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UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS

UNIPAC – CAMPUS IPATINGA

GESIANE FERREIRA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM DROGARIA

IPATINGA
OUTUBRO / 2010
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UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
UNIPAC – CAMPUS IPATINGA

GESIANE FERREIRA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM DROGARIA

Relatório mensal (Outubro do ano de 2010)


referente ao Estágio Curricular em Drogaria,
supervisionado pela professora xxx e
apresentado à UNIPAC – Vale do Aço
campus Ipatinga como parte das exigências
curriculares do curso de Farmácia.

IPATINGA
OUTUBRO / 2010
1
SUMÁRIO

ANTIMICROBIANOS.............................................................................................................3
Resistência bacteriana..............................................................................................................3
ATIVIDADES DE ESTÁGIO..................................................................................................6
CONCLUSÃO...........................................................................................................................7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................8

2
ANTIMICROBIANOS

Os antimicrobianos são produtos capazes de destruir microorganismos ou de suprimir


sua multiplicação ou crescimento. A atualmente denominam-se os antimicrobianos em dois
tipos:
- Antibióticos: antimicrobianos produzidos por microorganismos (bactérias, fungos,
actinomicetes). Ex: penicilinas
- Quimioterápicos: antimicrobianos sintetizados em laboratório. Ex: sulfas,
quinolonas.
Ainda são classificados de forma geral, por seu resultado de ação em:
- Bacteriostáticos: inibem o crescimento e a duplicação dos microrganismos, mas não
provoca a destruição, podendo este voltar retomar o crescimento assim que for suspenso uso
medicamento.
- Bactericidas: lesionam letalmente, de forma irreversível, os microrganismos
sensíveis.
Quando o tratamento se dá por um fármaco bacteriostático, os níveis plasmáticos
devem ser mantidos em concentração terapêutica até que a população bacteriana tenha sido
reduzida a um nível subclínico. (OLIVEIRA, 2008)

Resistência bacteriana

A resistência bacteriana ocorre quando a bactéria evolui para combater o mecanismo


de ação do fármaco.
Existem três tipos de resistência bacteriana:
- Resistência intrínseca: descrita quando a bactéria evolui para a produção de uma
enzima capaz de degradar o fármaco, por exemplo, a enzima b-lactamase, sendo uma
resistência intrínseca ao microrganismo.
- Resistência por mutação: ocorre com a evolução e mutação que leve a alteração
estrutural do microrganismo impedindo as ações do fármaco.

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- Resistência mediada por plasmídio: envolve a passagem de informação da resistência
por mutação de um microrganismo para outro, assim, o DNA alterado, que confere a
resistência, é envolvido (empacotado) dentro de um plasmídio que pode ser transferido a
outros organismos. (OLIVEIRA, 2008)
Uma das principais preocupações mundiais quanto ao uso racional de medicamentos
está relacionada à utilização dos antimicrobianos. (CASTRO, 2002)
A inexistência e a negligência aos protocolos terapêuticos têm resultado em grande
diferença nos padrões de prescrição, levando ao insucesso terapêutico e reaparecimento das
infecções. E a resistência de bactérias aos antibióticos disponíveis clinicamente se tornou um
problema de saúde pública em todo mundo. Além disso, o custo financeiro de uma terapia
fracassada por conta de microrganismos resistentes é muito grande, custando ainda mais aos
sistemas públicos de saúde, porque em casos de bactérias resistentes não há melhora das
doenças que geram novas consultas, novos exames diagnósticos, nova prescrição, sem contar
a provável internação e ocupação de leitos hospitalares. (DEL FIO, 2010)
Nos países em desenvolvimento, poucos recursos são empregados na monitorização
de ações sobre o uso racional de antimicrobianos. Assim, torna-se necessário estabelecer
mecanismos de vigilância sobre o uso de antimicrobianos. (CASTRO, 2002)
O consumo de antimicrobianos aumentou com o correr dos anos. O grupo de
medicamentos mais utilizado foi de penicilinas, seguido por cefalosporinas, aminoglicosídeos,
sulfonamidas, glicopeptídeos e lincosaminas. Estes grupos foram responsáveis por cerca de
90% do consumo. (CASTRO, 2002)
No Brasil, além do uso de antibióticos sem prescrição, ainda é muito grande e
desnecessário o uso orientado pelos próprios médicos.
Dados recentes revelam que em aproximadamente 55% das infecções de etiologia
viral são administrados antibióticos, com invalidade profilática ou terapêutica. (LADD, 2005
In: DEL FIO, 2010)
Outro grande desafio é a qualidade da informação que o paciente detém para o uso do
medicamento. A falta de informações durante a consulta, seguida por pouca ou nenhuma
orientação no ato da dispensação do medicamento, faz com que o usuário abandone o
tratamento precocemente, perca administrações ou ainda os utilize desnecessariamente7. Por
isso, é muito importante que os proissionais de saúde se atentem às necessidades de melhores
critérios na prescrição, dispensação e uso desses fármacos sob pena de, em alguns anos, não
haver medicamentos disponíveis eficazes no combate às infecções. Informações sobre índices

