Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
REALIZADA POR:
JOANA MENDES GASPAR
LUANDA /2022
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE
TRABALHO DE FIM DO CURSO DE LICENCIATURA EM
CARDIOPNEUMOLOGIA
APRESENTADA POR:
JOANA MENDES GASPAR
LUANDA / 2022
EPÍGRAFE
I
DEDICATÓRIA
Dedico o presente
II
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus por nunca ter me deixado nos momentos difíceis e por me permitir
chegar até aqui, pelo dom da vida a mim concedido.
Aos professores e supervisores que transmitiram seus ensinamentos e experiencias
com a finalidade de tornar-nos profissionais embasados e mais humanos. Em
especial meu muito obrigada, a minha orientadora que se fez disponível em me
ajudar e orientar ao longo desse trabalho e no mundo da pesquisa.
III
RESUMO
IV
ABSTRAT
V
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico -1 Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no Hospital
Americo boa vida, segundo a idade.............................................................…..…….29
VI
LISTA DE ABREVIATURAS
VII
ÍNDICE
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO.............................................................................................................9
Formulação do problema............................................................................................11
Justificativa…………………….……………….……….....…………......………………...12
Objectivos de estudo .................................................................................................13
2.METODOLOGIA…..................................................................................................14
2.1 Tipo de estudo......................................................................................................14
2.2 Variaveis em estudo.............................................................................................14
2.3 População em estudo..........................................................................................14
2.4 Critérios de inclusão e exclusão...........................................................................14
2.5 Local de estudo....................................................................................................14
2.6 Instrumento de investigação.................................................................................14
2.7 .Considerações éticos..........................................................................................15
2.8 Procedimentos de recolha de dados...................................................................15
4.9 Procedimento de análise e processamento de dados.........................................15
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................16
3.1 Definição de termos e conceitos............................................................-.............16
2.2 Anatomia e fisiologia dos rins..........................………………..……………........…17
3.3 Prevalência.....……………………………..……...………………...……………..…..18
3.4 Incidência......………………..………….………………………………...………..…..19
3.5 Fisiopatologia da insuficiência renal crónica...............……………...………….….19
3.6 Epidemiologia........……………………..………………………………………….…..21
3.7 Causas da IRC..........…...………….………………………………………………….21
3.8 Manifestações clínicas........................…………………..………………….………22
VIII
3.10 Tratamento..........................................................………………………….……...24
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................28
6. CONCLUSÕES......................................................................................................40
7. CONSIDERAÇÕES GERAIS.................................................................................41
8. SUGESTÕES.........................................................................................................42
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................43
ANEXO
IX
INTRODUÇÃO
10
necessário a terapia de substituição da função renal para sobrevivência do paciente
(ABENSUR, MARTINS citado por RIELLA, MARTINS, 2001).
A hipertensão arterial é uma das principais causas de insuficiência renal
crônica e a associação dessas duas situações clínicas aumenta consideravelmente
e levando aos apaciente ao tratamento conservador ou dialítico, determinando um
quadro grave de lesão renal, de natureza microvascular, caracterizada por
proliferação miointimal ou necrose fibrinóide, a nefrosclerose maligna Esse quadro
pode acarretar, com grande freqüência e em pouco tempo, se a hipertensão não for
tratada, um quadro de insuficiência renal crônica (IRC) terminal.
Porém é importante ressaltar que a insuficiência renal também tem se
mostrado incidente em uma população mais jovem devido condutas adotadas que
podem comprometer a qualidade de vida da população como, alimentação,
tabagismo, sedentarismo entre outras práticas que favorecem o aparecimento de
doenças de base (SILVA et al, 2011).
11
PROBLEMÁTIZAÇÃO E IDENTICAÇÃO DA PERGUNTA PESQUISA
12
JUSTIFICATIVA
13
OBJECTIVOS DE ESTUDO
Objectivo Geral
Descrever o perfil Hipertensivo em pacientes com insuficiencias renais
atendidos no serviço de nefrologia do Hospital Americo Boa vida aono 2021.
