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Elaborado por:
ID - 1000028406
Luanda, 2023
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA
Luanda, 2023
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos aqueles que me apoiaram ao longo desta jornada,
primeiramente aos meus pais, que me ajudaram incondicionalmente, incentivaram e
aconselharam para o desenvolvimento deste trabalho. Aos meus professores, cuja
orientação e conhecimento juntamente com as suas palavras sábias e encorajadoras foram
cruciais para cada passo deste processo, e aos meus amigos e colegas que me motivaram
e compartilharam conhecimentos valiosos.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma condição médica que ocorre quando há
entupimento ou rompimento dos vasos que transportam sangue e oxigénio ao cérebro,
causando a paralisia da região afectada. Segundo Organização Mundial da Saúde (OMS)
é a segunda causa de morte a nível mundial, sendo uma patologia que ocorre
predominantemente em adultos de meia-idade e idosos, e pode resultar numa série de
consequências psicológicas significativas para os as suas vítimas, dentre elas a depressão,
ansiedade, transtornos de personalidade, distúrbios de memória, problemas de
concentração, dificuldades na comunicação, etc. Assim sendo, a presença de um
psicólogo clínico torna-se crucial, possibilitando assim uma melhor qualidade de vida
àqueles que sofrem com esta patologia.
V
ABSTRACT
VI
ÍNDICE
RESUMO ................................................................................................................... V
ABSTRACT ..............................................................................................................VI
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .................................................................. 9
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 10
OBJECTIVOS DE INVESTIGAÇÃO ..................................................................... 11
OBJECTIVO GERAL........................................................................................... 11
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 11
JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 11
PERGUNTA DE PARTIDA ...................................................................................... 11
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO ................................................................ 12
CAPÍTULO I – CONCEITUALIZAÇÃO ............................................................... 13
1.1 DEFINIÇÃO ............................................................................................... 13
1.2 TIPOS .......................................................................................................... 13
1.3 FACTORES DE RISCO ............................................................................. 14
1.4 CONSEQUÊNCIAS FÍSICAS DO AVC .................................................... 15
CAPÍTULO II – O IMPACTO PSICOLÓGICO DO AVC ..................................... 16
2.1 CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO AVC ........................................... 16
2.2 DEPRESSÃO ................................................................................................... 17
2.3 TEORIA HUMANISTA................................................................................... 18
2.4 IMPORTÂNCIA DE UM PSICÓLOGO CLÍNICO PARA UM PACIENTE
COM AVC .............................................................................................................. 20
2.5 PSICOLOGIA POSITIVA E O AVC ............................................................... 21
CAPÍTULO III – RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................. 22
3.1 RESULTADOS................................................................................................. 22
3.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS ...................................................................... 24
3.3 DISCUSSÃO .................................................................................................... 27
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 28
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 29
APÊNDICE ............................................................................................................... 32
ÍNDICE DE TABELAS
8
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
9
INTRODUÇÃO
10
OBJECTIVOS DE INVESTIGAÇÃO
OBJECTIVO GERAL
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
JUSTIFICATIVA
O AVC é uma condição médica que pode resultar em diversas consequências, não
apenas físicas, como também psicológicas para os indivíduos afectados. Actualmente na
nossa sociedade, nos deparamos com diversos casos, e nos centramos apenas nas questões
físicas, fazendo com que não se preste a devida atenção às consequências psicológicas,
que também afectam de forma significativa a vida quotidiana das suas vítimas. O estudo
deste tema tende a proporcionar informações para conhecimento tendo em conta a área
de formação, e possibilitar também a compreensão da importância da presença de um
psicólogo clínico neste contexto, que é crucial para a realização de um tratamento mais
eficaz, e para a implementação de estratégias de reabilitação, melhorando assim a
qualidade de vida dos indivíduos afectados.
PERGUNTA DE PARTIDA
Até que ponto as vítimas de AVC podem ser afectadas psicologicamente pela
patologia?
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METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
A pesquisa prática foi realizada por meio da entrevista, que segundo Coelho (2020),
é um diálogo realizado entre duas pessoas (pesquisador e a pessoa entrevistada) que tem
o objectivo de compreender algum fenómeno objecto da pesquisa científica, ou seja, é o
contacto directo entre o pesquisador e o entrevistado para responder ao problema da
pesquisa científica.
A entrevista está dividida em duas categorias, sendo a primeira constituída por onze
perguntas direccionadas a psicólogos clínicos, e a segunda por treze perguntas
direccionadas a vítimas de AVC. Ambas possuem perguntas abertas e as questões das
mesmas constam no apêndice do presente trabalho. Participaram da entrevista quatro
indivíduos, dos quais uma profissional de saúde licenciada em psicologia clínica e
especializada em neuropsicolgia, e três indivíduos com sequelas de AVC. Não houve
qualquer restrição relacionada ao sexo ou à faixa etária.
