Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Monográfia
Monográfia
Monográfia
O presente projeto de pesquisa tem como tema: Avaliação de casos de resistência dos
bacteriostatico de 1 linha em pacientes assistidos no Complexo Hospitalar de Doenças
Cardio-Pulmonar Cardial Dom Alexandre do Nascimento, durante o IIº semestre de
2021.
A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa descoberta há milhares de anos, seu agente
etiológico é o Mycobacterium tuberculosis, o qual se propaga através do ar por meio de
gotículas contendo bacilos expelidos por uma pessoa doente com tuberculose pulmonar ativa
(ERTAL, 2011).
Embora o M. tuberculosis seja capaz de se instalar em outros órgãos do corpo humano, a
forma pulmonar apresenta maior importância epidemiológica à saúde pública por ser mais
frequente e principalmente ser responsável pela manutenção da cadeia de transmissão. Os
primeiros sintomas manifestados pela doença são tosse com ou sem expectoração purulenta
por mais de duas semanas, febre e dores torácicas dificultando a respiração (SANTOS, 2015).
Esta doença é mais encontrada onde a densidade populacional é alta, está constantemente
associada a condições sociais de pobreza e a outras doenças, como a coinfecção pelo Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV). A TB é um problema global de saúde pública e o número
de casos vem aumentando, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que um terço da
população mundial esteja infectada pelo M. tuberculosis e que a cada ano em torno de 9,4
milhões de pessoas contraem a doença, destas 1,7 milhões chegam ao óbito (AUGUSTO et al.
2013).
O diagnóstico da TB é efetuado por meio de exames laboratoriais, clínicos, radiológicos e
testes moleculares. No diagnóstico laboratorial, normalmente, é feito a baciloscopia direta que
detecta presença do bacilo em amostras de origem pulmonar, a cultura onde é possível isolar e
identificar a micobactéria e o teste de sensibilidade aos fármacos utilizados no tratamento da
TB (SANTOS, 2015).
A quimioterapia moderna tem sido fundamental, pois executa um duplo papel no controle da
tuberculose, além de curar o indivíduo diagnosticado com a doença, evita a transmissão do
bacilo. Padronizou o tratamento como esquema básico por seis meses a rifampicina,
isoniazida, etambutol e Pirazinamida (BRASIL, 2008). Embora o tratamento existente tenha
sucesso na maioria dos casos, em 2015 foram reportadas mundialmente 480 mil ocorrências
de linhagens resistentes (MDR) aos fármacos, com 190 mil mortes associadas
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2016).
4
Estratégias de controlo da TB têm sido elaboradas por programas governamentais, com
objetivo de padronizar ações e proporcionar parcerias que cooperem para o fortalecimento dos
profissionais e sistemas de saúde além de possibilitar que países em desenvolvimento com
altas taxas da doença tenham acesso aos fármacos de boa qualidade, com baixo custo,
inclusive para TB multirresistente (MDR) e TB extensivamente resistente (XDR), a fim de
interromper a transmissão e evitar a disseminação da tuberculose (ALVES, 2010). Um dos
principais obstáculos que dificultam o controlo da TB é o abandono de tratamento, porque o
êxito no tratamento é amplamente dependente da adesão do paciente ao esquema adotado. O
uso irregular, inadequado e falta de colaboração do paciente para o uso desse esquema
terapêutico podem levar o surgimento de linhagens de M. tuberculosis multirresistentes aos
fármacos (BRASIL, 2011). A resistência aos fármacos pelo M. tuberculosis se desenvolve,
principalmente por mutações em genes alvo dos fármacos ou em genes que codificam
ativadores dos pró-fármacos (SPIES, 2007).
1.1.1 Delimitação do tema
A pesquisa será realizada nos prontuários dos pacientes com resistência a bacteriostaicos
internados no Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonar Cardial Dom Alexandre do
Nascimento, durante o IIº semestre de 2021.
.
5
1.2Formulação do problema
6
1.3OBJECTIVOS
Geral
7
1.4 JUSTIFICATIVA
O presente trabalho se justifica pela necessidade e demanda que os hospitais têm em manter
seus estoques de medicamentos e correlatos com prazos e quantidades dentro de um limite
aceitável. Deste modo, se evita o desperdício de recursos públicos que são aplicados em
suprimentos nos hospitais e garante a demanda de atendimento necessária, sem ônus de
fornecimento ou desperdícios por falta de planeamento.