Objectivo Específicos
1. Caracterizar a população de acordo com os dados sociodemográficos: Idade,
género, nível académico, ocupação;
1. Avaliar o tem de internamento de pacientes com insuficiência renal, e as
principais causas da insuficiência renal.
2. Descrever o tipo de terapia e a condição de saída do paciente.
14
METODOLOGIA
2.1 Tipo de estudo
Foi realizado um estudo descritivo retrolectivo com abordagem
qualiquantitativa.
Américo Boavida encontra-se limitado ao Norte pelo Bairro Marçal, Sul Avenida Hoji-
ya Henda (ex-avenida Brasil), Este Rua da Brigada, e Oeste pela Igreja Universal e
Metodista Unida Bethel. Trata-se de uma unidade que presta assistência de nível
terciário no Sistema Nacional de Saúde, que funciona 24h por dia, assistindo utentes
15
2.4 Instrumento de investigação
Na selecção do instrumento da colheita de dados, tevemos em consideração
os objectivos do estudo e as características da população. Foi realizado através dos
prontuários dos pacientes do Hospital Américo Boavida a recolha do maior volume
de informação possível. Para análise dos resultados será aplicada a Estatística
Descritiva.
16
CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
17
3.2 Anatomia e Fisiologia dos rins
18
Os portadores de Diabetes, por apresentarem sintomas como poliúria,
polidípsia e polifagia, têm um maior agravante para a diminuição da função renal já
diminuída. Já os hipertensos que apresentem uma alteração da pressão arterial
acima de 140/90Mm/hg mercúrio também correm o risco de complicações a nível
renal (BRASIL, 2014).
Busato (2011) refere que o rim perde de 25% a 75% das suas capacidades
funcionais, sem causar maiores danos ao paciente, mas quando esta perda atinge
mais de 75% começam a surgir sinais e sintomas devido às alterações funcionais.
De acordo com A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2014), os rins
possuem uma função primordial no equilíbrio químico do nosso organismo. A
sobrevivência do organismo humano depende essencialmente dos rins e ele é
responsável por quatro funções no organismo: Eliminação de toxinas do sangue por
um sistema de filtração; regulação da formação do sangue e dos ossos; Regulação
da pressão sanguínea; controle do balanço hidroeletrolítico do organismo.
Conforme Riella (2010), a capacidade de excreção e regulação da água
corporal, de minerais e de compostos orgânicos são as funções mais importantes do
rim. Sem a função excretora, os pacientes raramente sobrevive,m mais que quatro a
cinco semanas e com frequência menos que dez dias, sobretudo na presença de
hipercatabolismo.
3.3 Prevalência
O Registo Americano revela uma incidência de IRC em 2001 foi de 308
pacientes por milhão de habitantes, com uma prevalência (isso é o número de
pacientes recebendo tratamento dialítico) de cerca de 1.200 pacientes/milhão. Estes
números apresentam grande variação de acordo com o país. O Japão apresenta a
maior prevalência de pacientes em tratamento dialítico, com cerca de quase 1.600
pacientes/milhão. Desde 1984, o crescimento anual de pacientes em diálise nos
Estados Unidos tem sido de 8,7% (Sociedade Brasileira de Nefrologia 2001).
A sociedade supracitada diz que infelizmente não há dados fidedignos no
Brasil sobre a incidência e a prevalência de insuficiência renal crónica terminal. De
acordo com o censo realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, cerca de
49.000 pacientes encontravam-se em tratamento dialítico no Brasil ao final do ano
de 2001. Se considerarmos a população total estimada no censo de 2000 de 170
19
milhões de habitantes, o Brasil apresenta uma prevalência de 288 pacientes por
milhão de habitantes.
3.4 Incidência
A incidência, ou seja, o número de pacientes que entram no programa dialítico
por ano, é estimada em 70 por milhão, o que indicaria uma entrada de 11.900
pacientes novos por ano em tratamento dialítico. Estes dados revelam que há no
Brasil um considerável número de pacientes que não estão sendo identificados a
tempo de receber o tratamento indicado.
A IRC é uma doença comum, com múltiplas causas, e com rápido
crescimento na sua prevalência principalmente em países desenvolvidos, onde a
diabetes e hipertensão arterial passaram a ser as principais causas de IRC,
aumentando a morbi-mortalidade dos pacientes (USRDS DATA, 2002).
