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Introdução

As infecções adquiridas durante a internação do paciente em determinado


hospital ou qualquer unidade de saúde, e que não estavam presentes na sua
entrada ao hospital são denominadas IRAS (Infecção Relacionada à
Assistência à Saúde). (NOGUEIRA, 2018).

A IRAS são um problema de saúde pública, justamente pelo impacto global


causado na saúde da população, no Brasil em especial a do Estado do
Amazonas esses impactos prejudicam o sistema de saúde e atrapalham no
tratamento do paciente. Dentre as consequências estão o aumento da duração
da internação, pacientes que já estavam internados e são infectados por um
microrganismo que altera todo o tratamento e leva a uma piora no quadro do
paciente, atrelado a isso, tem o surgimento da resistência a antibióticos, além
dos altos custos ao Estado prejudicando assim todo o sistema de saúde.
(NOGUEIRA, 2018)

Segundo Diretriz Nacional para Elaboração de Programa de Gerenciamento do


Uso de Antimicrobianos em Serviços de Saúde, as principais IRAS são:
infecção da corrente sanguínea, infecção de sítio cirúrgico, infecção do trato
urinário, pneumonia /traqueobronquite, sepse e ventriculites. (ANVISA, 2017)

As medidas preventivas para esse tipo de infecção são diversas: do uso correto
de equipamentos de proteção individual, identificação de microorganismos
através de culturas, ao descarte seguro de materiais contaminados e devido
isolamento de pacientes em quadros infecciosos (MEC, 2019). Porém, em
muitos hospitais e postos de saúde, especialmente em áreas distantes dos
grandes centros urbanos, a prevenção de IRAs não recebe a devida prioridade,
o que representa uma falha sistemática no controle dessas infecções, já que
um mesmo paciente pode receber tratamento em locais distintos e levar
consigo infecções previníveis de um hospital contaminado a outro não-
contaminado.

Nos Estados Unidos da América, 25% das infecções adquiridas em unidades


de terapia intensiva são pneumonias relacionadas a assistência em saúde
(ANVISA, 2017), número que, no Brasil —onde dados a respeito ainda são
escassos—, considerando o acesso gratuito a serviços de saúde e
consequente popularização da atenção médica, provavelmente se aplica em
maior ou igual valor. Isso se deve, entre outras razões, pela falta de consenso,
protocolos e guidelines específicas que levem em consideração as
necessidades e desafios de cada unidade.

Referencias
Brasil. Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde,
Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde. Diretriz Nacional para
Elaboração de Programa de Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos
em Serviços de Saúde. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
2017

NOGUEIRA, C. Políticas Públicas para prevenção e controle de IRAS:


concepção de um modelo explicativo para sua estruturação. Tese
(Doutorado em Ciências) Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, p.131.
2018.

Brasil. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ministério da Educação.


Medidas de Precaução Para Prevenção de Infecção Hospitalar. Maceió:
2019.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de


Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017.

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