-se que 90% das IrAS/IH sejam causados por bactérias, 9%
por fungos e 1% por vírus, protozoários e helmintos.
A taxa de incidência de IrAS/IH depende da técnica de vigilância
epidemiológica, dos critérios de diagnóstico e fatores de risco presentes em
determinada unidade em um dado tempo. Os fatores de risco podem ser intrínsecos
ou extrínsecos. Os intrínsecos ocorrem quando há predisposição para a infecção,
determinada pelo tipo e gravidade da doença de base do hospedeiro e que pode ser
modificado pela terapêutica habitual da doença. Os fatores de risco extrínsecos são
vários, como: disponibilidade de técnicas invasivas; metodologia da coleta de dados;
grau de atuação e atualização do serviço de controle da IrAS; qualidade técnica e
nível de compromisso da equipe de saúde e higiene hospitalar, que compreende
higienização de mãos da equipe de saúde, métodos de assepsia e antissepsia
utilizados nos procedimentos invasivos, limpeza ambiental, desinfecção e
esterilização do equipamento e instrumental, qualidade do ar e da água.
As doenças microbianas são fenômenos multicausais que decorrem da
existência de um agente infeccioso em número suficiente; uma via de acesso ao
hospedeiro; uma porta de entrada e um hospedeiro suscetível (HINRICHSEN, 2018).
A primeira condição é fácil de ser atendida, pois o hábitat humano é um
riquíssimo reservatório de microrganismos. O próprio corpo humano tem abundante
microbiota composta de bactérias, vírus, fungos e protozoários de baixa virulência que
permanentemente nele habitam. Para que se inicie o processo infeccioso, é
necessário que a população microbiana seja suficientemente virulenta ou numerosa
para superar a resistência anti-infecciosa do hospedeiro. A dose infectante (mínimo
de organismos para iniciar o processo infeccioso) varia de acordo com a virulência do
agente, a porta de entrada e o hospedeiro.
A via de transmissão entre o reservatório infeccioso (local em que o agente vive
e se reproduz) e o hospedeiro pode ser: contato direto (profissional, familiar, social,
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sexual); água, alimentos; fômites (roupas e objetos); vetores mecânicos (utilizados
como meios de transporte do agente) e vetores biológicos (usados como meios de
transporte, instrumentos para incubação e, algumas vezes, como hospedeiros
intermediários).
A porta de entrada pode ser a via digestiva, a pele, a conjuntiva ou o sistema
geniturinário. A suscetibilidade à infecção está relacionada com patrimônio genético,
idade, inibição dos mecanismos de defesa naturais e/ou adquiridos, integridade
anatômica dos tecidos e, em alguns casos, sexo. O termo infecção está associado à
ideia de doença mais do que à ocorrência de um agente infeccioso sem conotação
patológica (HINRICHSEN, 2018).
Diz-se que há contaminação quando os microrganismos estão transitoriamente
presentes na superfície do corpo humano sem invasão tissular ou reação fisiológica.
Esse termo também se refere a microrganismos em objetos inanimados.
A colonização é o crescimento de um microrganismo em um hospedeiro sem
nenhuma manifestação clínica ou reação detectável no momento do isolamento. Há
infecção quando se registram efeitos anatômicos e fisiopatológicos resultantes da
interação anormal do hospedeiro com um microrganismo qualquer.
As doenças infectocontagiosas decorrem da agressão direta ou indireta de um
agente infeccioso inexistente na microbiota do hospedeiro. São etiologicamente
específicas e tipicamente comunitárias, pois acometem os indivíduos saudáveis. As
complicações infecciosas resultam de um desequilíbrio entre os mecanismos anti-
infecciosos do hospedeiro e sua microbiota normal (HINRICHSEN, 2018).
A frequência das complicações de IrAS varia de acordo com a causa da
internação, o estado do paciente e o tipo de assistência que recebe. A suscetibilidade
à infecção pode ser de origem congênita ou adquirida. As imunodeficiências
adquiridas são encontradas em condições como AIDS, algumas viroses,
prematuridade, trauma, neoplasias malignas, desnutrição, diabetes, sarcoidose,
fibrose cística e envelhecimento; além de receptores de órgãos, que são suscetíveis
a IH devido à supressão da imunidade celular. A suscetibilidade também pode ser
induzida por medicamentos, como antibióticos, corticosteroides, anti-helmínticos,
gases anestésicos e imunossupressores.
Infecção broncopulmonar, supuração de ferida cirúrgica, infecção do sistema
urinário e sepse de outros focos (primária e secundária) representam 80% das
28
complicações infecciosas hospitalares. Entre as menos frequentes estão:
gastroenterites (3%); supuração de úlceras por pressão (2%); infecção intra-
abdominal em paciente não operado (1%); impetigo (1%); conjuntivite (1%); otite (1%);
e outras. A maioria das complicações IrAS está associada a um procedimento de risco.
