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PERFIL DE PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS NA UNIDADE DE TERAPIA

INTENSIVA DE UM HOSPITAL PÚBLICO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR-BA

Grace Kely Silva de Almeida de Souza1


Jaqueline de Jesus Freitas2
Silvia Silveira Gumes Meireles3
Luciano Cesar Silva dos Santos4

RESUMO

O alto consumo e utilização incorreta dos antibióticos favorecem o surgimento de bactérias


multirresistentes, além de ocasionar reações adversas, modificação da microbiota humana,
redução das opções farmacoterapêuticas e consequentemente acréscimo das taxas de
morbimortalidade e do tempo de permanência nos hospitais, impactando diretamente no
aumento dos custos de internação. Diante disso, é de extrema importância que a terapia
antimicrobiana seja prescrita de maneira correta. Este trabalho tem por objetivo avaliar as
prescrições de antimicrobianos em um hospital público de Salvador – BA. Trata-se de um
estudo transversal, descritivo, quantitativo e retrospectivo, onde foram avaliadas as prescrições
de pacientes em uso de antimicrobianos internados nas alas A e B da Unidade de Terapia
Intensiva no período de 01 de janeiro a 31 de março de 2021. Observou-se que a classe dos
antimicrobianos mais prescritas foram as penicilinas (29,3%), cefalosporinas (25,5%),
carbapenêmicos (13,5%) e dos glicopeptídeos/polimixinas/imidazóis (13,0%). Ocorreu uma
predominância da antibioticoterapia empírica devido necessidade de iniciar precocemente o
tratamento para impedir o agravamento da infecção, entretanto, é de fundamental importância
que a sua utilização tanto de maneira empírica como guiado por cultura seja de forma adequada
com o intuito de promover o seu uso racional.

Palavras chave: Antimicrobianos. Unidade de Terapia Intensiva. Resistência bacteriana.


PROFILE OF THE USE OF ANTIBOTICS IN THE INTENSIVE CARE UNIT OF A
PUBLIC HOSPITAL IN THE MUNICIPALITY OF SALVADOR-BA

ABSTRACT
The high consumption and incorrect use of antibiotics favor the emergence of multidrug-
resistant bacteria, besides causing adverse reactions, modification of the human microbiota,
reduction of pharmacotherapeutic options and consequently addition in morbidity and mortality
rates and length of stay in hospitals, directly impacting on the increase in hospitalization costs.
Therefore, it is extremely important that antimicrobial therapy is prescribed correctly. This
study aims to evaluate antimicrobial prescriptions in a hospital in Salvador - BA. This is a cross-
sectional, descriptive, quantitative and retrospective study, in which the prescriptions of patients
using antimicrobials hospitalized in wards A and B of the Intensive Care Unit from January 1
to March 31, 2021 were evaluated. It was observed that the class of the most prescribed
antimicrobials were penicillins (29.3%), cephalosporins (25.5%), carbapenems (13.5%) and
glycopeptides/polymyxins/imidazols (13.0%). There was a predominance of empirical
antibiotic therapy due to the need to start treatment early to prevent the worsening of the
infection, however, it is of fundamental importance that its use both empirically and culture-
guided ly is adequate in order to promote its rational use.
Keywords: Antimicrobials. Intensive Care Unit. Bacterial resistance.

_____________________________________________________________________
1
Aluna de graduação do Curso de Farmácia Centro Universitário Uni-FTC Salvador-Ba
E-mail: kely_grace@hotmail.com
2
Aluna de graduação do Curso de Farmácia Centro Universitário Uni-FTC Salvador-Ba
E-mail: farmajaquelinefreitas@gmail.com
3
Farmacêutica pela Universidade Federal da Bahia - UFBA
E-mail:silviasgmeireles@gmail.com
4
Doutor em Biotecnologia pela RENORBIO/FIOCRUZ; Professor do curso de Farmácia do
Centro Universitário Uni-FTC Salvador-Ba.
E-mail:luciano.santos@ftc.edu.br
INTRODUÇÃO

Desde os primórdios, a humanidade é acometida por infecções causadas por


microrganismos, porém como suas causas ainda eram desconhecidas, ocorriam muitos óbitos
por não se ter um tratamento adequado. Com a evolução da ciência foi possível determinar o
agente infeccioso e substâncias efetivas para combater o avanço da infecção (TAVARES,
2014).