A demanda por medicamentos é crescente e sua disponibilização requer elevados recursos
financeiros. A ausência de gestão efectiva pode acarretar em grandes desperdícios, logo, é de
extrema importância o gerenciamento adequado dos medicamentos.
Compreendendo que aumentar a possibilidade de investimentos nas condições estruturais e
conscientizar funcionários sobre a importância de se evitar desperdícios é vital para a
organização e, consequentemente, a redução de custos, bem como atender as condições
necessárias para recuperação da saúde e bem estar dos pacientes.
Acreditamos que o resultado da nossa investigação dará grande contributo na gestão da
farmácia hospital Josina Machel. Os resultados obtidos deverão ser usados para reflexão
quanto a orientação dos profissionais sobre a gestão de farmácia hospitalar.
8
II REFERENCIALTEÓRICA
9
A gestão hospitalar é uma equipe composta por vários profissionais tendo ela como médicos,
enfermeiros e farmacêuticos, para juntos desenvolverem sistemas medicamentosos clínicos,
pois é complexo, sendo assim com actuações interdependentes, onde qualquer falha em um
dos processos poderá interferir no conjunto de actividades desenvolvidas, sendo uma das
principais falhas á falta ou má comunicação. (SILVA etal., 2007).
2.2 Breve historial sobre farmácia hospitalar
A farmácia hospitalar já existia em período teológico, na China, nos Pet-são- escritos sagrados
publicados por volta de 2700 a.C., noções sobre farmácia e medicina. Com a evolução das
ciências, especificamente da farmácia, o farmacêutico passou a ter um papel bastante activo
na comunidade. Em 1920 a 1940, nos Estados Unidos teve início a reorganização do
estabelecimento de Standards para as práticas farmacêuticas. A sociedade Americana de
Farmacêuticos Hospitalares trouxe em 1942, um grande progresso as farmácias hospitalares
dos Estados Unidos, com foco, desde da sua concepção, o paciente (SANTOS, 2012).
A Farmácia Hospitalar data da época de gregos, romanos, árabes, e se sabeque na Idade
Média a medicina e a farmácia se desenvolviam de forma paralela soba responsabilidade de
religiosos dos conventos, nas boticas e nos hortos de plantasmedicinais.Comoadventodas
especialidades farmacêuticas,ofarmacêuticopassou a não exercer a sua função de manipulador
de formas medicamentosas eorientadordo uso demedicamentos (BRASIL, 1994).
A farmácia hospitalar é uma unidade clínica localizada dentro do âmbito hospitalar, de
assistência técnica e administrativa, gerenciada por um profissional farmacêutico, ligada
directamente as actividades hospitalares, tem a função de armazenar o estoque de
medicamentos reservados para os pacientes. (NOVAES; SIMONETTI; AFONSO, 2009).
A farmácia hospitalar é geralmente dividida em farmácia satélite e central. A farmácia central
possui o objectivo de armazenar, receber, monitorar o estoque e distribuir os fármacos e
materiais para as demais farmácias do hospital. Em alguns hospitais cada andar possui uma
farmácia satélite. Ela é interligada a farmácia central, contudo com autonomia para separar e
enviar fármacos. As farmácias satélites atendem individualmente, proporcionando maior
rapidez na dispensação de medicamentos e materiais médico hospitalares. (SANTANA;
OLIVEIRA; NETO, 2004).
A farmácia hospitalar tem como função fornecer assistência ao paciente através do uso
racional e seguro de correlatos e medicamentos, adaptando sua utilização à saúde colectiva e
individual, nos planos preventivo, assistenciais, investigativo e docente, devendo, possuir
10
farmacêuticos em número satisfatório para adequado funcionamento da assistência.
(CAVALLINI, BISSON, 2010).
A instituição hospitalar é uma unidade de carácter clínico e assistencial que abriga a Farmácia
Hospitalar (FH), que é responsável em atender as necessidades de medicamentos do hospital,
promovendo sempre o uso racional de medicamentos sob a supervisão do gerente e
responsável técnico (CAVALLINI; BISSON, 2010; SBRAF, 2008).
Para desenvolver as actividade do profissional farmacêutico na FH existem vários sectores,
dentre eles a Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF), esta unidade tem um papel
importante no hospital por ser um local de armazenamento dispensação de produtos
farmacêuticos (ALMEIDA, 2011; ANDREOLLI; DIAS; KONAN, 2014).