A variável utilizada foi a dependente, que segundo Lakatos & Marconi (2003),
representa o efeito do resultado do que se está a observar, medir e analisar, em relação às
mudanças ou intervenções realizadas nas mudanças independentes. Neste caso, a inclusão
desta variável é crucial para compreender as consequências psicológicas do AVC, ou seja,
é fundamental para avaliar e compreender os efeitos psicológicos resultantes desta
condição médica, referindo-se a elementos psicológicos que podem variar dependendo de
factores específicos, como lesões cerebrais, apoio social, estilo de vida do paciente, etc.
12
CAPÍTULO I – CONCEITUALIZAÇÃO
1.1 DEFINIÇÃO
1.2 TIPOS
➢ Isquémico;
➢ Hemorrágico.
13
1.3 FACTORES DE RISCO
Os principais factores de risco de acordo com a OMS (2006), podem ser divididos
nas seguintes categorias:
• Modificáveis;
• Não modificáveis.
• Diabete;
• Tabagismo;
• Hipertensão;
• Colesterol alto;
• Obesidade;
• Fibrilação arterial (doença cardíaca);
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• Sedentarismo;
• Dieta;
• Consumo excessivo de álcool;
• Consumo de drogas.
• Uso de contraceptivos orais, etc.
• Idade;
• Raça;
• Sexo;
• Factores genéticos;
• Etnia;
• Histórico Familiar, etc.
• Fraqueza muscular;
• Perda do controle motor;
• Assimetria da face;
• Dificuldade de comunicação;
• Alterações na visão;
• Incontinência urinária ou fecal;
• Disfagia (dificuldade para engolir os alimentos);
• Dor de cabeça súbita;
• Paralisia num lado do corpo, etc.
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CAPÍTULO II – O IMPACTO PSICOLÓGICO DO AVC
Para Rabello (2018), os danos psicológicos mais comuns do AVC estão ligados a
sintomas depressivos como apatia, desânimo, tristeza, irritabilidade, baixa tolerância a
frustrações e perda da autoestima, o que leva o paciente a perder a esperança na
recuperação plena das suas funções e a reduzir os seus esforços para o processo de
reabilitação.
Fortes e Néri (2004) afirmam que sofrer um AVC é um episódio inesperado, com
alto potencial para ser vivenciado de forma estressante, sendo uma ameaça ao senso de
controle pessoal. Exige dos pacientes um grande esforço adaptativo a partir do
accionamento de recursos emocionais e cognitivos, reflectido no enfrentamento dos
desafios provenientes deste evento indesejado, que causa desequilíbrio no funcionamento
psicológico.
16
2.2 DEPRESSÃO
17
inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada, capacidade diminuída de pensar ou
concentrar-se, ou indecisão e pensamentos suicidas.
A teoria humanista é uma abordagem optimista na qual os seres humanos são seres
activos. Enfatiza o potencial, o crescimento pessoal e a autorrealização do indivíduo, que
é considerado um ser holístico, ou seja, é visto como um todo, que inclui o seu corpo,
mente, espírito e emoções, valorizando as suas experiências e sentimentos e a busca pelo
significado da vida. É considerado um ser único, com a sua psique naturalmente saudável
e como um indivíduo bom, capaz de se transformar no melhor que deseja e pode ser.
(Pimenta, 2019).
- Autenticidade: para que o paciente não tenha razões para disfarçar sentimentos
perante determinadas situações ou outros indivíduos;
18
- Aceitação incondicional positiva: o profissional deve aceitar os pacientes como
eles são e recebê-los com afectividade independente das suas queixas emocionais.
(Pimenta, 2021).
Após o AVC, os indivíduos podem passar por mudanças significativas nas suas
vidas, incluindo limitações físicas e cognitivas, afectando a sua autonomia e a sua
liberdade, podendo ter como resultado a depressão, ansiedade e stress pós-traumático.
Estes factores podem criar um conflito interno entre as experiências do indivíduo e os
seus desejos pessoais.
Na teoria humanista, o apoio psicológico pós-AVC pode ser desafiador, uma vez
que as limitações causam obstáculos no enfrentamento das novas realidades que exigem
do indivíduo adaptações da abordagem terapêutica.
19
As consequências psicológicas do AVC podem entrar em conflito com os princípios
da teoria humanista, representando desafios significativos relativamente ao crescimento
pessoal e autorrealização.
