CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

JOÃO CARLOS CANDIDO

IMPACTO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES NA MORBIMORTALIDADE E NOS

CUSTOS COM PROCEDIMENTOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA:
Uma revisão integrativa

JUAZEIRO DO NORTE - CE
2023
 5

JOÃO CARLOS CANDIDO

IMPACTO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES NA MORBIMORTALIDADE E NOS

CUSTOS COM PROCEDIMENTOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA:
Uma revisão integrativa

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Farmácia do Centro Universitário de
Maurício de Nassau – UNINASSAU
JUAZEIRO DO NORTE, como requisito para
obtenção do título de Bacharel em Farmácia.

Orientador(a): Prof. Me. Cicero Diego Almino

Menezes

JUAZEIRO DO NORTE - CE
2023
 6

JOÃO CARLOS CANDIDO

IMPACTO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES NA MORBIMORTALIDADE E NOS

CUSTOS COM PROCEDIMENTOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA:
Uma revisão integrativa

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Farmácia do Centro Universitário

Maurício de Nassau de Juazeiro do Norte - UNINASSAU DE JUAZEIRO DO NORTE, como
requisito para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.

Data de aprovação:__/__/__

Banca examinadora:

_________________________________________
Prof. Me. Cícero Diego Almino Menezes - Orientador(a)

_________________________________________
Profª Me Iasminy Macêdo – Examinador I

_________________________________________
Prof Me. Rafael de Carvalho Mendes - Examinador II
 7

Dedico este trabalho primeiramente a Deus que me

deu a vida e a esperança de um futuro melhor, a
minha mãe que me incentivou em toda essa jornada,
a minha esposa que esteve sempre ao meu lado e aos
meus filhos que são a razão de tudo.
 8

“Homens fortes criam tempos fáceis

e tempos fáceis geram homens
fracos, mas homens fracos criam
tempos difíceis e tempos difíceis
geram homens fortes”

(Provérbio Oriental)
 9

IMPACTO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES NA MORBIMORTALIDADE E

NOS CUSTOS COM PROCEDIMENTOS EM UNIDADES DE TERAPIA
INTENSIVA: Uma revisão integrativa

IMPACT OF HOSPITAL INFECTIONS ON MORBIMORTALITY AND COSTS OF

PROCEDURES IN INTENSIVE CARE UNITS: An integrative review

João Carlos Candido1; Cícero Diego Almino Menezes2

1
Discente, Centro Universitário de Maurício de Nassau de Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil
2
Docente, Centro Universitário de Maurício de Nassau de Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil

RESUMO

A infecção hospitalar (IH) representa uma preocupação global, afetando pacientes durante ou
após a internação. Este estudo, através de uma revisão integrativa, tem como objetivo
compreender o impacto da IH na morbimortalidade e nos custos de procedimentos em Unidades
de Terapia Intensiva (UTIs). Fatores como resistência bacteriana, uso indiscriminado de
antibióticos e Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são desafios crescentes. A
atuação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e do farmacêutico na
prevenção e controle se destacam. A pesquisa bibliográfica abrangeu estudos dos últimos cinco
anos nas principais bases de dados brasileiras, resultando em uma análise crítica de 10 artigos.
Os resultados destacam a carga financeira da IH, reforçando a necessidade de estratégias
preventivas.

Palavras-chave: Infecção Hospitalar. Custos. Morbimortalidade.

ABSTRACT

Hospital-acquired infection (HAI) is a global concern, impacting patients during or after

hospitalization. This integrative review aims to comprehend the impact of HAI on
morbimortality and procedural costs in Intensive Care Units (ICUs). Challenges such as bacterial
resistance, indiscriminate antibiotic use, and Healthcare-Associated Infections (HAIs) are on the
rise. The roles of the Hospital Infection Control Committee (CCIH) and pharmacists in
prevention and control are emphasized. The literature review encompassed studies from the last
five years in major Brazilian databases, resulting in a critical analysis of 10 articles. Findings
highlight the financial burden of HAI, reinforcing the need for preventive strategies.
 10

Keywords: Hospital-acquired infection, Morbimortality, Costs.