20
infecções, como pielonefrite e tuberculose; distúrbios tubulares primários
causados pelas nefrotoxinas de analgésicos e metais pesados; obstrução do trato
urinário por cálculos renais, pela hipertrofia da próstata e constrição uretral; e por
distúrbios congénitos, como a doença policística e a ausência congénita de tecido
renal, a hipoplasia renal (GUYTON, HALL, 2002).
Com o aumento das lesões renais, a progressiva deterioração da função renal
e diminuição excessiva das funções dos néfrons, levam necessidade de submeter os
paciente com IRC a um tratamento com diálitico ou transplante renal para que possa
sobreviver a essa perda progressiva da função renal (GUYTON, HALL, 2002).
De acordo o mesmo autor no mesmo ano Há, apenas, um único método para
reduzir a perda progressiva das funções nefroticas, que consiste em baixar a
pressão arterial e a pressão hidrostática glomerular, que é através da administração
de fármacos, como os inibidores da enzima conversora de angiotensina ou
antagonistas da angiotensina.
A diversidade de causas, o imprevisível curso clínico e o aumento do
conhecimento das condições que podem exacerbar ou retardar a progressão da IRC
sugerem que a esclerose glomerular não pode ser atribuída a uma simples
aberração na fisiologia glomerular. No entanto, a justaposição das observações
clínicas e experimentais está começando a produzir um padrão. Agentes ou
condições de injúria do epitélio glomerular tendem a causar a esclerose glomerular
(KLAHR, SCHREINER & ICHIKAWA, 1988).
De acordo os autores acima supra citados agentes ou condições que induzem
a curto ou a longo prazo a activação das células mesangiais podem conduzir a
esclerose glomerular. De fato, a contribuição de um epitélio saudável pode ser como
um inibidor tônico do processo intraglomerular decorrentes da ativação da célula
mesangial. A ativação de longo prazo do mesangio está associada com a
proliferação e infiltração das células e com a expansão da matriz mesangial, o
antecedente da esclerose.
Segundo o mesmo autor as diferentes doenças associadas com a esclerose
glomerular serão descobertas dependendo dos diferentes graus desses dois
mecanismos potenciais da esclerose. Além do certo limiar da lesão glomerular, a
doença glomerular possui um factor adicional: a capacidade de células intrínsecas e
células infiltrantes de alterarem o microambiente dos glomérulos com a esclerose
21
progressiva, inexoravelmente, muito tempo após o desaparecimento do insulto de
iniciação. Vários factores de risco potenciais podem contribuir para a progressão da
IRC.
Esses factores incluem hipertensão arterial sistémica, proteinúria,
hiperlipidemia, alto consumo de proteínas e, provavelmente, condições que levam à
hipertrofia glomerular. Intervenções concebidas para minimizar a contribuição
potencial destes factores para a progressão da insuficiência renal podem impedir ou
retardar a perda de função do rim (KLAHR, SCHREINER & ICHIKAWA, 1988).
3.6 Epidemiologia
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) ocupam 60% dos óbitos em
todo o mundo, afeta aproximadamente 35 milhões de pessoas por ano no mundo,
para a próxima década, espera-se um aumento de 17% da mortalidade por DCNT
(BRASIL, 2014).
A Doença Renal Crônica tem sido considerada um problema de saúde ao redor
do mundo, cerca de 90% dos casos tem origem em países em desenvolvimento, na
Europa, a prevalência de pacientes em Terapia Renal Substitutiva (TRS) é de mil
pacientes por milhão de pessoas, nos Estados Unidos aproximadamente 13% da
população apresenta alguma perda da função renal (OLIVEIRA et al., 2013).
No nosso país a sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) estima que possuam
cerca de 10 milhões de pessoas com algum grau de DRC (OLIVEIRA et al., 2013).
3.7 Causas da IRC
22
glomerulonefrite, alterações renais como rim policísticos, Diabete mellitus, Distúrbio
autoimune (GUYTON, HALL, 2002).
