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FORMAÇÃO DE TERAPEUTA HOLÍSTICO

INTRODUÇÃO

Holismo, do grego holos (todo), é a ideia de que a propriedade de um sistema


quer se trate de seres humanos ou outros organismos, não podem ser explicados
apenas pela soma de seus componentes ou partes.

Para os filósofos e outros estudiosos, o holismo ou a visão holística, ou ainda,


a teoria dos sistemas, é uma maneira de ver o mundo, onde o homem e o universo
formam uma entidade única completa e intimamente associada, cujas propriedades
não podem ser reduzidas às propriedades das partes, e cujas propriedades são
destruídas quando por ventura o sistema for fragmentado.

O holismo visa à integração dos seres em seus aspectos físicos, emocionais,


mentais e sutis, não somente como matéria, nem somente consciência, nem
apenas emoções. Considerar apenas alguns destes aspectos seria perder de vista
a sua integridade, isso porque os sistemas vivos interagem continuamente e
indefinidamente.

SAÚDE HOLÍSTICA:

Visão ampla da saúde e bem-estar, que aborda a multidimensionalidade do


ser humano. Somente examinando as dimensões física, mental, emocional e sutil
dos indivíduos, promove-se o equilíbrio. Saúde é a capacidade de participar
plenamente dos ritmos da vida, sentindo a glória do raiar do dia, celebrando o ciclo
anual das estações e percebendo a pulsação vital da Natureza bater dentro de nós.
A verdadeira saúde é mais do que apenas “ir levando”.

Significa mergulhar por inteiro na vida, significa o envolvimento pleno do


corpo e da mente em tudo o que fazemos no trabalho, na vida familiar e social, na
expressão criativa e na contemplação interior. Não existe nenhum modelo fixo do
que significa ser uma pessoa saudável. Sermos saudáveis é sermos completamente
nós mesmos não a identidade definida pelo saudável. Sermos saudáveis é sermos
completamente nós mesmos não a identidade definida pelo condicionamento
social, nem a persona que adotamos para atender as expectativas dos outros.

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Pelo contrário, é o Eu que expressa singularmente tudo o que podemos ser.
Ele será diferente para cada pessoa e, portanto, pressupõe o desenvolvimento do
autoconhecimento e da compreensão de si mesmo. Saúde é a aceitação da vida,
com todas as suas imperfeições e contradições. É uma expansibilidade do ser, o
qual se fortalece ao abraçar todas as experiências, ao invés de tentar suprimir a
limitação, a dor ou o sofrimento. Na verdade, o sofrimento tem o potencial de nos
levar a uma apreciação mais profunda da vida e a um despertar para o nosso
próprio potencial maior. A doença pode ser vista não como um tormento a ser
erradicado, mas sim como um mestre que nos mostra as fontes de desequilíbrio em
nossa vida ou os aspectos do nosso
ser que temos ignorado. Os desafios
com que nos defrontamos podem
evocar virtudes interiores e nos
motivar a fazer as mudanças
necessárias. Em seu nível mais
profundo, a doença pode ser uma
experiência iniciática sentida não
como uma simples perda, mas
também como uma oportunidade
para um novo começo. A saúde
pressupõe liberdade interior.

A responsabilidade é o
processo que leva à verdadeira
liberdade, a capacidade de
responder. Quando somos um
simples recipiente passivo da
doença ou do tratamento médico, meramente reagindo ou nos sentindo
influenciados, tornamo-nos um objeto a ser manipulado em vez de um participante
ativo no cuidado com nossa saúde. A verdadeira saúde requer uma ativo auto
percepção consciente, na qual cada um de nós assume a responsabilidade pelos
desafios e pelas lições da vida.

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TERAPEUTA HOLÍSTICO

Surge neste momento como


um novo especialista, mas com uma
postura diferente de seus
antecessores, pois vem com a
finalidade de equilibrar estes
fragmentos dos seres humanos, ela
chega com a finalidade de juntar a
emoção, a mente, o espírito e o físico
em um só, separado através de
gerações, fornecendo novamente ao
ser humano o controle total de si
mesmo, restabelecendo no ser
humano o equilíbrio do TODO. Pode-
se, portanto entender a
reconstrução do conhecimento como a constituição dos saberes que resulta de
uma nova investigação. Olhar para o que já foi visto e absorvido como verdade,
olhar para nossas crenças com o compromisso generoso de (RE) significá-las (sem
julgamentos ou culpas) com o principal objetivo de harmonizar nossas vidas, as
vidas do outro, nosso trabalho, a sociedade e o universo. Vislumbramos uma forma
diferente de encarar a saúde e a doença, o processo de cura, a Morte e nossas
relações interpessoais. Despertamos para novas visões que extrapolam os limites
do pessoal e nos mergulham em níveis chamados transpessoais.

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O QUE É UM TERAPEUTA HOLÍSTICO?

