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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE MAPUTO

LICENCIATURA EM DIREITO

Cadeira:

Turma:

Iº Ano – Pós Laboral

Tema:

Discentes: Docente:

Maputo, Março de 2024

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Índice

Contéudos
I. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3

II. OBJECTIVOS .................................................................................................................. 4

2.1. Objetivos Geral .......................................................................................................... 4

2.2. Objetivos Específicos ............................................................................................. 4

III. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ..................................................................... 5

3.1. Conceito ...................................................................................................................... 5

3.2. Fatores de risco/ causas de AVC .............................................................................. 5

3.3. Tipos de AVC ............................................................................................................. 6

3.3.1. AVC Isquémico................................................................................................... 7

3.3.2. Trombose Cerebral ............................................................................................ 7

3.3.3. Embolia cerebral ................................................................................................ 8

3.3.4. AVC Hemorrágico ............................................................................................. 8

3.3.5. Síndromes Vasculares ........................................................................................ 8

3.4. Sinais, sintomas e tratamentos de AVC ................................................................... 8

IV. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 11

V. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 12

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I. INTRODUÇÃO

Pensa se que um acidente em geral, ele pode ser qualquer evento não planejado que resulta em
danos físicos, materiais ou emocionais. Acidentes podem ocorrer em uma ampla variedade de
situações, como no trânsito, em casa, no trabalho, durante atividades esportivas, entre outros.

A prevenção de acidentes é fundamental e pode envolver medidas como a criação de


regulamentações de segurança, treinamento adequado, uso de equipamentos de proteção,
manutenção adequada de veículos e instalações, entre outras ações.
Se um acidente ocorrer, é importante agir rapidamente para garantir a segurança das pessoas
envolvidas e procurar ajuda médica, se necessário.

No presente trabalho são abordados aspectos diversos relacionados com o Acidente


Vascular Cerebral - AVC, nomeadamente a sua definição, incidência, factores de risco e
os diferentes tipos de AVC.

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II. OBJECTIVOS

2.1. Objetivos Geral

Dar a conhecer e contextualizar aspetos relevantes relacionados ao acidente vascular cerebral

2.2. Objetivos Específicos

 Definir o conceito;
 Descrever os fatores de risco/ causas;
 Apresentar os tipos;
 Descrever os sinais, sintomas e tratamentos.

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III. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

3.1. Conceito

Segundo Mausner (1999) expressão AVC refere-se a um complexo de sintomas de


deficiência neurológica, que duram pelo menos vinte e quatro horas e resultam de lesões
cerebrais provocadas por alterações da irrigação sanguínea.

De outra forma, podemos afirmar que o AVC é uma doença caracterizada pelo início agudo
de um défice neurológico que persiste por pelo menos 24 horas, reflectindo envolvimento
focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação sanguínea
cerebral.
A presença de danos nas funções neurológicas origina défices a nível das funções
motoras, sensoriais, comportamentais, perceptivas e da linguagem. Os défices motores são
caracterizados por paralisias completas (hemiplegia) ou parciais/ incompletas
(hemiparésia) no hemicorpo oposto ao local da lesão que ocorreu no cérebro.

A localização e extensão exactas da lesão provocada pelo AVC determinam o


quadro neurológico apresentado por cada utente e, o seu aparecimento é normalmente
repentino, oscilando entre leves ou graves, podendo ser temporários ou permanentes (Martins,
2002).

Pensa se que, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma lesão cerebral secundária a um
mecanismo vascular e não traumático. É caracterizada pela instalação de um déficit
neurológico focal, repentino e não convulsivo, com duração maior que 24 horas (o que o difere
de um ataque isquêmico transitório) ou com alteração nos exames de imagem.
O AVC é uma das maiores causas de morte e incapacidade adquirida em todo o mundo.

3.2. Fatores de risco/ causas de AVC

Os factores de risco aumentam a probabilidade de um acidente vascular cerebral,


mas, muitos deles, podem ser atenuados com tratamento médico ou mudança nos estilos de
vida.

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Existem outras causas menos frequentes de AVC como doenças inflamatórias das
artérias, alguns tipos de reumatismo, uso de drogas como a cocaína, doenças do sangue e da
coagulação sanguínea.

Finalmente, a presença de Acidentes Isquémicos Transitórios (AIT’s) é um factor de


risco extremamente importante visto que cerca de 1/3 dos indivíduos que sofrem AIT`s
acabarão por sofrer um AVC dentro de cinco anos (Martins, 2006).