2.4 Classificação ABC
A curva ABC é uma importante ferramenta para o gestor de estoque, pois possibilita separar
os medicamentos em grupos semelhantes, ou seja, em relação ao custo, consumo e sua
importância relativa, para que sejam adquiridos necessários para o tratamento do paciente.
Podendo ser definida da seguinte forma: a classe “A”, é definida como os medicamentos mais
importantes para o tratamento do paciente, sendo considerados os medicamentos com maior
custo, a classe “B”, os medicamentos são considerados um grupo de custo intermediários por
ter rotatividade média em relação a classe A, em âmbito hospitalar. Já a classe “C”, o grupo
composto por medicamentos que possui baixa rotatividade, e com isso possui quantidade
considerável em estoque, ou seja, sendo considerados os medicamentos de menor custo
(ALMEIDA, 2011; NOVAES; GONÇALVES; SIMONETTI, 2006; NOVAES etal., 2009). O
parâmetro classificado pelo parâmetro XYZ é de grande importância por identificar o
fármaco.
2.5Classificação XYZ
2.6Gestão de stocks
Numa farmácia hospitalar é necessário fazer uma correcta gestão dos stocks, de modo a que
seja possível satisfazer as necessidades dos clientes no momento, tentando ao mesmo tempo
evitar que algum produto fique “empatado”. Nesse sentido, é fundamental o sistema
informático, que nos permite uma visualização do histórico de vendas de cada produto por
mês, podendo assim ser definido um stock mínimo e um stock máximo. Quando o stock
mínimo do produto é atingido, esta informação é enviada automaticamente para a proposta de
encomenda seguinte que vai ser analisada e enviada posteriormente por alguém responsável
para os fornecedores (PEREIRA, 2002).
Adverte que racionalizar custos com medicamentos implica seguir normalizações técnicas e,
dentre as formas de racionalização dos estoques, a selecção de medicamentos é uma das
soluções mais viáveis. Seleccionar medicamentos para a farmácia hospitalar significa
disponibilizar nos estoques os produtos mais eficazes para o tratamento dos pacientes-alvo,
ao menor custo possível, sendo necessário que a instituição se fundamente em parâmetros
como a Selecção de medicamentos (utilização de Protocolos e Padronização dos produtos) e a
Classificação ABC. (CUNHA,1999)
São informações vitais para o controle, o estoque mínimo e estoque máximo, ponto de
ressuprimento, consumo médio mensal e outros dados logísticos necessários para auxiliar a
programação de compras, que são calculadas automaticamente pelo sistema informatizado,
por meio de relatórios gerenciais. A falta dessas informações dificulta a realização de uma
programação de compras adequada e de acordo com a demanda real do hospital.
2.7 Logística de materiais
2.8.1 Selecção
A selecção e manutenção de materiais e medicamentos devem ser realizadas por uma equipe
que esteja ligada directamente ao paciente ou ao seu processo de atendimento, assim mais
rápidas as necessidades do cliente serão atendidas, e de forma mais clara e objectiva se dará a
comunicação entre a cadeia logística. Segundo Portella(2001) padronizar medicamentos
significa escolher, segundo determinadas especificações, aqueles que atendam às necessidades
de cobertura terapêutica da população que se deseja tratar, atendidos os critérios do Ministério
da Saúde e observadas peculiaridades de cada hospital, já que cada unidade de saúde é um
caso particular, com suas equipes e perfis.
13
Após a padronização, de acordo com Dias (1993), pode-se recorrer a diferentes técnicas para
a gestão dos estoques, visando separar os medicamentos em grupos ou classes e um desses
métodos é a Classificação ABC. A selecção de medicamentos tem como produto o elenco de
medicamentos fornecidos pelo hospital e as directrizes e estratégias que garantam sua
adopção, se não há selecção, não há como determinar o que deve ser programado e comprado.
Falhas da logística e da selecção podem acarretar desperdícios de recursos humanos e
financeiros, dificultando ou impedindo o adequado fornecimento dos medicamentos. O
excesso de produtos não padronizados em detrimento da padronização desestrutura a
assistência farmacêutica no hospital e, aumentando o consumo do medicamento que não está
incluso no elenco de produtos, aumenta a possibilidade de perda por vencimento do
medicamento padrão, prejudicando a programação de compras desses medicamentos.