Essas substâncias tiveram sua designação como antibióticos em 1942, por Waksman
que retratou serem produzidas por microrganismo para impedir o crescimento de outro
microrganismo, entretanto, além de ser de origem natural os antibióticos também podem ser
produzidos de forma sintética, com a função de inibir o crescimento ou eliminar os micróbios
(SOARES, 2017; WALLER; SAMPSON, 2019).

Desse modo, a inserção dos antibióticos no tratamento das doenças infecciosas,


ocasionou nos seres humanos uma sensação de vitória em relação aos microrganismos, com
aplicabilidade curativa e profilática (TAVARES, 2014). Contudo, esquemas terapêuticos
inadequados culminaram no surgimento de cepas microbianas resistentes e por conseguinte, a
ineficácia de determinadas classes de antibióticos e consequentemente o aumento das taxas de
morbimortalidade e do tempo de permanência nos hospitais (FUCHS, 2017).

No ambiente hospitalar, em especial nas unidades de terapia intensiva (UTI), o alto


consumo e utilização incorreta dos antimicrobianos favorecem o surgimento de bactérias
multirresistentes sendo, portanto, considerado um problema de saúde pública, além de
ocasionar efeitos colaterais como diarreia, constipação e náuseas (VIEIRA; VIEIRA, 2017).
Diante disso, a escolha correta dos antibióticos deve ser guiada por cultura bacteriológica,
seguido de antibiograma, analisando as possíveis interações medicamentosas juntamente com
as comorbidades do paciente (LIMA et al., 2020).

Devido a importância e a imensa utilização dos antibióticos em ambiente nosocomial, o


seu uso racional é de extrema relevância. Com isso, para incentivar o manejo adequado, as
unidades hospitalares necessitam estimular os profissionais da saúde a realizarem o
monitoramento do uso razoável na utilização de antibióticos, preferencialmente com base nos
resultados de cultura, atentando também ao aumento de cepas resistentes, cujo escopo fazem
parte das comissões de farmácia e terapêutica (CFT) e da comissão de controle de infecção
hospitalar (CCIH) (DANTAS et al., 2015).

Como estratégia de educação em saúde, a CCIH tornou-se obrigatória em todos os


hospitais do Brasil de acordo com a Lei nº 9,431 de 6 de janeiro de 1997, com o intuito de
reduzir as reações adversas decorrentes de infecções hospitalares (BRASIL, 1997).

A CCIH é uma comissão multidisciplinar, ou seja, é formada por vários profissionais de


saúde incluindo o farmacêutico. Esta possui papel fundamental no ambiente hospitalar por ser
capacitada a detectar microrganismos resistentes nosocomiais e orientar o uso apropriado dos
antibióticos, contribuindo assim com a assistência farmacêutica auxiliando nas análises das
prescrições e acompanhamento farmacoterapêutico, além da educação continuada envolvendo
todos os profissionais de saúde e, concomitante, os pacientes e seus acompanhantes
(OLIVEIRA et al., 2015).

Nesse contexto, torna-se relevante a caracterização da flora microbiana presente na UTI


do hospital em estudo com o intuito de fornecer aos profissionais de saúde e gestores
informações que subsidiem o planejamento, a segurança e a qualidade de assistência ao paciente
crítico. Diante o exposto, este trabalho tem como objetivo avaliar as prescrições dos
antimicrobianos em um hospital público de Salvador - BA, analisando os principais antibióticos
utilizados na prática clínica de acordo com o microrganismo isolado, a fim de demonstrar a
adequabilidade do antibiótico prescrito.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo e retrospectivo, onde foram


avaliadas as prescrições de pacientes em uso de antimicrobianos internados no período de
janeiro a março de 2021. O estudo foi realizado na Unidade de Terapia Intensiva adulto, das
alas A e B com 19 leitos, que contempla exclusivamente o Sistema Único de Saúde situado na
cidade de Salvador, Bahia. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa e aprovado
pelo parecer consubstanciado n° 5.179.826.

Os critérios de inclusão foram as prescrições de antimicrobianos de pacientes com


idades igual ou superior a 18 anos, ambos os sexos, que utilizaram antimicrobianos de uso
sistêmico, no mínimo uma vez durante o período de internação. Foram excluídas as prescrições
de antimicrobianos utilizados no cenário da profilaxia cirúrgica, por pacientes pediátricos e
gestantes, pacientes que não utilizaram antimicrobianos no período em estudo ou que fizeram
utilização de antifúngicos, antimicrobiano de uso tópico e Eritromicina já que na prática clínica
também é utilizada como procinético.

