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1ª edição — 1ª impressão
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
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G232m
índice remissivo
ISBN 978-85-7722-441-8
DCU: 1
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METAFÍSICA DA
SAÚDE
VOL.5
SISTEMAS ÓSSEO
E ARTICULAR
APRESENTAÇÃO
Você quer saber como eu, Valcapelli, chego às causas metafísicas das doenças
apresentadas nos cinco volumes desta obra?
A alma, também chamada de espírito, ao qual me refiro nesta obra como Ser, é a
fonte da vida e a causa do fenômeno da existência de cada pessoa.
As crenças são os conjuntos de valores que regem a exposição na vida. Elas são
espécies de moldes internos que definem as expressões no meio. As atitudes são
posturas internas que dão origem às ações no mundo. Os comportamentos são as
condutas adotadas ante os episódios existenciais.
Pode-se dizer, resumidamente, que as crenças geram as atitudes, que, por sua vez,
definem os comportamentos diante dos eventos da realidade.
As crenças são definidas pelos conteúdos da alma mesclados com aquilo que foi
absorvido do mundo externo.
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Nesta fase de busca pelas causas metafísicas da saúde, procuro observar as pessoas
que sofrem das doenças estudadas nos livros.
Por mais ricas que sejam as minhas experiências de vida e por mais dedicado que eu
seja para entender os processos das doenças, nem sempre o conhecimento e a
dedicação são suficientes para alcançar o cerne das questões estudadas, ou as causas
metafísicas, tanto da saúde quanto das doenças.
Preciso recorrer, então, a outras fontes de inspirações que vão além do plano físico
e mental. Ficar restrito ao campo da consciência e limitado ao universo mental impede
o meu acesso aos horizontes profundos do Ser.
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Esses níveis mais elevados são os campos da alma, que ampliam a visão do mundo e
a percepção da realidade, transcendendo os conhecimentos adquiridos no passado e
no presente.
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Ficamos tão repletos de conteúdos que indagamos: por que não havíamos pensado
nisso antes? Era impossível, porque essas inspirações não pertencem aos campos da
mente e, sim, da alma, são do universo. Somente as acessamos quando saímos do
restrito universo mental e entramos na esfera astral.
Afinal, eles são nossos amigos espirituais, que estão sempre dispostos a nos ajudar;
para tanto, precisamos dar abertura para receber as inspirações provenientes da
espiritualidade superior. Essa conexão acontece em virtude da sensibilidade apurada,
conhecida como mediunidade. Por meio dela, podemos estabelecer comunicação com
o plano espiritual.
Nessa área espiritual ou causal são poucos os registros sobre as origens das
doenças. Principalmente sobre a quantidade de temas tratados nestes cinco volumes
da nossa obra. São mais de vinte anos de estudos e descobertas feitos por meu
intermédio e pelo parceiro de estudo, Luiz Gasparetto.
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Na esfera espiritual, as verdades de cada um saltam à percepção imediata, de todos
que estão à volta. As reais condições internas são evidenciadas, mesmo aquelas
protegidas pelos mecanismos mentais que se escondem até de nós mesmos, aparecem
no plano espiritual.
Depois dessas revelações por parte dos espíritos, vou a campo para observar esses
mecanismos que me são revelados de maneira paranormal. Constato na prática a
veracidade dessas descobertas, por meio da observação de casos de pessoas que
sofrem das doenças estudadas.
Além dessa comunhão com a esfera espiritual, conto com parcerias e o apoio de
pessoas especiais que convivem comigo no plano físico, sem as quais o trabalho não
teria toda a extensão de assuntos tratados e tantos órgãos e doenças estudados.
Dentre eles, destaco a participação do amigo nestas obras, Luiz Gasparetto, que me
inspira na busca dos conteúdos metafísicos, dá as diretrizes de vários pontos a serem
estudados. Além de ser quem me alimenta com novos conhecimentos. Com ele
também divido as minhas descobertas.
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Tão logo elaboro os textos metafísicos, conto com a observação meticulosa dos
conteúdos desenvolvidos, feita pela minha esposa e parceira nestes estudos, Gleides
Urbano Testa, que também é psicóloga, com quem realizo trabalhos em conjunto. Ao
concluir o texto, submeto-o à sua leitura, análise e opinião.
Afinal, escrevo para os leitores que vão tomar contato pela primeira vez com essas
informações. Por isso, é importante saber se a abordagem textual é esclarecedora e de
fácil compreensão.
Como você, leitor, pode constatar, antes de este livro chegar a suas mãos, ele passa
por vários estágios de elaboração, migrando do plano espiritual para o plano material.
Que este material não seja apenas uma leitura agradável, mas, sim, a consciência de
fatores que precisam ser reformulados em você, evitando que as doenças se instalem
no corpo.
Aprenda pelo amor e não pela dor. Desperte a consciência, faça reflexões sobre os
seus comportamentos, aceite as suas verdades e respeite os seus limites.
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INTRODUÇÃO
Este livro é o quinto volume de uma série, sendo quatro volumes já publicados. O
objetivo desta série, Metafísica da Saúde, é descrever os aspectos interiores e
emocionais que envolvem os talentos do Ser na interação com a realidade em que
vive, visto que esse deslocamento dos conteúdos internos para o meio externo
possibilita o aprimoramento pessoal e espiritual. Esse processo consiste em mobilizar
os potenciais internos para lidar com as ocorrências existenciais.
A metafísica da saúde faz a relação dos talentos com os órgãos do corpo, como o
veículo da vida que possibilita a manifestação do Ser no ambiente. As qualidades
inerentes ao espírito energizam o organismo, abastecendo-o energeticamente. Cada
órgão é regido por uma dessas forças interiores.
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No segundo capítulo, são consideradas as articulações que fazem a junção dos ossos
e dão mobilidade ao esqueleto. Metafisicamente, as articulações relacionam-se às
qualidades interativas, que flexibilizam as competências do Ser frente às restrições do
ambiente interior, possibilitando a mobilidade do esqueleto, ou seja, a movimentação
dos talentos internos para a conquista dos resultados externos.
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Ainda há muito assunto pela frente para compor a viagem interior ao encontro dos
seus talentos, que será apresentado no próximo volume. Aproveite os conteúdos
metafísicos deste volume e dos outros quatro já publicados para resgatar os seus
talentos, ajudando você a se sentir uma pessoa realizada e feliz interiormente, bem-
sucedida na sua existência.
Com toda a riqueza de talentos guardados no Ser, pode-se dizer que você tem um
tesouro espiritual para ser descoberto e manifestado na vida, possibilitando a
abundância material e a elevação espiritual.
Valcapelli
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SISTEMA ÓSSEO
Segurança e autoapoio
O esqueleto atua como arcabouço estrutural que realiza várias funções. Dentre elas,
destacam-se: suporte, que oferece sustentação para os tecidos moles e pontos de
fixação para os tendões e a maioria dos músculos; proteção dos órgãos vitais como o
encéfalo (osso do crânio), a medula espinhal (coluna vertebral), pulmão e coração
(costelas ou caixa torácica); movimentação, que é realizada por meio da contração dos
músculos esqueléticos fixados nos ossos; liberação e armazenamento de minerais e de
triglicerídeos; produção de células sanguíneas, tais como os glóbulos vermelhos e
brancos e as plaquetas, que são produzidos na medula óssea.
O osso não é completamente sólido, ele possui muitos espaços entre as suas
células, que atuam como canais por onde passam os vasos sanguíneos e áreas de
armazenamentos e produção de células (medula óssea). Dependendo da extensão e da
distribuição desses espaços, podem ser classificados como tecido ósseo compacto ou
esponjoso.
Os esponjosos, que são constituídos de finas colunas dispostas em treliças, são mais
curtos e leves, dando maior mobilidade e reduzindo o peso do corpo. Dentre os
principais,
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Assim sendo, pode-se dizer que somos firmes, fortes e vigorosos e contamos com a
consistência emocional condizendo com a sólida estrutura óssea do esqueleto, que
protege fortemente os demais tecidos e as vísceras do corpo. Quando assumimos essa
condição de autoapoio, não precisamos de nada externo, nem de ninguém para nos
sentir seguros em relação ao processo existencial. O que quer que nos aconteça não
abala a certeza de sermos bem-sucedidos e conquistarmos os resultados almejados.
Ainda que percamos tudo na vida, se preservarmos a segurança, conquistamos tudo
novamente.
Vale lembrar que a vida é constituída pela realidade à nossa volta, que representa
uma espécie de “oficina edificadora da alma”. Quando vivemos intensamente cada
instante do cotidiano, desenvolvemos os potenciais inerentes ao Ser. Sentimo-nos
mais fortalecidos e confiantes. Esse e outros talentos extraídos da vivência perduram
por toda a eternidade.
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Os movimentos mais significativos, que nos tornam vivazes, são de dentro para fora.
Fazer e executar são mais importantes do que acatar ou aprender. Assim sendo,
devemos valorizar o nosso empenho e nunca desqualificar o que realizamos,
tampouco atribuir elevado valor aos aspectos exteriores ou dos outros.
Para que isso ocorra, primeiramente precisamos nos conectar a essas forças, pois
nada de fora interfere em nós se não dermos abertura ou internalizarmos. Somos nós
que trazemos para dentro esses agentes, sejam eles quais forem, tanto os
aborrecimentos com as pessoas que nos cercam, a preocupação exagerada com os
outros, quanto as forças provenientes do mau agouro alheio ou do plano espiritual.
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CRÂNIO
Cúpula da divindade do Ser.
O crânio forma uma espécie de cúpula central da capela ou templo, que o corpo
representa para a alma, no qual são feitas as conexões energéticas ou espirituais, por
meio das celebrações mentais realizadas em nossa cabeça. Os pensamentos são os
principais agentes internos, responsáveis por aquilo que será internalizado e irá
compor o nosso campo áurico (energia que gravita em tomo do corpo). Pensar é
celebrar uma condição que poderá se estabelecer em nós, caso venhamos a sentir-nos
merecedores do que almejamos.
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FRATURA DE CRÂNIO
Rebelião contra o poder e a autoridade.
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Deixe que cada um conduza o processo à sua maneira, quando for de competência
deles. Estejam acertos ou errados, isso faz parte da experiência. Todos têm uma
chance, afinal, somos norteados pelos acertos e erros.
Por outro lado, interfira sempre que a situação for de sua competência. Quando for
esse o caso, a sua omissão é um agravante desse conflito. Para respeitar os limites
alheios, você reprime o seu posicionamento, que seria determinante sobre os eventos
do meio. Essa conduta o agride e pode se deslocar para o meio, atraindo o acidente
que ocasiona a fratura no crânio. O autorrespeito é fundamental nesse processo.
Assuma o poder de conduzir a vida, antes que os outros o façam com menos talento
que você.
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MANDÍBULA
Impetuosidade e ousadia.
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despreparo para interagir com o meio. Mesmo assim, a pessoa persiste em se lançar
na situação. Seu atrevimento não representa uma ação fortalecida dos conteúdos
internos. Teme os resultados desagradáveis, mesmo assim, não se rende aos próprios
medos.
Pode-se dizer que não desiste, tampouco se acovarda, usando uma expressão
popular: “parte para cima com a cara e a coragem”. Além dos métodos cirúrgicos para
corrigir esse deslocamento mandibular, é necessário aprimorar os conteúdos internos,
antes de partir para ação. Não ser imediatista, preparar-se emocionalmente para
aquilo que pretende realizar no ambiente.
Mesmo desprovida dos recursos necessários para ser bem--sucedida numa situação,
possui capacidades internas que possibilitam buscar os meios e atingir os objetivos.