INTRODUÇÃO

A infecção hospitalar (IH) é toda infecção adquirida durante a internação, ou após a alta
hospitalar, desde que tenha relação com algum procedimento hospitalar ou no período de
internação (BRASIL 1998). Devido às constantes mutações de microrganismos, uso
indiscriminado de antibióticos, as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS),
desafiam a saúde pública mundial (MESQUITA et al., 2009).
Tendo em vista que pacientes que permanecem internados por tempo prolongado e/ou
que passam por procedimentos invasivos, apresentam maior gravidade, sendo mais susceptíveis
a infecções pela facilidade na proliferação de microrganismos nesse ambiente (SOUSA et al.,
2016).
Por outro lado, a infecção pode ocorrer na comunidade ou no ambiente hospitalar,
levando o paciente a ser submetido a internação e tratamentos que predispõe à colonização no
local (PEREIRA et al., 2005)
No entanto, Santos (2004) enfatiza a importância do uso prudente de antibióticos em
unidades hospitalares, por parte dos profissionais, entre outras medidas, visando minimizar a
crescente emergência em saúde pública devido às bactérias multirresistentes.
Vale ressaltar que alguns fatores contribuem para esse feito, como a precária
higienização das mãos, a virulência da cepa bacteriana e além da má desinfecção de superfícies
e equipamentos nas unidades hospitalares (PEREIRA DIAS et al., 2021).
O ambiente hospitalar apresenta maior prevalência de resistência bacteriana do que na
comunidade, devido a necessidade do uso frequente de antibióticos, escolha inadequada do
prescritor e o tempo prolongado do tratamento cooperam para este panorama (PEREIRA et al.,
2022).
Segundo Braga et al. (2020), as (IRAS) no Brasil, apresentam níveis elevados,
apresentando impacto na morbimortalidade e nos custos com procedimentos.
Sendo assim, na justificativa de prevenir o uso indiscriminado de antimicrobianos e do
controle das infecções hospitalares, surge a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH) (DA SILVA et al., 2021).
 11

De acordo com Da Silva et al. (2021) é notória a importância da atuação do farmacêutico

integrante da equipe multidisciplinar da CCIH, no controle, prevenção da infecção hospitalar, e
no uso indiscriminado de antimicrobianos, ressaltando ainda a adoção de estratégias para o
acompanhamento farmacoterapêutico, analisando tratamento, eficácia, seleção e padronização
na expectativa de evitar a resistência microbiana.
Para Rodrigues Menezes et al. (2016), o Brasil não dispõe de divulgação eficiente dos
dados relacionados às (IRAS) e ressalta a importância das instituições no controle das
ocorrências de infecções e microrganismos presentes na unidade hospitalar.
Diante destas considerações, e em virtude do alto número de infecções hospitalares no
Brasil e no mundo, este estudo tem como objetivo, identificar, avaliar e conhecer o impacto das
infecções hospitalares na morbimortalidade e nos custos com procedimentos em unidades de
terapia intensiva.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão integrativa, que permite a análise e a síntese de
evidências científicas a partir das correlações feitas dos achados da pesquisa bibliográfica.
Tendo como base a identificação do tema infecção hospitalar a questão norteadora é possível
identificar, na literatura brasileira, quais as evidências científicas sobre o impacto das infecções
hospitalares e nos custos com procedimentos na literatura brasileira?
As buscas nas bases de dados, ocorreram nas bibliotecas virtuais Periódicos CAPES,
SciELO e BVS, nos meses de setembro e novembro de 2023, os descritores selecionados para
localizar os artigos nas bases de dados foram: infecção hospitalar, morbimortalidade, custos,
sendo associados com operador booleano AND e OR.
Estabeleceu-se como critérios de inclusão estudos publicados entre 2018 a 2023,
delimitando assim estudos dos últimos 5 anos, em língua portuguesa, que envolviam as
infecções relacionadas à assistência em saúde, estudos observacionais, disponibilizados nas
plataformas citadas anteriormente. Após a aplicação dos filtros (critérios de inclusão e exclusão)
e retirados os artigos duplicados, foram selecionados 24 artigos para a leitura integral.
Resultando uma amostra final de 10 artigos a serem revisados.
Os meios de exclusão se deram através de estudos não relacionados com a temática da
pesquisa, que não estão em português, das doenças não alvo deste trabalho, trabalhos que não
 12

