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GESIANE G.

FERREIRA

RELATÓRIO DE FARMACOTÉCNICA II
PÓ EXCIPIENTE PADRÃO

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS


IPATINGA, 2010
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GESIANE G. FERREIRA

PÓ EXCIPIENTE PADRÃO

Relatório de conclusão de Aula Prática


realizada no Laboratório de
Farmacotécnica II, no dia 09 de novembro
de 2010, sob a orientação da professora
Andressa Delziovo, apresentado como
exigência do Curso de graduação em
Farmácia, à Universidade Presidente
Antônio Carlos – UNIPAC Ipatinga.

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS


IPATINGA, 2010
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO........................................................................................................................3
PÓS.............................................................................................................................................3
EXCIPIENTES...........................................................................................................................4
OBJETIVO................................................................................................................................5
PARTE EXPERIMENTAL.....................................................................................................5
Material e Matérias-primas.....................................................................................................5
Procedimento.............................................................................................................................5
CONCLUSÃO...........................................................................................................................7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS.......................................................................................8

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INTRODUÇÃO

PÓS

Os pós são preparações farmacêuticas que se caracteriza pela mistura de fármacos e/ou


substâncias químicas finamente divididas e na forma seca.
Alguns pós são destinados ao uso interno e outros ao uso externo.
Os pós podem ser administrados sob a forma simples, diluídos em líquido,
dispensados em papéis ou cápsulas.
Os grânulos, utilizados como forma farmacêutica, consistem no pó que passou por um
processo de agregação para obter maior tamanho, normalmente, com o diâmetro aproximado
de 2 a 4 mm, o que facilita o processo de manipulação. (AULTON, 2005)
As vantagens deste tipo de preparação incluem:
 As preparações sólidas são quimicamente mais estáveis, que as líquidas.
 São formas bastante convenientes para dispensar altas doses de fármaco.
 Quando solúveis e administrados pela via oral, apresentam uma velocidade de
dissolução mais rápida do que comprimidos ou cápsulas. (AULTON, 2005)
As desvantagens são:
 São tão inconvenientes para transportar. Porém, os métodos modernos de
acondicionamento de preparações individuais, tais como sachês laminados com fechamento
térmico, permitem carregar de forma conveniente doses individuais de pós e grânulos.
 É bastante problemática mascarar o sabor desagradável desse tipo de
preparação.
Não são adequados para administrar pequenas doses de fármacos potentes
 Não são adequados para administração de fármacos que sejam inativados no
estômago ou que causem danos à mucosa gástrica. (AULTON, 2005)
Os pós são classificados em simples ou compostos:
Os simples são derivados de uma única droga, como o bicarbonato de sódio.
Os compostos resultam de uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias,
como por exemplo, os sais de cloreto de sódio. (DESTRUTI, 2004)
Os pós podem alterar-se por ação da luz, do ar e da umidade ou por contaminação
microbiana. (DESTRUTI, 2004)

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O acondicionamento pode ser feito em potes de plástico ou vidro, bem cheios e
fechados. As substâncias que facilmente sofrem hidrólise podem ser acondicionadas em
embalagens com gel de sílica. Também podem ser acondicionados em envelopes ou papeis
medicamentosos. Nesse caso, a distribuição será feita por divisão geométrica ou com
medidores de volume ou peso. (DESTRUTI, 2004)

EXCIPIENTES

O processo de manipulação relatado se trata de um pó excipiente padrão que serve de


base para a adição de um princípio ativo também na sua forma de pó. E, destina-se para a
dispensação em tal forma farmacêutica com sua respectiva finalidade.
Excipientes são componentes de um produto finalizado, porém sem a adição do
princípio ativo e são adicionados durante a formulação com um propósito específico. (USP,
2007)
Embora sejam considerados como ingredientes inativos pelo Food and Drug
Administration, os excipientes têm, geralmente, as suas funções bem definidas. Os excipientes
podem conter componentes secundários que causem impacto significativo sobre o
desempenho farmacêutico do medicamento. (USP, 2007)
Os excipientes têm por finalidade principal:
 Ajudar no processamento dos sistemas de liberação da droga durante a sua
manufatura;
 Proteger, apoiar e melhorar a estabilidade, biodisponibilidade ou a
aceitabilidade do paciente;
 Auxiliar na identificação da produção;
 Incrementar qualquer outro atributo geral de segurança, efetividade ou
dispensação da droga durante a armazenagem ou uso. (USP, 2007)
Apesar de tudo isso, é importante lembrar que, estudos detectam a presença de ricos
na utilização de certos e excipientes, o que pode aumentar a chance de ocorrência de uma
reação adversa. Este fato deve ser levado em consideração pelos responsáveis em analisar a
relação de causalidade entre o medicamento e a reação adversa suspeita. (SILVA, 2008)

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Os excipientes que demonstraram um risco de causar reações adversas foram
detectados entre as formulações farmacêuticas mais consumidas no Brasil, principalmente as
de uso pediátrico e de venda livre. (SILVA, 2008)

OBJETIVO

Manipulação de excipiente padrão pulvéreo.