Quando ela não sabe fazer algo, tem a curiosidade e a facilidade para aprender.
Ao colocar o seu poder em ação, não existirão ocorrências ou alguém que impeçam
o seu sucesso.
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ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR (ATM)
Moderação e comedimento na expressão.
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Por outro lado, não devemos sufocar os próprios anseios, colocando-nos em último
plano. O autoboicote provoca a nossa ausência no meio e consequente infelicidade.
Queremos agradar os outros para ficarmos bem e sermos felizes no relacionamento.
Com isso, costumamos negar a nossa expressão autêntica. Vamos causando um
distanciamento emocional e gerando carências, que enfraquecem os laços afetivos.
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política das boas relações. Para não desagradar, a pessoa valoriza mais os outros do
que si mesma. Em vez de ser sincera e expor os seus sentimentos, ela prefere se calar
e internalizar as suas indignações.
Uma das questões mais conflituosas é a não aceitação das próprias tendências, em
que a vontade é negada pelo próprio senso de certo ou errado. Melhor dizendo, voltar
contra si é mais danoso emocionalmente do que ir na contramão das situações. Um
dos processos somáticos mais comuns dessa condição é o bruxismo, como segue.
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BRUXISMO
Negação dos sentimentos hostis.
Geralmente as pessoas muito ativas e impulsivas geram fortes emoções, que vão
além de sua capacidade consciente de suporte, tais como: odiar a quem ama e
vontade de xingar aquele de quem gosta e, assim, sucessivamente.
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Quando a mãe reprime o seu filho, por exemplo, ele é tomado por frustrações e,
dependendo da forma como é tolhido ou da intensidade da sua vontade, passará a
desejar mal à sua genitora. O contrário também acontece, quando a mãe, geralmente
as mais jovens e imaturas, querem sair para se divertir e não o fazem por causa do
bebê. Diante desse desconforto, ela poderá projetar no seu filho o seu
descontentamento, gerando impulsos negados e reprimidos.
Isso explica a revolta de que somos tomados quando assistimos aos absurdos que
são cometidos contra os filhos ou os pais. Ficamos tão indignados com essas
catástrofes, pois, de certa forma, o evento faz parte do imaginário do ser humano. É
como se a tragédia alheia viesse ao encontro de semelhantes fantasias e dos anseios
camuflados. Não significa que sejamos capazes de ir às vias de fato, mas nutrimos sen-
sações desconfortáveis e reprováveis. Ao nos depararmos com a prática dessas
tragédias, nos impressionamos com tais absurdos, inconscientizando ainda mais esses
impulsos.
Entre casais, também acontece algo semelhante, quando um precisa sinalizar ao
outro os limites financeiros ou apontar os excessos que ele está cometendo. O
descontentamento com a renúncia dos seus caprichos é projetado em quem alerta e
não nas suas reais limitações, sejam de ordem econômica, sejam sociais. Aquele que
comunica o fato é o pivô das frustrações alheias. Não raro, ele ainda ouve do seu
companheiro colocações agressivas, como se fosse quem está apresentando as
limitações o causador dos impedimentos que lhe frustram os desejos. Quando, na
verdade, é a própria pessoa que não ampliou as suas condições socioeconômicas para
manter suas novas responsabilidades e continuar usufruindo como o fazia antes.
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e ter contato com os seus mais íntimos sentimentos é lidar com esses conteúdos sem
reprovações. Vale lembrar que, quanto mais negado e reprimido, maior será o abalo
emocional. Já com a aceitação, o componente emocional reduz a sua tensão interna.
Aceite todos os seus sentimentos, até mesmo aqueles que não o promovem à
condição de evoluído ou de elevação espiritual. A evolução não é medida somente
pela existência de componentes positivos em nosso interior, mas, sim, pela escolha
daqueles que regem as nossas atitudes e florescem durante a vida.
Não devemos dar tanta importância aos impulsos que emergem no Ser, mas, sim,
qual deles vamos selecionar para reger as nossas ações. Tomar consciência da
diversidade das emoções promove habilidade para selecionar o que favorece a nossa
existência e contribui para o bem-estar próprio e o de todos que nos rodeiam.
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SEPTO NASAL
Ordenação interna na interação com o meio.
Saber exatamente o que pretende e quais os meios para atingir os objetivos são
atributos de uma pessoa vencedora, que dribla os obstáculos, encaminhando seus
ideais a fim de concretizá-los, somando forças com a parceria e o justo
reconhecimento de valores.
Atribuir justo valor a quem realmente merece e fazer aquilo de que somos capazes,
sem depender dos outros, são componentes internos favoráveis para a saúde do septo
nasal.
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Um septo nasal desviado é aquele que se curva para um lado, saindo da linha
mediana da cavidade interna do nariz. O desvio dificulta ou bloqueia o fluxo de ar
durante a respiração, no lado comprometido.
Esse conflito é gerado durante episódios da infância em que as pessoas pelas quais
a criança nutria elevado afeto
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1 Leia mais a respeito desse estado afetivo no livro Amor sem crise, tópico: amor e sexo.
Valcapelli. São Paulo: Editora Vida e Consciência, 1999.
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fizeram-na passar por grandes constrangimentos, como ser convocada pelos entes
queridos a apresentarem aquilo para o que ainda não estavam prontas,
desrespeitando a sua timidez e outras situações vergonhosas para a criança. Ou ainda,
ocorrências de maior gravidade, como o abuso sexual por parte de pessoas estimadas.
Esses episódios podem instituir traumas que formam barreira energética, que
interferem negativamente no prazer com as pessoas queridas. Quanto mais gosta,
menos agradável se torna compartilhar os momentos, e, quando não tem afeto, mais
curtem as companhias.
Caso não consigamos trabalhar essas questões emocionais, podemos sofrer alguma
pancada no nariz que danifica ou quebra esse delicado osso ou articulações do septo
nasal. Durante a recuperação, a cicatrização pode ocasionar um desvio do septo para a
direita ou esquerda. Cada uma dessas posições revela certo tipo de prejuízo nas
relações interpessoais, como se observará em seguida.
Para mudar esse padrão, é necessário aceitar suas próprias fraquezas, ser mais
sensível aos outros, tornar-se menos prático e mais compreensível, aprender a
linguagem do afeto e dar mais abertura aos outros.
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Desvio para a direita, obstruindo esse canal do septo. A pessoa dá mais espaço aos
outros do que a ela mesma. Prestigia aqueles que estão a sua volta e se autodeprecia.
Deixa de fazer a sua parte pelo excesso de consideração e demasiado respeito. Sabota
a sua vontade de participar e não se dá o direito de fluir livremente nas situações.
Para reverter esse processo, faz-se necessário organizar o seu mundo interno,
dividir responsabilidades e delegar aos outros uma parte das tarefas; situar-se no
presente; não se atrapalhar pelos outros e, ainda, se dar o direito de manifestar os
seus potenciais.
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CLAVÍCULA
Confiança no sucesso.
Não se trata do potencial criativo do Ser², que especula os meios para alcançar os
objetivos. A clavícula refere-se à capacidade de nos sustentarmos emocionalmente
durante as atuações, enaltecendo os atributos interiores que nos levam a alcançar os
resultados almejados.
Ela relaciona-se com a visão distante que desvenda as conquistas vindouras, que
não se restringe às limitações do
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presente; a concepção dos resultados promissores que estão ao nosso alcance, caso
preservemos a firmeza de propósito e a sustentação emocional necessária para atingir
as metas.
Ela não admite relaxar e se entregar ao fluxo da vida, acreditando no seu senso de
responsabilidade. Ao contrário, a pessoa teme obter resultados desastrosos e receia
ser displicente com a situação ou com os outros.
Acredite! O que fizer parte do seu caminho vai surgir à sua frente. Entregue-se ao
presente, confiante nos bons resultados advindos da expressão das suas
potencialidades. Volte às bases internas, resgate os seus propósitos e não se perca nas
obrigações ou funções impostas pelas circunstâncias exteriores. Deixe os sonhos
florescerem e tomarem conta do Ser, pois eles representam a luz que ilumina o seu
caminho existencial.
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ESCÁPULA
Proteção e apoio interior e espiritual.
A proteção também vem de fora. Isso não significa que nos momentos difíceis
surgirá do nada um Ser maravilhoso para nos resgatar dos sofrimentos, ou uma fonte
reluzente e brilhante que removerá as ameaças dos caminhos.
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Por outro lado, se formos afetados de alguma forma, é porque existem dentro de
nós componentes emocionais nocivos, que atraem os infortúnios. Caso contrário, não
haveria ressonância com a maldade ou seriamos poupados por meio das intervenções
benéficas.
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COSTELAS
Consciência das qualidades inerentes ao Ser.
Doze pares de costelas em forma de arco estendem-se das vértebras da coluna até
o osso do esterno (localizado no centro do peito), onde são fixadas por uma extensão
cartilaginosa, dando certa mobilidade que evita fraturas, mediante golpes ou quedas.
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A chama da vida surge para reluzir e a disposição das costelas favorece essa vazão.
O apoio interno é imprescindível para a exposição dos nossos talentos. Abastecidos de
nós mesmos, transferimos para o ambiente os componentes positivos do Ser.
Problemas nas costelas: fraturas e luxações³.
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3 Leia também mais adiante, fratura e fratura nas costelas: página 107 deste volume.
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esse abalo repercutir fundo nas emoções. Sentimos a afronta do meio e ficamos
extremamente abalados.
Esses profundos abalos emocionais nas constituições internas devem ser sanados
por meio da autoconsciência. Devemos ser mais partidários a nós mesmos do que dar
tanta importância ao ponto de vista alheio. Não podemos tomar os resultados
momentâneos como definitivos e compartilhados por todos. Pode ser apenas uma
opinião isolada, que não expressa o pensamento da maioria.
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ÚMERO
Sustentação das atividades.
Não se trata de mera especulação ao atuar, mas, sim, de ações fortalecidas com os
atributos internos suficientes para concluir as tarefas que foram assumidas
previamente.
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ANTEBRAÇO
Apoio em si para a execução de tarefas.
O antebraço é formado por dois ossos paralelos: rádio e ulna. O rádio localiza-se na
parte anterior (da frente); em relação à mão, ele está na linha do dedo polegar. A ulna,
na parte posterior, na direção do dedo mínimo (mindinho).
Quando estamos em busca dos meios práticos para realizar os objetivos, é salutar
recorrermos às competências previamente desenvolvidas, utilizando os
conhecimentos adquiridos nas experiências anteriores. Nesse caso, o passado é como
um banco de potencialidades cujos dividendos são as habilidades aprimoradas ao
longo do trajeto existencial. Dia a dia depositamos uma ação no sentido de adquirir
aprendizado. Entre acertos e erros, comparados aos lucros ou perdas, vamos
acumulando bagagem pelo exercício dos afazeres.
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Esse movimento de buscar solução nos outros ou esperar que eles intercedam a
nosso favor, resolvendo aquilo de que não estamos dando conta, representa um dos
maiores abalos emocionais, metafisicamente causadores das fraturas do antebraço.
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no caminho. Por outro lado, se o fizermos sem angústias, compreendendo ser esse o
melhor caminho a seguir, ou como uma forma de usufruir do retorno das nossas
dedicações, não existirão conflitos, tornando-se saudáveis esses movimentos.
Consequentemente, eles não gerarão quaisquer abalos físicos ou emocionais.
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MÃOS
Alavancas realizadoras.