foram publicados entre os anos de 2018 a 2023. De acordo com a figura 1, foi elaborado um
fluxograma para a seleção dos artigos nas bases de dados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para analisar os artigos selecionados, criou-se um quadro para coleta e síntese dos dados
obtidos, garantindo a organização estruturada das informações coletadas. No quadro 1, os
artigos foram agrupados com as seguintes informações: autor/ano, título, objetivo, tipo de
estudo e principais resultados.

Quadro 1. Caracterização dos estudos, Juazeiro do Norte, Brasil, 2023.

 13

AUTOR PRINCIPAIS
TÍTULO OBJETIVO MÉTODO
/ANO RESULTADOS
O custo de
antimicrobianos foi USD
496851,90 por ano, 25%
do custo de medicamentos
Avaliar as taxas de
Custos da do hospital. O custo
infecção hospitalar
antibioticoterapi médio por paciente foi de
(IH), os custos com
a em pacientes USD 1514,79. Foram
antibiótico terapia Estudo
adultos com utilizados 27
LARA et em pacientes adultos descritivo
infecção antimicrobianos, sendo
al., 2018 com IH de uma exploratório
hospitalar em cefepime, teicoplanina,
unidade de terapia retrospectivo
uma unidade de vancomicina e
intensiva de um
terapia meropenem os mais
hospital
intensiva. usados, enquanto os mais
universitário.
caros eram tigeciclina,
oiperaciclina, ertapenen e
polimixina B (57,8% dos
custos).
A amostra foi composta
de 173 crianças, destas,
18,5% desenvolveram
infecção relacionada à
Impacto das assistência à saúde, que
Avaliar o impacto
infecções aumentou em 4,2 vezes
das Infecções
relacionadas à Estudo de (p<0,001) o custo da
LEONCI Relacionadas à
assistência à coorte, hospitalização. Maior
O et al., Assistência à Saúde
saúde nos custos prospectivo, impacto de custo foi
2019 no custo da
da quantitativo. observado entre pacientes
hospitalização de
hospitalização com dois ou mais sítios
crianças.
de crianças infecciosos (R$
81.037,57, p=0,010) e
sepse (R$ 46.315,63
p<0,001). Crianças
colonizadas por
 14

microrganismos
multirresistentes, com
prevalência de E. coli e A.
baumannii ESBL,
geraram custos maiores,
R$ 35.206,15 e R$
30.692,52,
respectivamente.

Foram hospitalizados, no
total, 543 pacientes com
Comparar as diagnóstico de sepse, com
Características e características frequência de 90,5 (85 a
WESTPH desfechos de clínicas e os 105) casos por ano.
Estudo
AL, G. A. pacientes com desfechos de Destes, 319 (58%) casos
retrospectivo
et al. sepse adquirida pacientes com sepse foram classificados como
de coorte
2019 na comunidade adquirida na sepse adquirida no
e no hospital comunidade ou no hospital. Este grupo
hospital. apresentava doença mais
grave e tinha um tempo
maior de permanência.
Os fatores que
associaram-se
significativamente com o
Análise dos
aumento do custo da
custos da Identificar os fatores
internação hospitalar
internação associados a maiores
foram: maior tempo de
BARCEL hospitalar de custos da internação Estudo
permanência hospitalar
LOS et pacientes em hospitalar dos transversal
pós alta da UTI 4 (0-12)
al., 2020 ventilação pacientes submetidos retrospectivo
dias; maior tempo de
mecânica e à VM invasiva na
VM 7 (3-14) dias;
fatores UTI
tabagismo; maior tempo
associados
de permanência na UTI
10 (5-18) dias e presença
de infecção nosocomial.
 15