23
(K/DOQI) baseado em evidencias clínicas e relacionadas a taxa de filtração
glomerular (TFG).
De acordo com o Ministério da Saúde (MS, 2014) esta definição dos estágios
da Doença Renal Crônica tem por objetivo uma melhor estruturação nos tratamentos
dos pacientes e que para um melhor prognóstico é necessário que os pacientes
sejam classificados conforme é visto na tabela abaixo:
Cada estágio vai se basear de acordo com a TFG. A TFG considerada normal
é de 124 ml/min/1,73m2; no estágio 1 ocorre uma lesão renal considerada normal;
no estágio 2 ocorre uma diminuição discreta da TFG; no estágio 3a e 3b essa
diminuição da TFG já é considerada moderada; no estágio 4 ocorre uma diminuição
intensa da TFG e no estágio 5 o paciente apresenta a diminuição no nível mais
grave da TFG, sendo necessário um TRS (BRUNNER, SUDDARTH, 2016).
Conforme refere o Ministério da Saúde para que haja uma tomada de decisão
mais coerente e precisa ao encaminhamento para os serviços de especialidades e
referências é essencial que esta classificação seja realizada corretamente, e para
24
que este atendimento seja realizado de forma estruturada e integral ele é
classificado em:
3.10 Tratamento
26
deste método de TRS- a hemodiálise vai variar de acordo com o estado clínico do
paciente, mas que em se tratando de maneira geral é de quatro horas de três a
quatro vezes por semana.
Dependendo da condição clínica deste paciente poderá ser feita a diálise em
até 5 horas e este ajuste deverá ser proposto por uma equipe multiprofissional
composta médico nefrologista, enfermeiro, nutricionista, psicólogo e assistente
social. Se a diálise não estiver adequada, ajustes serão feitos para melhorar o
processo de hemodiálise, atingindo então o desempenho esperado (SBN-BRASIL,
2014).
27
O Transplante renal consiste na substituição de maneira cirúrgica de um rim
em bom funcionamento, com a finalidade de substituir o rim que não possui o seu
funcionamento sadio ou normal (CASTRO, 2010).
Com a aprovação do documento, os hospitais públicos e privados serão
autorizados por lei, pela primeira vez em Angola, a fazer o transplante de órgãos
humanos a pacientes com insuficiência renal, com outras doenças que precisem de
transplante da medula óssea ou com problemas oculares que necessitem do
transplante da córnea. A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, sublinhou que a
proposta de Lei visa, essencialmente, dar respaldo legal aos actos de colheita de
tecidos, células e órgãos de seres humanos em vida ou depois de morto e o
transplante dos mesmos para efeito terapêutico.
De acordo com a SBN, 2014, relata algumas contraindicações do transplante
renal relativas como: recusa do paciente, doenças psiquiátricas, infecções
temporárias, e existem as contraindicações absolutas: neoplasias malignas,
sorologia positiva para HIV e HTLV I e II, choque séptico por bactéria
multirresistente, infecções sistêmicas por vírus e fungos e tuberculose em atividade
(CONRAD, 2014).
28
4. APRESENTAÇÃO ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS.
2%
20%
16 - 20
21 24
25 29
52%
30 34
35 39
16% 40 44
7%
3%
Gráfico nº 1 mostra que dos 112 prontuários revisados 46 que representa 52%
tinham idade compreendida entre os 40 aos 44 anos de idade.
A idade dos pacientes correlacionou-se negativamente com o conhecimento
dos pacientes sobre sua patologia. Estudos têm mostrado que idade mais elevada e
menor escolaridade apresentam correlação negativa com controle de doenças
crônicas como a hipertensão arterial sistêmica (Busnello et al., 2001) e com a
qualidade de vida de pacientes em hemodiálise (Bohlke et al., 2008).
29
principalmente nos grupos etários de 45 a 64 anos, em que sua prevalência deverá
triplicar, duplicando nas faixas etárias de 20 a 44 e de 65 anos ou mais (Milech &
Oliveira (2004). Neste estudo, a média de idade dos doentes internados por por
insuficiência renal foi de 36,7 anos.
30
Gráfico Nº 2. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo o género.
