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Abstract: HIV is the causative agent of Acquired Immune Deficiency Syndrome
(AIDS), control of the disease is possible due to treatment with Antiretroviral
Therapy - ART, which makes viral replication impossible and helps in the
reconstitution of the immune system, and must be carried out early and not
interrupted at any point during treatment. Patient adherence to treatment for
prolonged periods is a challenge to the therapeutic effectiveness available
against AIDS. Therefore, it is extremely important that there is Pharmaceutical
Care which, according to the World Health Organization, is conceptualized as
the professional practice in which the patient is the main beneficiary of the
pharmacist's actions. The objective of the pharmacist's work is to achieve
efficient and safe therapeutic results, prioritizing the patient's health and quality
of life, with the aim of increasing the effectiveness of drug treatment.
Pharmacists are a valuable source of information about adherence. They can
provide educational information to users about their medications, as well as
inform the health care team about failures in refilling or problems with
medication consumption, in addition to promoting the user's relationship with
their condition and treatment and care when in the presence of of other
diseases, such as diabetes and hypertension, through pharmacotherapeutic
monitoring appropriate to their treatment and a good immunological response.
1 INTRODUÇÃO
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forma a medida mais eficaz e segura na prevenção do HIV ainda é o uso do
preservativo, mas atualmente já está disponível uma medida profilática no
combate a infecção. Recomenda-se às pessoas diagnosticadas com o vírus
HIV o início imediato do tratamento Antirretroviral, independente do estado
clínico ou imunológico, o início precoce desse tratamento ajuda a reduzir
índices de morbimortalidade, bem como diminuição da transmissão da infecção
e possibilita ações terapêuticas.
Devido à importância de seu controle, o HIV encontra-se entre uma das
prioridades em pesquisa da Organização Mundial da Saúde (ONU, 2019).
Somando-se a isto, o Ministério da Saúde (MS) publicou no final de 2018 a
Agenda de Prioridades em Pesquisa do MS (APPMS), destacando em seu eixo
nº 6 temas relativos ao HIV e seu tratamento, dentre elas: Avaliação de
métodos diagnósticos e estratégias para adesão ao Tratamento Antirretroviral
(TARV) e Análise dos fatores que interferem na adesão à Terapia
Antirretroviral.
O tratamento com antirretrovirais é fundamental para controlar a
replicação do vírus HIV e proporcionar resultados satisfatórios que são
esperados através da assistência farmacêutica. Considerada uma
ferramenta do profissional farmacêutico, a assistência farmacêutica (AF)
dispõe sobre atitudes, comportamentos, valores éticos, compromissos e
responsabilidade na prevenção, promoção, e reabilitação da saúde, na
integralidade com a equipe de saúde, objetivando o uso racional do
medicamento pelo paciente. Atualmente essa ferramenta farmacêutica
envolve fatores como: farmacoterapia correta, dispensação de qualidade,
intervenção farmacêutica em casos de reações adversas, acompanhamento e
o Uso Racional de Medicamentos (URM), auxiliando no tratamento com os
antirretrovirais.
O profissional farmacêutico desempenha um papel educativo
fundamental para explicar a importância da adesão e fornecer orientações
sobre como tomar os medicamentos específicos. Ele também podem ajudar a
resolver problemas de adesão, como efeitos colaterais, interações
medicamentosas e barreiras psicossociais, além disso, a assistência
farmacêutica contribui para o monitoramento regular da carga viral e da
contagem de células CD4 dos pacientes. Essas características são essenciais
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para avaliar a eficácia do tratamento e fazer ajustes quando necessário,
desempenhando um papel fundamental na interpretação desses resultados e
na comunicação com a equipe médica para garantir a melhor gestão do
tratamento.
2 MÉTODOS
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multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção
(BRASIL, 2022).
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. Há muitos soropositivos
que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença.
Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais
desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe
para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas
medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se
proteger em todas as situações (BRASIL, 2022).
Fonte: BRASIL. Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV. Ministério
da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites
Virais. Brasília, 2013.