Os dados foram coletados através da análise dos prontuários eletrônicos por meio do
banco de dados do hospital. Foram coletadas as seguintes variáveis: idade, sexo, motivo da
internação, antibióticos utilizados, resultado do exame de cultura, microrganismos detectados,
tempo de permanência na UTI e desfecho clínico.

Para padronizar as classes dos antimicrobianos, foi utilizada a Anatomical-Therapeutic-


Chemical (ATC) da Organização Mundial da Saúde que consiste na classificação dos
medicamentos em grupos de acordo com suas propriedades químicas, farmacológicas e
terapêuticas. Os dados coletados de cada paciente foram tabulados em um instrumento de
registro de dados (Google Forms ®). Realizou-se análise estatística descritiva através do
software IBM SPSS Statistics® (v. 26).

RESULTADO E DISCUSSÃO

Durante o período em estudo, foram internados 231 pacientes na Unidade de Terapia


Intensiva (UTI) do hospital pesquisado, desses 153 utilizaram no mínimo um antimicrobiano,
sendo que 51,5% dos pacientes eram do sexo masculino enquanto 48,5% do sexo feminino
(Figura 1). Não foi observado uma diferença significativa (p-valor = ,000) entre o sexo
masculino e o feminino, entretanto, estudos demostram maior predominância do sexo
masculino internados nas Unidades de Terapia Intensiva. Aguiar et al., (2021) demonstrou no
seu estudo que o perfil dos pacientes internados nas UTIs do Brasil foi de 81%, sendo deste
percentual correspondente a indivíduos do sexo masculino.
48,5%
51,5%

M F

Figura 1: Demonstração dos 153 pacientes por sexo, internados no período de janeiro a
março de 2021 na UTI.

A idade dos pacientes apresentou variação mínima de 18 anos e máxima de 94 anos,


com faixa etária média entre 60 e 65 anos (Figura 2), evidenciando que o aumento da
expectativa de vida e consequentemente o envelhecimento da população justifica a elevada
faixa etária verificada na UTI.

90-95
84-89
78-83
72-77
66-71
Faixa Etária

60-65
54-59
48-53
42-47
36-41
30-35
24-29
18-23

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0


Pacientes (%)

Figura 2: Demonstração dos 153 pacientes por faixa etária, internados no período de janeiro
a março de 2021 na UTI.

Segundo Bonfada e seus colaboradores (2020), os idosos frequentemente são


diagnosticados com patologias crônicas, necessitando de uma assistência maior em comparação
a outras idades, ocasionando um predomínio das internações da UTI, maior duração do
internamento, gerando aumento de custo para as instituições hospitalares.

A faixa etária não teve relação com a mortalidade, uma vez que 62,1% dos pacientes
tiveram alta médica e 37,3% vieram a óbito, condizente com a análise realizada por Feijó et al.,
(2006) o qual verificou que não ocorreu diferença considerável associada a maior mortalidade
nos grupos etários.

Contudo pode ocorrer uma variação nos índices de mortalidade associada à idade
avançada, comorbidade, uso de ventilação mecânica e tipo de doença acometida, como
constatado na pesquisa de Gulini et al., (2018).

O tempo de permanência na UTI é um outro fator associado ao estado crítico do


paciente. Neste estudo, o tempo de internação mínima corresponde a 1 dia e máxima de 66 dias,
com média e mediana 11,7 e 7,0 dias respectivamente e desvio padrão de 1,003. Observou-se
que os pacientes com tempo de permanência superior a 15 dias, o quadro clínico evolui para
óbito de forma mais considerável ao ser comparado com pacientes que tiveram tempo de
permanência inferior a 10 dias. Logo, pode-se afirmar que pacientes que se mantêm por
intervalo de tempo maior na UTI são mais susceptíveis às complicações provenientes da
doença, com probabilidade de ocorrer um desfecho desfavorável.

A tabela 1 apresenta os motivos mais frequentes que levaram ao internamento dos


pacientes na UTI, onde as doenças do aparelho circulatório tiveram percentual de 21,6%,
condizente com o estudo de Rodriguez e seus colaboradores (2016), que obtiveram valores
próximos do encontrado.

Tabela 1: Motivo do internamento dos pacientes internados na UTI no período de janeiro a


março de 2021.