30%
Masculino
Feminino
70%
Gráfico nº 2 mostra que dos 112 prontuários revisados 87 que representa 70% eram
do género masculino e 38 que representa 30% eram do género feminino.
31
Gráfico Nº 3. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo o estado civil.
2%
10%
Solteiro (a)
26% União de facto
Casado (a)
Viúvo (a)
62%
Gráfico nº 3 mostra que dos 112 prontuários revisados 87 que representa 70% eram
do género masculino e 38 que representa 30% eram do género feminino.
O estado civil tem forte influência, pois ter um companheiro contribui para o
enfrentamento das adversidades da melhor forma. O apoio familiar e de amigos atua
como alavanca para manter o equilíbrio, estimula as mudanças dos hábitos e
promove determinados comportamentos que melhoram a saúde geral (MARINHO et
al., 2017).
32
Gráfico Nº 4. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo o nível académico.
3%
30%
Analfabeto (a)
I Ciclo
II Ciclo
Médio
50% Superior
8%
9%
Gráfico nº 4 mostra que dos 112 prontuários revisados 63 que representa 50%
tinham como nível académico o ensino médio e 4 que representa 3% eram técnico
superior.
Estudos (Ribeiro CDS et al,. 2013) descrevem que quanto maior a
escolaridade, maior é o acesso a informações e melhor as condições econômicas.
Desse modo, indivíduos com maior grau de escolaridade exercem actividades que
exigem menor esforço físico, e por isso o impacto da doença em suas atividades é
menor, além de compreenderem melhor as informações e colaborarem com a
adesão ao tratamento.
Em diferentes estudos, a escolaridade é um factor importante para a
qualidade de vida, sendo apontado na melhoria dos aspectos emocionais de
pacientes com insuficiência renal crônica (Castro et al., 2003) e significativa melhora
na identificação dos problemas relacionados ao tratamento de pacientes com asma,
bem como nos índices de qualidade de vida para esta última doença (Bittencourt et
al., 2002). Assim, a educação é considerada como fator fundamental para um
33
adequado controle da doença, possibilitando melhor convívio com ela e tornando o
indivíduo capaz de prevenir e detectar complicações (Takahashi et al., 1993).
34
Gráfico Nº 5. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo o segundo a profissão.
30%
Professor
50% Motorista
Estudante
Outros
8%
12%
Gráfico nº 5 mostra que dos 112 prontuários revisados 63 que representa 50%
tinham outras ocupações e 10 que representa 8% tinham como ocupação motorista.
A maior prevalência de pacientes não-idosos com IRC impacta directamente
na capacidade de trabalhar e na condição financeira da família, haja vista que o
tratamento é realizado por tempo indeterminado. Para Fukushima et al., 2016, as
pessoas em idade produtiva tem maior prejuízo com relação aos idosos, pois se
encontram em fase considerada de grande produtividade e desempenho no mundo
do trabalho, algo que torna-se comprometido com a realização de sessões de
hemodiálise semanalmente.
O indivíduo com DRC encontra grande dificuldade em estabelecer e/ou
manter um vínculo de trabalho devido ao tempo dedicado ao tratamento e à rotina
imposta pelo tratamento, além da diminuição do desempenho físico e o surgimento
de sintomas como fraqueza e mal-estar, os quais interferem nas atividades diárias e
nos aspectos psicoemocionais (Silva KGN, 2013).
35
Gráfico Nº 6. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo o segundo o tempo de internamento.
22%
38%
48h
1 a 7 dias (uma
semana)
1 a 14 dias (Duas
semanas)
1 a 21 Dias (Três
13% semanas)
1 a 21 Dias (Três
semas) e/ ou mais
tempo
11%
16%
Gráfico nº 6 mostra que dos 112 prontuários revisados 47 que representa 38%
tiiveram mais de 48h internados.
O paciente com IRC, em programa de hemodiálise, é obrigado a conviver
diariamente com uma doença que não tem cura, que o obriga a passar por um
doloroso tratamento, que demora horas, dependendo do programa e da
necessidade, todos os dias ou alguns dias na semana, que provoca, junto com a
evolução da doença e com suas complicações, grandes limitações que causam um
impacto de alta relevância na sua vida e da família (HIGA, 2008).