2.8.2 Programação
Os hospitais são organizações orientadas por recursos que a própria organização deverá
prover, de maneira geral, quem dá origem ao processo são os médicos, por meio das
prescrições médicas, e os farmacêuticos, que são responsáveis pela programação, aquisição e
dispensação dos produtos.
Os principais problemas na gestão de estoque da farmácia hospitalar estão relacionados com a
falta de informações e dados logísticos confiáveis para subsidiar uma adequada programação
de compra que seja condizente com a realidade de consumo no hospital, visando evitar
rupturas frequentes de estoque e desabastecimento.
2.8.3 Aquisição
14
instituições públicas, a licitação pública é o instrumento legal que visa atender à necessidade
do interesse público em contratar com os demais agentes económicos (BRASIL, 1998)
Quando se tem um sistema de qualidade, a terapia dos pacientes tem ênfase. Um sistema de
distribuição de medicamentos deve ser: racional, eficiente, económico, seguro e deve estar de
acordo com o esquema terapêutico prescrito. Os objectivos desse sistema são reduzir os erros
de medicação, racionalizar a distribuição, aumentar o controlo, reduzir os custos dos
medicamentos e aumentar a segurança para os pacientes (CAVALLINI; BISSON,2002)
Estes problemas podem estar relacionados com a prática profissional, com procedimentos ou
sistemas de atenção à saúde, incluindo falhas na prescrição, nomenclatura, preparação,
dispensação, distribuição, administração, educação, seguimento e utilização (ROSA;
PERINI,2003).
2.8.6 Dispensação
15
Milhares de prescrições são geradas anualmente, as quais, principalmente nos serviços
públicos de saúde, geram inúmeros problemas como erros de transcrição, de habilidade,
abreviaturas inadequadas, prescrições incompletas ou ambíguas, prejudicando a qualidade de
vida dos pacientes (SILVA, 2007). Sendo assim, tem-se a necessidade de adoptar ou mesmo
elaborar mecanismos de segurança direccionados ao sistema de medicação.
2.8 O papel do farmacêutico hospitalar
Na década XX, os três períodos que consideraram mais importante na função farmacêutica
são: tradicional, o desenvolvimento da atenção ao paciente e a transição. O tradicional obteve
o desenvolvimento através dos boticários em sua função de preparo e vendas dos
medicamentos, prestando orientações aos seus pacientes e comumente prescrevendo
medicamentos. A segunda etapa á de transição retornou a atenção farmacêutica
principalmente para manipulação e produção farmacológica, onde os países subdesenvolvidos
ofereceram uma atenção industrial maior em desenvolvimento de novos fármacos. (VIEIRA,
2007).
Actuação do farmacêutico na farmácia hospitalar vai além do controle de estoque eda
dispensação de medicamentos. Este é responsável por todo o ciclo de
assistênciafarmacêuticaegestãodomedicamento,garantindoousoracionalesegurodosmedicamen
tos,comodemonstrado na Figura 2.
16
Fonte.Corre CJ etal,2011.
Inseridonessecontexto,esteprofissionaléhabilitadoparaasactivadadesenvolvendoafarmáciahosp
italar,como, na gestãodetodaafarmácia,alémdaparticipação em diferentes comissões,
manipulação de medicamentos, dentre eles,
osquimioterápicos,farmáciaclínica,educaçãoemsaúde,pesquisa,entreoutros(MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 1994). A actuação do farmacêutico nos hospitais se dá
pelodesenvolvimentodassuasactividadesenvolvendoociclodaassistênciafarmacêutica.
Tem como principal objectivo o profissional farmacêutico no âmbito hospitalar, possibilitar
que o paciente melhore, observando-se o custo efectivo através do fármaco e seu uso correcto,
entre outras funções são:
1°- Se actualizar para levar aos profissionais da instituição, avaliação educação e consultoria
sobre as questões que envolvem materiais e medicamentos até mesmo a pesquisa clinica.
2°- Montar o formulário terapêutico devidamente actualizado.
3°- Desenvolver programas e procedimentos de custo-efectividade dos medicamentos, para
fornecer uma terapia segura e eficaz.
4°- Actualizar profissionais através de programas de educação continuada sobre a utilização
de medicamentos.
5°- Estar presente nas avaliações de qualidade associadas a distribuição, administração e a
utilização de medicamentos.
