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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

TRABALHO DE FIM DO CURSO DE LICENCIATURA EM


CARDIOPNEUMOLOGIA

REALIZADA POR:
JOANA MENDES GASPAR

PERFIL HIPERTENSIVO EM PACIENTES COM INSUFICIENCIA RENAL


ATENDIDOS NO SERVIÇO DE NEFROLOGIA DO HOSPITAL AMÉRICO BOA
VIDA NO ANO DE 2021.

ORIENTADOR: LIC. ANTÔNIA VATÚSIA M. MARTINS

LUANDA /2022
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE
TRABALHO DE FIM DO CURSO DE LICENCIATURA EM
CARDIOPNEUMOLOGIA

PERFIL HIPERTENSIVO EM PACIENTES COM INSUFICIENCIA RENAL


ATENDIDOS NO SERVIÇO DE NEFROLOGIA DO HOSPITAL AMÉRICO BOA
VIDA NO ANO DE 2021.

APRESENTADA POR:
JOANA MENDES GASPAR

ORIENTADOR: LIC. ANTÔNIA VATÚSIA M. MARTINS

LUANDA / 2022
EPÍGRAFE

“ Legado não é o que você deixa para as pessoas


e, sim o que você deixa nas pessoas”.
(Autor Desconhecido)

I
DEDICATÓRIA

Dedico o presente

II
AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus por nunca ter me deixado nos momentos difíceis e por me permitir
chegar até aqui, pelo dom da vida a mim concedido.
Aos professores e supervisores que transmitiram seus ensinamentos e experiencias
com a finalidade de tornar-nos profissionais embasados e mais humanos. Em
especial meu muito obrigada, a minha orientadora que se fez disponível em me
ajudar e orientar ao longo desse trabalho e no mundo da pesquisa.

III
RESUMO

A doença renal apresenta complicações agudas e crônicas e tem levado seus


portadores a buscarem cada vez mais o serviço de urgência. As medidas
preventivas e o diagnóstico precoce são condutas relevantes no manejo desta
doença. Foi realizado um estudo descritivo retrolectivo com abordagem
qualiquantitativa com objectivo de descrever o perfil Hipertensivo em pacientes com
insuficiencias renais atendidos no serviço de nefrologia do Hospital Americo Boa
vida aono 2021. RESULTADOS: a faixa etária com maior predomínio foi dos 40 aos
44 anos com 52%, 70% eram do género masculino, Quanto ao estado civil 62%
eram solteiros, e quanto ao nível académico 50% tinham o ensino médio, quanto a
profissão 50% tinham outras profissões, sobre o tempo de internamento 38%
ficaram internados 48h, quanto principais causas 55% tinham hipertensão arteria,
sobre a terapia 76% tinham hemodiálise, sobre a condição de saída 63% tiveram
alta melhorada.

Palavras–Chave: I. Perfil II. hipertensão III. insuficiencia renal IV. serviço de


nefrologia

IV
ABSTRAT

V
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico -1 Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no Hospital
Americo boa vida, segundo a idade.............................................................…..…….29

Gráfico2˗ Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no Hospital


Americo boa vida, segundo o género..............................................………….……….....30
Gráfico-3 Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no Hospital
Americo boa vida, segundo o estado civil..........................................…………..........31
Gráfico-4 Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no Hospital
Americo boa vida, segundo o nível académico.............................................……….......32
Gráfico-5 Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no Hospital
Americo boa vida, segundo o segundo a profissão.......................….........................33
Gráfico-6 Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no Hospital
Americo boa vida, segundo o segundo o tempo de internamento.............................34
Gráfico-7 Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no Hospital
Americo boa vida, segundo o segundo as principais causas.………….................... 35
Gráfico8˗ Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no Hospital
Americo boa vida, segundo o segundo o método da terapia.…............................... 36
Gráfico 9˗ Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no Hospital
Americo boa vida, segundo a condição de saída..............................................…….....37

VI
LISTA DE ABREVIATURAS

AMBc Área Muscular do Braço Corrigida


CB Circunferência do Braço
CMB Circunferência Muscular do Braço
DCNT Doenças crônicas não transmissíveis
DCT Dobra Cutânea Tricipital
DCV Doença Cardiovascular
DM Diabetes Mellitus
HAS Hipertensão Arterial Sistêmica
HD Hemodiálise
IMC Índice de Massa Corporal
IRC Insuficiência Renal Crônica
OMS - Organização Mundial da Saúde
PAD - Pressão Arterial Diastólica
PAS - Pressão Arterial Sistólica
PAS Pressão Arterial Sistólica
WHO World Health Organization

VII
ÍNDICE

DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO.............................................................................................................9
Formulação do problema............................................................................................11
Justificativa…………………….……………….……….....…………......………………...12
Objectivos de estudo .................................................................................................13
2.METODOLOGIA…..................................................................................................14
2.1 Tipo de estudo......................................................................................................14
2.2 Variaveis em estudo.............................................................................................14
2.3 População em estudo..........................................................................................14
2.4 Critérios de inclusão e exclusão...........................................................................14
2.5 Local de estudo....................................................................................................14
2.6 Instrumento de investigação.................................................................................14
2.7 .Considerações éticos..........................................................................................15
2.8 Procedimentos de recolha de dados...................................................................15
4.9 Procedimento de análise e processamento de dados.........................................15
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................16
3.1 Definição de termos e conceitos............................................................-.............16
2.2 Anatomia e fisiologia dos rins..........................………………..……………........…17
3.3 Prevalência.....……………………………..……...………………...……………..…..18
3.4 Incidência......………………..………….………………………………...………..…..19
3.5 Fisiopatologia da insuficiência renal crónica...............……………...………….….19
3.6 Epidemiologia........……………………..………………………………………….…..21
3.7 Causas da IRC..........…...………….………………………………………………….21
3.8 Manifestações clínicas........................…………………..………………….………22

3.9 Estágio da doença renal crónica…….………….…………....................…..22

VIII
3.10 Tratamento..........................................................………………………….……...24
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................28
6. CONCLUSÕES......................................................................................................40
7. CONSIDERAÇÕES GERAIS.................................................................................41
8. SUGESTÕES.........................................................................................................42
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................43
ANEXO