36
Gráfico Nº 7. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo o segundo as principais causas.
11%
11%
Hipertensão arterial
diabete mellitus
Dispidemia
55% Infarto de miorcadio
Insuficiencia cardiaca
23%
Gráfico nº 7 mostra que dos 112 prontuários revisados 63 que representa 55%
tinham como as principais causas da insuficiência renal a hipertensão arterial.
Desta forma, são classificados como o grupo fatorial a desenvolver a lesão
renal os hipertensos, diabéticos, cardíacos, dislipidêmicos e obesos, a necessidade
de uma abordagem continua e minuciosa por parte da enfermagem permite
promover prematuramente os agravos desta patologia (SILVA, 2016)
Silva, (2016) ainda salienta que a LRC pode e deve ser prevenida por
intermédio do diagnóstico precoce, bem como do imediato encaminhamento ao
especialista este direcionamento ao nefrologista especialidade que trata das funções
dos rins, permite cuidar de forma imediata as complicações e evita sérios agravos.
A hipertensão arterial é um dos fatores que agrava e piora o funcionamento
renal, sendo capaz de causar dano renal e progressão da IRC, independentemente
da doença de base. Aproximadamente 80% dos pacientes portadores de IRC
desenvolvem hipertensão arterial (ANDRES e FORTUNY, 1994).
37
Gráfico Nº 8. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo o segundo o método da terapia.
2%
22%
Dialise peritoneal
Hemodiálise
76%
Gráfico nº 8 mostra que dos 112 prontuários revisados 102 que representa 76%
tinham como o método terapeutico a hemodiálise.
A HD é um processo de filtração dos líquidos extracorpóreas do sangue
realizado por uma máquina denominada dialisador, substituindo as funções. Durante
este processo, parte do sangue do corpo do paciente é retirada por uma fístula ou
cateter específico, sendo conduzido por meio da linha arterial do dialisador, onde é
filtrado, retornando ao paciente pela linha venosa (BRASIL, 2014).
Pessoa e Linhares, (2015) afirmam que dentre os tratamentos disponíveis
para DRC em seu estágio terminal, a HD é o mais utilizado (89,4%), o qual demanda
adaptações na vida do paciente, pois consiste num tratamento associado a diversas
restrições e que compromete suas atividades. Estas dificuldades impostas pelo
tratamento na maioria das vezes influenciam na adesão do paciente renal, assim
sendo necessária a utilização de artifícios que auxiliem no processo de adaptação e
manutenção da terapia.
A hemodiálise é o método onde haverá a filtração e depuração do sangue,
com a intenção de retirar as substâncias nitrogenadas tóxicas e remover o excesso
38
de água, sendo as mesmas acumuladas devido à deficiência da função renal,
mantendo os componentes normais do sangue. O sangue é obtido através de um
acesso vascular e estimulado por uma bomba, em um sistema de circulação
sanguínea fora do corpo, assim encontra-se um sistema de fornecimento de líquidos
de diálise, o dialisado, e um filtro, o dialisador; no qual ocorre a difusão, osmose,
convecção e ultrafiltração (LIMA; SANTOS, 2004; SMELTZER; BARE, 2005; AJZEN;
SCHOR, 2002; BARROS et al., 2006).
39
Gráfico Nº 9. Distribuição dos pacientes com insuficiência renal assistidos no
Hospital Americo boa vida, segundo a condição de saída.
11%
Alta melhorada
26%
Transferência
para outro
serviço
Óbito
63%
Gráfico nº 9 mostra que dos 112 prontuários revisados 63 que representa 50%
tinham como nível académico o ensino médio e 4 que representa 3% eram técnico
superior.
40
6. CONCLUSÕES
41
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
42
8 SUGESTÕES
43
8. Referências bibliograficas
AJZEN, Horácio; SCHOR, Nestor. Guia de Nefrologia. 1.ed. São Paulo: Manole Ltda,
2002. ANDRES, Joan; FORTUNY, Carme. Cuidados de enfermeria em la
insuficiência renal. 2. ed. Madrid - España: Editorial Libro Del Año, 1994.
