Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FORTALEZA CEARÁ
2023
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos tempos a terminologia Infecção Hospitalar (HI) vem sendo substituída
pelo Ministério da Saúde da Vigilância Sanitária pelo termo Infecções Relacionada à
Assistência à Saúde (IRAS). Pois esse termo abrange, não somente no que se refere ao âmbito
hospitalar, como também, a todos os ambientes que prestam assistência à saúde.
As IRAS em ambiente hospitalar, após a admissão, a partir da internação do paciente,
estando relacionadas a procedimentos realizados, ou até mesmo após a alta.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que as IRAS são um problema de
Saúde Pública, sendo assim um agravo com longa duração de vida e grande resistência,
trazendo ameaça para o bom desempenho dos serviços de atenção à saúde.
Se faz necessário um planejamento, onde devam ser traçadas estratégias visando a
eliminação desse problema.
“Correlaciona-se as IRAS à abscessos locais, febre, hemoculturas ou culturas de lesões
ou cavidades positivas para microrganismos patogênicos e/ou resistentes a antibióticos’’
(HOYASHI et al., 2017).
É possível verificar através de dados da Organização Mundial de Saúde, referentes ao
ano de 2014, que centenas de milhões de pacientes são afetados pelas IRAS a cada ano em
todo o mundo, levando a uma mortalidade muito significativa e a enormes perdas financeiras
para os sistemas de saúde. De cada 100 pacientes hospitalizados, 7 em países desenvolvidos e
10 em países em desenvolvimento irão adquirir pelo menos uma IRAS (HOYASHI et al.,
2017).
Assim, as IRAS constituem um sério problema de saúde pública que precisa ser
solucionado e, a vigilância epidemiológica constitui-se como ferramenta principal para o
conhecimento daquelas, pois permite a observação ativa, contínua e sistemática da ocorrência
e distribuição dessas infecções entre os pacientes institucionalizados, bem como os eventos e
condições que se relacionam com o risco de sua ocorrência e comportamento, com vistas à
execução de ações oportunas para o controle. (HOYASHI et al., 2017).
Em virtude do ambiente assistencial invasivo da UTI, necessário ao atendimento das
condições críticas do processo de adoecimento, os pacientes estão mais propensos a
adquirirem infecções, e a ocorrência destas acarreta em inúmeros problemas tanto na vertente
do paciente, como prolongamento de sua permanência no hospital, demora na sua recuperação
e agravamento da condição clínica existente, quanto para a instituição e o estado,
considerando que a incidência de IRAS é um dos critérios para avaliação da qualidade dos
serviços dos hospitais, além do que aumenta sobremaneira os custos financeiros do estado
com o setor saúde. (HESPANHOL et al., p. 231).
Embora as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) sejam mais suscetíveis devido ao
sistema imunológico comprometido dos pacientes e ao uso abusivo de antimicrobianos nesses
locais. as infecções mais frequentemente documentadas em UTIs são: as infecções
pulmonares, principalmente associadas às ventilações mecânicas; infecção da corrente
sanguínea primárias, majoritariamente associadas ao uso de cateteres centrais; infecções
urinárias e infecções de sítio cirúrgico. (Silva, 2019).
De acordo com Barros et al. (2016) destacam-se as seguintes atribuições da Comissão
de Controle de Infecção hospitalar (CCIH): vigilância epidemiológica das infecções,
compreendendo diagnóstico, notificação e consolidação de relatórios, avaliando o exercício
profissional pelos índices de infecção; investigação de surtos, em que se revisam as práticas
assistenciais; medidas de isolamento e precauções para se evitar a disseminação de doenças
transmissíveis, indicação de medidas protetoras adicionais para o atendimento dos pacientes;
adequação e supervisão das normas técnicas, avaliação de condutas e padronizações
existentes no hospital, política de utilização de antimicrobianos, definição de regras para
prescrição de medicamentos e elaboração de protocolos clínicos para tratamento das IRAS.
Às ações da CCIH juntam-se os esforços dos enfermeiros de cada setor da instituição e da
Educação Permanente sobre os cuidados frente a higienização das mãos, uma vez que o
principal veículo de transmissão de infecções são as mãos e as vestes dos profissionais
(HOYASHI et al., 2017).
Por acompanhar e prestar o cuidado em tempo integral aos pacientes, à equipe de
enfermagem deve atentar-se aos meios que podem desencadear uma infecção, intervindo de
maneira eficaz na prevenção de sua ocorrência (HOYASHI et al., 2017).
Quanto aos fatores extrínsecos, são aqueles pertinentes ao meio externo, tais como:
higienização das mãos, realização adequada de procedimentos invasivos, utilização da técnica
correta, o uso de EPIs e outros. A higienização das mãos (HM) é reconhecida como a prática
mais efetiva para reduzir as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), pois impede
a transmissão cruzada de microrganismos. Desta forma a higienização das mãos é utilizada
aqui como principal fator extrínseco analisado. (HOYASHI et al., 2017).
De acordo com Mello (2007) ainda são poucos os estudos observacionais descritos na
literatura que analisam a associação entre os fatores de risco e infecção hospitalar. Modelos
teóricos para a aquisição de IRAS incluem os fatores de risco intrínsecos relacionados com as
condições inerentes ao paciente ou exposições prévias à sua admissão, tais como idade, sexo,
estado nutricional, doença de base, gravidade da doença entre outros e os fatores extrínsecos
estão relacionados com os procedimentos e medicamentos utilizados, além da estrutura e dos
processos envolvidos nos tratamentos instituídos. (HOYASHI et al., 2017).
2 OBJETIVO
3 MÉTODOS
4 RESULTADOS
Analisando os artigos, os dados apontam como principais causas de infecção em UTI: pele
(mãos) de profissionais de saúde, pacientes e familiares, seguido de procedimentos invasivos do
trato respiratório e trato urinário (ventilação mecânica, sondas, cateterismo), e uso prolongado de
antibióticos.
5 INTERVENÇÕES
6 CONCLUSÃO
Adquire-se importância a presença do enfermeiro na UTI sob um olhar crítico, aos pacientes
internados, uma vez que estes estão expostos aos mecanismos invasivos que são de extrema
importância para o seu tratamento, além disso, o enfermeiro desenvolve um papel importante na
educação da equipe como, por exemplo, implementar rotinas para serem desenvolvidas.
7 REFERÊNCIAS