Quando elas se fecham, não significa que estamos isolados do mundo, ao contrário,
esse gesto acumula a força de atuação. Cerradas, estão voltadas a nós, onde são
fortalecidas com os verdadeiros propósitos existenciais, mantendo as diretrizes
essenciais do Ser. Esse é o momento em que nos ajudamos, tornando-nos mais
seguros e conscientes das nossas escolhas, que devem ser mantidas no cotidiano e não
negligenciadas em meio aos acontecimentos exteriores.
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Ainda que as ocorrências não sejam condizentes com os desejos, não raro existem
possibilidades de transformar as perspectivas em eventos agradáveis. Para tanto, faz-
se necessário aceitar o que se passa e, em seguida, procurar os meios e agir
oportunamente.
O que mais conta não é exatamente o que nos acontece, mas o que fazemos com
esses episódios. Podemos tanto aceitá-los, elaborando o desencadeamento do
processo, quanto recusá-los com revolta ou indignação.
A aceitação faz com que, mesmo diante das turbulências exteriores, não fiquemos
abalados a ponto de entrar em desespero e abrir mão dos nossos planos. Já a
autodesaprovação poderá provocar indignações em relação às ocorrências
desastrosas.
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Mãos frias são sinais de nervosismo, geralmente causado pelo extremo rigor com
que desejamos executar as tarefas. Assustados com as exigências das situações
externas, voltamos para dentro de nós com o objetivo de nos programar melhor e
assim evitar que algo dê errado. Ficamos mais tempo planejando do que empenhados
na execução propriamente dita. Isso nos distancia do ambiente exterior, onde
precisamos atuar. O rigor excessivo na seleção das atividades a serem desempenhadas
e as frequentes recusas de tarefas, bem como a falta de empolgação em relação ao
que precisa ser feito, são componentes emocionais que podem causar o resfriamento
exagerado das mãos.
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Mãos carnudas são típicas de pessoas racionais e com boa capacidade de criar
estratégias, mas não são tão hábeis para pôr em prática seus planos. Pensam muito
antes de realizar algo. Demonstram também tendências à obesidade.
Faz-se necessário sermos mais flexíveis com a dinâmica dos eventos e buscarmos
certo equilíbrio, de maneira adaptativa, para não vivermos em conflito. Em vez de
mudarmos o ritmo exterior, dediquemo-nos a reformular o jeito de atuar, seja
baixando a ansiedade e dando o tempo necessário, seja
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intensificando a realização das atividades, tornando-nos mais rápidos, para
acompanhar o movimento do processo. Em relação aos outros, devemos adotar o
espírito de colaboração e não de competição, aceitando de bom grado a contribuição
alheia, que soma força para a execução das atividades.
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DEDOS
Desenvoltura na realização das atividades.
Os cinco dedos de cada mão são compostos de catorze falanges, pequenos ossos
localizados nas pontas dos dedos. O polegar possui duas falanges, enquanto os outros
quatro dedos têm três falanges cada; são eles: indicador, médio, anular e mínimo.
Eles estão entre as partes do corpo que mais se movimentam. Seu ritmo é ditado
pela mente, levando para o meio externo os lampejos psíquicos. Os pensamentos são
tão velozes, que é difícil coordenar tudo o que se passa na cabeça. Pensamos numa
infinidade de coisas, trazendo para fora uma pequena parte dessa imensidão mental.
Assim, manifestamos no ambiente os componentes internos, transformando desejos
em ações.
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mãos como regiões que expressam a nossa condição interativa. Eles recebem os
impulsos psíquicos que percorrem pelos braços, manifestando-se imediatamente nas
mãos, orquestrando com os dedos as ações concretas nas circunstâncias da vida.
Os problemas crônicos nos dedos são causados por algum tipo de doença, como a
artrite reumatoide⁴, a disidrose (erupção com pequenas bolhas nos dedos).
Metafisicamente refletem as dificuldades internas que inviabilizam a manifestação das
vontades. Nesse caso, não são os eventos exteriores que dificultam a manifestação dos
desejos, mas a própria pessoa que se atrapalha na execução dos seus objetivos. Ela
não assume os seus anseios, faltam atitudes favoráveis aos seus propósitos.
Sentimentos como a insegurança, o medo e outros fragilizam os seus potenciais e
dificultam a execução no ambiente.
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Para favorecer a recuperação dos ferimentos nos dedos é necessário que a pessoa
seja perspicaz na observação do que se passa ao redor e flexível diante das situações
inusitadas, sem comprometer as suas vontades, tanto levando em conta a maneira de
agir, procurando o equilíbrio entre as ações e as possibilidades que o meio oferece,
quanto considerando os sinais e as tendências; caso sejam desfavoráveis, devemos
rever os objetivos.
Pode-se se dizer que o mundo externo norteia o nosso fluxo pela vida, por meio das
situações favoráveis ou desfavoráveis. O bom senso durante a execução das tarefas é
fundamental, pois existem momentos em que o curso das atividades é modificado. Por
outro lado, há certos momentos em que as situações opostas aos nossos anseios
exigem persistência no propósito, para fortalecer os ideais.
Será melhor ceder ou insistir? Esse é um dos principais dilemas diante das
adversidades. A perspicácia para fazer uma leitura dos eventos externos e notar se eles
são impeditivos ou temporários é fundamental na hora de decidir se vamos desistir
dos nossos objetivos ou tentar em outra ocasião. Às vezes, basta mudar a maneira de
fazer ou adiar a execução da tarefa, que ela se torna possível. Nesse caso, as
adversidades visam a ajustar-nos ao momento oportuno, bem como a nos aprimorar e
a fortalecer os conteúdos internos.
Porém, quando não há possibilidade de jeito algum, nem mesmo o tempo traz a
solução, é melhor revermos as nossas metas e promovermos mudanças de diretrizes,
para não vivermos em conflito ou nos agredirmos quando não conseguirmos atingir os
objetivos.
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DEDO POLEGAR
Expressão da vontade.
É o dedo mais curto da mão, composto por apenas duas falanges (parte óssea dos
dedos). Em geral, o seu comprimento atinge a primeira falange do dedo indicador (ao
seu lado). No entanto, possui maior mobilidade.
Polegar curto ou pequeno. Segundo Norber Glas, autor do livro As mãos revelam o
homem, considera-se pequeno
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quando o polegar, em comparação com o dedo indicador, não ultrapassa pelo menos a
metade da primeira falange do indicador. Essa característica representa um traço de
inibição e contenção de poder de decisão.
As pessoas com polegar curto possuem dificuldade para exporem o que decidiram.
Elas esperam o momento oportuno para desenvolverem o seu raciocínio. Não são
favoráveis à discussão de pontos de vistas. Esperam que os outros expressem suas
considerações para somente, e, às vezes, exporem as suas opiniões. Apesar de serem
talentosas, suas qualidades dificilmente aparecem, pois não manifestam prontamente
o que sentem.
Polegar longo ou largo, segundo Norber Glas, é aquele que, em comparação com o
dedo indicador, ultrapassa a metade da primeira falange. As pessoas que têm o
polegar longo são mais impulsivas e não reprimem as suas vontades. Esboçam
prontamente os seus pontos de vista e se posicionam perante os outros, sem temer os
reflexos das suas decisões.
Não se deixam influenciar facilmente. São mais voltadas a si e menos sensíveis aos
outros. Possuem boa desenvoltura e são práticas e eficientes. São objetivas e têm
clareza quanto ao seu papel na situação. Não se perdem facilmente, sabem
exatamente por onde começar, para alcançar os seus objetivos.
Polegar com curvatura mais côncava ou que se estendem para trás. Revelam
característica de personalidade das pessoas que são mais voltadas aos outros ou para
fora de si, durante suas ações ou na hora de tomar decisões.
Por um lado, são mais flexíveis e maleáveis em relação aos posicionamentos alheios,
por outro, possuem certa dificuldade de manterem os seus pontos de vista e agirem
contrariamente aos acontecimentos exteriores. Procuram se esquivar de discussões e
evitam entrar em choque de opiniões. Preferem adotar a política das boas relações a
enaltecer os seus pontos de vista.
63
Os conflitos mais comuns são internos. Questionam sua maneira de pensar em vez
de manifestarem ou defenderem aquilo que tomam como certo.
Ela sente-se sem espaço para pôr em prática as suas conclusões ou para fazer o que
tem vontade, isso causa profunda frustração. Sente-se impotente diante dos
obstáculos. Não consegue transpor as adversidades, tampouco ser firme no seu
propósito e agir a favor das suas decisões. Fica remoendo a falta de apoio e a pouca
chance que o meio oferece, em vez de ser mais fiel às suas concepções internas.
Lembre-se: o mundo pode ser contra, o importante é você estar a favor do mundo.
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DEDO INDICADOR
Pensamentos e imaginação.
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66
DEDO MÉDIO
Percepção extrassensorial e intuição.
Antes que algo aconteça, existe um campo energético atuando, de forma a reunir as
condições favoráveis aos acontecimentos. Tanto os episódios positivos quanto os
eventos ruins se configuram no astral do ambiente. Quem possui uma percepção
aguçada consegue captar essas tendências e intervir de forma a acelerar os eventos
bons ou evitar as situações desastrosas. A intervenção no ambiente com base na
sensibilidade extrassensorial se dá por meio de ações que não se justificam pelas
condições atuais. Essas intervenções fogem a qualquer regra, trata-se de ações
inusitadas, que surpreendem a todos, inclusive a nós mesmos. No entanto, os
resultados das ações são promissores.
Os aspectos intuitivos relacionados ao que estamos realizando ou ao que está
acontecendo no meio possuem relação metafísica com o dedo médio. Aprender a lidar
com a intuição favorece os bons resultados das nossas ações e mantém a saúde do
dedo médio.
Quando temos uma intuição, precisamos confiar em nós para tomarmos medidas
cabíveis, as quais, não raro, vão na contramão dos acontecimentos. Dificilmente
convencemos aqueles que nos rodeiam quanto à necessidade de ousar e agir
diferentemente do que estão acostumados. Por isso são necessárias a segurança
interna e a confiança nas faculdades paranormais.
67
Ao agir de acordo com o meio e fazer o óbvio, obtemos resultados comuns à grande
maioria das pessoas. Em certos momentos, o que faz a diferença é ser ousado e inovar.
Quando percebemos um sinal de problema e agimos de maneira pontual, evitamos o
desenrolar dos fatos desagradáveis. Para conseguir essa façanha, precisamos confiar
na nossa sensibilidade e sermos guiados pela intuição. Esse procedimento ameaça a
credibilidade e as expectativas que os outros depositaram em nós. Pode-se dizer que
no caminho da intuição não cabe a vaidade, tampouco o medo de errar.
Faça a seguinte indagação: você quer seguir a sua intuição e ousar para obter
resultados diferenciados ou agradar os outros, agindo como esperado? Na segunda
hipótese, as suas ações serão balizadas pela tendência do meio e os resultados serão
os mesmos, comuns a todos. Essas medidas agradam os outros, mas reprimem a nossa
capacidade intuitiva, que daria novos dimensionamentos existenciais. Além dos
resultados diferenciados obtidos ao seguir a intuição, essa conduta promove a
realização pessoal, a confiança em si e eleva a autoestima.
Por outro lado, também podem estar relacionados com o inconformismo por não
termos usado a intuição e agido de maneira a evitar os eventos desagradáveis que
sucederam. Ficamos com raiva porque tínhamos captado que algo sairia errado, mas
não agimos de maneira a evitar esses transtornos.
68
próprios limites. Perdoar-se por ter desconsiderado a intuição e insistido na situação,
chegando às últimas consequências. Pelo menos, esgotaram-se as tentativas de
manter o apreço nos outros ou de conseguir o que almejamos.