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução ametodologia do trabalho científico. São
Paulo: Atlas, 2005.
ANTONIAZZI, A. L, et al. Cefaléia relacionada a hemodiálise: análise dos possíveis
fatores desencadeantes e do tratamento empregado. Revista Arq. Neuropsiquiatria
do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto, São Paulo, v.3A, n.60, mar.2002. Disponível em . acesso em: 19
Out 2022.
BARROS, E. et al. Nefrologia: rotinas, diagnósticos e tratamento. 3. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2006. BEZERRA, K.V.; SANTOS, J.L.F. O cotidiano de pessoas com
insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico. Revista Latino Americana de
Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 16, n. 4, p. 686-691, 1 Jul-ago, 2008. BIALESKI, A.
B.; CÔRREA, J. B. H. As Funções da Enfermeira no Serviço de Hemodiálise. 1999.
Monografia (Especialização) - UFRGS, Porto Alegre, 1999. BULECHERCK, G.M.,
MC CLOSKEY, J.C. Nursing interventions classification (NIC). 3. ed. St. Louis:
Mosby, 2000. 408p.
BASTOS M. G. Bregman R, Kirsztajn G.M. Doença renal crônica: frequente e grave,
mas também prevenível e tratável. Rev Assoc Med Bras. 2010; 56(2):248-53.
CANCIAN, A. G. T. Histórico da Diálise. Disponível em: < femague.org.br >. Acesso
em: 17 Out 2022.
BREITSAMETER, G.; THOMÉ, E.G.R.; SILVEIRA, D.T. Complicações que levam o
doente renal crônico a um serviço de emergência. Revista Gaúcha de Enfermagem,
Porto Alegre, v. 29, n.4, p. 543-550, dez, 2008.
CAMPOS C.J.G.A vivência do doente renal crônico em hemodiálise: significados
atribuídos pelos pacientes [tese]. Campinas (SP): Faculdade de Ciências Médicas
da Universidade Estadual de Campinas; 2002.
CARVALHO, I.M.P.; MELO, R.L.; ANDRAUS, L.M.S. Produção científica de
enfermagem em nefrologia, no Brasil, no período de 1989 até 1999. Revista
Eletrônica de Enfermagem (on line). Goiânia, v. 3, n. 2, p. 1-8, jul-dez, 2001.
44
Disponível em: . Acesso em Out 2016. Centre de Nefrologia do Hospital Dr. Miguel
Soeiro. Publicado em 18/01/2016. Disponível em: <
http://www.revistahospitalbrasil.com.br >. Acesso em: 18 nov 2022.
CASTRO, M.C.M. Atualização em diálise: Complicações agudas em hemodiálise.
Jornal Brasileiro de Nefrologia, São Paulo, 2001.
CHAGAS N. R. FREITAS M. C; LEITE A. C. S; MONTEIRO A. R. M; RAMOS I. C. A
Teoria De Orem e o Cuidado A Paciente Renal Crônico. R Enferm UERJ, Rio de
Janeiro, 2007 Abr/Jun; 15(2):444-9. Clinemge. Publicado em: Disponível em: <
www2.clinemge >. Acesso em; 18 nov 2022.
CIANCIARULLO, T.I. Instrumentos básicos para o cuidar: Um desafio para qualidade
da assistência. São Paulo: Atheneu, 1997. 154p.
COSTA, C. de A; CANDIDO, K. de J; FILHO, A. M; SOUZA-LEMOS, C. Doença
renal crônica terminal em hemodiálise: mudanças de hábitos e doença óssea.
Revista Eletrônica Novo Enfoque, ano 2013, v. 17, n. 17, p. 196 –201.
DAURGIRDAS, J.T. et al. Manual de diálise. 3. ed. Minas Gerais: Medse, 2010.