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de resistência, seu impacto social e econômico precisam atingir aos prescritores,
dispensadores e a população em geral para que todos se tornem cúmplices no combate à
resistência bacteriana. (DEL FIO, 2010)
É exatamente com a intenção de controlar as dispensações indevidas e a
automedicação que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, tomou medidas
como a publicação da Resolução Da Diretoria Colegiada – RDC Nº 44, DE 26 DE
OUTUBRO DE 2010, onde dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias
classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição médica, isoladas ou em associação
que passa a ter validade a partir do dia 28 de Novembro de 2010. (ANVISA, 2010)

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ATIVIDADES DE ESTÁGIO

As atividades de estágio referentes ao mês de XXXX teve a duração de XXX horas


contadas a partir do dia XX de XXX ao dia XX de XXX do ano de 2010 na Drogaria XXX,
localizada na Av. XXX № 960 no Bairro XXX. O estabelecimento está sob a
responsabilidade da farmacêutica XXX- CRF:XX_XX.
Durante o tempo de estágio foram realizados atendimentos para a aferição de pressão,
aplicações de medicamentos intramusculares, dispensação e esclarecimento sobre a posologia
e possíveis interações medicamentosas.
Notou-se um interesse crescente por parte dos clientes sobre as utilizações, efeitos
adversos e interações de medicamentos antimicrobianos. Consequentemente, logo após a
decisão da ANVISA em manter sob controle especial toda a forma farmacêutica que contenha
em sua formulação qualquer antimicrobiano, isolado ou mesmo em associações com outras
classes de princípio-ativos.
Outras atividades incluem os registros de movimentações dos medicamentos
controlados. A aviação das receitas especiais para estes medicamentos e os devidos
esclarecimentos sobre a correta utilização destes.

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CONCLUSÃO

Ainda é muito grande a utilização de antibióticos sem critérios aceitáveis.


O grande responsável pela disseminação dos genes de resistência e de microrganismos
resistentes é sem dúvida o próprio homem que age de maneira inconsequente ou por falta de
informação. Por isto, o órgão de vigilância sanitária no Brasil passa a manter estes
medicamentos antimicrobianos sob controle especial, a fim de se evitar maiores danos à saúde
coletiva.
O papel do farmacêutico está no processo da dispensação. Mesmo quando médico não
esclarece sobre a forma correta da utilização deste tipo de medicamento, a sua importância,
posologia correta e efeito adversos e interativos com outras substâncias, cabe ao farmacêutico
ceder ao paciente esta atenção para beneficiar o tratamento e futuramente evitar-se catástrofes
maiores.

7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANVISA. Legislação, 2010. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/index.htm>. Acesso


em 17 de Out. de 2010.

CASTRO, Mauro Silveira de et al . Tendências na utilização de antimicrobianos em um


hospital universitário, 1990-1996. Rev. Saúde Pública,  São Paulo,  v. 36,  n. 5, out.  2002.  
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89102002000600003&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  17  nov.  2010.  doi: 10.1590/S0034-
89102002000600003.

DEL FIOL, Fernando de Sá et al . Perfil de prescrições e uso de antibióticos em infecções


comunitárias. Rev. Soc. Bras. Med. Trop.,  Uberaba,  v. 43,  n. 1, Feb.  2010 .   Available
from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-
86822010000100015&lng=en&nrm=iso>. access on  17  Nov.  2010.  doi: 10.1590/S0037-
86822010000100015.

LADD, E. The use of antibiotics for viral upper respiratory tract infections: an analysis
of nurse practitioner and physician prescribing practices in ambulatory care, 1997-2001.
J Am Acad Nurse Pract 2005; 17: 416-424. In:___ DEL FIOL, Fernando de Sá et al . Perfil de
prescrições e uso de antibióticos em infecções comunitárias. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., 
Uberaba,  v. 43,  n. 1, Feb.  2010 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0037-86822010000100015&lng=en&nrm=iso>. access on  17  Nov. 
2010.  doi: 10.1590/S0037-86822010000100015.

OLIVEIRA, Edilberto Antônio Souza de. Resumo dos antibióticos que atuam como
antibacterianos. Apostila nº 05. Farmacologia, 2008. Disponível em:
<http://www.easo.com.br/apostilasfarmacologia.htm>. Acesso em 17 de Out. de 2010.

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