Os principais factores de risco de AVC são, a arteriosclerose, a hipertensão arterial,


o tabagismo, o colesterol elevado, o Diabetes Mellitus, a obesidade, doe nças das
válvulasarritmias cardíacas, dilatações do coração, a hereditariedade, sedentarismo
e uso de anticoncepcionais.
Existem outros fatores de riscos mais comuns, nomeadamente:

 Hipertensão;
 Diabetes;
 Tabagismo;
 Consumo frequente de álcool e drogas;
 Estresse;
 Colesterol elevado;
 Doenças cardiovasculares, sobretudo as que produzem arritmias;
 Sedentarismo;
 Doenças do sangue.

Existem fatores que podem facilitar o desencadeamento de um Acidente Vascular Cerebral e


que são inerentes à vida humana, como o envelhecimento. Pessoas com mais de 55 anos
possuem maior propensão a desenvolver o AVC. Características genéticas, como pertencer a
raça negra, e história familiar de doenças cardiovasculares também aumentam a chance de
AVC. Esses indivíduos, portanto, devem ter mais atenção e fazer avaliações médicas mais
frequentes.

3.3. Tipos de AVC

A determinação do tipo de AVC depende do mecanismo que o originou.

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3.3.1. AVC Isquémico

Para Garett (1994) a isquemia diz respeito a qualquer processo durante o qual um tecido
não recebe os nutrientes e em particular o oxigénio indispensáveis ao metabolismo das suas
células. Assim, o AVC isquémico é induzido por oclusão de um vaso ou redução da pressão
de perfusão cerebral, seja esta provocada por redução do débito cardíaco ou por hipotensão
arterial grave e sustentada.

Ou seja, quando o tecido cerebral é privado do fornecimento de sangue arterial, segue-se um


sofrimento celular que, conforme a sua intensidade, poderá manifestar-se por
uma perturbação funcional. Se esta privação é de curta duração (menos de 24horas), a
disfunção é considerada reversível. Nestes casos fala-se de Acidente Isquémico Transitório
(AIT).

Quando a isquemia persiste para além desse período de 24 horas, poderão instalar-se lesões
definitivas e irreversíveis do cérebro, caracterizadas pela morte de um grupo de neurónios.
Falamos aqui de enfarte cerebral (Habib, 2000).

3.3.2. Trombose Cerebral

Um AVC é trombótico quando o processo patológico responsável pela oclusão do vaso


se desenvolve no próprio local da oclusão.
Segundo O’Sullivan (1993), trombose cerebral refere-se à formação ou desenvolvimento
de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias cerebrais, ou dos seus
ramos. Os trombos resultam da aderência e agregação plaquetária, coagu lação de
fibrina e queda da fibrinólise.
Existem dois tipos de trombose, a trombose venosa e a trombose arterial. As
tromboses arteriais são as mais frequentes, e resultam da presença de material
ateromatoso que exclui o lúmen de um vaso. As tromboses venosas constituem uma
raridade no conjunto dos quadros de patologia vascular cerebral.
As tromboses cerebrais são frequentemente precedidas por AIT (cerca de 20% dentro
do mesmo território arterial).

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3.3.3. Embolia cerebral

Embolia cerebral define-se como todo o processo em que se verifica a oclusão arterial
por um corpo estranho (embolo) em circulação, que são libertados na corrente sanguínea
e que se deslocam até às artérias cerebrais (O`Sullivan, 1993).
Estes coágulos (ou êmbolos) formam-se dentro dos vasos sanguíneos do cérebro,
geralmente sobre uma placa de gordura, devido à acumulação de colesterol nas paredes
das artérias, processo conhecido como arteriosclerose.

A formação de êmbolos está vulgarmente associada às doenças cardiovasculares,


nomeadamente devido a fibrilhação auricular e outras arritmias. Os êmbolos poderão ter
também origem em desordens sistémicas produtoras de êmbolos gasosos (cirurgia ou
traumatismo), de êmbolos gordos (fracturas de ossos) ou de êmbolos de origem tumoral.

3.3.4. AVC Hemorrágico

A hemorragia cerebral é consequência de um fenómeno inverso ao da isquemia:


a extravasão de sangue para fora dos vasos.
Quando ocorre uma hemorragia, o sangue pode derramar:
 Para o interior do cérebro, provocando uma hemorragia intracerebral.
 Para o espaço cheio de fluído entre o cérebro e a membrana aracnóide, provocando
uma hemorragia subaracnóidea

3.3.5. Síndromes Vasculares


O sangue chega ao cérebro através das artérias vertebrais e das artérias carótidas
internas, que se comunicam através do polígono de Willis. Este é uma anastomose arterial
que fornece o fluxo sanguíneo para os hemisférios cerebrais, sendo formado pelas artérias
cerebrais anteriores e posteriores, artérias comunicantes anterior e posteriores e pela
carótida interna. Estas artérias possuem paredes muito finas, o que as torna mais vulneráveis
a hemorragias. A artéria cerebral mais comummente acometida por AVC é a artéria cerebral
média (Habib, 2000).