Não nascemos profissionais nos


tornamos a partir de um processo de
crescimento, amadurecimento,
vivências e experiências com
determinadas áreas e atividades. Cada
vez mais o mercado exige de nós a
capacidade de atuarmos em áreas que
não são efetivamente de nossa
preferência e passa a exigir
flexibilidade para entender.
O profissional holístico é composto de
uma totalidade, em que o pensar, o
sentir e o querer são as energias
básicas para a realização. O sentir faz
a ponte entre o pensar e o agir. Essa
esfera nos coloca em contato com a
experimentação e consequentemente
nos leva ao aprendizado.

Cada atividade que realizamos faz parte de um quadro maior, onde as peças
se completam e se somam ao alcance do objetivo final. São estágios nos quais se
obtêm informações, novos olhares e desenvolvem capacidades na direção da área
ou profissão escolhida.
O Terapeuta Holístico exerce sua profissão mantendo e equilibrando a
bioenergia do cliente, para isso, utiliza-se de técnicas e recursos holísticos, visando
sempre o tratamento do cliente como um todo. O Terapeuta Holístico através de
técnicas holísticas atua como um catalisador da bioenergia do cliente, promovendo
a harmonia e por consequência o equilíbrio bioenergético.

O atendimento de um Terapeuta Holístico é realizado sob o paradigma


Holístico, ou seja, o cliente é abordado sob todos os seus aspectos, emocional,
mental e físico. As práticas e teorias das terapias alternativas integrativas, sendo
este o primeiro contraponto à medicina alopática. Visa a integração corpo/mente,
indivíduo/comunidade, sujeito/paciente, saúde/doença, vida/morte,
biológico/cultural apontam muitas vezes para um a perspectiva espiritualista.

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Buscam, assim, uma visão holística do ser nas suas múltiplas relações com
o Cosmos. Apresentam-se como integradoras do homem com a natureza,
despontando como discursos e práticas de busca do equilíbrio pelos próprios
elementos do meio natural e apontam para a questão de energia vital, que não é
mensurável segundo os parâmetros da medicina alopática, mas fundamento muito
das diversas práticas na sua trajetória histórica. As terapias alternativas e
complementares são várias e oriundas de temporalidades e territórios distintos
convivendo no cenário das almejadas integrações e da busca consciente de formas
de tratamento e abordagem globalizante do fenômeno humano.

São eles: acupuntura, a medicina chinesa, A Ayurveda, homeopatia,


aromoterapia, florais, geoterapias, musicoterapia, terapias alimentares –
vegetariana, macrobiótica, tipo sanguíneo – iridologia, shiatsu, reiki, bioenergética.
São inúmeras as terapias, suas origens e procedimentos.

Tais terapias vêm encontrando divulgação e aceitação e busca, ampliando


as discussões, disputas e incorporação por parte da medicina tradicional, na
medida em que têm lidado de maneira exemplar com as chamadas doenças
crônicas e degenerativas, principalmente o câncer, as doenças cardiovasculares,
as da baixa imunidade, das disfunções endócrinas, o stress, depressão e as
psiquiátricas. A grande meta das terapias alternativas é a busca do equilíbrio vital e
de qualidade de vida, apontando para o reequilíbrio vital e a harmonização com a
natureza. Assim, pressupõe um trabalho com o meio ambiente e as forças
revigorantes da natureza, pontuando um discurso que é nitidamente ecológico.

Este modelo holístico afirmaria que mais de uma força tem sua importância
no resultado, sempre voltado a busca do equilíbrio, várias abordagens foram
propostas para compreender o processo saúde-doença como síntese de múltiplas
determinações o modelo holístico traz para necessidade for de ações mais
eficientes e eficazes, que exigem maior planejamento.

A psicanálise afirma que o homem vive extremamente centrado em si mesmo


e acredita que os outros são parecidos consigo, sentem as coisas da mesma forma
e, em essência, pensam como ele. Como sempre, o homem projeta-nos outros sua
maneira de ser e de pensar.

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CBO – CÓDIGO BRASILEIRO DE OCUPAÇÃO

3221: Técnicos em terapias complementares

3221-05 - Técnico em acupuntura

Acupuntor, Acupunturista, Técnico corporal em medicina tradicional chinesa.

3221-25 - Terapeuta holístico

Homeopata (não médico), Naturopata, Terapeuta alternativo, Terapeuta


naturalista.

CBO – 3221 - DESCRIÇÃO

Aplicam procedimentos terapêuticos manipulativos, energéticos e


Vibracionais para tratamentos de moléstias psico-neuro-funcionais,
musculoesqueléticas e energética (equilíbrio). Para tanto, avaliam disfunções
fisiológicas, sistêmicas, energéticas e vibracionais através de métodos das
medicinas oriental e convencional.

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Recomendam aos seus clientes a prática de exercícios, o uso de essências
florais e fitoterápicos com o objetivo de reconduzir ao equilíbrio energético,
fisiológico e psico-orgânico.