20
sequelas podem ser temporárias ou permanentes. Proporciona ao paciente uma nova
concepção de tratamento humanizado, com a intenção de ajudar o mesmo a melhorar e
adaptar-se ao novo estilo de vida, por meio de técnicas psicológicas com o foco na
redução e diminuição de pensamentos disfuncionais gerados pelas sequelas do AVC.
(Rangel, et al., 2013, apud Souza et al., 2023.).
21
CAPÍTULO III – RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 RESULTADOS
Entrevista nº 1
Idade: 40
Sexo: Feminino
Entrevista nº 2
Idade: 42
Sexo: Feminino
22
relacionadas com a sua mobilidade devido ao défice de equilíbrio e redução de força nas
mãos.
Entrevista nº 3
Idade: 56
Sexo: Masculino
23
Entrevista nº 4
Idade: 43
Sexo: Feminino
Profissão: Secretária
Psicologicamente sentiu- se abalada por ter perdido a sua autonomia e ter sofrido
alterações na sua capacidade cognitiva e autoestima. Mantém uma boa relação com as
outras pessoas, dependendo de quem se trata. Tem como principal estratégia de
enfrentamento a igreja, e ressaltou a importância de ter um acompanhamento
psicológico devido aos pensamentos suicidas que teve. Actualmente dedica mais
atenção aos seus filhos e aconselha autocuidado e amor próprio.
Um dos principais desafios relatados pela profissional foi a perda funcional, que
causa frustração, dificuldade na adaptação a mudanças e as dificuldades de comunicação
para aqueles que sofrem de afasia.
25
3.2.4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
26
3.3 DISCUSSÃO
27
CONCLUSÃO
28
BIBLIOGRAFIA
American Psychiatric Association. (2014). Manual de Diagnóstico e Estatística das
Perturbações Mentais. Lisboa, Portugal: artmed.
Carvalho, I., & Deodato, L. (2016). Fatores de risco do acidente vascular encefálico. P.
182; 184.
Costa, F. (12 de Abril de 2023). AVC: o que é, sintomas, causas, tipos, tratamentos e
sequelas. Obtido de Tua Sáude: https://www.tuasaude.com/avc/
Doron, R., & Parot, F. (2001). Dicionário de Psicologia. Lisboa, Portugal: Climepsi
editores.
Fortes, A.C.G. e Neri, A.L. (2004). Eventos de vida e envelhecimento humano. Em: Neri,
A.L.; Yassuda, M.S. e Cachioni, M. (Eds.). Velhice bem-sucedida: aspectos afetivos e
cognitivos (pp. 51-70). Campinas: Papirus.
Gallardo, C. (13 de Julho de 2020). Pirâmide de Maslow: o que é e como funciona. Obtido
de Psicologia online: https://br.psicologia-online.com/piramide-de-maslow-o-que-e-e-
como-funciona-61.html
Lima, A. (Outubro de 2023). 11 sequelas mais comuns do AVC. Obtido de Tua Saúde:
https://www.tuasaude.com/sequelas-de-avc/
29
Maestri, M., & Rossi, F. (Junho de 2007). Acidente vascular cerebral:. P. 20.
Marconi, M., & Lakatos, E. (2003). Fundamentos de metodologia científica. São Paulo:
Atlas S.A.
OMS. (2005). Enfoque passo a passo da OMS para a vigilância de acidentes vascular
cerebrais. Genebra, Suíça.
Pereira, C. (18 de Abril de 2023). AVC: o que é, sintomas, causas e tratamento. Obtido
de Minha Vida Saúde: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/avc
Pina, J. (Dezembro de 2013). A pessoa com depressão pós Acidente Vascular Cerebral. P.
27.
31
APÊNDICE
TERMO DE CONSENTIMENTO
O entrevistador O entrevistado
_________________________ _______________________
Luanda, 2023
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA
1- O que é o AVC?
2- Com que frequência atende pacientes com AVC?
3- Quais são as principais consequências psicológicas observadas?
4- Existe algum método específico para identificar se alguém está psicologicamente
afectado por conta do AVC?
5- Como é que um psicólogo lida com os pacientes que não falam ou preferem não
se pronunciar?
6- Quais são os principais desafios que os pacientes enfrentam?
7- Como é que o diagnóstico e a intervenção precoce podem fazem diferença na
gestão das consequências psicológicas?
8- Quais são as medidas preventivas que se pode fornecer aos pacientes para
minimizar o risco de consequências psicológicas após um AVC?
9- Como profissional, como lidou com esses desafios no contexto emocional?
10- Como é que a família pode ajudar nesse processo de recuperação para pacientes
com AVC?
11- Tem algo para compartilhar ou aconselhar?
Elaborado por:
Nayma Leite
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Elaborado por:
Nayma Leite
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