IX
INTRODUÇÃO

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são a principal causa de


morbimortalidade, correspondendo a 63% das causas de morte no mundo, dentre
entre as quais, destacam-se as doenças cardiovasculares que são responsáveis por
cerca de um terço das mortes globais. Nesse contexto, a hipertensão arterial
sistêmica (HAS) é a doença circulatória mais prevalente e frequentemente associada
às alterações metabólicas (MALTA et al., 2017).
A doença renal crónica constitui atualmente um problema de saúde pública.
(RYAN et al., 2007). É uma doença decorrente da perda progressiva e irreversível
das funções dos rins, tanto em nível glomerular quanto em nível tubular e endócrino,
que conduz ao desequilíbrio homeostático do meio interno do organismo em sua
fase mais avançada (ROMÃO JUNIOR et al., 2004)
A Insuficiência renal crônica pode ser tratada inicialmente por meio de
medidas terapêuticas conservadoras, como: tratamento dietético, medicamentoso e
controle da pressão arterial. A indicação do programa dialítico será feita quando o
tratamento conservador não é capaz de manter a qualidade de vida do paciente
renal e quando há o surgimento de sinais e sintomas importantes de uremia
(THOMÉ et al.,2007). Mudanças de ordem nutricional em pacientes submetidos à
hemodiálise devem ser precocemente diagnosticadas e corrigidas, no qual sua
presença pode piorar a evolução clínica da doença, favorecendo o aparecimento de
quadros infecciosos e inflamatórios, dificultando a realimentação do paciente,
consequentemente aumentando o tempo de permanência hospitalar, morbidades e
mortalidade e piorando a sua qualidade de vida (ZAMBOM et al., 2001).
A expressão Insuficiência Renal Crônica é uma síndrome clínica causada pela
perda progressiva e irreversível das funções renais. Caracteriza-se pela deterioração
das funções bioquímicas e fisiológicas de todos os sistemas do organismo,
secundária ao acúmulo de catabólitos (toxinas urêmicas), alterações do equilíbrio
hidroeletrolítico e ácido básico, hipovolemia, hipercalemia, hiperfosfatemia, anemia e
distúrbio hormonal, hiperparatireoidismo, infertilidade, retardo no crescimento, entre
outros (RIELLA, 2003). Do ponto de vista prático, considera-se IRC quando a
depuração de creatinina encontra-se abaixo de 50 ml/ minuto e IRC terminal quando
a depuração da creatinina estiver menor que 10 ml/ minuto. Nesse ponto, faz-se

10
necessário a terapia de substituição da função renal para sobrevivência do paciente
(ABENSUR, MARTINS citado por RIELLA, MARTINS, 2001).
A hipertensão arterial é uma das principais causas de insuficiência renal
crônica e a associação dessas duas situações clínicas aumenta consideravelmente
e levando aos apaciente ao tratamento conservador ou dialítico, determinando um
quadro grave de lesão renal, de natureza microvascular, caracterizada por
proliferação miointimal ou necrose fibrinóide, a nefrosclerose maligna Esse quadro
pode acarretar, com grande freqüência e em pouco tempo, se a hipertensão não for
tratada, um quadro de insuficiência renal crônica (IRC) terminal.
Porém é importante ressaltar que a insuficiência renal também tem se
mostrado incidente em uma população mais jovem devido condutas adotadas que
podem comprometer a qualidade de vida da população como, alimentação,
tabagismo, sedentarismo entre outras práticas que favorecem o aparecimento de
doenças de base (SILVA et al, 2011).

11
PROBLEMÁTIZAÇÃO E IDENTICAÇÃO DA PERGUNTA PESQUISA

Segundo o coordenador do Programa Nacional das Doenças Crónicas não


Transmissíveis, António Armado, em entrevista  exclusivo ao Jornal de Angola, em
alusão ao Dia do Doente, disse que a hipertensão arterial continua a ser a principal
causa de morte, no mundo, provocando, em média, 17,5 milhões de pessoas todos
os anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"A incidência da hipertensão em Angola”, disse que existe um conjunto de
situações que concorrem para o surgimento da hipertensão, tal como factores
socioeconómicos, stress, sedentarismo, genética e estilo de vida que muitos tendem
em aderir.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 51% das mortes por
Acidente Vascular Cerebral (AVC) e 45% das mortes relacionadas com problemas
cardíacos decorrem da hipertensão. A OMS estima que, até 2030, as doenças
cardiovasculares serão responsáveis pela morte de 23,6 milhões de pessoas, em
todo o mundo.
Diante desse contexto, o estudo buscará responder ao seguinte problema de
investigação: Qual é o perfil hipertensivo em pacientees com insuficiencia renal
atendidos no serviço de nefrologia do hospital américo boa vida no ano de
2021?

12
JUSTIFICATIVA

A escolha do tema foi com o intuito de esclarecer como profissional usando os


meus conhecimentos, para ajudar a minimizar a hipeternsão arterial sendo problema
de saúde pública que quando não tratada conduz a várias doenças degenerativas,
como insuficiência cardíaca congestiva, nefropatia em estágio terminal e doença
vascular periférica. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a hipertensão
arterial (HTA) representa um problema de saúde extremamente prevalente em todo
mundo. Requer-se que a população geral a conheça para obter a detecção oportuna
e assim ter melhor controlo das cifras tensionais.
A prevalência da hipertensão como factor de risco para doença renal tende a
aumentar como decorrência do na população angolana, tornando um problema de
saúde pública a nível nacional. Este estudo tem importância no âmbito da saúde
pública, por se tratar de um problema presente em nossa população.
O que se pretende com esta pesquisa, é lançar um novo olhar sobre
possíveis impactos que a doença e tratamento trazem para a qualidade de vida dos
pacientes hipertensivo com insuficiencia renal, bem como trazer contribuições para a
ciência, especialmente para a área da saúde pública na perspectiva de se criar
estratégias que contribuam para melhoria da assistencia que repercutirá em
elevação da qualidade de vida dos pacientes com insuficiencia renal.

13
OBJECTIVOS DE ESTUDO

Objectivo Geral
Descrever o perfil Hipertensivo em pacientes com insuficiencias renais
atendidos no serviço de nefrologia do Hospital Americo Boa vida aono 2021.

Objectivo Específicos
1. Caracterizar a população de acordo com os dados sociodemográficos: Idade,
género, nível académico, ocupação;
1. Avaliar o tem de internamento de pacientes com insuficiência renal, e as
principais causas da insuficiência renal.
2. Descrever o tipo de terapia e a condição de saída do paciente.

14
METODOLOGIA
2.1 Tipo de estudo
Foi realizado um estudo descritivo retrolectivo com abordagem
qualiquantitativa.

2.2 Variáveis de Estudo


Variável dependente: Perfil hipertensivo em pacientees com insuficiencia
renal.
Variável independente: idade, sexo, nível de escolaridade e proveniência.