3.4. Sinais, sintomas e tratamentos de AVC

Os sinais e sintomas dependem da área do cérebro acometida e incluem, geralmente:

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 Fraqueza ou formigamento em face, braços ou pernas;
 Alterações na visão (uni ou bilateral);
 Confusão, alterações na fala e/ou compreensão;
 Alteração do equilíbrio e/ou coordenação;
 Tontura;
 Alterações na marcha;
 Cefaleia súbita e intensa (mais relacionada com avch).

Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquémicos e hemorrágicos, como:

 Dor de cabeça muito forte, de início súbito, sobretudo se acompanhada de vômitos;


fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetando um dos
lados do corpo;
 Paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar);
 Perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e compreender o que se diz;
 Perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.

Outros sintomas do acidente vascular isquêmico são: tontura, perda de equilíbrio ou de


coordenação. Os ataques isquêmicos podem manifestar-se também com alterações na memória
e na capacidade de planejar as atividades diárias, bem como a negligência.

Neste caso, o paciente ignora objetos colocados no lado afetado, tendendo a desviar a atenção
visual e auditiva para o lado normal, em detrimento do afetado.

Aos sintomas do acidente vascular hemorrágico intracerebral podem-se acrescer náuseas,


vômito, confusão mental e, até mesmo, perda de consciência. O acidente vascular hemorrágico,
por sua vez, comumente é acompanhado por sonolência, alterações nos batimentos cardíacos e
na frequência respiratória e, eventualmente, convulsões.

O AVC é uma emergência médica. Se achar que você ou outra pessoa está tendo um, é preciso
dirigir-se com urgência ao serviço de emergência do hospital mais próximo para um
diagnóstico completo e tratamento

Reabilitação
Parte importante do tratamento, o processo de reabilitação muitas vezes começa no próprio
hospital, a fim de que o paciente se adeque mais facilmente a sua nova situação e restabeleça
sua mobilidade, habilidades funcionais e independência física e psíquica. Esse processo ocorre
quando a pressão arterial, o pulso e a respiração estabilizam, muitas vezes um ou dois dias após

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o episódio de Acidente Vascular Cerebral e é conduzido por equipe multiprofissional, formada
por neurologistas, enfermeiros, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

O processo de reaprendizagem exige paciência e obstinação do paciente e, também, do seu


cuidador, que tem uma função extremamente importante durante toda a reabilitação. Outro
aspecto de considerável importância é a reintrodução do indivíduo no convívio social, seja por
meio de leves passeios, compras em lojas ou quaisquer atividades comuns à sua rotina normal.

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IV. CONCLUSÃO

Contudo, a incidência do AVC aumenta com a idade. Dois terços dos acidentes ocorrem em
pessoas com mais de 65 anos. No entanto, estudos recentes têm demonstrado um aumento nos
casos em pessoas nas faixa dos 30-40 anos.
A incidência é maior em afrodescendentes do que em brancos e levemente maior em homens
do que em mulheres.
Os AVCs são classificados como isquêmicos (AVCi) ou hemorrágicos (AVCh), de acordo com
o processo patológico subjacente. Sendo que os AVCi são os mais comuns, representando 85%.
Enquanto que os AVCh correspondem a 15% dos casos.
O AVCh interfere na função cerebral por meio de vários mecanismos, incluindo a destruição
ou compressão do tecido cerebral e compressão de estruturas vasculares, levando a isquemia
secundária e edema.
O AVCh pode se apresentar de 2 formas:
 Hemorragia Intraparenquimatosa (HIP) ou
 Hemorragia Subaracnóidea (HSA).
A hemorragia intraparenquimatosa é causada pela ruptura de pequenas artérias perfurantes,
ocasionando sangramento dentro do parênquima cerebral, provocando um edema/inchaço nas
estruturas locais que levará à lesão neurológica. O principal fator de risco associado aqui é a
hipertensão arterial sistêmica.
Já a hemorragia subaracnóidea, normalmente está muito relacionada à ruptura de aneurismas e
malformações arteriovenosas e acarreta em sangramento no espaço subaracnóideo.

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V. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS

HABIB, M. (2000). Bases Neurológicas dos Comportamentos. Lisboa: Climepsi


MARTINS, T. (2006). Acidente Vascular Cerebral. Qualidade de vida e bem-
estar. Coimbra: Formasau
MAUSNER, J. E BATH, A. (1999). Introdução à Epidemiologia. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian.

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