Porcentagem
Motivo do internamento Frequência Porcentagem
acumulativa
Doenças do aparelho
33 21,6% 21,6%
circulatório
Doenças do aparelho
24 15,7% 37,3%
digestivo
Sintomas, sinais e achados
anormais de exames clínicos 21 13,7% 51,0%
e de laboratório
Lesões, envenenamento e
algumas outras consequências 15 9,8% 60,8%
de causas externas
Doenças do aparelho
12 7,8% 68,6%
geniturinário
Doenças infecciosas e
10 6,5% 75,2%
parasitárias
Neoplasias 9 5,9% 81,0%
Doenças endócrinas,
6 3,9% 85,0%
nutricionais e metabólicas
Doenças do sistema nervoso 5 3,3% 88,2%
Fatores que influenciam o
estado de saúde e o contato 5 3,3% 91,5%
com os serviços de saúde
Causas externas de
3 2,0% 93,5%
morbidade e de mortalidade
Doenças do sistema
osteomuscular e do tecido 3 2,0% 95,4%
conjuntivo
Doenças da pele e do tecido
2 1,3% 96,7%
subcutâneo
Transtornos mentais e
2 1,3% 98,0%
comportamentais
Doenças do sangue 1 0,7% 98,7%
Códigos para propósitos
1 0,7% 99,3%
especiais
Doenças do aparelho
1 0,7% 100%
respiratório
Total 153 100%
As doenças cerebrovasculares (17%) foram as principais doenças do aparelho
circulatório identificadas. De acordo com o Sistema de Informações Hospitalares do SUS
(SIH/SUS), no mesmo ano e período em estudo, a ocorrência de morbidades decorrente de
doenças cerebrovasculares foi de 3.388 casos.

Embora as doenças do aparelho circulatório sejam as mais preeminentes causas dos


internamentos, até o momento não existem trabalhos suficientes que expliquem quais são as
patologias mais prevalentes.

Com relação à análise laboratorial, foram solicitados 175 exames de culturas, destes
42,3% tiveram resultado negativo e 57,7% positivo. Foram isolados microrganismos
provenientes de hemocultura, urocultura e cultura de outros sítios biológicos conforme mostra
a tabela 2.

Tabela 2: Distribuição dos resultados de cultura dos pacientes internados na UTI no


período de janeiro a março de 2021.

Porcentagem
Tipo de Cultura Frequência Porcentagem
acumulativa
Hemocultura 84 48,0% 48,0%
Outros sítios biológicos 52 29,7% 77,7%
Urocultura 39 22,3% 100%
Total 175 100%

O Staphylococcus epidermidis foi encontrado em hemoculturas com o percentual de


21.3%, na urocultura e outros sítios biológicos houve uma maior predominância de
Pseudomonas aeruginosa com 30,8% e 32,8% respectivamente, diferenciando do observado
por Mota, Oliveira e Souto (2018), onde constatou a Escherichia coli como preeminente na
urocultura e Klebsiella pneumoniae na hemocultura.

Além disso, os microrganismos de maior prevalência identificados laboratorialmente


são: Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus epidermidis, Acinetobacter baumannii (Figura
3), sendo que esses dados estão de acordo com os resultados obtidos por Basso et al., (2016)
onde a principal bactéria encontrada foi Pseudomonas aeruginosa.
7,0
6,0
Percentual 5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0

Microrganismos

Figura 3: Prevalência dos microrganismos isolados laboratorialmente dos pacientes internados


na UTI no período de janeiro a março de 2021.

Os bacilos Gram negativos não fermentadores são patógenos constantemente


relacionados à ocorrência de infecções nas UTIs, visto que possuem habilidade de se manterem
viáveis e são amplamente distribuídos no ambiente (SILVA et al., 2016). Dentre os bacilos
desta classe, destacam-se a Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii, estando entre
os agentes que mais causaram infecções neste estudo.

A Pseudomonas aeruginosa é comumente responsável por infecções no ambiente


hospitalar, cujo as principais fontes de contaminação são pias, materiais de limpeza e
equipamentos, aumentando os riscos de causar infecção cruzada nos pacientes, além disso é
uma ameaça a saúde pública por possuir resistência à diversas classes de antibióticos,
restringindo a terapêutica (ROCHA et al., 2015; RIBEIRO, 2020).