2.3 Objecto do Estudo


A população em estudo foi constituído pelo universo de prontuários dos
pacientes com hipertensão no Hospital Américo Boavida. Para este estudo foram
revisados 112 amostra de prontuários clínicos que corresponderam ao universo de
doentes com hipertensão no período em estudo.
O estudo foi constituido por um universo de 112 dos prontuários dos pacienes
com insuficiência renal, constituindo uma amostra de 112 prontuários.
Critérios de inclusão: foram incluídos no estudo todos os prontuários dos
pacientes internados no II Semestre de 2021.
Critérios de exclusão: foram excluídos no estudo todos os prontuários dos
pacientes internados após o II Semestre.
Local de Estudo: O estudo foi realizado no Hospital Américo Boavida,

localizado no distrito do Rangel, provincial de Luanda. Geograficamente o Hospital

Américo Boavida encontra-se limitado ao Norte pelo Bairro Marçal, Sul Avenida Hoji-

ya Henda (ex-avenida Brasil), Este Rua da Brigada, e Oeste pela Igreja Universal e

Metodista Unida Bethel. Trata-se de uma unidade que presta assistência de nível

terciário no Sistema Nacional de Saúde, que funciona 24h por dia, assistindo utentes

de várias faixas etárias e com distintas patologias.

15
2.4 Instrumento de investigação
Na selecção do instrumento da colheita de dados, tevemos em consideração
os objectivos do estudo e as características da população. Foi realizado através dos
prontuários dos pacientes do Hospital Américo Boavida a recolha do maior volume
de informação possível. Para análise dos resultados será aplicada a Estatística
Descritiva.

2.5 Considerações Éticas


Para que a investigação efectuada respeite as questões de índole ética e
moral, foram tomadas medidas preventivas de modo a garantir a protecção dos
directos dos sujeitos envolvidos no estudo.
Não exigimos a identificação dos pacientes, garantindo assim que as
informações ficassem em sigilo. Esclarecemos como iríamos proceder em relação à
pesquisa, os objectivos, a metodologia, o porquê da pesquisa. Depois de todos os
esclarecimentos feitos, pedimos o consentimento para participar da pesquisa e, para
tanto solicitamos que o fizessem por escrito.
O projecto foi submetido, à aprovação pelo Conselho Científico do Instituto
Superior Politécnico Alvorecer da Juventude, após sua aprovação, foi enviada à
direcção do hospital uma solicitação de autorização para a recolha de dados, depois
de ser autorizado, começou a recolha de dados de acordo com os objectivos,
sendo, como requisito parcial para elaboração desta monografia.

2.6 Processamento e Tratamento das Informações


Para a análise e tratamento das infarmações foi organizado um banco de
dados criado em planilhas electrónicas com auxílio do Software Microsoft Office
Word para a digitalização dos textos, Excel para a elaboração de tabelas,
buscando-se as associações entre as variáveis que foram analisadas e
apresentadas em gráficos uni-variados e bi-variados por meio de frequência
absoluta e relativa simples, através do Power Point, e os resultados foram
divulgados em Percentagem (%).

16
CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Definição de termos e conceitos

A Hipertensão Arterial (HA) é uma doença definida pelos níveis pressóricos


arteriais elevados de maneira sustentada e, geralmente, sendo sua etiologia
multifatorial. Fatores genéticos/epigenéticos, ambientais e sociais levam ao aumento
da pressão arterial (PA), o que geram danos em vasos, cérebro, rins e coração. Sua
sintomatologia, em sua grande maioria, é silenciosa e é uma das causas de agravos
em decorrência do retardo em seu diagnóstico, assim como dificulta a adesão do
paciente a terapêutica adequada (BRASIL, 2020).
A hemodiálise é o tratamento terapêutico mais utilizados na DRC e é
acompanhado de inúmeras restrições de vida tais como, restrições alimentares, de
atividades diárias básicas, e sociais. A forma ativa do tratamento é realizada em
hospitais ou unidades especializadas, onde o paciente o necessita dispor de cerca
de quatro horas por dia, durante três vezes por semana, o que implica diretamente
na sua qualidade de vida (ROSA; LOURES, 2013)
Os rins são órgãos do sistema urinário relacionados, entre outras funções,
com o controle da concentração de substâncias no nosso sangue. Eles possuem
múltiplas funções no organismo, entre elas a formação da urina, excreção de
produtos de degradação, homeostase hídrica e eletrolítica, controle da Pressão
Arterial (PA), filtração do sangue retirando resíduos de degradação do metabolismo,
eliminação de líquidos, produção de hormônios entre outros (BRASIL, 2011).
Os rins são órgãos fundamentais para a manutenção da homeostase do
corpo humano. Assim, não é surpresa constatarmos que, diminuição progressiva da
função renal, implique em comprometimento de essencialmente todos os outros
órgãos. A função renal é avaliada pela filtração glomerular (FG) e a sua diminuição é
observada na Doença Renal Crônica (DRC), associada a perda das funções
regulatórias, excretórias e endócrinas do rim. Quando a FG atinge valores muito
baixos, inferiores a 15 mL/min/1,73m, estabelece-se o que denominamos falência
funcional renal (FFR), ou seja, o estágio mais avançado do continuo da perda
funcional progressiva observado na DRC.

17
3.2 Anatomia e Fisiologia dos rins

Além da óbvia função de eliminar os produtos indesejáveis do metabolismo, os


rins são essenciais à manutenção, dentro de limites estreitos, das dimensões e da
composição físico- química do organismo: mantêm constantes o volume extracelular
(VEC), a concentração de eletrólitos, a acidez e a pressão osmótica do meio interno
e provavelmente a pressão arterial, além de exercer as funções de uma verdadeira
glândula endócrina, produzindo eritropoietina e a forma ativa da vitamina D (RIELLA,
2010).
As inúmeras funções dos rins como do controle da pressão arterial, excreção
de metabólitos, produção de hormônios, controle do equilíbrio hidroeletrolítico e do
metabolismo ácido básico, torna os rins imprescindível no controlo da homeostase
do organismo humano (BRASIL, 2014).
Os rins são órgãos pares, de coloração marrom-avermelhada que lembram a
forma de um grão de feijão, coberto por uma membrana fibromuscular fina
chamada de cápsula renal. Apresentam superfícies anteriores e posteriores, bordas
mediais (côncavas) e laterais (convexas) e polos superiores e inferiores. Nas bordas
mediais localiza-se o hilo, que é onde se encontram a artéria e a veia renal, os vasos
linfáticos, plexos nervosos e ureter, este se expande dentro do seio renal formando
a pelve e por fim o ducto coletor (FERMI, 2011).
Cada rim possui aproximadamente um milhão de néfrons, que não são
idênticos entre si. Dependendo da localização, os néfrons apresentam pequenas
variações, necessárias para a otimização de seu funcionamento. Além disso, o rim
possui uma reserva funcional importante, podendo manter a sua capacidade quando
até 75% de seu tecido se encontrar destruído (RIELLA, 2010).