69
DEDO ANULAR
Compromisso e relacionamento.
O uso do metal não é imposto de forma punitiva nas sociedades, ao contrário, ele
representa uma forma de comunicação social de conquistas e de status no grupo.
Geralmente o metal usado para esse fim é o ouro; além de enaltecer-se com o valor
desse metal precioso, sua presença reforça o
70
A questão central não é o que você usa no corpo, mas como se sente na situação
pertinente à colocação de determinado metal. O mais importante, à luz da metafísica
da saúde, não é o que você usa ou deixa de usar, mas, sim, o que sente pela pessoa
com quem se relaciona. O maior carinho não vem da aliança, mas, sim, do afeto pela
pessoa amada.
Pode-se dizer que os anéis e a aliança são referências para os outros; sob o
entendimento da metafísica da saúde, é mais importante o que você carrega dentro de
si acerca das suas conquistas. No tocante à aliança no dedo anular, ela simboliza o
sentimento que você tem no “peito” pela pessoa com quem se relaciona e o quanto se
sente solto para se manifestar no seu meio, principalmente perante a pessoa amada.
71
Ferimentos e outras afecções nesse dedo ocorrem quando certo grau de tristeza
invade o nosso coração. Seja ela causada por algum tipo de decepção ou
descontentamento com a pessoa amada, seja pela carência e sentimento de
abandono.
Esse abalo emocional pode ocorrer não só nos relacionamentos amorosos, mas
também com amigos, familiares e outras relações que estabelecemos na vida. As
surpresas desagradáveis e decepções podem ser decorrentes desses vínculos,
ocasionando afecções no anular.
72
DEDO MÍNIMO
Atenção aos detalhes.
73
que participam da nossa vida. O esclarecimento de fatos irrelevantes poderá ser de
grande proveito na avaliação do mérito das questões.
74
Aprenda a lidar com os seus potenciais, não disperse energia com os eventos que
não contribuem para o andamento dos objetivos. Olhe para onde há sinais proveitosos
e não perca tempo com eventos de pequena proporção, que não levam a nada, apenas
adormecem os seus potenciais.
75
OSSOS DO QUADRIL
Autoapoio e autovalor.
Embora os ossos do quadril atuem como um só, eles são constituídos de três ossos:
ílio (é o maior componente do quadril); ísquio (compõe a parte de trás da região
inferior); púbis, também chamado de osso púbico (é a parte da frente da região
inferior do osso do quadril). Em conjunto com os ossos da coluna (sacro e cóccix)
constituem uma estrutura em forma de bacia, denominada pelve. A pelve óssea
fornece um suporte estável e resistente para a coluna vertebral e para os órgãos
pélvicos e abdominais inferiores.
76
Outra razão para a pouca valorização pelas pessoas do convívio reside na imagem
que eles têm a nosso respeito. A repetição de hábitos e costumes ao longo da
convivência definiu nossa imagem, que ficou estigmatizada e dificilmente é alterada.
Não é comum os mais próximos considerarem os nossos avanços. É mais fácil o
reconhecimento vir de um estranho do que de alguém próximo a nós.
Para ilustrar essa questão, existe um pensamento do dramaturgo irlandês George
Bernard Shaw (ganhador do prêmio Nobel de Literatura em 1925): “De todos os
homens que conheço o mais sensato é o meu alfaiate. Cada vez que vou a ele, toma
novamente as minhas medidas. Quanto aos outros, tomam a medida apenas uma vez
e pensam que seu julgamento é sempre do meu tamanho”.
É difícil apagar uma impressão transmitida aos outros. Por mais que reformulemos
as nossas condutas, permanece o estigma do passado. Porém, isso não pode parar o
nosso desenvolvimento e nos engessar ao modelo de outrora. Estamos sempre em
transformação. Não podemos depender da aprovação dos outros. Devemos ser a fonte
de avaliação do progresso interior e dos resultados exteriores. Só assim vamos
alcançar novas etapas existenciais e nos sentir realizados, tanto com as conquistas
materiais quanto com o aprimoramento pessoal.
77
Para mudar o cenário precisamos ousar, pôr em prática nossas ideias e parar com as
desavenças, que não levam a resultados promissores, ao contrário, desgastam nossas
forças; e precisamos delas para a implantação dos novos projetos.
78
FÊMUR
Bases de apoio familiar.
O fêmur ou osso da coxa é o mais longo e o mais pesado do corpo. Sua extremidade
superior consiste numa cabeça arredondada, que se articula com o osso do quadril. O
ângulo que direciona a extremidade é maior nas mulheres, porque a pelve feminina é
mais larga. A extremidade inferior fixa os ligamentos e as articulações dos joelhos.
Porém, esse não é um fator determinante, mas, sim, o que a pessoa internaliza dos
eventos exteriores e principalmente o que ela faz com o que recebe dos entes
queridos. A fonte interior é inesgotável e oferece suprimentos emocionais que se
sobrepõem à ausência de conteúdos provenientes do meio.
Ainda que o ambiente não tenha suprido as suas demandas emocionais, de alguma
forma, houve benefícios. Pode ter sido aquém das suas expectativas, mas, de alguma
forma, representou uma referência que deu o norte do caminho a seguir. Isso foi o que
compôs a sua bagagem emocional. Muitas situações foram vivenciadas durante a
trajetória de vida, que
79
ofereceram conteúdos para ampliar a bagagem interior. Com todas essas experiências
é incabível permanecer desprovido emocionalmente; ou, pior, com um fardo pesado
por trazer os resultados negativos, abandonando os componentes positivos dos
caminhos por onde se passou.
Caso a pessoa não tenha recebido apoio dos entes queridos ou não se supriu de
outros conteúdos e também se rejeitou, permanecendo carente, essa defasagem
emocional pode gerar dois sentimentos: a revolta ou a necessidade de aprovação dos
outros. No primeiro, a revolta, a pessoa se torna intolerante ou vingativa, dificultando
ainda mais receber o que ela busca. No segundo, a necessidade de aprovação levará à
extrema solicitude; a pessoa faz tudo para agradar, não mede esforços para ajudar,
prejudica-se para favorecer os outros.
Em meio a esses exageros, cabe a seguinte indagação: você quer receber o quê?
Está buscando nos outros o que não recebeu no passado? Esse é um momento
oportuno para compreender que as pessoas que foram negligentes no passado, não
tinham o que você esperava delas. Por algum motivo, elas não lhe proporcionaram
esse benefício. Mesmo assim, você continuou buscando fora, mas não se dedicou a
proporcionar a si mesmo o que não recebeu dos outros.
80
Focar a percepção nessa parte do corpo favorece a conexão com o presente e nos
situa na realidade. Nesse momento, as sensações se acentuam, trazendo os próprios
conteúdos à luz da consciência. O equilíbrio funcional do corpo é restabelecido com
uma força inteligente, regida pelas nossas qualidades integradas com a realidade em
que vivemos.
81
TÍBIA e FÍBULA
Firmeza para seguir em frente.
Apesar de constituir a parte mais fina da perna, é composta por dois ossos com
consistência suficiente para sustentar o peso do corpo e conduzir a marcha. Realizam
os movimentos mais expressivos da caminhada. Essa mobilidade não é exatamente da
canela, mas, sim, das articulações localizadas nas extremidades, principalmente do
joelho, que se inclina para trás, num ato de recuo para, em seguida, impulsionar-se
para a frente, realizando, assim, os movimentos de avanço da perna.
Diante dos rumos que a vida toma, é mister a segurança interna para não
esmorecer com as exigências do meio. A mobilidade deve ser acompanhada do poder
e da força de atuação. Esse estado proporcionará a confiança e a certeza de que
nenhum desafio supera a nossa determinação de seguir em frente e de fazer o que
estiver ao nosso alcance para sermos bem-sucedidos na trajetória existencial.
82
Pé
Contato coma realidade.
O pé é formado por 26 ossos, que são mais compactos do que os das mãos porque
sustentam o peso do corpo. São eles: sete tarsais, localizados nas regiões do tornozelo
(sendo um deles o calcâneo — osso do calcanhar, que é o maior e o mais forte); cinco
metatarsos; catorze falanges dos dedos.
84
Não fossem os pés, não conseguiríamos permanecer diante dos eventos, numa
condição de igualdade com as pessoas que compartilham os mesmos acontecimentos;
tampouco lidaríamos frente a frente com as ocorrências do ambiente.
Dores nos pés. São provocadas por diversas condições físicas, tais como: facite
plantar; esporão calcâneo; tendinite de Aquiles e outras; conforme descritas nesta
obra. De modo geral, referem-se à dificuldade de interação com a realidade e à
maneira sofrida de encarar os acontecimentos. A falta de habilidade para lidar com as
situações presentes se deve, em grande parte, à forma como nos colocamos diante das
circunstâncias cotidianas. Para cada doença há um componente interno causador dos
sintomas, conforme descrito nos referidos temas mais a frente.
85
CALCANHAR
Base da sustentação interna diante da realidade.
Diante dos desafios existenciais, precisamos acreditar nos nossos recursos internos,
como a força e determinação para enfrentar as adversidades e superar os desafios. A
autorreferência proporciona apoio para agir, sem esmorecer perante os obstáculos.
86
Vale lembrar que as disponibilidades atuais não são parâmetros para avaliar os
futuros alcances. À medida que ousamos, ampliamos a nossa capacidade de conquista.
Obviamente os resultados serão diferentes e a disponibilidade será outra, podendo
facilmente atingir o nível prospectado para o futuro.
____________
87
Acredite mais em si e alie-se a forças naturais que intercedem ao seu favor. Pense:
você somente se comprometerá com o que for capaz de cumprir. Caso contrário, não
teria sido uma escolha, mas, sim, obrigações impostas, sem o direito de escolha.
Quando participamos das negociações, opinando sobre os critérios com que serão
encaminhados novos rumos, contamos com a estrutura interna para viabilizar os meios
para cumprir com os compromissos.
88
ESPORÃO DE CALCÂNEO
Ferir-se com os sofrimentos alheios.
Refere-se aos abalos sofridos pelas situações do ambiente, as quais não se pode
mudar, tampouco evitar o contato, em virtude do convívio diário. Tais eventos
provocam sentimentos mistos de culpa e/ou piedade. A pessoa se vê impotente diante
das condições inevitáveis de alguém do seu convívio. Por mais que ela se esforce, não
consegue mudar as condições do outro.
89
90
PLANTA OU SOLA DO PÉ
Aceitação da realidade.
A saúde dessa área do pé consiste em promover boa interação com o ambiente, ser
receptivo e, ao mesmo tempo, atuante. Em se tratando das situações da nossa alçada,
atuar prontamente. Já nas questões de competência exclusiva dos outros, manter
certa distância; envolver-se, mas não interferir no processo.
91
ARCO DO PÉ
Interação com a realidade.
É necessário saber esperar o momento apropriado para realizar os intentos, não ser
ansioso, tampouco imediatista. Deve-se preservar o seu estilo de atuação no ambiente
sem ser contagiado pelas influências externas, a ponto de negar as suas características
pessoais.
É aconselhável manter acesa a chama dos seus propósitos; sonhar, mas não se
distanciar da realidade, para não mergulhar nas suas ilusões.
92
PÉ CHATO
Perda das referências internas e falta de ousadia.
93
Procure assumir as suas qualidades e viabilizá-las no ambiente. Seja mais fiel a si,
tomando por base as referências internas. Consulte o seu mundo interior antes de
agir; averigue a quem mais interessa os seus gestos; a quem você está servindo na
vida: a si mesmo ou aos outros.