Registraram-se 15.987
pacientes com sepse. 30%
ocorreu na população
infanto-juvenil, enquanto
que os idosos atingiram
38% das internações pela
Sepse como
doença. Quanto ao sexo,
motivo de
Analisar os índices 53% e 47% dos casos
CAMPOS morbidade
de internações por Estudo aconteceram em homens e
et al., hospitalar:
sepse no Pará de retrospectivo mulheres,
2020 análise histórica
2015-2019. respectivamente. O custo
no Pará de 2015
total foi de R$
- 2019
47.785.278,89 aos
hospitais públicos, com
média de internação de 11
dias. Observou-se ainda
uma taxa de letalidade de
34,6%
Identificou-se uma alta
Investigar a
Infecção prevalência de infecções
frequência das
relacionada à Estudo relacionadas à assistência
infecções
SILVA et assistência à quantitativo à saúde com 31% (n= 54),
relacionadas à
al., 2021 saúde e sepse na prospectivo e tendo como principal
assistência à saúde e
hospitalização descritivo causa a pneumonia, e
sepse em crianças
em pediatria destas 55% evoluíram
hospitalizadas.
para sepse (n=32)
Verificou-se uma maior
Avaliar a
O farmacêutico utilização de
importância do
clínico e os piperacilina+tazobactam
AMORI farmacêutico clínico Estudo
custos com e meropenem, ambos
M DA tanto na utilização descritivo com
antimicrobianos: antibióticos com amplo
SILVA et dos antimicrobianos, abordagem
um estudo em espectro de ação,
al., 2021 quanto na redução de quantitativa
uma unidade de evidenciando a escolha
custo esses
terapia intensiva de terapias por parte dos
medicamentos.
protocolos do hospital
 16

com essa característica.

Entretanto, não se
observa uma redução de
gastos significativos em
decorrência de um alto
consumo ainda
prevalente de
antimicrobianos por
pacientes de UTI
Foram avaliados 21
pacientes com diagnóstico
de Infecção Relacionada à
Assistência em Saúde e
42 controles. O custo de
LEAL, Avaliar custos de
internação de pacientes
M. A.; Custos das internação hospitalar
com infecção foi quatro
infecções de pacientes com e
FREITA vezes maior em relação
relacionadas à sem Infecção Estudo caso-
S- aos pacientes sem
assistência em Relacionada à controle
VILELA infecção (p-valor<0,001).
saúde em uma Assistência em retrospectivo
, A. A. Houve associação entre
unidade de Saúde em uma
DE et al infecção e maior
terapia intensiva Unidade de Terapia
mortalidade (p-
2021 Intensiva.
valor<0,001), maior
permanência hospitalar
(p-valor=0,021) e maior
custo hospitalar (p-
valor=0,007).
A comparação dos custos
Análise dos Analisar o perfil e os diretos variáveis destaca
custos de custos diretos dos Estudo que exames laboratoriais
Matta A.
eventos eventos adversos quantitativo, e medicamentos foram
C. et al.
adversos (EA) infecciosos do analítico particularmente relevantes
2022
infecciosos em processo de cuidado retrospectivo. nos pacientes afetados por
saúde em saúde. Eventos Adversos
infecciosos em
 17

comparação com seus

pares simulados.

A presença de Patógenos
Prevalência, Determinar a Multirresistentes em
desfechos e prevalência, os pacientes com Infecção
preditores de Relacionada à Terapia
DE desfechos e os
infecções Intensiva está associada a
OLIVEI preditores de Estudo
nosocomiais do desfechos mais
RA, A. infecções do trato observacional
trato respiratório desfavoráveis, incluindo
B. S. et, respiratório inferior de coorte
inferior maior tempo de
2022 (ITRI) nosocomiais ventilação mecânica,
multirresistentes
em pacientes em em pacientes em tempo prolongado de
uma UTI. uma UTI. internação na UTI e maior
mortalidade.
Fonte: Dados da pesquisa, 2023.