Figura 1 - Anatomia do rim, Fonte: http://www.infoescola.com/sistema-urinario/rim/.

18
Os portadores de Diabetes, por apresentarem sintomas como poliúria,
polidípsia e polifagia, têm um maior agravante para a diminuição da função renal já
diminuída. Já os hipertensos que apresentem uma alteração da pressão arterial
acima de 140/90Mm/hg mercúrio também correm o risco de complicações a nível
renal (BRASIL, 2014).
Busato (2011) refere que o rim perde de 25% a 75% das suas capacidades
funcionais, sem causar maiores danos ao paciente, mas quando esta perda atinge
mais de 75% começam a surgir sinais e sintomas devido às alterações funcionais.
De acordo com A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2014), os rins
possuem uma função primordial no equilíbrio químico do nosso organismo. A
sobrevivência do organismo humano depende essencialmente dos rins e ele é
responsável por quatro funções no organismo: Eliminação de toxinas do sangue por
um sistema de filtração; regulação da formação do sangue e dos ossos; Regulação
da pressão sanguínea; controle do balanço hidroeletrolítico do organismo.
Conforme Riella (2010), a capacidade de excreção e regulação da água
corporal, de minerais e de compostos orgânicos são as funções mais importantes do
rim. Sem a função excretora, os pacientes raramente sobrevive,m mais que quatro a
cinco semanas e com frequência menos que dez dias, sobretudo na presença de
hipercatabolismo.
3.3 Prevalência
O Registo Americano revela uma incidência de IRC em 2001 foi de 308
pacientes por milhão de habitantes, com uma prevalência (isso é o número de
pacientes recebendo tratamento dialítico) de cerca de 1.200 pacientes/milhão. Estes
números apresentam grande variação de acordo com o país. O Japão apresenta a
maior prevalência de pacientes em tratamento dialítico, com cerca de quase 1.600
pacientes/milhão. Desde 1984, o crescimento anual de pacientes em diálise nos
Estados Unidos tem sido de 8,7% (Sociedade Brasileira de Nefrologia 2001).
A sociedade supracitada diz que infelizmente não há dados fidedignos no
Brasil sobre a incidência e a prevalência de insuficiência renal crónica terminal. De
acordo com o censo realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, cerca de
49.000 pacientes encontravam-se em tratamento dialítico no Brasil ao final do ano
de 2001. Se considerarmos a população total estimada no censo de 2000 de 170

19
milhões de habitantes, o Brasil apresenta uma prevalência de 288 pacientes por
milhão de habitantes.
3.4 Incidência
A incidência, ou seja, o número de pacientes que entram no programa dialítico
por ano, é estimada em 70 por milhão, o que indicaria uma entrada de 11.900
pacientes novos por ano em tratamento dialítico. Estes dados revelam que há no
Brasil um considerável número de pacientes que não estão sendo identificados a
tempo de receber o tratamento indicado.
A IRC é uma doença comum, com múltiplas causas, e com rápido
crescimento na sua prevalência principalmente em países desenvolvidos, onde a
diabetes e hipertensão arterial passaram a ser as principais causas de IRC,
aumentando a morbi-mortalidade dos pacientes (USRDS DATA, 2002).

3.5 Fisiopatologia da Insuficiência Renal Crónica


Os rins são órgãos fundamentais para a manutenção da homeostase do
corpo humano. Assim, não é surpresa constatarmos que, com a queda
progressiva do ritmo de filtração glomerular (RFG) se observe na insuficiência
renal crónica (IRC) uma consequente perda das funções regulatórias, excretórias
e endócrinas, comprometimento essencialmente a função de todos os outros
órgãos do organismo. Quando a queda do RFG atinge valores muito baixos,
geralmente inferiores a 15 mL/min, estabelece-se o que tem sido denominado
como falência funcional renal (FFR), isto é, o estágio mais avançado e
permanente de perda funcional progressiva do rim (BASTOS, et al, 2004).
As causas ou etiologias do IRC podem ser divididas em três grupos: 1)
doenças primárias dos rins; 2) doenças sistémicas que também acometem os
rins; e 3) doenças do trato urinário ou urológico. A frequência das etiologias
variam de acordo com a faixa etária e com a população de renal crónicos
estudada em diálise ou não (MARQUES, PEREIRA & RIBEIRO, 2005).
A IRC é ocasionada por distúrbios dos vasos sanguíneos, dos glomérulos,
dos túbulos, do interstício renal e das vias urinárias inferiores. Pode ser por:
distúrbios metabólicos, como diabetes melito e amiloidose; distúrbios vasculares
renais, como a aterosclerose e a nefrosclerose-hipertensão; por distúrbios
imunológicos, como glomerulonefrite, poliarterite nodosa e lúpus eritematoso;

20
infecções, como pielonefrite e tuberculose; distúrbios tubulares primários
causados pelas nefrotoxinas de analgésicos e metais pesados; obstrução do trato
urinário por cálculos renais, pela hipertrofia da próstata e constrição uretral; e por
distúrbios congénitos, como a doença policística e a ausência congénita de tecido
renal, a hipoplasia renal (GUYTON, HALL, 2002).
Com o aumento das lesões renais, a progressiva deterioração da função renal
e diminuição excessiva das funções dos néfrons, levam necessidade de submeter os
paciente com IRC a um tratamento com diálitico ou transplante renal para que possa
sobreviver a essa perda progressiva da função renal (GUYTON, HALL, 2002).
De acordo o mesmo autor no mesmo ano Há, apenas, um único método para
reduzir a perda progressiva das funções nefroticas, que consiste em baixar a
pressão arterial e a pressão hidrostática glomerular, que é através da administração
de fármacos, como os inibidores da enzima conversora de angiotensina ou
antagonistas da angiotensina.
A diversidade de causas, o imprevisível curso clínico e o aumento do
conhecimento das condições que podem exacerbar ou retardar a progressão da IRC
sugerem que a esclerose glomerular não pode ser atribuída a uma simples
aberração na fisiologia glomerular. No entanto, a justaposição das observações
clínicas e experimentais está começando a produzir um padrão. Agentes ou
condições de injúria do epitélio glomerular tendem a causar a esclerose glomerular
(KLAHR, SCHREINER & ICHIKAWA, 1988).
De acordo os autores acima supra citados agentes ou condições que induzem
a curto ou a longo prazo a activação das células mesangiais podem conduzir a
esclerose glomerular. De fato, a contribuição de um epitélio saudável pode ser como
um inibidor tônico do processo intraglomerular decorrentes da ativação da célula
mesangial. A ativação de longo prazo do mesangio está associada com a
proliferação e infiltração das células e com a expansão da matriz mesangial, o
antecedente da esclerose.
Segundo o mesmo autor as diferentes doenças associadas com a esclerose
glomerular serão descobertas dependendo dos diferentes graus desses dois
mecanismos potenciais da esclerose. Além do certo limiar da lesão glomerular, a
doença glomerular possui um factor adicional: a capacidade de células intrínsecas e
células infiltrantes de alterarem o microambiente dos glomérulos com a esclerose