94
PÉ EM GARRA
Ausência de interação.
Pensam mais nos outros que se encontram em volta do que em si mesmas. Não
querem incomodar ninguém, preferem abrir mão dos seus propósitos a causar algum
tipo de desconforto aos outros.
As causas metafísicas do pé em garra se assemelham as da facite plantar. Apesar de
as condições físicas serem diferentes, as causas emocionais são semelhantes.
95
FACITE PLANTAR
Fragilidade frente às adversidades.
A facite plantar é uma das causas mais comuns de dor no calcanhar e na sola dos
pés. Trata-se de inflamação dos tecidos e dos ligamentos que correm ao longo da
planta dos pés, essa região dos pés é denominada: fáscia plantar.
Ao longo da vida, a pessoa contou com apoio dos entes queridos que a pouparam
de todos os riscos. Se por um lado esse apoio foi agradável, por outro a enfraqueceu e
a distanciou dos seus recursos internos. O processo existencial é regado de eventos
que despertam os talentos. Ao lidar com os obstáculos, uma chama interna de
competências é acesa na pessoa, desenvolvendo as habilidades.
96
Esse movimento de fuga a enfraquece, tornando-a frágil e imatura para lidar com os
seus problemas. Qualquer onda de confusão provoca um alvoroço interno e
turbulências emocionais. Nessas ocasiões em que os eventos exteriores se agravam,
provocando inúmeros desconfortos, podem ocorrer os sinais físicos de dores nos pés.
97
98
PEITO DO PÉ E O METATARSO
Poder e comando da situação.
Fraturas dos ossos metatarsais geralmente ocorrem por causa de queda de objetos
pesados sobre o peito do pé. Também podem ser decorrentes de movimentos bruscos
no esporte ou na dança.
Como não confiam nos outros ou não sabem delegar o controle da situação,
sentem-se agredidas tanto com as interferências quanto com a ineficiência dos
colaboradores, provocando
99
elevado esgotamento. Por mais que façam, não conseguem mudar o contexto.
A pessoa precisa admitir que ela não é a única capaz de sanar os conflitos e aceitar a
ajuda de alguém. Deve parar de subestimar a participação dos outros e pedir a
colaboração de todos que compartilham a situação, e olhar para os ganhos do trabalho
em equipe que enriqueceram o desempenho das tarefas do meio familiar ou
profissional.
100
DEDOS DO PÉ
Desenvoltura na vida prática.
Os dedos do pé são formados por falanges, que são as pequenas partes ósseas que
compõem os cinco dedos. O primeiro, conhecido como dedão (hallux), tem duas
falanges, e os outros quatro dedos têm três falanges cada.
101
julga mais trabalhoso explicar o que precisa ser feito do que esperar o momento
oportuno para ela mesma fazer.
102
FRIEIRA
Insatisfação e suscetibilidade a críticas.
Frieira, também conhecida como pé de atleta, são micoses de pele causadas por
fungos, que afetam a sola dos pés e principalmente os espaços entre os dedos.
É suscetível aos palpites dos outros e sente-se agredida pela reprovação das suas
tarefas. Em vez de acatar as dicas favoráveis, incomoda-se com as colocações feitas
sobre o seu desempenho. Por certo que algumas pessoas são inconvenientes e/ou até
incisivas nas suas colocações, mas não podemos permitir que isso atrapalhe o nosso
desenvolvimento no meio.
103
JOANETE
Desvio dos objetivos e apoio nos outros ou nos afazeres.
A pessoa apoia-se no papel que desempenha e nas atividades que dependem dela.
Pois não consegue se imaginar no ambiente a não ser no lugar que sempre ocupou,
isto é, sendo responsável pelas incumbências que dependiam dela. Mesmo se tratando
de atividades desgastantes, proporcionavam-lhe uma importante base de apoio
emocional, que a definia no ambiente.
Em vez de dar continuidade aos seus projetos, fica presa às questões relacionadas
aos outros, deixando de seguir o seu curso existencial, onde realizaria os seus projetos
de vida.
104
A fase em que os filhos saem de casa para seguirem a sua vida e a casa fica vazia é
chamada de “ninho vazio”. Não só a casa fica vazia, mas também os pais sentem o
vazio interior. E quando pode ocorrer a “síndrome do ninho vazio”, causando uma
série de distúrbios emocionais. O joanete é uma das somatizações dessa condição
interna.
Esse movimento de dentro para fora exige que a pessoa volte para si em busca dos
conteúdos internos, os quais foram ofuscados pelos papéis que ela desempenhou no
ambiente e na vida dos outros.
Não depender mais da aprovação dos outros, tampouco sentir-se importante pelas
suas funções no meio; observar mais a si; reconhecer as suas necessidades pessoais e
as vontades próprias, tudo isso abrirá outros caminhos para a sua vida.
Os impulsos essenciais para a realização pessoal na vida vão de dentro para fora.
Não busque motivo fora ou nos outros para agir. Reconheça dentro de si um sentido
próprio
105
106
FRATURA ÓSSEA
Abalo das suas convicções e das forças internas.
Uma fratura é qualquer ruptura de um osso. Ela pode variar desde uma rachadura
mínima na superfície do osso, uma divisão parcial ou até uma quebra total. As fraturas
ocorrem conforme a idade e os níveis de atividades. Elas podem ser causadas por um
impacto repentino, por compressão ou por tensão repetitiva.
A firmeza e a força interior são investidas nos outros; emprestamos toda a nossa
convicção para incentivar e apoiar os outros. Também assumimos mais incumbências
do que nos competem. Esse deslocamento de força nos enfraquece, podendo levar à
exaustão. Caso tudo venha a ruir ou nos frustramos com os resultados desastrosos,
essa decepção pesará, pois a dedicação exagerada esgotará as nossas forças internas.
Exauridos e decepcionados com as ocorrências, atrairemos os impactos ou
provocaremos as compressões ou as tensões repetitivas sobre os ossos, causando as
fraturas.
107
Outro fator emocional que devemos levar em consideração nas atitudes das
pessoas que sofrem algum tipo de fratura óssea refere-se a essa solicitude e
prestimosidade aos outros. Quando as pessoas se veem impossibilitadas de participar
ou de ajudar de alguma forma, ficam profundamente abaladas pelas suas limitações e
por não atenderem às necessidades exteriores.
Por outro lado, se a pessoa precisar tomar medidas mais duras para coibir os abusos
ou acabar com algum processo insuportável, que se estendeu além da conta,
extrapolando os limites, suas ações rudes agridem mais a si própria do que os outros.
Quando não é do seu feitio agir com rigor, mas precisa tomar medidas ríspidas contra
quem a cerca, isso lhe causa profundos abalos que podem atrair impactos e ocasionar
fratura óssea.
Os ossos mais expostos a sofrerem algum tipo de fratura, pela posição que ocupam
no corpo ou pela participação nos movimentos, são os ossos do braço, das mãos,
pernas, pés, costelas e outros.
Seguem algumas características metafísicas da fratura em alguns desses ossos.
Recomendamos também a leitura de textos sobre respectivos ossos afetados, para
ampliar a consciência acerca dos talentos reprimidos e do tipo de conflito emocional
causador da fratura especificamente naquele osso.
Algumas fraturas foram descritas nos respectivos ossos, tais como: fratura de crânio
- página 26; fratura na clavícula
108
- página 41; fraturas nas costelas - página 45; Fratura no antebraço - página 50;
Fraturas dos ossos Metatarsais (pé) - página 99.
Fratura no ombro. Esforço exagerado para manifestar o que sente. A pessoa esgota
os seus recursos de dedicação a quem quer bem. No entanto, o seu empenho é em
vão, não consegue criar um ambiente de convivência agradável e feliz.
Ocasionalmente, ela pode recorrer a manifestações mais agressivas e, com isso, piorar
ainda mais a situação e causar profundo abalo e arrependimento pelos exageros
cometidos a quem quer bem.
____________
109
querido. Sente-se afrontada pelas ocorrências externas, que são contrárias às suas
concepções de vida, crenças e valores. Por força das circunstâncias, pode estar sendo
obrigada a agir contra o que acredita e acha certo.
Fratura na bacia.⁷ Ocorre nos momentos em que a pessoa se depara com a sua
inabilidade para lidar com os obstáculos do cotidiano. Como os seus procedimentos
não estão sendo suficientes, faz-se necessário criar novas medidas e adotar diferentes
estratégias para favorecer a desenvoltura no meio, evitando as surpresas
desagradáveis. No entanto, o medo de errar faz com que a pessoa insista no mesmo
comportamento, sem sucesso. A resistência às mudanças agrava os problemas e
enfraquece emocionalmente o indivíduo, abalando a força de agir e a desenvoltura
para superar os obstáculos.
Fratura no joelho. Surge nos momentos de vida nos quais a pessoa não admite
ocorrências que lembrem o seu passado ou tampouco admite recuar numa decisão
tomada, ter de ceder diante dos outros e admitir os seus insucessos ou os seus erros
estratégicos. Em vez de acatar essas situações, ela prefere resistir e não ceder; deseja
provar a si mesma e aos outros a sua força. O contrassenso dessa conduta é que ela se
enfraquece interiormente, com as seguidas decepções e fracassos.
Fratura na perna (tíbia e fíbula). A pessoa perde a segurança de que dará conta de
quaisquer eventos futuros. Os tropeços presentes abalam a certeza da sua liberdade e
a autonomia para seguir em frente e superar as adversidades do amanhã. Os atritos
com os outros tornam-se exaustivos e vão minando a força para agir. A persistência
em determinada conduta dificulta ainda mais a viabilização dos bons resultados.
__________
110
111
OSTEOPENIA
Falta de autoapoio.
Nada do que a pessoa recebe vai preenchê-la se ela estiver distante da sua força e
se não acreditar em si mesma. A falta de segurança gera lacunas emocionais, que não
são preenchidas por nada que venha de fora ou dos outros. Com esse padrão,
dificilmente a pessoa vai atrair boas respostas. Quando recebe algum retorno, se
queixa por não ser valorizado o suficiente. O desvalor faz com que os outros apenas
retribuam o que ela sente a respeito de si mesma.
Mesmo enaltecendo os seus feitos para elevar a resposta do meio, suas palavras
são apenas expressões verbais, que não saem carregadas de sentimentos. Quem se
sente bom, capaz e seguro, não precisa expressar isso a todo momento, pois a
resposta vem à altura dos seus sentimentos de autovalor.
112
OSTEOPOROSE
Falta de sustentação interior e de merecimento.
Ao longo de suas vidas, não fizeram “corpo mole” diante das demandas existenciais.
No tocante à participação ativa e à vontade de ajudar os outros, elas foram pontuais,
deram o seu melhor, contribuindo de maneira significativa para suprir as necessidades
alheias. Achavam que podiam dar conta das demandas do cotidiano. Quanto mais
faziam, mais se envolviam com os afazeres, mais se responsabilizavam, inclusive pelas
atividades que diziam respeito aos outros.
113
No entanto, as demandas não acabavam nunca. Por mais que se dedicavam, não
conseguiam sanar algumas questões. A própria rotina do cotidiano as absorvia
integralmente.
Não existia possibilidade de dar vazão aos mais caros sentimentos; tampouco às
satisfações momentâneas. O prazer sempre foi consumido pelas obrigações. Não havia
espaço para serem criativas, a rotina suprimia a espontaneidade; era impossível serem
autênticas diante do labor de todos os dias.