PARTE EXPERIMENTAL

Material e Matérias-primas

Foram utilizados: estearato de magnésio, aerosil, lauril-sulfato de sódio, talco


farmacêutico, amido, álcool 70%, vidro relógio, espátula, pote 50g, papel barreira, balança
analítica.

Procedimento

Foram realizados os cálculos farmacotécnicos para um excipiente padrão pulvéreo


contendo:
Estearato de magnésio..............................0,5%
Aerosil..........................................................1,0%
Lauril-sulfato de sódio.............................1,0%
Talco farmacêutico......................................30,0%
Amido..................................................qsp.. 100,0%
Preparar 100g
Para a determinação da quantidade em gramas do Estearato de magnésio utilizou-se a
fórmula:
Esterato de magnésio (%) x massa total formulação (g) = Esterato de magnésio (g)
100%
5
Segue-se:
0,5 x 100 = 0,5 g de Estearato de magnésio.
100%

Para a determinação da quantidade em gramas do Aerosil utilizou-se da mesma


fórmula:
Aerosil (%) x massa total da formulação (g) = Aerosil (g)
100%
Segue-se:
1,0 x 100 = 1,0g de Aerosil
100%

Para a determinação da quantidade em gramas do Lauril-sulfato de sódio:


Lauril-sulfato de sódio (%) x massa total da formulação (g) = Lauril-sulfato de sódio(g)
100%
Segue-se:
1,0 x 100 = 1,0g de Lauril-sulfato de sódio.
100%

Para a determinação da quantidade em gramas do Talco farmacêutico:


Talco farmacêutico (%) x massa total da formulação (g) = Talco farmacêutico (g)
100%
Segue-se:
30 x 100 = 30g de Talco farmacêutico.
100%

Para a determinação da quantidade em gramas do Amido:


Amido (%) x massa total da formulação (g) = Amido (g)
100%

E logo após são feitas as subtrações para a determinação da quantidade de amido é


necessária para um qsp 100g da formulação.
Segue-se:
100 x 100 = 100g de Amido.
100%

100g de amido – 0,5g – 1,0g -1,0g – 30g = 67,5g de amido para completar 100g da
formulação.

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Para o procedimento de manipulação foi imprescindível a utilização da paramentação
adequada como: Avental, luvas, touca e máscara descartáveis, conforme as orientações
concedidas pelo professor.
Após os cálculos, realizou-se a assepsia de bancada com papel toalha e álcool 70% e a
utilização do papel barreira sobre a bancada.
Os constituintes foram pesados separadamente na balança analítica, cada substância
em seu respectivo vidro relógio.
Cada componente foi tamisado separadamente em um gral até que obteve-se uma
apresentação de mesma granulometria. Logo após, os componentes foram bem misturados.
A mistura pulvérea foi embalada em pote plástico leitoso, seu peso foi conferido e
rotulado com as informações do grupo porque quem foi manipulada, composição da fórmula,
data de fabricação e data de validade.

CONCLUSÃO

O excipiente não deve ser considerado como uma substância totalmente inerte. É
necessário realizar a identificação prévia de pacientes predispostos a hipersensiblidade e
alertar a população consumidora sobre os riscos, por meio das bulas ou embalagens de
medicamentos e das informações personalizadas no momento da dispensação.
É importante a utilização dos equipamentos de segurança para o manipulador que está
disposto a inalação destes compostos pulvéreos que têm muita facilidade em dispersar-se no
ar e pelo ambiente, para se evitar acidentes ou outros danos quaisquer principalmente à saúde.
O excipiente padrão pulvéreo, assim como as outras bases farmacológicas, merece
uma atenção para a sua armazenagem, lembrando que fatores como luz e umidade prejudicam
a sua integridade física e química.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS

AULTON, Michael E. Delineamento de formas farmacêuticas. 2.ed. Porto Alegre: Artmed,


2005.

DESTRUTI, Ana Maria C. B. Noções básicas de farmacotécnica. 3.ed. São Paulo: Senac,
2004.

SILVA, A. V. A. da; FONSECA, S. G. C.; ARRAIS, P. S. D.; et al. Presença de excipientes


com potencial para indução de reações adversas em medicamentos comercializados no
Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. Brazilian Journal of Pharmaceutical
Sciences. vol. 44, n. 3, jul./set., 2008. p.397- 405.

U S. PHARMACOPEIA. Excipients. USP Guideline for Submitting Requests for Revision to


USP-NF. vol.3.1, April, 2007. Disponível em: <http://www.usp.org/search.html?
site=externalAll&q=excipients+&Go.x=0&Go.y=0>. Acesso em 10 de Nov. de 2010.

Roteiro de aula prática fornecido pela professora em sala de aula.

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