• O uso das terapias Complementares, Naturais e Energéticas se popularizou


pelo mundo, são diversos os estudos em torno dos benefícios que esse tipo
de medicina pode trazer às pessoas.

• As Terapias Complementares e Naturais visam auxiliar e complementar


outros tratamentos.

Não substituem de forma alguma os tratamentos médicos, psicológicos ou


psiquiátricos quando estes forem necessários. Para que o cliente obtenha um bom
resultado cabe a ele também colaborar fazendo sua parte em vez de esperar
simplesmente que sejam feitos “milagres” por ele.

A Terapia Alternativa ou Medicina Alternativa - é toda e qualquer forma de


tratamento que seja diferente dos meios tradicionais usados na medicina
convencional tais como os remédios, cirurgias ou outros procedimentos
considerados padrão para determinadas doenças.

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TERAPIA ALTERNATIVA NA HISTÓRIA

A história da medicina alternativa remete para há 6000 anos atrás, na região


este do globo e, na região oeste, remete para cerca de 2300 anos atrás. Os
conceitos de medicina alternativa são mencionados nas antigas escrituras da Índia,
China e Egito e na maior parte das civilizações antigas da História do planeta Terra.
O conceito de medicina alternativa prevaleceu, portanto, tanto na parte este como
na parte oeste do globo e, atualmente, a medicina alternativa continua a ser
praticada na Índia e na China, por exemplo.

A Medicina Alternativa prevaleceu nos países asiáticos, como a China e a


Índia por, aproximadamente, 6000 anos.

DEFINIÇÃO DE SAÚDE

A saúde é o equilíbrio energético que nós podemos encontrar na dualidade do


nosso Ser.

Do nosso Ser enquanto Corpo --» energia mais densa (visível).

Do nosso Ser enquanto Espírito --» energia mais sutil (sensível)

É deste equilíbrio entre o nosso SER e ESTAR que resulta uma harmonia.

É dessa harmonia que resulta a saúde.

O conceito de saúde depende:

Do que se entende por organismo vivo.

Da sua relação com o meio ambiente.

Esta compreensão depende:

- Das diferentes culturas

- Dos diferentes momentos históricos.

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AS CONCEPÇÕES NA HISTÓRIA:

1. Visão mágica ou religiosa.

2. Visão uni causal.

3. Visão epidemiológica.

4. Visão social (sistema fabril).

5. Visão social e econômica.

6. Visão etiológica.

7. Visão multicausal no início do séc. XX.

8. Visão ecológica multicausal.

9. Visão clínica (a partir dos anos 60).

10. Visão Holística de saúde

ANTIGUIDADE:

Privados de recursos científicos e tecnológicos a doença resultava em uma


visão mágica ou religiosa do mundo.

VISÃO UNICAUSAL CHINESES E HINDUS

A doença era causada pelo desequilíbrio entre os elementos do organismo humano,


(água, terra, ar e fogo).

VISÃO EPIDEMIOLÓGICA ÉPOCA GRECO – ROMANA

Desenvolveram a observação empírica através da prática clínica.

VISÃO SOCIAL

Após a Revolução Francesa em 1789 aumenta a urbanização dos países europeus


e ascende o sistema fabril.

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VISÃO SOCIAL E ECONÓMICA

Deste cenário em 1848 surge a Medicina Social em França que foi transposta para
a Alemanha e para a Inglaterra.

VISÃO ETIOLÓGICA

Na 2ª metade do séc. XIX, as concepções sociais dão lugar ao agente etiológico. A


vida humana fica reduzida à sua condição animal, sujeita a critérios naturais: idade,
sexo ou raça.

VISÃO MULTICAUSAL

No início do séc. XX, a teoria uni causal torna-se insuficiente e abre-se espaço para
as concepções multicausais.

VISÃO ECOLÓGICA MULTICAUSAL

Este modelo é reforçado com a teoria ecológica de doenças infecciosas, que ocorre
num ambiente composto de elementos diversos (físicos, biológicos e sociais). - EX:
a febre amarela e a varíola.

A PERSPECTIVA DA OMS (2001) uma doença, patologia ou condição de saúde


pode alterar a função (ou resultar em problemas ou disfunções) em três níveis:

1. Nível interno ao indivíduo (estrutura e função do corpo).

2. Nível intermediário (atividade).

3. Nível social (participação).

VISÃO HOLÍSTICA

A flexibilidade é a característica fundamental para o sistema ser efetivamente


saudável. Dispor de várias opções para a sua interação com o seu meio ambiente.
A saúde é uma experiência de bem-estar resultante do equilíbrio dinâmico que
envolve os aspectos físico e psicológico do organismo, assim como as suas
interações com o meio ambiente natural e social. O HOLISMO inclui as várias
dimensões – individual, social, econômica e cultural – aproximando o conceito de
saúde do conceito de vida, rompendo com a visão mecanicista da vida,
predominante nos atuais modelos explicativos da realidade.

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