Você está na página 1de 8

CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO COLEGIADO ACADÊMICO DE

MEDICINA VETERINÁRIA
PATOLOGIA ANIMAL
PROFESSORA AMANDA DANIN

PATOLOGIA ANIMAL

Manaus-AM
2023
TALISSA DA SILVA ABREU

RESUMO DE RESISTÊNCIA BACTERIANA E AUTOMEDICAÇÃO

Relatório apresentado como requisito


para obtenção de nota parcial da
disciplina de Patologia Animal do curso
de medicina veterinária do CEUNI
FAMETRO.
Prof. Amanda Danin

Manaus-AM
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4
2. DESENVOLVIMENTO 5
3. CONCLUSÃO 7
4. REFERÊNCIAS 8
1. INTRODUÇÃO

A resistência bacteriana e a automedicação, tanto em seres humanos quanto em


animais, são questões de extrema relevância e preocupação no campo da saúde pública. A
resistência bacteriana ocorre quando as bactérias desenvolvem a capacidade de resistir aos
efeitos dos antibióticos, tornando as infecções cada vez mais difíceis de tratar. Por sua vez,
a automedicação envolve o uso de medicamentos sem a orientação adequada de
profissionais de saúde, o que pode resultar em consequências graves para a saúde
individual e para a saúde pública como um todo. Ambos os fenômenos estão interligados e
apresentam desafios significativos para a eficácia dos tratamentos e para a segurança dos
pacientes. Neste contexto, é essencial compreender a importância de abordar essas
questões, promovendo a conscientização e adotando medidas adequadas para mitigar os
riscos associados à resistência bacteriana e à automedicação, tanto no âmbito humano
quanto no animal.
2. DESENVOLVIMENTO
A resistência bacteriana é um problema global de saúde pública que ocorre quando
as bactérias desenvolvem mecanismos de defesa contra os antibióticos. Esse fenômeno
torna as infecções bacterianas mais difíceis de tratar e pode levar a complicações graves ou
até mesmo à morte. A resistência bacteriana é uma preocupação tanto na saúde humana
quanto na saúde animal, e sua ocorrência está relacionada a diversos fatores.

Na automedicação animal, muitos proprietários administram antibióticos destinados


a seres humanos aos seus animais de estimação, sem a devida orientação veterinária. Além
disso, é comum que a dosagem e a duração do tratamento sejam inadequadas, contribuindo
para a seleção de bactérias resistentes.

No contexto da automedicação animal, é importante destacar que muitos


medicamentos destinados a seres humanos não são seguros ou adequados para uso em
animais. A administração de medicamentos não autorizados ou a utilização de doses
incorretas pode resultar em complicações graves, intoxicações e até mesmo óbito do
animal. Além disso, a automedicação animal pode mascarar sintomas de doenças
subjacentes, dificultando o diagnóstico e o tratamento adequados.

A resistência bacteriana em animais têm consequências significativas. Ela pode


levar ao aumento das taxas de morbidade e mortalidade em animais, dificultar o controle de
doenças infecciosas e tornar os tratamentos mais caros e complexos.

Para lidar com a resistência bacteriana na medicina veterinária, é fundamental


adotar uma abordagem abrangente e multidisciplinar. Isso inclui promover o uso
responsável de antibióticos em animais, implementar programas de vigilância para
monitorar a resistência bacteriana em animais e incentivar a educação veterinária e a
conscientização dos proprietários de animais sobre a importância da busca de orientação
profissional adequada.

A colaboração entre profissionais de saúde humana e veterinária, a implementação


de políticas regulatórias efetivas e a pesquisa contínua são fundamentais para enfrentar o
desafio da resistência bacteriana na medicina veterinária. Ao abordar essa questão de
maneira abrangente, podemos preservar a eficácia dos antibióticos, proteger a saúde animal
e humana e promover a segurança e o bem-estar de todos.

São inúmeros os impactos do mau uso de ATB;

● Disseminação de infecções adicionais;


● Maior colonização bacteriana;
● Prejuízo quando necessária terapia imunossupressora;
● Prejuízo para procedimentos cirúrgicos;
● Maior incidência de efeitos adversos relacionados à droga;

O uso de Antimicrobianos resulta em indicações não específicas, uso de


antimicrobianos menos eficazes, maior uso de ATB de maior espectro em alterações
simples, maior uso de ATB de maior espectro em terapias empíricas.
3. CONCLUSÃO
Em conclusão, é evidente que os protocolos de uso de antibióticos devem ser
cuidadosamente avaliados e discutidos, levando em consideração a necessidade de
isolamento bacteriano e a urgência de um diagnóstico microbiológico rápido. A obtenção
de um diagnóstico preciso e rápido é essencial para orientar o uso apropriado dos
antimicrobianos.

A realização de testes laboratoriais, como cultura de amostras clínicas e testes de


sensibilidade antimicrobiana, é fundamental para identificar o agente infeccioso específico
e determinar quais antibióticos são mais eficazes contra ele. Essa abordagem direcionada
pode ajudar a evitar o uso indiscriminado e desnecessário de antibióticos, reduzindo assim
o risco de resistência bacteriana.

Além disso, é necessário promover a conscientização entre os profissionais de saúde


sobre a importância do uso racional de antibióticos e a implementação de diretrizes clínicas
atualizadas. Isso inclui considerar a história do paciente, a gravidade da infecção e os
fatores de risco ao decidir sobre a prescrição de um antibiótico.

Paralelamente, é fundamental investir em pesquisa e desenvolvimento de novos


antimicrobianos e alternativas terapêuticas, bem como em programas de educação e
conscientização pública sobre o uso adequado de antibióticos. A colaboração entre setores
da saúde, governos e organizações internacionais é essencial para enfrentar o desafio da
resistência bacteriana de forma abrangente e eficaz.

Portanto, garantir a implementação de práticas de diagnóstico microbiológico rápido


e preciso, aliadas a uma abordagem criteriosa no uso de antibióticos, é crucial para
combater a resistência bacteriana, preservar a eficácia dos antimicrobianos existentes e
proteger a saúde pública. Somente com esforços conjuntos e medidas adequadas podemos
garantir o tratamento eficaz das infecções e promover um futuro mais saudável para todos.
4. REFERÊNCIAS
GUARDABASSI, L.; JENSEN, L. B.; KRUSE, H. Guia de antimicrobianos em
veterinária. Artmed, Porto Alegre. 268 p, 2010.

MARGARIDO, R. S.; ALMEIDA, F.; SOUZA, A. O.; et al. Associação de


antibióticos nos animais domésticos. Revista Científica Eletrônica de Medicina
Veterinária, Ano VII, n.12, janeiro, 2009

Você também pode gostar