21
progressiva, inexoravelmente, muito tempo após o desaparecimento do insulto de
iniciação. Vários factores de risco potenciais podem contribuir para a progressão da
IRC.
Esses factores incluem hipertensão arterial sistémica, proteinúria,
hiperlipidemia, alto consumo de proteínas e, provavelmente, condições que levam à
hipertrofia glomerular. Intervenções concebidas para minimizar a contribuição
potencial destes factores para a progressão da insuficiência renal podem impedir ou
retardar a perda de função do rim (KLAHR, SCHREINER & ICHIKAWA, 1988).

3.6 Epidemiologia
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) ocupam 60% dos óbitos em
todo o mundo, afeta aproximadamente 35 milhões de pessoas por ano no mundo,
para a próxima década, espera-se um aumento de 17% da mortalidade por DCNT
(BRASIL, 2014).
A Doença Renal Crônica tem sido considerada um problema de saúde ao redor
do mundo, cerca de 90% dos casos tem origem em países em desenvolvimento, na
Europa, a prevalência de pacientes em Terapia Renal Substitutiva (TRS) é de mil
pacientes por milhão de pessoas, nos Estados Unidos aproximadamente 13% da
população apresenta alguma perda da função renal (OLIVEIRA et al., 2013).
No nosso país a sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) estima que possuam
cerca de 10 milhões de pessoas com algum grau de DRC (OLIVEIRA et al., 2013).
3.7 Causas da IRC

Dentre estas destaca-se a hipertensão arterial, diabetes mellitus. Distúrbios


dos vasos sanguíneos, dos glomérulos, dos túbulos, do interstício renal e das vias
urinárias inferiores. Pode ser por: distúrbios metabólicos, como diabetes milito e
amiloidose; distúrbios vasculares renais, como a aterosclerose e anefrosclerose-
hipertensão; por distúrbios imunológicos, como glomerulonefrite, poliarterite nodosa
e lúpus eritematoso; infecções, como pielonefrite e tuberculose; distúrbios tubulares
primários causados pelas nefrotoxinas de analgésicos e metais pesados; obstrução
do trato urinário por cálculos renais, pela hipertrofia da próstata e constrição uretral;
e por distúrbios congénitos, como a doença policística e a ausência congênita de
tecido renal, a hipoplasia renal. Hipertensão arterial, obstrução do trato urinário,

22
glomerulonefrite, alterações renais como rim policísticos, Diabete mellitus, Distúrbio
autoimune (GUYTON, HALL, 2002).

3.8 Manifestações Clínicas

Algumas manifestações clínicas, quando apresentadas na Doença Renal


Crônica, vêm associadas a outras doenças que se desenvolvem progressivamente
com a diminuição da função renal. Nas fases iniciais essas manifestações são
mínimas ou ausentes, por isso o conhecimento é importante para o diagnóstico
(SILVA et al., 2013).

As manifestações da doença podem ser inespecíficas como: fadiga, anorexia,


emagrecimento, prurido, náuseas, insônia e específicas como: anemia severa,
hipertensão, edema por todo o corpo (aumentando o peso), poliúria e nictúria. Todas
essas manifestações clínicas aparecem em graus diferentes dependendo da
gravidade da causa (BRUNNER, SUDDARTH, 2016). Actualmente existem
conceitos de fatores de riscos não tradicionais que pacientes portadores de DRC
podem apresentar em relação à população geral, dentre estes fatores encontram-se:
idade, sexo, raça (não modificáveis), DM, HAS, Tabagismo, Dislipidemias,
Síndromes Metabólicas, sedentarismo, os factores descritos acima são classificadas
como factores modificáveis.

Entre os factores específicos ou não modificáveis que os pacientes portadores


de Doença Renal Crônica podem apresentar destacam- se: uremia, anemia,
desequilíbrio mineral (cálcio, fosfato, vitamina D, com acentuação da aterosclerose
por calcificação vascular, etc.), Homocisteinemia relacionada a efeitos trombóticos,
sobrecarga de volume, além de outros fatores considerados novos como inflamação,
estresse oxidativo, disfunção endotelial, aumento constante da atividade simpática
(MONTE, 2009).

3.9 Estágios da Doença Renal Crônica

A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2014) recomendou a definição da


Doença Renal Crônica que foi proposta pela NationalKidney Foundation (NKF), dos
Estados Unidos, em seu documento Kidney Disease Outcomes Quality Initiative

23
(K/DOQI) baseado em evidencias clínicas e relacionadas a taxa de filtração
glomerular (TFG).

De acordo com o Ministério da Saúde (MS, 2014) esta definição dos estágios
da Doença Renal Crônica tem por objetivo uma melhor estruturação nos tratamentos
dos pacientes e que para um melhor prognóstico é necessário que os pacientes
sejam classificados conforme é visto na tabela abaixo:

Tabela 1. Classificação da DRC


Estágio TFG (ml/min/1,73m2)
1 ≥ 90
2 60 – 89
3ª 45 – 59
3b 30 – 44
4 15 – 29
5 < 15
Fonte: Brasil, 2014.

Cada estágio vai se basear de acordo com a TFG. A TFG considerada normal
é de 124 ml/min/1,73m2; no estágio 1 ocorre uma lesão renal considerada normal;
no estágio 2 ocorre uma diminuição discreta da TFG; no estágio 3a e 3b essa
diminuição da TFG já é considerada moderada; no estágio 4 ocorre uma diminuição
intensa da TFG e no estágio 5 o paciente apresenta a diminuição no nível mais
grave da TFG, sendo necessário um TRS (BRUNNER, SUDDARTH, 2016).