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O vírus apresenta algumas características próprias. Dentre elas, a
existência de uma camada mais externa, o envelope, que contém lipídeos e
proteínas. As proteínas virais encontradas no envelope são as glicoproteínas
120 (gp120) e 41 (gp41). A gp120 é a mais externa, responsável pela ligação
do vírus com as células hospedeiras. Ela está ligada à gp41, que atravessa o
envelope viral (BRASIL, 2014).
Fonte: BRASIL. Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV. Ministério
da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites
Virais. Brasília, 2013.
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Fonte: BRASIL. Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV. Ministério da
Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
Brasília, 2013.
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Todos os RNAs produzidos saem do núcleo para o citoplasma da célula
(BRASIL, 2014).
Figura 4 - Diagrama esquemático de infecção de uma célula T CD4+ por um vírion HIV,
com os locais de ação das duas principais classes de fármacos anti-HIV.
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Fonte: H.P Rang, J.M. Ritter, R. J. Flower e G. Henderson. Rang & Dale:
Farmacologia. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2016.
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Fonte: H.P Rang, J.M. Ritter, R. J. Flower e G. Henderson. Rang & Dale:
Farmacologia. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2016.
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nucleosídicos da
transcriptase nevirapina, rilpivirina.
reversa.
Atazanavir,
darunavir,
e efeitos hematológicos;
Inibidores de fosamprenavir,
efeitos metabólicos,
protease indinavir, lopinavir,
incluindo pancreatite,
ritonavir, saquinavir,
lesão hepática, acidose
timpranavir
lática e lipodistrofia. O
Inibidor da fusão do
Efeitos sobre o SNC,
HIV às células Enfurvitida
metabolismo e GI.
hospedeiras
Refratário a Principalmente
Inibidor de integrase Raltegravir outros alterações GI e
tratamentos metabólicas.
Antagonista de Principalmente
Dependente de
receptor de Maraviroque alterações GI e sobre o
CCR5
quimiocina (CCR5) SNC.
Fonte: RANG, et al., 2016.
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essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve a
pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem
como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação,
garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação
de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da
melhoria da qualidade de vida da população (BRASIL, 2006).
A Resolução nº 308 de 2 de maio de 1997, do Conselho Federal de
Farmácia, ainda define a Assistência Farmacêutica, no âmbito de farmácias e
drogarias, como sendo o conjunto de ações e serviços com vistas a assegurar
a assistência terapêutica integral, a promoção e recuperação da saúde, nos
estabelecimentos públicos e privados que desempenham atividades de projeto,
pesquisa, manipulação, produção, conservação, dispensação, distribuição,
garantia e controle de qualidade, vigilância sanitária e epidemiológica de
medicamentos e produtos farmacêuticos (BRASIL, 1997).
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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prestação da farmacoterapia, com objetivo de alcançar resultados terapêuticos
definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente. Durante a dispensação
é possível identificar as pessoas que necessitam de abordagem especial, de
acordo com os fatores de risco e o histórico de utilização inadequada dos
medicamentos. Nesses casos, pode-se encaminhar o usuário para o
acompanhamento farmacêutico individual ou coletivo (RODRIGUES, et al.,
2015)
O princípio da integralidade considera as ações de promoção à saúde e
prevenção de doenças, além do tratamento e reabilitação. Logo, deve-se
promover a articulação com outras políticas públicas como forma de assegurar
uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que repercutem na saúde e
na qualidade de vida dos indivíduos (BRASIL, 2001).
Pelo Protocolo de Assistência Farmacêutica em DST/HIV/Aids de 2010,
as estratégias de Assistência Farmacêutica devem ter como referência a
integralidade. Portanto, a participação do farmacêutico na equipe
multidisciplinar é essencial para promover ações qualificadas de cuidado
integral, principalmente no que diz respeito à recuperação da saúde. Sugerem-
se:
de propostas terapêuticas;
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maternidades e unidades de referência para profilaxia pós
exposição (ocupacional, sexual e outras).