Acinetobacter baumannii é um importante microrganismo oportunista no âmbito


hospitalar por causar diversos tipos de infecções, podendo ter inúmeras causas que propiciam
a sua colonização como internação prolongada, farmacoterapia prévia com antibióticos de largo
espectro e procedimento pós-cirúrgico (ELHAM; FAWZIA, 2019).

Os Staphylococcus epidermidis são bactérias gram positivas coagulase negativa que


colonizam naturalmente a pele humana sem causar danos à saúde em pessoas saudáveis,
entretanto, em indivíduos hospitalizados, quando ocorre rompimento da barreira cutânea
através de agulhas ou dispositivos intravasculares podem causar sérias infecções
(CARRECELLI; BARCELOS, 2017). Esses microrganismos são encontrados frequentemente
em ponta de cateter causando infecções na corrente sanguínea. No estudo de Cunha e Linaridi
(2013), os Staphylococcus epidermidis apresentam maior prevalência em diversos setores do
hospital, incluindo a UTI que apresentou 14,0% detectadas em hemoculturas.

Os antimicrobianos mais prescritos na UTI, estão representados na figura 4, sendo que


29,3% correspondem ao grupo das penicilinas, 25,5% das cefalosporinas, 13,5% dos
carbapenêmicos e 13,0% dos glicopeptídeos/polimixinas/imidazóis. O alto perfil de prescrições
das classes de penicilinas e cefalosporinas pode ser previsto por possuírem baixa toxicidade e
boa segurança, embora esses antimicrobianos serem mais suscetíveis a ação da beta-lactamase
que é o principal mecanismo de resistência envolvendo os beta-lactâmicos (SANTOS et al.,
2016).

30,0
25,0
Prescrições dos Antimicrobianos (%)

20,0
15,0
10,0
5,0
0,0

Antimicrobianos

Figura 4: Classes de antimicrobianos prescritos na UTI no período de janeiro a março de


2021.

A associação piperacilina+tazobactam, pertencente à classe das penicilinas foi o


antibiótico mais utilizado (28,2%), seguido de ceftriaxona (25,6%) representando o grupo de
cefalosporinas de terceira geração, meropenem (13,5%) o fármaco mais predominante da classe
dos carbapenêmicos e a teicoplanina (8,2%) dos glicopeptídeos.
O resultado elevado do uso da piperacilina+tazobactam e ceftriaxona pode ser
justificado por esses antibióticos serem comumente utilizados na terapia empírica devido seu
amplo espectro de ação. Tavares et al., (2015) mencionaram a piperacilina+tazobactam como
o antimicrobiano de primeira escolha terapêutica em seu estudo, sendo similar ao observado
nesta pesquisa, contudo para Furlan et al., (2020) o mais prescrito foi a ceftriaxona com dados
próximos ao encontrado.

A alta prescrição do meropenem pode ser explicado por possuir largo espectro, além de
ser utilizado empiricamente de acordo com o quadro clínico do paciente, principalmente em
infecções graves, e mesmo após o resultado do exame de cultura o médico permanece com a
prescrição caso o microrganismo apresente sensibilidade a esse antibiótico.

A utilização de antimicrobianos de forma empírica, foi superior a guiados por cultura,


visto que 79% dos antimicrobianos foram administrados empiricamente e apenas 20% de
acordo com o resultado de cultura (Figura 5), concordando com Santos et al., (2016) que
obtiveram a mesma proporção dos antimicrobianos empíricos e guiados por cultura. Sugere-se
que a necessidade de iniciar precocemente a antibioticoterapia seja para impedir o agravamento
da infecção, uma vez que existe um período para se obter o resultado da cultura e
posteriormente, com a detecção do patógeno, prescrever o antibiótico mais adequado.

20%

79%

Empírico Guiado por cultura

Figura 5: Demonstração dos pacientes que utilizaram antibióticos empíricos e específicos na


UTI no período de janeiro a março de 2021.

Entretanto, o tratamento empírico deve ser utilizado de maneira correta e


correspondente com a suspeita do sítio infeccioso para que não seja iniciada uma terapia
antimicrobiana desnecessária, contribuindo para o surgimento de bactérias resistentes.
Em relação a adequabilidade das prescrições de antimicrobianos de acordo com a
sensibilidade dos microrganismos após resultado de cultura, 26,1% utilizaram a melhor escolha
do antimicrobiano enquanto 20,3% fizeram uso de maneira inadequada. Não houve diferença
significativa entre o uso adequado e inadequado do antimicrobiano após resultado da cultura,
porém é de extrema importância que a antibioticoterapia seja de forma correta, sendo necessário
que as unidades hospitalares incentivem a equipe multidisciplinar a realizarem monitoramento
do uso racional de antibióticos.