A relevância clínica para esta classificação vai consistir em uma linguagem


universal no tratamento e na qualidade de vidas de pacientes portadores de Doença
Renal Crônica bem como na uniformização entre as medidas de tratamentos
adotadas por profissionais da área, além de no meio científico favorecer e facilitar
a comparação entre diversos estudos (SBN, 2011).

Essa classificação tem estreita relação com prognóstico, levando-se em


consideração principalmente os principais desfechos da DRC: doença
cardiovascular, evolução para TRS e mortalidade (Brasil, 2014)

Conforme refere o Ministério da Saúde para que haja uma tomada de decisão
mais coerente e precisa ao encaminhamento para os serviços de especialidades e
referências é essencial que esta classificação seja realizada corretamente, e para
24
que este atendimento seja realizado de forma estruturada e integral ele é
classificado em:

 Conservador: englobam os estágios 1 ao 3.

 Pré-diálise: 4 e 5-ND (não dialítico).

 Terapia Renal Substitutiva (TRS): 5-D (dialítico).

O tratamento conservador consiste em controlar os fatores de risco para a


progressão da DRC, bem como para os eventos cardiovasculares e mortalidade,
com o objetivo de conservar a TFG pelo maior tempo de evolução possível.

A pré-diálise, conforme a Diretriz Clínica Para o Cuidado ao Paciente Com


Doença Renal Crônica consiste na manutenção do tratamento conservador, bem
como no preparo adequado para o início da TRS em paciente com DRC em estágios
mais avançados. A TRS, como definida anteriormente, é uma das modalidades de
substituição da função renal: hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal
(BRASIL, 2014).

3.10 Tratamento

As principais modalidades de tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) que


vão ter como objectivo a substituição parcial de funções são: a diálise, subdividida
em hemodiálise e diálise peritoneal, e o transplante renal.
Vale ressaltar que estes métodos de tratamento de substituição das funções
renais eles não curam a DRC, mais dão uma sobrevida a estes pacientes neste
estágio (MARAGNO et al., 2012).
As TRS têm um papel essencial, não somente nas buscas da reversão dos
sintomas urêmicos, mas também na redução das complicações a longo prazo,
diminuição da mortalidade e uma melhora na Qualidade de Vida e reintegração
social destes pacientes (FRAZÃO et al., 2011).
Uma das principais formas de TRS mais utilizados é a hemodiálise, processo
terapêutico capaz de remover resíduos oriundos do metabolismo do organismo e
corrigir as modificações do meio interno por meio da circulação do sangue em um
equipamento projetado para esse fim (SESSO et al., 2012).
O método consiste na circulação extracorpórea de sangue em tubos ou
compartimentos feitos de uma membrana semipermeável, sendo constantemente
25
banhados por uma solução eletrolítica – solução de diálise ou banho, onde os
condutores de energia se transformam ao serem colocadas na água. Durante o
tratamento, o sangue flui, por tubos, para o dialisador; este filtra os resíduos e o
excesso de líquidos; a seguir, o sangue flui por meio de outro tubo e volta para o
organismo do paciente (Thomé, 2006; Terra et al., 2010).

Figura 2 - Esquema da Hemodiálise

Disponível em: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/insuficiencia_renal_cronica_e_dialise

Nesta modalidade de terapia renal substitutiva Cherchiglia et al. (2006)


descreve que é necessário a confecção de um acesso vascular definitivo, sendo,
basicamente três tipos de acessos vasculares: cateteres venosos centrais
(temporários), a fístula, e a prótese (permanentes) (FERMI, 2010; MURUGAN ;
KELLUM, 2011).
Dentre os acessos vasculares para o tratamento da DRC o mais
recomendado e mais utilizado é a fístula que consiste em uma anastomose
subcutânea de uma artéria com a veia, ao longo tempo, após a confecção da fístula
(30 dias, no mínimo) o ramo venoso se dilata suas paredes se espessam,
possibilitando a inserção repetida de agulhas de diálise (BRASIL, 2014). De acordo
com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2014), o período para a realização

26
deste método de TRS- a hemodiálise vai variar de acordo com o estado clínico do
paciente, mas que em se tratando de maneira geral é de quatro horas de três a
quatro vezes por semana.
Dependendo da condição clínica deste paciente poderá ser feita a diálise em
até 5 horas e este ajuste deverá ser proposto por uma equipe multiprofissional
composta médico nefrologista, enfermeiro, nutricionista, psicólogo e assistente
social. Se a diálise não estiver adequada, ajustes serão feitos para melhorar o
processo de hemodiálise, atingindo então o desempenho esperado (SBN-BRASIL,
2014).

A Diálise Peritoneal é uma TRS na qual o sangue deverá ser depurado,


acarretando a transferência de solutos e líquidos através de membrana denominada
Peritônio. Os capilares presentes nesta região, estão em contato com a solução
dialítica que é composta por substancias como glicose, sódio, cálcio, magnésio,
cloreto e lactato, a osmolaridade varia entre 347 e 486 mOsm/l e o pH mantêm-se
em torno de 5,5.

Figura 3: Esquema Básico da Diálise Peritoneal

Disponível em: http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/hemodialise/.

O Transplante Renal é indicado quando a DRC já atinge o estado terminal


DRCT, estando o paciente em diálise ou em fase pré-dialítica. (SBN, 2014). Mas a
partir do estágio 5 Não Dialítico (ND), estes pacientes já devem ser encaminhados
para os serviços especializados em transplante. (BRASIL, 2014).

27
O Transplante renal consiste na substituição de maneira cirúrgica de um rim
em bom funcionamento, com a finalidade de substituir o rim que não possui o seu
funcionamento sadio ou normal (CASTRO, 2010).
Com a aprovação do documento, os hospitais públicos e privados serão
autorizados por lei, pela primeira vez em Angola, a fazer o transplante de órgãos
humanos a pacientes com insuficiência renal, com outras doenças que precisem de
transplante da medula óssea ou com problemas oculares que necessitem do
transplante da córnea. A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, sublinhou que a
proposta de Lei visa, essencialmente, dar respaldo legal aos actos de colheita de
tecidos, células e órgãos de seres humanos em vida ou depois de morto e o
transplante dos mesmos para efeito terapêutico.
De acordo com a SBN, 2014, relata algumas contraindicações do transplante
renal relativas como: recusa do paciente, doenças psiquiátricas, infecções
temporárias, e existem as contraindicações absolutas: neoplasias malignas,
sorologia positiva para HIV e HTLV I e II, choque séptico por bactéria
multirresistente, infecções sistêmicas por vírus e fungos e tuberculose em atividade
(CONRAD, 2014).