A análise aprofundada dos estudos selecionados proporciona uma compreensão

abrangente do impacto complexo e multifacetado das infecções hospitalares em unidades de
terapia intensiva (UTIs). Em particular, a consideração dos custos diretos e indiretos dessas
infecções revela uma preocupação significativa que transcende as barreiras financeiras.
Os resultados destacam a necessidade premente de estratégias eficazes de gestão de custos,
como sugerido pelo estudo de Lara et al. (2018), onde os gastos com antibioticoterapia
representam uma parcela substancial do orçamento hospitalar. A expansão dessa perspectiva
pelos estudos de Leal et al. (2021) enfatiza não apenas os custos diretos, mas também os custos
indiretos, ressaltando a importância crucial de intervenções preventivas para otimização de
recursos.
Além dos custos, a discussão sobre o impacto na morbimortalidade oferece uma visão
clara das consequências clínicas dessas infecções. A pesquisa de Leoncio et al. (2019) e Campos
et al. (2020) destaca não apenas os aumentos nos custos hospitalares, mas também taxas de
letalidade mais elevadas, especialmente em casos de sepse.
O estudo de De Oliveira et al. (2022) aprofunda essa compreensão, indicando que a
presença de patógenos multirresistentes está associada a desfechos mais desfavoráveis, como
 18

maior tempo de ventilação mecânica e maior mortalidade. Essas informações realçam a

complexidade da relação entre a natureza da infecção e seus impactos clínicos.
Ao abordar fatores de risco e prevenção, Barcellos et al. (2020) identifica elementos
específicos associados a maiores custos hospitalares, incluindo tempo de permanência na UTI e
infecções nosocomiais. Esses resultados têm implicações cruciais para a formulação de
estratégias preventivas direcionadas.
O estudo de Amorim da Silva et al. (2021) acrescenta uma camada de complexidade ao
destacar o papel do farmacêutico clínico na gestão de antimicrobianos, ressaltando a necessidade
de uma abordagem multidisciplinar na prevenção, considerando não apenas os custos
financeiros, mas também a otimização do uso de medicamentos.
A comparação com estudos anteriores, como Westphal et al. (2019) e Matta et al. (2022),
revela a evolução nas práticas clínicas e nos padrões epidemiológicos. Essa perspectiva temporal
é crucial para adaptar estratégias de prevenção e gestão às mudanças nas ameaças
epidemiológicas ao longo do tempo.
Por fim, ao reconhecer as limitações inerentes aos estudos e sugerir áreas para pesquisas
futuras, esta discussão proporciona uma compreensão abrangente do impacto das infecções
hospitalares em UTIs, destacando a necessidade contínua de abordagens inovadoras e adaptáveis
para mitigar esses desafios complexos. Em síntese, este estudo ressalta a importância vital de
enfrentar as infecções hospitalares de maneira abrangente, considerando tanto os custos quanto
os desfechos clínicos. A implementação efetiva de estratégias preventivas não apenas
salvaguarda recursos financeiros, mas também promove uma assistência mais segura e eficaz
aos pacientes em ambientes críticos.

CONCLUSÃO

Em resumo, a análise aprofundada dos estudos selecionados destaca a intricada relação

entre infecções hospitalares, custos e desfechos clínicos em unidades de terapia intensiva. Os
custos diretos, representados principalmente por gastos com antibioticoterapia, e os custos
indiretos, como o aumento no tempo de internação, evidenciam a relevância financeira dessas
infecções.
Esta pesquisa ressalta a urgência de estratégias eficazes de gestão de custos para mitigar
o impacto econômico nos orçamentos hospitalares. Além disso, a convergência dos estudos
 19

enfatiza consistentemente que as infecções hospitalares não são apenas um desafio financeiro,
mas também uma ameaça substancial à morbidade e mortalidade dos pacientes.
A implementação de práticas preventivas torna-se crucial não apenas para preservar
recursos financeiros, mas também para garantir uma assistência mais segura e eficaz em
ambientes críticos. Este estudo destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar na
prevenção de infecções hospitalares, incorporando estratégias adaptáveis e aprendizados
contínuos.