114
É preciso mudar a crença de que nos tornamos fortes quando fazemos algo pelo
outro, ou nos dedicamos aos afazeres. A força está dentro de nós, possuímos uma
consistência interna que se amplia ainda mais quando nos conscientizamos dessa
fonte. Ao acolher os recursos externos adquiridos por nós mesmos ou concedidos por
alguém, eles são somados a nós, fortalecendo ainda mais essa constituição emocional.
115
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Existe uma necessidade inata do ser humano de se realizar no meio em que ele vive.
Essa realização consiste em conquistar o seu espaço, ser reconhecido e valorizado
pelas pessoas do convívio. Para atingir esse objetivo, internalizamos o mundo,
absorvendo os critérios dos outros, os modelos de como devemos proceder e quais
comportamentos serão considerados válidos e aceitos.
Quando tentamos nos moldar ao mundo, além de sufocar a nossa natureza, nos
tornamos inconvenientes, formais e desagradáveis. A conquista do espaço no mundo
deve ser feita com os nossos próprios talentos, sendo originais e espontâneos. Essa é a
melhor maneira de cativar as pessoas que compartilham o nosso cotidiano. O mais
importante é não sufocar a nossa essência e preservar as qualidades e os talentos do
Ser, que são indispensáveis para a nossa realização pessoal.
116
SISTEMA ARTICULAR
Flexibilidade do Ser.
Quanto mais próximos estiverem os ossos, mais fortes e menos flexíveis serão as
articulações; esses tipos de articulações são classificados como “imóveis”. Quanto mais
frouxa ou maior a distância entre os ossos, mais extensos são os movimentos e maior é
a tendência de deslocamento; essas são classificadas como livremente móveis,
também conhecidas como de movimentos livres ou articulações sinoviais.
118
Semelhantes eventos existenciais podem afetar as raízes dos dentes. Quando uma
cárie afeta o canal dentário⁸ ou uma batida arranca o dente, isso representa
metafisicamente confrontos com acontecimentos impactantes, que nos fazem rever os
nossos valores e repensar as escolhas que norteiam as ações.
Persistir num propósito não deve ser confundido com teimosia. Apesar de serem
comportamentos parecidos, possuem características específicas.
____________
119
O teimoso, por sua vez, é competitivo e não aceita a colaboração dos outros. Possui
componentes de rebeldia; em vez de ater-se ao seu desempenho, ele compara a
maneira de executar os objetivos a serem alcançados com a das demais pessoas que
participam das mesmas atividades.
120
O importante não é apenas fazer um bom trabalho e receber por ele, mas, sim,
expor aquilo que se tem de melhor, de maneira a obter respostas positivas que vão
além do dinheiro ganho. Entre elas: sentir-se realizado e com a sensação de dever
cumprido; desenvolver habilidades; conquistar o respeito e ter espaço na vida para
usufruir os privilégios e fazer a nossa parte. Esses atributos interiores perduram por
toda vida; já o dinheiro recebido propicia benefícios momentâneos, enquanto durar a
soma obtida pelo trabalho realizado.
O talento não é o único componente para o sucesso; não adianta termos talentos se
não conseguirmos transferi-los
121
para a vida prática. Dentre os outros ingredientes destacam--se a habilidade para
interagir com pessoas; a sensibilidade para identificar oportunidades e a sabedoria de
fazer as escolhas certas. Geralmente, buscamos recursos exteriores ou materiais para
a execução de um projeto; o que não percebemos é que já possuímos os recursos
internos e os valores agregados necessários para obter aquilo de que precisamos, para
sermos bem-sucedidos na viabilização dos nossos talentos.
A atuação profissional não deve ser o único meio de realização existencial. Quem
vive em função do trabalho pode até ganhar muito dinheiro, mas tem uma vida pobre
em experiências. A diversificação de experiências obtidas por meio das atuações na
vida social, nas relações interpessoais, familiares e/ou afetivas são as verdadeiras
riquezas existenciais.
A aceitação dos outros sobre o que realizamos demonstra a nossa habilidade de nos
expressar perante eles. Algo só será adquirido ou compreendido se for apresentado de
forma a envolver as pessoas que estão ligadas aos acontecimentos, e não com
imposição, apresentada em momentos impróprios. Pode-se dizer que a aceitação dos
outros depende basicamente do momento e da maneira como são feitas as
demonstrações dos fatos ou produtos.
Tudo isso está associado à flexibilidade de interação com o meio, que consiste na
capacidade de observar o que está ao redor e perceber se as condições daquele
momento são compatíveis aos nossos propósitos. Caso não sejam, é de bom-tom
deixar para outra ocasião, pois isso aumentará a chance de obter sucesso naquilo que
será exposto.
122
Essa condição pode ser chamada de inteligência emocional⁹, sobre a qual existem
vários estudos, que discorrem sobre essa capacidade de gerenciar as emoções e
mantê-las estáveis. Trata-se de uma condição que permite controlar as reações
instintivas e promover respostas mais apropriadas ou assertivas para adversidades
cotidianas. Ao refletir e contemporizar os acontecimentos, conseguimos selecionar a
melhor maneira de reagir às adversidades, sem agravar ainda mais os conflitos.
____________
123
124
OMBRO
Variadas formas de expor os sentimentos.
125
Não existe uma única maneira para realizar o que temos vontade, tampouco uma só
forma de colaborar. Ter a flexibilidade de encontrar a ocasião oportuna ou a
participação mais viável representa condutas metafisicamente saudáveis para as
articulações do ombro.
A objetividade e a especificidade não são condizentes com a subjetividade dos
sentimentos, tampouco o egoísmo e a exclusividade. O afeto contempla o universo
alheio e as situações do mundo exterior.
A nossa participação não deve atender exclusivamente aos anseios próprios, mas,
sim, às necessidades que se apresentam no momento. Elas permitem a participação de
forma a contribuir com os outros ou com o meio, esse gesto também sacia os nossos
sentimentos. Os fatores externos e o que diz respeito aos outros independem das
nossas vontades. Na interação com o ambiente surgem prioridades que não são
determinadas por nós. A saúde articular consiste na flexibilidade para aderir a esses
componentes externos.
126
DORES NO OMBRO
Ferimentos emocionais.
Essa dor também pode surgir após algum traumatismo causado pelo uso excessivo e
que se repete em outras mobilidades que exigem esforços ou amplo movimento dos
braços. Caso a dor persista ou agrave, é indispensável fazer um tratamento para evitar
que o quadro se torne crônico.
127
Para tornar um momento agradável, não queira agradar aqueles que o cercam,
respeite a si. Não considere apenas os outros, procure se incluir nas decisões que
serão tomadas, para viabilizar o andamento das atividades de todos. Desse modo, não
ocorrerá desrespeito a ninguém, tampouco desconfortos e abandono a si mesmo.
128
BURSITE
Escravo das obrigações.
Bursite é uma inflamação da bursa (bolsa com líquido) cuja função é proteger os
tecidos ao redor das articulações. A bursa está presente nas principais articulações do
corpo, tais como: no ombro, no cotovelo, no quadril e no joelho. Todas essas
articulações podem ser afetadas pela bursite.
Os sintomas da bursite nos ombros começam com leve dor ou perda mínima da
força e da mobilidade do braço e dificuldade para levantar o braço acima da cabeça.
Com a evolução do quadro, ocorre o aumento da dor e da limitação dos movimentos.
129
É um círculo vicioso, tão logo atingimos uma meta, surgem outras necessidades,
tornando a nossa atuação incessante; não paramos nunca. Por um lado, isso é bom,
pois nos mantém ativos e em constante renovação; por outro, o esgotamento é
grande, causando prejuízos nos relacionamentos com as pessoas queridas. As relações
ficam abaladas, provocando lacunas afetivas, que pesam negativamente nos
momentos em que estamos sozinhos. Esse vazio interior não é preenchido com nada
daquilo que conquistamos materialmente.
Vale ressaltar que não perdemos os nossos potenciais; eles são negligenciados e/ou
bloqueados, mas não são extintos. O resgate da amabilidade proporcionará melhor
empenho, com menor desgaste, recheando a existência de componentes
130
131
A dor provocada por essas doenças é mais bem suportada durante o dia. Com o
braço para baixo, na posição favorável à gravidade, e sem tentar levantá-lo, não
oferece nenhum tipo de impacto ou tensão sobre o músculo afetado. Durante o sono,
a dor se instala e informa a musculatura, em virtude de a posição do corpo na cama
oferecer certa tensão; ainda que não haja movimento, basta a posição do corpo
deitado para o sensível aumento da dor.
132
Ela não se sente no direito de ter prazer enquanto cumpre as obrigações. Projeta a
sua felicidade para o futuro; somente quando concluir suas obrigações se permitirá ter
prazer.
133
134
COTOVELO
Senso de espaço nomeio e postura acolhedora.
135
Essa articulação localiza-se no meio dos braços e o seu movimento possibilita a
aproximação para o centro do peito. O ato de abraçar representa trazer a pessoa
estimada para o seio das nossas emoções, reduto no corpo de percepção e
manifestação da ternura.
O amor transforma quem ama e não a pessoa amada. Quem recebe o amor é
banhado pelo sentimento puro que dá a ele a chance de despertar os seus
sentimentos. Caso também venha a sentir, será beneficiado por esses conteúdos
positivos que emanam da alma e dão sentido à vida, modificando a própria existência.
136
Para preservar a saúde desse movimento das articulações do cotovelo, não se pode
deixar abater com os acontecimentos decepcionantes, a ponto de desistir dos
objetivos ou de se deprimir. Faz-se necessário buscar forças dentro de si e transformar
o que não está bem. Caso seja impossível modificar as situações presentes, dedique-se
a buscar novas diretrizes. Tomar novos rumos revigora as forças e amplia as
possibilidades de ser feliz e realizado na vida.
137
BATER O COTOVELO
Conflito comas limitações do ambiente.
Existem duas maneiras distintas de reagir aos episódios ruins: fazer drama ou ficar
indiferente. A reação dramática aumenta os conflitos e a indiferença é uma forma de
negação que, além de não resolver, cria uma espécie de aprisionamento do potencial
transformador.
DOR NO COTOVELO
Inferioridade perante os outros.
Essa é uma expressão usada no senso comum, cujo significado envolve basicamente
a inveja. No âmbito da metafísica da saúde, representa frustrações por não fazer parte
dos momentos agradáveis, tampouco gozar dos direitos e dos privilégios do ambiente.
Por outro lado, a inveja pode ser positiva, quando a identificação externa do que
desejamos ascende o desejo de conquista. Os resultados promissores dos outros se
tornam exemplos favoráveis à conquista dos nossos anseios. Esse estado é desperto
quando nos sentimos merecedores e bons o bastante para atingir os nossos objetivos.
Diante dos tropeços, devemos nos dedicar para reverter a situação, romper as
barreiras internas de interação com o meio e reagir com empenho e determinação.
Todas as nossas vontades poderão ser alcançadas se nos reinventarmos e adotarmos
novas condutas que produzem melhores resultados.
Supere a dor física do cotovelo com novos modelos de atuação. Considere os seus
pontos fortes e promova o reconhecimento das habilidades realizadoras, ampliando os
horizontes de manifestação do carinho e da ternura.
139
140
PUNHO
Habilidade realizadora.
Também conhecidos como pulso, o punho e a mão são as partes mais ativas dos
membros do corpo. As articulações do punho são formadas pelas extremidades do
osso do rádio com os ossos das mãos. O punho permite destreza e ampla mobilidade
para o manuseio.