6°- Obter informação diária sobre reacções adversas nos pacientes pelo uso de
medicamentos, assim desenvolver recomendações para evita-las.
7°- Orientar para um uso racional de medicamentoso.
8°- Gerenciar a equipe de distribuição de matérias e medicamentos na farmácia hospitalar.
9°- Orientar a comissão de farmácia hospitalar sobre custo e o beneficio em compras, levando
em consideração a eficácia, segurança, qualidade e o custo, sendo uma das tarefas, mas
difíceis, tendo que ter muita atenção e cautela em suas decisões. (MARQUES, ZUCCHI,
2006).
Dentre as principais actividades farmacêuticas são: selecção, recepção e armazenamento,
preparação, controle, distribuição, informação e farmacovigilância, farmacocinética e
farmácia clínica. Sendo assim a assistência farmacêutica fazendo parte da Política Nacional da
Saúde, desenvolvendo promoções voltada protecção e recuperação da saúde. (TORRES;
CASTRO; PEPE, 2007).
17
O farmacêutico executa a monitorização terapêutica averiguando a posologia, a interacção do
medicamento com alimento, outros fármacos ou com alguma patologia, a indicação
terapêutica, a via de administração e os efeitos adversos. Nos Estados Unidos, essa actividade
está aumentando e o farmacêutico executando um papel importante, contribuindo com os
médicos na prestação de trabalhos associados ao monitoramento de doenças ou tratamento
medicamentoso. Entretanto, no Brasil, os farmacêuticos estão mais dirigidos para funções
administrativas. (FINATTO; CAON; BUENO, 2012).
O farmacêutico hospitalar apresenta um papel importante no desenvolvimento e na introdução
de processos que possam precaver os erros medicamentosos. Assim ele representa papel
importante em todas as etapas do processo que envolve o medicamento dentro do hospital.
Estudos relatam que existe um impacto muito positivo na diminuição dos erros, nas
orientações sobre as medicações, naprevenção, e nos gastos com o tratamento do paciente
quando há inserção do profissional farmacêutico clinico na equipe de saúde. (CAVALLINI;
BISSON, 2010).
A função do farmacêutico na prevenção ou resolução dos problemas associados aos
medicamentos poderá realizar-se antes mesmo do medicamento ser prescrito, colaborando
com os demais membros da equipe de saúde na elaboração de protocolos e guias clínicos, e
ainda na avaliação do cumprimento destes por meio de pesquisas de utilização de fármacos.
Uma vez que a prescrição já tenha sido feita o farmacêutico poderá agir por meio do
acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico, através da revisão do perfil
farmacoterapêutico do paciente e das prescrições médicas. (NETO, 2005).
No acompanhamento farmacoterapêutico, o farmacêutico examina as necessidades do
paciente e estabelece prováveis problemas associados com medicamentos e, se existir,
trabalha com o usuário e outros profissionais de saúde para estabelecer, introduzir e
supervisionar um plano de cuidado. Este deve ser um ciclo regular de actividades, com a
função de solucionar e prevenir problemas associados com a utilização de fármacos e garantir
que o usuário tenha uma terapêutica medicamentosa segura e eficiente. (GUERRA JÚNIOR,
2009).
Além disso, o serviço do farmacêutico no acompanhamento farmacoterapêutico juntamente
com o médico e orientação ao paciente, por interferência na prescrição e na administração de
fármacos, aumenta a aceitação ao tratamento, diminui o taxa de erros de prescrição e o
número de prescrições. E ainda, amplia o encaminhamento dos usuários a trabalhos de menor
complexidade assistencial e reduz o número de hospitalização. (MÉLO, 2015).
18
O farmacêutico é visto como o profissional do medicamento, e deve sempre estar inserido na
equipe multiprofissional. Com intervenção farmacêutica, é provável que o paciente obtenha
melhora na terapia e quando documentada possibilita a avaliação da qualidade através de
indicadores, o mesmo podem ser utilizados para mostrar a importância do farmacêutico na
assistência. Para efectuar com qualidade é fundamental que os sistemas estejam
sistematizados e padronizados para que possa ampliar e definir esse processo de trabalho em
vários campos de actuação e em outras instituições hospitalares. (FINATTO; CAON;
BUENO, 2012).