Em torno de 65 a 80% das complicações infecciosas do sistema urinário
ocorrem após cateterização vesical, podendo chegar a mais de 90% em pacientes
ginecológicas; e 60 a 65% dos casos de sepse hospitalar manifestam-se após
instrumentação vascular (dissecção venosa, punção para acesso venoso profundo,
inserção de cateter de Swan-Ganz ou cateterização arterial), podendo chegar a 80%
em pacientes cirúrgicos. Cerca de 50 a 55% das complicações do sistema respiratório
inferior ocorrem após intubação oro ou nasotraqueal com ou sem ventilação
mecânica, podendo chegar a mais de 80% em pacientes cirúrgicos (HINRICHSEN,
2018).
Inserção de Cateteres e Drenos
29
4.1 Conjuntivite
Fonte: shre.ink/myDw
30
preservativo, contendo alcaloide ou antibiótico, devem ser utilizados por até 1 semana,
desde que conservados à temperatura entre 2 e 8°C.
Deve-se evitar o uso fracionado de medicações intravítreas, assim como o uso
de solução antisséptica (iodopovidona ou clorexidina) em almotolias reenvasadas,
dando-se preferência a frascos descartáveis de uso único. Não se deve, também,
reaproveitar sobras de solução viscoelástica.
Os critérios diagnósticos das infecções oculares nosocomiais devem classificá-
las como conjuntivites e outras infecções oculares, não devendo ser relatadas as
causadas por instilação ocular de nitrato de prata e as que ocorrerem como
manifestação de uma doença viral disseminada. Infecções oculares pós-cirurgias são
definidas como aquelas que ocorrem no período de até 30 dias após o procedimento
cirúrgico, ou no período de até 1 ano após o procedimento, se houver implante ocular.
Infecções oculares que se desenvolvam 7 a 14 dias após a alta hospitalar também
devem ser vistas como IrAS na ausência de vínculo epidemiológico sugerindo
aquisição na comunidade (HINRICHSEN, 2018).
As infecções oftalmológicas relacionadas a cirurgias e procedimentos
oftalmológicos devem ser notificadas e discutidas com equipe multiprofissional, para
a elaboração de planos de ação para evitar o surgimento de novos casos na instituição
de saúde/hospital.
Assim, a introdução de práticas e cuidados gerais, em especial durante os
procedimentos de manipulação ocular, cirúrgicos ou não, é essencial para prevenção
de infecções oculares. Por isso, medidas gerais deverão ser sistematizadas para a
prevenção de infecção ocular relacionada a procedimentos não cirúrgicos e/ou
cirúrgicos, como a higienização das mãos com água e sabão e/ou solução alcóolica
antes e após a manipulação ocular e o uso domiciliar de medicamentos tópicos. É
também importante não compartilhar com outras pessoas frascos de medicamentos
oculares tópicos, assim como evitar contato do conta-gotas dos frascos de
medicamentos com pálpebras, cílios, sobrancelhas e pele facial.
Ao sinal de blefarite, conjuntivite ou outras infecções sistêmicas e/ou locais, os
procedimentos cirúrgicos deverão ser adiados.
31
4.2 Controle de infecções em Pediatria
Fonte: shre.ink/my0s
➢ Imaturidade imunológica;
➢ Ausência de contato anterior com patógenos;
➢ Anomalias congênitas que propiciem quebras de barreiras anatômicas;
➢ Doenças de base motivadoras de internação;
➢ Falta de controle esfincteriano (nas de pouca idade);
➢ Fase oral do desenvolvimento;
➢ Contato físico com pessoas aumentado, possibilitando exposição a
microrganismos patogênicos;
➢ Atividades em salas de jogos/brinquedos não adequadamente
limpos/higienizados;
➢ Contato com animais de estimação para fins terapêuticos sem controle
e acompanhamento.
33
constante de acompanhantes, nem sempre esclarecidos sobre as chances de
infecção cruzada e de contaminação de dispositivos, e os deslocamentos/movimentos
da criança (berço/cama-colo e vice-versa) aumentam as possibilidades de infecções
cruzadas; portanto, devem ser controlados e preveníveis.
Na pediatria, assim como com os adultos, as equipes de controle de infecções
institucionais devem focar suas atividades na implantação de pacotes de medidas que
diminuam os riscos associados a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV),
infecção urinária associada ao cateterismo vesical e infecção de cateter venoso
central (HINRICHSEN, 2018).
Na inserção do cateter venoso central é fundamental que as equipes
multiprofissionais sejam treinadas para tal manejo segundo protocolos de indicação
de uso, lembrando-se da importância da higienização das mãos antes, durante e após
a manipulação dos cateteres.
Na prevenção de infecção urinária associada a cateterismo vesical é importante
que sejam elaborados protocolos institucionais para identificar e remover cateteres
que não sejam mais necessários, focados em:
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5 ÉTICA E CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À
SAÚDE
Fonte: shre.ink/myHf
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com menor incidência de infecções cruzadas, superinfecções e/ou multirresistência
aos antimicrobianos; assim como maior facilidade e aprimoramento na revisão de
protocolos para melhor controle de riscos e IH.
Do aspecto ético, existem alguns questionamentos com que os controladores
de infecções se deparam dia a dia, como:
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