A Lei nº 9.313/96 regulamenta o acesso universal de medicamentos
ARV. A resposta adequada à epidemia pode alcançar maior eficácia mediante
a estruturação da rede para desempenhar diversas ações, tais como:
prevenção; acolhimento e aconselhamento; diagnóstico precoce; facilidade no
acesso a serviços de saúde; informações com qualidade; gerenciamento
adequado dessas informações. Para garantir o acesso a medicamentos e
insumos (preservativos masculino e feminino, gel lubrificante, kit de redução de
danos, material educativo, dentre outros) é indispensável um conjunto de
informações precisas para subsidiar a programação, aquisição, distribuição e
manutenção do abastecimento regular (consumo, estoque, cobertura) que
favoreçam a sustentabilidade da política pública, aliada à facilidade de uso dos
serviços, ambiente de atendimento adequado e com qualidade (BRASIL, 2010).
Segundo Protocolo de Assistência Farmacêutica em DST/HIV/Aids de
2010, o acompanhamento e orientações envolvem um processo de escuta,
individualizado ou coletivo, centrado nas necessidades do usuário. Pressupõe
a capacidade de estabelecer uma relação de confiança entre os interlocutores,
visando ao resgate dos recursos internos de pessoas vivendo com HIV e aids,
para que ela mesma tenha possibilidade de reconhecer-se como sujeito de sua
própria saúde e transformação. As orientações farmacêuticas pautam-se por
uma atitude de escuta ativa e de comunicação clara e objetiva. São objetivos
da orientação:
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O Uso racional de medicamentos consiste na necessidade de o paciente
receber o medicamento adequado, apropriado, na dose correta, pelo período
adequado, com baixo custo, para ele e a comunidade. O uso de medicamento
de ser racional, sem exageros, de forma devidamente discriminada, orientada,
sem interrupção por conta própria. Ainda vale considerar que a prescrição deve
ser efetiva e coerente com o tempo de tratamento, de movo a evitar
desperdícios (CARVALHO, 2017).
Nos últimos anos, tem sido observada importante diminuição das
internações hospitalares em decorrência de infecções oportunistas e da
mortalidade associada ao HIV no Brasil, devido ao uso da terapia antirretroviral.
Para que a terapia seja eficaz e consiga proporcionar uma melhoria na
qualidade de vida, é necessário que os usuários tenham uma excelente adesão
aos esquemas que lhes foram prescritos (BRASIL, 2010).
A promoção da adesão ao tratamento transcende o simples controle da
ingestão de medicamentos. Deve ser compreendida de forma mais ampla,
incluindo, entre outros aspectos, o fortalecimento das pessoas vivendo com
HIV e Aids, o estabelecimento de vínculo com a equipe de saúde, o acesso à
informação, o acompanhamento clínico e laboratorial, a adequação aos hábitos
e necessidades individuais e o compartilhamento das decisões relacionadas à
própria saúde, inclusive para pessoas que não fazem uso de TARV (BRASIL,
2010 apoud BRASIL, 2007d).
Cada indivíduo deve estar bem informado sobre o vírus, seu ciclo
biológico, os medicamentos a serem receitados, o modo como estes agem e
como estocá-los adequadamente, os efeitos adversos possíveis e as
interações com alimentos, medicamentos, álcool e outras drogas e plantas. O
usuário também deve ter ciência de que o primeiro tratamento é o que tem a
melhor chance de sucesso. Essas informações devem ser transmitidas em
linguagem acessível, levando em consideração seu grau de instrução ou nível
de entendimento (BRASIL, 2010).
O uso de medicamentos é resultado de um processo de decisão racional
que leva em conta diversos determinantes, da disponibilidade à crença no
tratamento (BRASIL, 2010 apoud HAAIJER-RUSKAMP; HEMMINKI, 1993)
como resultado da dinâmica de aprendizagem social vivida (BRASIL, 2010
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apoud BRAWLEY; CULOS-REED, 2000) e da forma de construir seu
enfrentamento à doença (BRASIL, 2010 apoud DOWELL; HUDSON, 1997).
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Universidade Federal de Santa
Catarina. Diagnóstico do HIV. Brasília, 2014. Acesso em: 31 set. 2023
RANG, H.P.; RITTER, J.M.; FLOWER.R. J.; HENDERSON, G. Rang & Dale:
Farmacologia. 8ª ed. Elsevier Editora Ltda. Rio de Janeiro, 2016. Acesso em:
05 out. 2023
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