28
4. APRESENTAÇÃO ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS.

Gráfico Nº 1˗ Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no


Hospital Americo boa vida, segundo a idade.

2%

20%

16 - 20
21 ­ 24
25 ­ 29
52%
30 ­ 34
35 ­ 39
16% 40 ­ 44

7%
3%

Gráfico nº 1 mostra que dos 112 prontuários revisados 46 que representa 52%
tinham idade compreendida entre os 40 aos 44 anos de idade.
A idade dos pacientes correlacionou-se negativamente com o conhecimento
dos pacientes sobre sua patologia. Estudos têm mostrado que idade mais elevada e
menor escolaridade apresentam correlação negativa com controle de doenças
crônicas como a hipertensão arterial sistêmica (Busnello et al., 2001) e com a
qualidade de vida de pacientes em hemodiálise (Bohlke et al., 2008).

A literatura aponta que, nos países desenvolvidos o aumento da insuficiência


renal ocorrerá principalmente nas faixas etárias mais avançadas, decorrente do
aumento da expectativa de vida e do crescimento populacional; nos países em
desenvolvimento, o aumento será observado em todas as faixas etárias,

29
principalmente nos grupos etários de 45 a 64 anos, em que sua prevalência deverá
triplicar, duplicando nas faixas etárias de 20 a 44 e de 65 anos ou mais (Milech &
Oliveira (2004). Neste estudo, a média de idade dos doentes internados por por
insuficiência renal foi de 36,7 anos.

30
Gráfico Nº 2. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo o género.

30%

Masculino
Feminino

70%

Gráfico nº 2 mostra que dos 112 prontuários revisados 87 que representa 70% eram
do género masculino e 38 que representa 30% eram do género feminino.

A maioria dos pacientes com insuficiência renal crônica era do sexo


masculino, o que está de acordo com outros estudos realizados com pacientes com
a mesma patologia (SANTOS et al., 2005; LOPES et al., 2007).
Segundo os autores Silva et. Al. 2011, a vulnerabilidade masculina ocorre pela
menor busca dos serviços de prevenção à saúde por parte desse público, o que faz
com que aumente o risco para o acometimento de doenças crônicas não
transmissíveis, como a IRC.

31
Gráfico Nº 3. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo o estado civil.

2%
10%

Solteiro (a)
26% União de facto
Casado (a)
Viúvo (a)
62%

Gráfico nº 3 mostra que dos 112 prontuários revisados 87 que representa 70% eram
do género masculino e 38 que representa 30% eram do género feminino.
O estado civil tem forte influência, pois ter um companheiro contribui para o
enfrentamento das adversidades da melhor forma. O apoio familiar e de amigos atua
como alavanca para manter o equilíbrio, estimula as mudanças dos hábitos e
promove determinados comportamentos que melhoram a saúde geral (MARINHO et
al., 2017).

32
Gráfico Nº 4. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo o nível académico.

3%

30%

Analfabeto (a)
I Ciclo
II Ciclo
Médio
50% Superior

8%

9%

Gráfico nº 4 mostra que dos 112 prontuários revisados 63 que representa 50%
tinham como nível académico o ensino médio e 4 que representa 3% eram técnico
superior.
Estudos (Ribeiro CDS et al,. 2013) descrevem que quanto maior a
escolaridade, maior é o acesso a informações e melhor as condições econômicas.
Desse modo, indivíduos com maior grau de escolaridade exercem actividades que
exigem menor esforço físico, e por isso o impacto da doença em suas atividades é
menor, além de compreenderem melhor as informações e colaborarem com a
adesão ao tratamento.
Em diferentes estudos, a escolaridade é um factor importante para a
qualidade de vida, sendo apontado na melhoria dos aspectos emocionais de
pacientes com insuficiência renal crônica (Castro et al., 2003) e significativa melhora
na identificação dos problemas relacionados ao tratamento de pacientes com asma,
bem como nos índices de qualidade de vida para esta última doença (Bittencourt et
al., 2002). Assim, a educação é considerada como fator fundamental para um
33
adequado controle da doença, possibilitando melhor convívio com ela e tornando o
indivíduo capaz de prevenir e detectar complicações (Takahashi et al., 1993).

34
Gráfico Nº 5. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo o segundo a profissão.

30%

Professor
50% Motorista
Estudante
Outros

8%

12%

Gráfico nº 5 mostra que dos 112 prontuários revisados 63 que representa 50%
tinham outras ocupações e 10 que representa 8% tinham como ocupação motorista.
A maior prevalência de pacientes não-idosos com IRC impacta directamente
na capacidade de trabalhar e na condição financeira da família, haja vista que o
tratamento é realizado por tempo indeterminado. Para Fukushima et al., 2016, as
pessoas em idade produtiva tem maior prejuízo com relação aos idosos, pois se
encontram em fase considerada de grande produtividade e desempenho no mundo
do trabalho, algo que torna-se comprometido com a realização de sessões de
hemodiálise semanalmente.
O indivíduo com DRC encontra grande dificuldade em estabelecer e/ou
manter um vínculo de trabalho devido ao tempo dedicado ao tratamento e à rotina
imposta pelo tratamento, além da diminuição do desempenho físico e o surgimento
de sintomas como fraqueza e mal-estar, os quais interferem nas atividades diárias e
nos aspectos psicoemocionais (Silva KGN, 2013).

35
Gráfico Nº 6. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo o segundo o tempo de internamento.

22%

38%
48h
1 a 7 dias (uma
semana)
1 a 14 dias (Duas
semanas)
1 a 21 Dias (Três
13% semanas)
1 a 21 Dias (Três
semas) e/ ou mais
tempo

11%
16%

Gráfico nº 6 mostra que dos 112 prontuários revisados 47 que representa 38%
tiiveram mais de 48h internados.
O paciente com IRC, em programa de hemodiálise, é obrigado a conviver
diariamente com uma doença que não tem cura, que o obriga a passar por um
doloroso tratamento, que demora horas, dependendo do programa e da
necessidade, todos os dias ou alguns dias na semana, que provoca, junto com a
evolução da doença e com suas complicações, grandes limitações que causam um
impacto de alta relevância na sua vida e da família (HIGA, 2008).