A questão metafísica principal não é ser capaz de desempenhar uma tarefa, mas
aprender algo com os outros que venha a facilitar a realização das tarefas. Esse
movimento interno eleva a performance realizadora. Pode-se dizer que a segurança
nas ações advém da capacidade de adquirir novos aprendizados, não somente das
experiências acumuladas,
141
Pode-se dizer que a pessoa mais hábil e eficiente é aquela que sabe receber ajuda
dos outros, consequentemente, ela está aberta a outras alternativas para executar as
atividades.
Ele contorna os traços da tela e seleciona as cores de acordo com o seu senso
artístico, mas usando tipos de pincéis diferentes ou mais apropriados a certos
desenhos, o que facilita o seu trabalho. O fato de usar pincéis diferentes ou
apropriados não tira dele o senso artístico, apenas favorece a produção da sua obra na
tela.
142
DOR NO PUNHO
Romper consigo mesmo durante a atuação.
É também conhecido como pulso aberto, que é uma expressão genérica para
designar a dificuldade de realizar movimentos das mãos e fazer força. Geralmente,
esse sintoma é provocado por lesões ou esforço intenso.
SÍNDROME DO TÚNEL
DO CARPO
Falta de flexibilidade na execução das tarefas.
O túnel do carpo é uma cavidade na região articular do punho, por onde passam os
músculos, os tendões e os nervos que promovem a sensibilidade e os movimentos das
mãos e dos dedos.
144
maneiras mais fáceis, que dinamizam as atividades, não se dispõe a praticá-las, quer
repetir o mesmo jeito de sempre.
Por outro lado, caso não haja necessidade de inovação, permanecer na zona de
conforto não provoca nenhum tipo de conflito. No entanto, quando a realidade
trouxer mudanças e os conflitos de adaptação se intensificarem, isso poderá disparar o
gatilho somático. A síndrome do túnel do carpo é a principal somatização desse tipo de
conflito.
145
Pode-se dizer que é mais fácil aprender uma nova tarefa do que inovar o
desempenho daquela que já sabe. Metafísicamente, resistir ou boicotar a tarefa
apreendida é nocivo para o túnel do carpo.
Para reverter esse quadro, metafisicamente, será necessário baixar a resistência, ser
maleável e disposto a aprender os novos meios, deixar de ser tão sistemático naquilo
que faz.
Vale lembrar que os comportamentos rígidos na execução de tarefa se estendem
também aos relacionamentos com os colegas de trabalho e com os entes queridos.
Sem se dar conta, a pessoa age com certas grosserias e estupidez, magoando aqueles
que estão a sua volta. A sua teimosia esgota o nível de tolerância, dificultando a
convivência em grupo.
146
ARTICULAÇÕES DO QUADRIL
Independência e boa fluidez.
147
148
Nem sempre a dor sentida no quadril é originada nele. Problemas de coluna, no osso
do fêmur e outros órgãos refletem nessa região. Dentre as causas físicas, destacam-se:
fraturas, artrite, artrose, dores lombares etc. Para ampliar a compreensão dos
significados metafísicos, leia também nesta série Metafísica da Saúde (volume 5) a
causa diagnosticada clinicamente.
A vida parece pregar algumas “peças”, são aquelas surpresas que surgem de forma
impeditiva, impossibilitando a realização dos ideais. Às vezes, isso se torna tão intenso
que podemos considerar como “bordoadas existenciais”. Somos surpreendidos com as
adversidades e não sabemos lidar com esses inconvenientes, a ponto de ficarmos
“perdidos” e desorientados na trajetória. Existem acontecimentos que recaem sobre
nossas vidas e aniquilam as expectativas promissoras, inviabilizando os nossos sonhos.
Para afetar o quadril, não basta a mera adversidade, mas, sim, os eventos
significativos que desmoronam os planos.
149
Perdemos a orientação e ficamos sem rumo, sem saber ao certo como proceder. A
falta de assertividade e os resultados desastrosos afetaram a mobilidade física e
principalmente a coragem e ousadia.
Além disso, ficamos irredutíveis em certos aspectos, não abrimos mão de algumas
vontades ou metas, comprometendo a interação com o meio. Isso gera conflitos,
tornando sofrida a atuação no ambiente.
A maleabilidade em relação ao que está em tomo, seja aos outros, seja às situações
momentâneas, favorece a trajetória rumo aos nossos anseios. Também evita conflitos
desnecessários, tornando mais agradável a realização das nossas atividades. Essa
atitude é saudável para as funções articulares do quadril.
150
JOELHO
Recuo estratégico e aprendizado com as situações
repetitivas.
151
E mais fácil interagir com os eventos conhecidos e desenvolver-se por meio deles do
que acostumar-se com o novo, para depois extrair o aprendizado. Em vez de ficarmos
indignados com a repetição dos eventos, devemos encará-la como uma nova chance
de aprimoramento interior. Sobretudo, é uma oportunidade de fechar os ciclos
abertos no passado e de encerrar o que, de alguma forma, estava em aberto.
152
representa a atitude de rebaixar o ego e comungar com novas possibilidades, que vão
além daquilo que a mente concebeu como verdadeiro. Contrário ao que se imagina, o
rebaixamento do ego não tem a ver com inferioridade, mas, sim, com a promoção do
Ser; trata-se de uma conduta de elevação e nobreza.
O dito popular “quem cede, maior fica” exprime essa condição em que, tão logo
constatamos as limitações dos recursos internos, devemos recorrer a outras fontes
para ampliar as nossas possibilidades.
Uma pessoa orgulhosa vive numa espécie de isolamento disfuncional, pois a sua
resistência de interagir com aqueles
153
que comungam da mesma trajetória que ela e poderiam ser bons aliados deixa-na
sozinha. Como ela não possui uma ordenação emocional, estruturada em si mesma,
prejudica o bom andamento dos seus projetos. E preciso desenvolver o senso de
comunhão ou colaboração e não de competição ou de negação. Em certos momentos,
os recursos emocionais angariados dos outros minimizam possíveis transtornos e
favorecem a realização dos objetivos.
Além desses aspetos metafísicos apresentados aqui, sugerimos a leitura dos temas a
seguir: menisco e patela; haja vista serem tecidos que compõem as articulações dos
joelhos, apresentando aspectos específicos, que reforçam a consciência das causas
metafísicas dos problemas nos joelhos.
154
MENISCO
Habilidade para acatar o conhecimento alheio.
Devemos ser flexíveis para acatar sugestões, evitando atrito de qualquer natureza.
Os desentendimentos entre as pessoas surgem basicamente pela resistência às
opiniões alheias. O desgaste emocional gerado pelas desavenças torna-se exaustivo e
contraproducente. É mais fácil perceber que as coisas não estão funcionando bem do
que mudar a opinião sobre o jeito de fazer tais coisas. Mais difícil, ainda, é admitir que
os outros têm razão e que as sugestões deles são mais assertivas do que a maneira que
atuamos. Reconhecer, por exemplo, que a verdade dos outros é mais substancial do
que as nossas, esse é um ato de humildade que poupa energia e sofrimentos
desnecessários.
Saber ouvir é uma arte que enaltece o indivíduo, ampliando os seus horizontes
internos, com conteúdos das experiências alheias. A comunicação sintetiza o
aprendizado e o transmite,
155
Vale lembrar que o progresso é uma conquista que requer habilidades, que são
adquiridas durante a trajetória, tornando--nos eficientes e pontuais nas ações
presentes. A bagagem do conhecimento é uma espécie de riquezas que se revertem
em resultados promissores e diminuem a chance de sofrer. Mesmo não possuindo os
principais componentes do sucesso, esses surgem a nossa volta ou são passados por
aqueles que nos cercam durante a trajetória. A sabedoria consiste em nutrir-se com
essa bagagem, evitando sofrimentos desnecessários.
156
PATELA
Projeção à frente e viabilização dos objetivos.
A percepção do cenário atual não pode minar a confiança nos resultados almejados.
Devemos manter acesa a chama da vontade que nos move rumo ao futuro,
preservando as forças para seguirmos em frente e não esmorecermos diante dos
eventuais tropeços ou das situações impeditivas.
A convicção nos faz ousar e “dar largos passos” na vida, sem sairmos do curso
existencial. Como vimos anteriormente, interagir com o meio é necessário,
principalmente para manter metafisicamente a saúde dos joelhos. Por outro lado, a
patela representa a preservação das bases emocionais centralizadas em nós mesmos.
Trata-se da capacidade de permanecermos firmes nos propósitos, sem nos
atrapalharmos com os palpites e sugestões alheias.
157
Quando recorremos aos outros, pedindo alguma sugestão, corremos o risco de eles
acharem que vão decidir por nós. Nessa hora é preciso esclarecer que estamos
pedindo sugestões, para ampliar a nossa visão do cenário; isso não significa que lhes
entregamos o poder de decisão; esse cabe exclusivamente a nós mesmos.
158
TORNOZELO
Novos rumos.
O tornozelo faz a junção da parte inferior da perna com o pé, ligando os ossos da
fíbula (ossos da perna) com o tálus (ossos do pé). Essa articulação possibilita amplos
movimentos do pé: rotação, inclinações laterais e outros. Os ligamentos dessas
articulações são dispostos de maneira que eles armazenam energia quando o pé está
apoiado no chão e a libera durante o passo, produzindo leve efeito de mola
propulsora, que favorece a marcha.
159
160
PROBLEMAS NO TORNOZELO
Temor ao insucesso.
Outros fatores metafísicos que figuram as causas dos problemas no tornozelo são as
opiniões contrárias ou as críticas.
161
Recebemos mal os comentários e ficamos sem saber o que fazer diante dos pontos de
vistas diferentes e impeditivos para a realização dos nossos objetivos. Quando isso nos
afeta e não conseguimos revidar diretamente, com medo de magoar os outros,
reprimimos a nossa indignação. Não raro, valorizamos mais os comentários alheios do
que aquilo em que acreditamos. Sentimo-nos agredidos, mas não falamos a respeito,
permanecendo indignados; embutimos nossa intransigência, criando o padrão
metafísico de acidente ou torção no tornozelo.
162
REUMATISMO
Negação dos talentos e vítimas de si mesmos.
Qualquer distúrbio doloroso das estruturas de sustentação do corpo, tais como dos
músculos ou tendões, das articulações, ligamentos e ossos, que não seja provocado
por lesões ou infecções, pode ser denominado processo reumático. Esse é um termo
impreciso atribuído a um grande número de doenças.
163
A dependência provoca uma espécie de “esvaziamento” emocional. Esse estado
distancia-nos dos outros, consequentemente, os afastamos. Existe um contrassenso
nisso: fazemos de tudo para ter os outros por perto. Com esse gesto, criamos uma
distância maior, é como se os empurrássemos para longe de nós. Pode-se dizer que
quanto mais dependentes, mais solitários nos tornamos.
Além de buscarmos soluções nos outros, atribuímos a eles a causa dos nossos
infortúnios, gerando o sentimento de vitimação. Quando os outros não sanam as
nossas necessidades e nos fazemos de vítima, passamos a ter mágoas, desejo de
vingança e outros. Vale lembrar que não somos sofredores, mas, sim, negligentes às
forças interiores, portanto, vítimas de nós mesmos.
A natureza solicita de quem tem para dar; jamais será exigido de quem é desprovido
de recursos internos para corresponder às demandas existenciais. Assim, quem vive
diante dos grandes desafios é que possui componentes internos à altura das demandas
que surgem ao redor.
A pessoa que sofre dessa doença tem consciência dos seus talentos. No fundo, ela
sabe do que é capaz e que pode vencer as adversidades. Por outro lado, não acredita
em si mesma, sentindo-se fragilizada diante dos obstáculos. Esse descompasso entre
conhecer suas aptidões e não acreditar que é capaz de vencer os desafios gera
sentimento que alterna entre frustração e raiva.