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 21

ANEXOS - NORMAS DA REVISTA

NORMAS PARA FORMATAÇÃO

Os manuscritos deverão ser acompanhados de uma carta de submissão, cujo texto

deverá ser inserido no espaço "Comentários para o Editor", ou como documento
suplementar.

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Times New Roman, tamanho 12, com espaçamento de 1,5cm entre linhas em todo o texto
(exceto as citações com 4 ou mais linhas e notas de rodapé), margem superior e esquerda
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Observação: os resumos expandidos devem ter, excepcionalmente, entre 05 e 08 páginas. A

formatação deve seguir o estilo geral para manuscritos descrito com mais detalhes logo
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Título: centralizado, caixa alta, negrito e Times New Roman 12. Logo abaixo deverá
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Resumo e Abstract: deverão ser apresentados na primeira página do manuscrito, digitados

em espaço simples, com até 250 palavras, contemplando os seguintes aspectos: Introdução,
Objetivo Geral, Metodologia/material e métodos, Resultados e Conclusões (sem necessitar
destacar os títulos dos índices). Logo abaixo destacar 3 (três) e no máximo 5 (cinco)
palavras-chave (Keywords), separadas por ponto (.) e em ordem alfabética. As palavras-
chave deverão ser distintas do título do manuscrito.
 22

O resumo deve ser conciso, informativo e completo, evitando expressões redundantes. Para
manuscritos em português ou espanhol, é necessário apresentar versão para o inglês
(abstract).

Autores e Afiliações: não deverá conter informações sobre nomes de autores e

afiliação. Os autores devem assegurar que estas informações foram excluídas do arquivo
submetido. Para isso, além de retirar as informações do texto, também é necessário
remover autorias do documento: para arquivos do tipo Microsoft Office, a identificação do
autor deve ser removida das propriedades do documento (menu Arquivo > Propriedades),
iniciando em Arquivo, no menu principal, clique em: Arquivo > Salvar como... > Ferramentas
(para arquivos do tipo Mac) > Opções de segurança... > Remover informações pessoais do
arquivo ao salvar > OK > Salvar

Manuscritos contendo informações de autoria não serão considerados para avaliação.

Estrutura do Texto: deverá contemplar os seguintes tópicos: Introdução, Referencial

Teórico. Metodologia/material e métodos. Resultados/discussão. Conclusão.
Agradecimentos (opcional). Referências. Figuras, tabelas e ilustrações, se necessário fora
com suas respectivas legendas. Todo o texto deverá estar na forma justificada.

Referências: deverão ser apresentadas na ordem alfabética, de acordo com o estilo Autor,
data. Nas publicações com até cinco autores, citam-se todos; acima desse número, cita-se o
primeiro seguido da expressão et alii (abreviada et al.). O D.O.I. deve ser inserido sempre
que possível.

Tabelas e ilustrações deverão ser inseridas ao longo do manuscrito (caso seja necessária
sua utilização), logo após citadas no texto. Não serão aceitos manuscritos que
apresentarem tabelas e ilustrações em páginas separadas ou fora do texto.

Ilustrações (figuras e esquemas) devem estar no formato tif e apresentar resolução de

300 dpi. Após a aprovação, os autores serão convidados a ajustar o layout final do
manuscrito conforme orientado pelo editor.

1.1 Artigos Originais

Política padrão de seção

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1.2 Declaração de Direito Autoral

Os direitos de publicação passam a ser da Revista de Extensão da Universidade Regional

do Cariri – URCA, portanto é obrigatória a concordância de autorização para publicação e
cessão dos direitos autorais.

1.3 Política de Privacidade

Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os

serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades
ou a terceiros.