O farmacêutico enquanto profissional de saúde, pertencente a equipe multidisciplinar


deve ter participação ativa na otimização da terapia com antimicrobianos, por meio do
acompanhamento farmacoterapêutico, análise das prescrições, identificação de interações
medicamentosas, ajuste de dose e na resolução de problemas relacionados aos medicamentos.
Além disso, o farmacêutico pode estar atuando no programa de gerenciamento de
antimicrobianos do hospital que tem por objetivo aprimorar as prescrições dos antibióticos
auxiliando na escolha adequada, contribuindo para a segurança do paciente e minimizando a
ocorrência de resistência bacteriana (Ferreira; Farias; Neves, 2021).

Ao analisar o perfil de bactérias multirresistentes, a Klebsiella pneumoniae


carbapenemase (KPC) (41,5%) e Acinetobacter baumannii (16,7%) apresentaram maior
incidência, seguido por Proteus mirabilis, Providencia rettgeri, Providencia
stuartii, Providencia ssp e Klebsiella ssp que obtiveram o mesmo percentual de 8,3%,
semelhante do encontrado por Fortes et al., (2021) que ao realizar o levantamento de
distribuição dos microrganismos dentre os pacientes internados em um hospital escola de Recife
constaram que a KPC (45%), Acinetobacter baumannii (15%), Proteus mirabilis (10%), foram
as bactérias de maior predomínio. Já Mota, Oliveira e Souto (2018), identificaram
respectivamente a Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli e Acinetobacter baumannii como
os microrganismos de maior resistência aos antimicrobianos.

Os microrganismos resistentes a três ou mais classes de antimicrobianos são


classificados como multirresistentes (ANVISA, 2021). Sendo assim, das bactérias
multirresistentes encontradas em nosso estudo, somente 41,7% eram sensíveis
intermediariamente a amicacina e o mesmo percentual resistente a todos os antibióticos testados
no antibiograma do hospital. Diante disso, é necessário a implementação de estratégias que
possibilitem o monitoramento e controle de microrganismos resistentes a múltiplas drogas.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2021), monitorar o perfil de sensibilidade
antimicrobiana é extremamente necessário para identificar novos casos de microrganismos
multirresistentes, visto que os antimicrobianos sensíveis que frequentemente eram utilizados
para o tratamento de infecções, atualmente se tornaram ineficazes.

Dentre os pacientes acometidos por essas superbactérias, 83,3% resultaram em óbitos.


Esse elevado índice se justifica devido ausência de uma terapia antimicrobiana adequada contra
os microrganismos.

Desse modo, é fundamental a criação de novos antimicrobianos, porém o processo de


desenvolvimento de novos fármacos requer tempo e alto investimento. Sendo assim, é de suma
importância a utilização de maneira racional dos antibióticos eficazes disponíveis no mercado
para conter o surgimento de novas cepas multirresistentes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho, foram priorizadas questões referentes ao grau de utilização dos


antimicrobianos, principais microrganismos detectados, adequabilidade das prescrições de
acordo com a sensibilidade dos microrganismos causadores da infecção e mensuração das cepas
microbianas que apresentaram resistência a múltiplas drogas.

Ao avaliar as prescrições dos pacientes em uso de antimicrobianos na unidade de terapia


intensiva, observou-se a predominância da antibioticoterapia empírica. É importante destacar
que a terapia empírica utilizada de maneira correta irá proporcionar ao paciente um tratamento
antecipado para controlar a infecção, porém, realizada de maneira inadequada irá viabilizar que
as bactérias desenvolvam novos mecanismos de resistência, além de riscos de toxicidade aos
pacientes e gastos com medicamentos.

Como as bactérias multirresistentes são consideradas um problema de saúde pública


atualmente, é imprescindível medidas para racionalização do uso dos antibióticos, através de
educação continuada em saúde com foco no manejo consciente dos antimicrobianos, o que
torna a atuação do farmacêutico essencial no âmbito hospitalar, visto que é o profissional
especialista na utilização dos medicamentos estando habilitado a sanar dúvidas, promover o uso
racional e conter a propagação de bactérias multirresistentes.
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