164
Por trás dos seus lamentos de insucessos e dos problemas que cercam a sua vida
existe certa revolta, principalmente consigo mesma, por não ter conseguido viabilizar
os seus talentos de maneira objetiva. Caso o fizesse, poria fim aos absurdos que
gravitam em torno de si.
165
166
167
GOTA
Apego aos sofrimentos.
O mesmo ocorre no tocante às relações amorosas. Ainda são vivas as marcas dos
relacionamentos afetivos; o quanto a pessoa se machucou, o abandono, as tristezas e
as angústias dos desfechos traumáticos.
168
Existe um ciclo afetivo em aberto. Para fechá-lo, procure aceitar o seu caminho de
aprendizado, que foi pavimentado com as próprias escolhas. Pois, assim como o ácido
úrico não
169
foi colocado no seu organismo por meio da alimentação, por exemplo, mas, sim,
produzido por ele mesmo, analogamente, os outros não foram os únicos responsáveis
pelos seus infortúnios, mas, sim, o que você fez com o que lhe fora feito. A eliminação
desse ácido, que era para ser fonte de energia e se tornou nocivo para as articulações,
é necessária para preservar a saúde. Emocionalmente, cabe a você despojar-se dos
insucessos de outrora e se perdoar pelas péssimas escolhas.
Estamos num caminho de descoberta, em que usamos o nosso senso para nortear o
aprendizado. Entre acertos e erros vamos transitando pela vida.
Ao passarmos por uma fase ruim, levamos dela apenas a sinalização de que essa
não é a direção rumo à felicidade. Esse componente extraído da vivência permanece
internalizado e se manifesta diante dos novos caminhos relacionais. E, não, a marca de
uma espécie de buraco fundo, em que caímos e passamos a tropeçar nele todas as
vezes que algo semelhante acontece, consumindo o potencial afetivo.
À medida que somos felizes de uma determinada forma, colhemos os bons frutos
daquela experiência, que se transforma em bagagens positivas, contribuindo
favoravelmente às futuras relações.
170
obviamente não vamos trilhar por eles, mas, sim, explorar novos rumos nas relações
amorosas.
Para trilhar novos caminhos rumo à felicidade amorosa, devemos investir mais em
nós mesmos, em vez de esperar dos outros; precisamos parar de nos machucar com as
lembranças ruins do passado e nos tratar de maneira carinhosa. Assumir que, com
toda bagagem extraída das vivências, estamos prontos para sermos felizes no amor.
171
ARTRITE
Irritação com as adversidades.
Quando não tem com quem dividir as lamúrias, fica remoendo-as sozinha. Em
nenhum momento se dispõe a contemporizar o ocorrido e ser flexível. E resistente à
adaptação ao novo, prefere discutir a acatar os feitos inusitados.
172
A pronta disposição para agir e para se inteirar com o meio, sem se conter com as
barreiras externas, tampouco com os seus próprios costumes e métodos, possibilita
que nos reinventemos e saiamos dos comportamentos repetitivos, dando vazão às
novas ideias.
A flexibilidade ativa o fluxo de energia, favorecendo a viabilização dos resultados
promissores.
173
ARTRITE REUMATOIDE
Irreverência e intolerância.
Fazem questão de falar o que sentem a quem estiver por perto. Não medem as
palavras para expor a sua indignação. Abordam incansavelmente o seu desconforto; o
assunto gira em torno do ocorrido, não dão trégua, tampouco se abrem para ouvir as
opiniões alheias. Nenhum ponto de vista é mais importante do que o seu. Julgam-se
sempre certas e se acham cobertas de razão.
A questão não é quem está com a verdade, mas é a confusão e o embaraço gerado
pelas suas críticas. Precisam aprender a serem mais condescendentes com os fatos
inusitados. Aborrecer-se menos e fluir mais, interagindo com o meio, sem tanto
inconformismo, tampouco irritação com os acontecimentos inesperados.
174
Suas frequentes indignações são geradoras das deformidades das juntas das mãos.
Essa somatização demonstra o quanto a sua dificuldade de ceder ou de entrar em
acordo prejudica a sua desenvoltura no ambiente e a mobilidade física dos dedos. Suas
frequentes queixas são espécies de “poluentes verbais” nos diálogos, saturando quem
convive consigo e distanciando os amigos.
Vale lembrar que problemas não existem; eles são produtos da nossa mente, que
transforma os desafios e obstáculos em dramas, que geram a visão problemática da
situação. Os “dramalhões” não ajudam em nada, ao contrário, dificultam o alcance da
solução. A energia despendida nas queixas e reclamações seria melhor aproveitada se
fosse investida nas possibilidades de sanar as complicações do ambiente. A queixa não
soluciona, ao contrário, nos enfraquece, enquanto enaltece as barreiras.
Você não precisa ser uma referência do bom humor, simplesmente deixe de dar
tanta atenção aos aspectos negativos das situações. Isso afeta ainda mais a mobilidade
das mãos, consequentemente compromete o seu desempenho e inviabiliza os
resultados promissores.
175
ARTROSE
Insegurança e mimo.
176
Esperar que tudo transcorra a contento pode ser considerado uma conduta
“mimada”. As pessoas mimadas buscam situações apropriadas a elas, até nos mínimos
detalhes. Não admitem mudanças e querem que os eventos supram os seus anseios,
sem maior desconforto. O mimo embute a força realizadora do indivíduo, fortalecendo
os comportamentos moldados no passado que se repetem no presente, contrapondo-
se à nova realidade.
Uma criança mimada, por exemplo, quando contrariada, faz birra e estampa no
semblante a cara de mimo, “faz bico”. O adulto, por sua vez, com algum tipo de
artrose, se comporta como um contestador e somatiza saliências articulares parecidas
com “bicos” nas articulações. Respeitadas as diferenças, esses têm o agravante de
serem crônicos, enquanto os das crianças passam depois de algumas cenas e ela volta
a sorrir.
177
doenças articulares em questão. Isso ocorre porque existem outros fatores internos
que as tornam rabugentas. Diferentemente daquelas que também se comportam da
mesma forma, mas não somatizam a artrose, as que somatizam essa doença se
comportam de maneira contestadora para não se sentirem vulneráveis diante de algo
do qual não têm domínio, ou para não promoverem alguma mudança interna.
Portanto, as causas metafísicas da artrose consistem na insegurança e resistência às
mudanças.
178
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sistema articular manifesta um dos talentos mais importantes para a boa fluidez
existencial. Trata-se da habilidade de interagir com as pessoas de maneira harmoniosa,
considerando a opinião dos outros e preservando os próprios conteúdos internos. Uma
mesma situação, em diferentes momentos, exige novas medidas; para não gerar
conflitos é preciso ter flexibilidade. Esse é um dos componentes do Ser, necessário
para o bom desenvolvimento da vida cotidiana.
Há momentos em que precisamos intervir para modificar algumas estruturas
exteriores ou das pessoas envolvidas. Para atender a essa demanda precisamos ser
seguros e agir com convicção; somente assim nos tornamos formadores de opiniões.
Existem outras circunstâncias em que não podemos alterar nada em torno, apenas
não sermos contagiados com os episódios que se contrapõem aos nossos objetivos,
estimulando o autoapoio e a confiança nas próprias escolhas, para que possamos
seguir a nossa trajetória, seguros de que estamos no melhor caminho e principalmente
do nosso lado.
179
Existem sempre novas possibilidades e, com certeza, maneiras mais práticas para
alcançarmos as nossas metas. Com perspicácia para identificar novos métodos, e
receptividade para ouvir as dicas, mas principalmente se formos flexíveis para adotar
um jeito melhor de agir, vamos atingir os objetivos mais brevemente e sem tanto
desgaste.
A assertividade nas nossas ações depende desses três eixos internos: devemos ser
perspicazes, receptivos e flexíveis. A junção desses talentos promove o sucesso e a
realização pessoal na vida. Uma pessoa malsucedida esbarra numa dessas dificuldades.
Ou ela não percebe o que vai dar errado, ou não se abre para aprender novos rumos.
Pior ainda, não tendo a flexibilidade para redirecionar os seus caminhos, insiste no
erro.
180
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOLEMAN, Daniel, Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que
é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
RUNGE, Marschall S.; GREGANTI,M. Andrew, Medicina interna de Netter. São Paulo:
Artmed, 2005.
GLAS, Norbert, As mãos revelam o homem. 3 ed. São Paulo: Antroposófica, 2002
SEO, Prof. Won Gab, Quiroacupuntura guia prático de terapia preventiva. São Paulo:
Ícone, 2000.
181
ÍNDICE REMISSIVO
[Volumes 1 ao 5]
Acetilcolina - Vol. 4. p. 52
Adrenalina e noradrenalina - Vol. 4. p. 63
Afta-Vol. 1. p. 113
Anemia - Vol. 2. p. 64
Aneurisma - Vol. 2. p. 27
Angina - Vol. 2. p. 45
Arteriosclerose - Vol. 2. p. 29
Bexiga - Vol. 2. p. 94
Bexiga, problemas - Vol. 2. p. 99
182
Bocejo - Vol. 1. p. 93
Bócio - Vol. 3. p. 71
Brônquios - Vol. 1. p. 72
Bronquite - Vol. 1. p. 73
Calcanhar - Vol. 5. p. 86
Cérebro - Vol. 4. p. 81
183
Coração - Vol. 2. p. 40
Crânio - Vol. 5. p. 24
Dedos - Vol. 5. p. 59
Doença - Vol. 1. p. 42
184
Dopamina - Vol. 4. p. 59
Engasgo - Vol. 1. p. 61
Escápula - Vol. 5. p. 43
Espirro - Vol. 1. p. 91
185
Flebite - Vol. 2. p. 39
Gagueira - Vol. 1. p. 66
Hemorragia - Vol. 2. p. 68
Hemorroida - Vol. 1. p. 173
Hipertireoidismo - Vol. 3. p. 91
Hipófise - Vol. 3. p. 43
Hipotireoidismo - Vol. 3. p. 74
186
Histamina - Vol. 4. p. 66
Hormônios - Vol. 3. p. 31
Infarto - Vol. 2. p. 47
Laringite - Vol. 1. p. 69
Leucemia - Vol. 2. p. 71
Magreza - Vol. 3. p. 93
Mandíbula - Vol. 5. p. 28
187
Meninges - Vol. 4. p. 71
Meningite - Vol. 4. p. 75
Miastenia -Vol. 4. p. 58
Neurotransmissores - Vol. 4. p. 51
188
Obesidade - Vol.3. p. 76
Paratireoides - Vol. 3. p. 94
Parkinson - Vol. 4. p. 92
Pé chato - Vol. 5. p. 93
Pé em garra - Vol. 5. p. 95
Pé - Vol. 5. p. 84
Pineal - Vol. 3. p. 37
189
Pulmões - Vol. 1. p. 80
Rinite - Vol. 1. p. 54
Rins - Vol. 2. p. 80
Sangue - Vol. 2. p. 57
190
Serotonina - Vol. 4. p. 64
Sinapse - Vol. 4. p. 47
Sinusite - Vol. 1. p. 58
Soluço - Vol. 1. p. 96
Suprarrenais - Vol. 3. p. 97
Taquicardia - Vol. 2. p. 44
191
Tireoide - Vol. 3. p. 59
Tosse - Vol. 1. p. 90
Trombose - Vol. 2. p. 37
Tuberculose - Vol. 1. p. 88
Varizes - Vol. 2. p. 32
Laringe - Vol. 1. p. 60
192
Voz - Vol. 1. p. 62
193