36
Gráfico Nº 7. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo o segundo as principais causas.

11%

11%

Hipertensão arterial
diabete mellitus
Dispidemia
55% Infarto de miorcadio
Insuficiencia cardiaca
23%

Gráfico nº 7 mostra que dos 112 prontuários revisados 63 que representa 55%
tinham como as principais causas da insuficiência renal a hipertensão arterial.
Desta forma, são classificados como o grupo fatorial a desenvolver a lesão
renal os hipertensos, diabéticos, cardíacos, dislipidêmicos e obesos, a necessidade
de uma abordagem continua e minuciosa por parte da enfermagem permite
promover prematuramente os agravos desta patologia (SILVA, 2016)
Silva, (2016) ainda salienta que a LRC pode e deve ser prevenida por
intermédio do diagnóstico precoce, bem como do imediato encaminhamento ao
especialista este direcionamento ao nefrologista especialidade que trata das funções
dos rins, permite cuidar de forma imediata as complicações e evita sérios agravos.
A hipertensão arterial é um dos fatores que agrava e piora o funcionamento
renal, sendo capaz de causar dano renal e progressão da IRC, independentemente
da doença de base. Aproximadamente 80% dos pacientes portadores de IRC
desenvolvem hipertensão arterial (ANDRES e FORTUNY, 1994).

37
Gráfico Nº 8. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo o segundo o método da terapia.

2%

22%

Dialise peritoneal
Hemodiálise

76%

Gráfico nº 8 mostra que dos 112 prontuários revisados 102 que representa 76%
tinham como o método terapeutico a hemodiálise.
A HD é um processo de filtração dos líquidos extracorpóreas do sangue
realizado por uma máquina denominada dialisador, substituindo as funções. Durante
este processo, parte do sangue do corpo do paciente é retirada por uma fístula ou
cateter específico, sendo conduzido por meio da linha arterial do dialisador, onde é
filtrado, retornando ao paciente pela linha venosa (BRASIL, 2014).
Pessoa e Linhares, (2015) afirmam que dentre os tratamentos disponíveis
para DRC em seu estágio terminal, a HD é o mais utilizado (89,4%), o qual demanda
adaptações na vida do paciente, pois consiste num tratamento associado a diversas
restrições e que compromete suas atividades. Estas dificuldades impostas pelo
tratamento na maioria das vezes influenciam na adesão do paciente renal, assim
sendo necessária a utilização de artifícios que auxiliem no processo de adaptação e
manutenção da terapia.
A hemodiálise é o método onde haverá a filtração e depuração do sangue,
com a intenção de retirar as substâncias nitrogenadas tóxicas e remover o excesso

38
de água, sendo as mesmas acumuladas devido à deficiência da função renal,
mantendo os componentes normais do sangue. O sangue é obtido através de um
acesso vascular e estimulado por uma bomba, em um sistema de circulação
sanguínea fora do corpo, assim encontra-se um sistema de fornecimento de líquidos
de diálise, o dialisado, e um filtro, o dialisador; no qual ocorre a difusão, osmose,
convecção e ultrafiltração (LIMA; SANTOS, 2004; SMELTZER; BARE, 2005; AJZEN;
SCHOR, 2002; BARROS et al., 2006).

39
Gráfico Nº 9. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo a condição de saída.

11%

Alta melhorada
26%
Transferência
para outro
serviço
Óbito
63%

Gráfico nº 9 mostra que dos 112 prontuários revisados 63 que representa 50%
tinham como nível académico o ensino médio e 4 que representa 3% eram técnico
superior.

Segundo o nefrologista Álvaro Malega, existem mais de seis mil angolanos


com insuficiência renal crónica e 70% deles desconhecem, no ano 2015, 37 pessoas
com idades entre os 19 e 37 anos, dos 450 pacientes que recebia tratamento
dialítico, morreram por insuficiência renal crónica só nos serviços de hemodialise do
Hospital Josina Machel (JORNAL DE ANGOLA, 2011).

40
6. CONCLUSÕES

Conclui-se que há grande relevância científica no estudo sobre o perfil hipertensivo


em pacientees com insuficiencia renal atendidos no serviço de nefrologia do hospital
Américo boa vida no ano de 2021.
A faixa etária com maior predomínio foi dos 40 aos 44 anos com 52%, 70% eram do
género masculino, Quanto ao estado civil 62% eram solteiros, e quanto ao nível
académico 50% tinham o ensino médio, quanto a profissão 50% tinham outras
profissões, sobre o tempo de internamento 38% ficaram internados 48h, quanto
principais causas 55% tinham hipertensão arteria, sobre a terapia 76% tinham
hemodiálise, sobre a condição de saída 63% tiveram alta melhorada.

41
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No estudo foram tidos em conta unicamente aos pacientes com IR, em


diálise, uma vez que a problemática nos instiga à análise conceptual somente dos
pacientes sobre a informação, educação e comunicação, no que diz respeito aos
cuidados que devem estar presente para a melhoria do seu quadro clínico e sua
sobrevivência. Assim, limitamo-nos a fazer as seguintes considerações sobre os
aspectos por nós achados relevantes e pertinentes:
Acredita-se que este estudo poderá contribuir para uma reflexão a respeito do
tema na prática, podendo assim possibilitar a construção de um novo olhar sobre os
pacientes acometido por IR. em saúde, pautado e na valorização da vida. Cabe
ressaltar que não bastam teorias, medicamentos e informações que possam curar
os usuários, é preciso entendê-los na sua singularidade, cada um com seus
problemas e suas diferenças, com seus valores e suas crenças, inseridos numa
comunidade, no colectivo e no ambiente.
Este estudo possibilita maior conhecimento do perfil dos pacientes portadores
de uma patologia relevante para a implementação de políticas publicas no âmbito da
saúde, assim como, para um melhor planejamento do cuidado à saúde, contribuindo
para a melhoria das condições de vida desses pacientes.

Espera-se que as informações adquiridas a partir dos resultados desta


pesquisa sirvam como subsídio para elaboração de estratégias e intervenções para
o controlo das doenças bases percussoras da IR, bem como, para os serviços de
terapia renal.

42
8 SUGESTÕES

Depois do estudo desenvolvido sobre a insuficiência renal em concordância


com os resultados encontrados e com base nas considerações finais sugere-se o
seguinte:
Ao Ministério da saúde: a implementação e reforço de programas de
educação continuado aos profissionais que prestam assistência a pacientes com
insuficiência renal.
Aos órgãos de difusão massiva: a responsabilidade de informar e educar e
comunicar a comunidade sobre aspectos lidados ao processo saúde doença.

43
8. Referências bibliograficas

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ANEXOS

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