O farmacêutico está introduzido no Programa de Controle de Infecção Hospitalar e Comissão
de Controlo de Infecção Hospitalar. Por meio da farmácia hospitalar realiza-se a verificação
da utilização de germicidas e saneantes em diferentes lugares do hospital e monitorizar os
antimicrobianos. O monitoramento da infecção hospitalar é de responsabilidade dos
profissionais de saúde, e a função do farmacêutico é diminuir o número de infecções por meio
do uso correto de antimicrobianos e da instrução permanente para pacientes e profissionais da
saúde. (SANTANA; OLIVEIRA; NETO, 2014).
19
III METODOLOGIA
3.1Tipo de estudo
3.2Local do estudo
3.3População
3.4Variáveis em estudo
Variáveis sociodemográficas:
Idade,
Género,
Categoria profissional,
Tempo de serviço
Descrever o conhecimento dos farmacêuticos sobre gestão de farmácia hospitalar e a
fonte de informação;
Identificar o modelo de gestão aplicado nesta farmácia, método utilizado para evitar as
perdas de medicamentos;
Descrever o modelo de controlo de estoque e os prazos de validades;
20
3.5Critérios de inclusão
3.6Critério de exclusão
3.7Aspectos éticos
O estudo será realizado no Hospital Josina Machele cumpriremos todos aspectos éticos.
21
IV.CRONOGRAMA de ACTIVIDADE
V.ORÇAMENTO
22
VI REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
23
Direcção-Geral de Saúde. Divisão de Doenças Transmissíveis (2005). Programa Nacional
de Vacinação 2006, DGS, Lisboa.
DRUMMOND, Helga, Movimento pela qualidade, São Paulo: LitteraMundi, 1998.
DUPIM, José Augusto Alves. Assistência farmacêutica: um modelo de organização. Belo
Horizonte: SEGRAC,1999.
GARVIN, David A., Gerenciando a qualidade: a visão estratégica e competitiva, Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2002;
HRAQDESKY. J. Aperfeiçoamento da qualidade e produtividade. São Paulo:
MakronBooks, 1997. KOTLER, K; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 9 ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2003.
INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (2007).
Prontuário Terapêutico, 7ª ed., Infarmed, Lisboa.
ISHIKAWA, Kaoru, Controle da qualidade a maneira japonesa. Rio de Janeiro: Campos,
1993; JURAN, J. M.; Planejamento para a Qualidade; 2ª Ed. São Paulo: Pioneira. 1992.
LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade, Fundamentos de metodologia
científica,3ªEd. São Paulo: Atlas, 1991;
KURGANT, Paulina; Administração em enfermagem,1ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 1991;
LANDAN, R. Tecnological, capital formaltoand U.S. competitiveness:
internationalproductivityandcompetitiveness. New York: Oxford UniversityPress, 1992.
LAS CASAS, Alexandre L. Marketing de Serviços. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2006.
LONGENECKER, J.; MOORE, C.; PETTY, J.W. Administração de pequenas empresas.
São Paulo: MakronBooks, 1997. MEARS, P. How to stop talkingabout,
andbeginprogressqualitymanagement..BusinessHorizons, Greenwich, v.35, 1993, p. 65-68.
MALAGÓN-LONDONÕ, G.; GALAN MORERA, R.; PONTÓN LAVERDE, G.
Administraciónhospitalaria. Bogotá: Panamericana,1996.
Manuila, L., Manuila, A., Lewalle, P. andNicoulin, M. (2000). Dicionário Médico, 1ª ed.,
Climepsi Ed. Lisboa.
MIRANDA, Roberto Lira. Qualidade total: rompendo as barreiras entre a teoria e a prática.
2 ed. São Paulo: MakronBooks, 1994.
SANTOS, G. A. A. Gestão de farmácia hospitalar. São Paulo: Senac, 2010.
Santos, H., da Cunha, I., Coelho, P., Cruz, P., Botelho, R., Faria, G., etal. (2009). InBoas
Práticas Farmacêuticas para a Farmácia Comunitária. Lisboa: Ordem dos Farmacêuticos.
24
Santos, M. R. (2010). A Comunicação com o Utente no AconselhamentoFarmacêutico.
Dissertação, Porto.
SIMÕES J., BIANCHI L. R. O. Prevalência da Síndrome de Burnoute qualidade do sonoem
trabalhadores técnicos de Enfermagem. Revista Saúde e Pesquisa, v.9, n.3, p.473-81,set.-
dez.2016.
25