FERREIRA, A. F.A. O papel do enfermeiro na assistência de enfermagem ao
paciente em tratamento hemodialítico (Revisão de Literatura). Instituto Nacional de
Ensino e Pesquisa – INESP. Recife, 2014
DAUGIRDAS, J. T.; BLACKE, P. G.; ING, T.S. Manual de Diálise. 4 dd. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. FERMI, M.R.V. Diálise para Enfermagem: guia
prático. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
FIGUEIREDO, P.A.; ALVIM, N.A.T.; SILVA, D.C. Concepções de cuidados de
enfermagem na ótica de clientes hospitalizados e sua importância na promoção de
um cuidado restaurador. Anais do 15º Pesquisando em Enfermagem. Rio de Janeiro,
2008. CD-ROM.
FRAZÃO, C. M. F. de Q. et al. Cuidados de enfermagem ao paciente renal crônico
em hemodiálise. Rev Rene. 2014 jul-ago; 15(4):701-9. Disponível em: <
www.revistarene.ufc.br >. Acesso em: 17 nov 2022.
GUYTON, A. C. & HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 11 ed. São Paulo:
Elsevier Ltda., 2006.
HAMER, R. A; EL NAHAS, A. M. The burden of chronic kidney disease. British
Medical Journal 2006;332:563-564.
45
HIGA, K. et al. Qualidade de vida de pacientes portadores de insuficiência renal
crônica em tratamento de hemodiálise. Acta Paul Enferm, 2008.
JUNQUEIRA, L.C., CARNEIRO, J. Histologia básica. 9.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1999. p.427.
KARKAR A. Modalities of Hemodialysis: Quality Improvement. Saudi J Kidney Dis
Transpl. 2012; 23(6):1145-61.
LIMA, L. C. E. Q. de; OLIVEIRA, S. M. de; PINTO, M. H; POLETTI, N. A. A;
RIBEIRO, D. F; RIBEIRO, R. de C. H. M. R. Elaboração de um instrumento da
assistência de enfermagem na unidade de hemodiálise. Acta Paul Enferm.
2008;21(Número Especial):169-73.
LOPES M. H. B. D. E. M; MARTINO M. M. F. D. E; SOUZA E. F. D. E. Diagnósticos
de enfermagem em pacientes com tratamento hemodialítico utilizando o modelo
teórico de Imogene King. Ver Esc Enferm USP 2007;41(4):629-35.
MADEIRA, M.Z.A.; LIMA, M.G.S.B. O significado da prática docente na constituição
do saber ensinar das professoras do Curso de Enfermagem da Universidade federal
do Piauí. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v. 19, n. 1, p. 1-8, jan-mar, 2010.
Manual de Diálise/Nefrologia HGV-PI/ Atualização março 2012.
Moraes, E. B. Intercorrências em pacientes com insuficiência renal crônica durante
as sessões de hemodiálise. Atualiza cursos pós graduação em enfermagem em
nefrologia. Recife – Pe, 2011.
MOREIRA D. S. Vieira M. R. R. Crianças em tratamento dialítico: A assistência pelo
enfermeiro. Arq Ciênc Saúde. 2010; 17(1):27-34.
MOTA, E; CARVALHO, D. M. Sistemas de informação em saúde. In: Rouquayrol
MZ, Almeida FN, editores. Epidemiologia & Saúde. 5a ed. Rio de Janeiro: Medsi;
2007. p. 505-521.
MOURA, L. de. Et al. Monitoramento da doença renal crônica terminal pelo
subsistema de Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade – Apac – Brasil,
2000 a 2006. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 18(2):121-131, abr-jun 2009
NASCIMENTO, M. S. S. Assistência de enfermagem nas complicações durante as
sessões de hemodiálise. Faculdade boa viagem centro de capacitação educacional.
Recife, 2013.
NEFRO SP. julho/agosto/setembro, 2009. Editorial SP, 2009. Disponível em: <
www.sonesp.org.br >. Acesso em: 19 Out 2022.
46
NERY, G. et al. Nem tudo que parece é: entenda o que é plágio. Instituto de Arte e
Comunicação Social – IACS. Rua Prof. Lara Vilela, 126, São Domingos – Niterói –
RJ, 2008. Disponível em: < http://www.uff.br/jornalismo / http://www.uff.br/publicidade
>. Acesso em 09 nov 2022.
47
ANEXOS
48