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Sintomas de traumatismos cranianos

 Traumatismo craniano pouco grave

Poderá surgir uma protuberância na cabeça. Se houver uma ferida no couro cabeludo, o
sangramento pode ser abundante, visto que este tem muitos vasos sanguíneos perto da
superfície da pele. Por isso, uma ferida no couro cabeludo pode parecer mais séria do
que realmente é.

Os sintomas comuns de traumatismos cranianos menores poderão incluir dor de cabeça


e uma sensação de rotação ou de desmaio iminente. Algumas pessoas também
apresentam confusão leve, náusea e, com mais frequência nas crianças, vômitos. As
crianças pequenas poderão simplesmente se tornar irritáveis.

Uma concussão é uma alteração breve e temporária no funcionamento mental sem


danos na estrutura do cérebro. Frequentemente, as pessoas perdem a consciência
brevemente (geralmente alguns minutos ou menos), mas elas poderão simplesmente
ficar confusas ou ser incapazes de se recordar de eventos e experiências (amnésia) que
ocorreram pouco tempo antes ou logo após a lesão.

Durante algum tempo após uma concussão, as pessoas poderão apresentar dor de
cabeça, tontura, fadiga, memória fraca, incapacidade de se concentrar, dificuldade para
dormir, dificuldade para pensar, irritabilidade, depressão e ansiedade. Estes sintomas
são conhecidos como síndrome pós-concussional.

Você sabia que...

Como o couro cabeludo tem muitos vasos sanguíneos, uma lesão nele poderá causar
hemorragia abundante, mesmo que a lesão não seja séria.

Traumatismo craniano grave

As pessoas poderão sofrer de alguns dos mesmos sintomas que ocorrem com os
traumatismos cranianos pouco graves. Alguns dos sintomas, tais como a dor de cabeça,
poderão ser mais graves.

Além disso, os sintomas começam frequentemente com um período de perda da


consciência que ocorre no momento do impacto. O tempo durante o qual as pessoas
permanecem inconscientes varia. Algumas pessoas acordam em segundos, enquanto
outras permanecem inconscientes durante horas ou até mesmo dias. Ao acordarem, as
pessoas frequentemente se apresentam sonolentas, confusas, inquietas ou agitadas. Elas
poderão também vomitar, sofrer convulsões ou ambos. O equilíbrio e a coordenação
podem ser prejudicados. Dependendo da zona do cérebro danificada, a capacidade para
pensar, controlar as emoções, mexer-se, sentir, falar, ver, ouvir e recordar pode estar
danificada, por vezes de forma permanente.

Poderá haver saída de líquido transparente ou sangue do nariz, dos ouvidos ou de ambos
se a pessoa sofreu uma fratura da base do crânio.

Um cérebro lesionado pode sangrar ou inchar devido ao acúmulo de líquidos (chamado


edema cerebral). Esse sangramento e inchaço aumentam gradualmente a pressão no
interior do crânio, chamada de pressão intracraniana. Mesmo um sangramento e inchaço
leves podem aumentar gradualmente a pressão intracraniana, porque o crânio não
consegue se expandir para alojar qualquer acréscimo em seu conteúdo. À medida que a
pressão intracraniana aumenta, ela limita a quantidade de sangue que corre através do
cérebro. O fluxo sanguíneo reduzido impede que o cérebro funcione normalmente e
causa sintomas. Os primeiros sintomas do aumento da pressão intracraniana incluem
agravamento da dor de cabeça, capacidade de pensamento afetada, diminuição do nível
de consciência e vômitos. Posteriormente, a pessoa poderá ficar sem resposta. As
pupilas podem se alargar (dilatar).

Por fim (geralmente no prazo de um dia ou dois após a lesão), o aumento da pressão
poderá empurrar o cérebro para baixo, causando uma herniação do mesmo, isto é, uma
protuberância anormal do tecido cerebral através de uma abertura natural localizada
entre os compartimentos do cérebro. A herniação do cérebro pode provocar o coma ou
ser mortal, caso seja exercida demasiada pressão sobre o tronco cerebral, a parte inferior
do cérebro que controla funções vitais como o ritmo cardíaco e a respiração. Mesmo
sem herniação, se a pressão intracraniana ficar muito alta, ela pode bloquear o fluxo de
sangue através do cérebro, levando rapidamente à morte cerebral.

Etiologia
As causas de TCE estão relacionadas dentro do grupo de patologias ocorridas por
causas externas, sendo as principais:

50%: acidentes automobilísticos. Neste grupo, a principal faixa etária é de adolescentes


e adultos jovens. Dos 15 aos 24 anos, os acidentes de trânsito são responsáveis por mais
mortes que todas as outras causas juntas.

30%: quedas. Neste grupo há um grande número de idosos. Entretanto, no Brasil são
muito frequentes as quedas de lajes, que são ignoradas pelas estatísticas internacionais.
– 20%: causas “violentas”: ferimentos por projétil de arma de fogo e armas brancas.

14. Outras causas que também contribuem para o TCE são os acidentes ocorridos
durante os esportes e a recreação (ADEKOYA; MAJUMDER, 2004). É importante
notar que a associação com bebidas alcoólicas ocorre em 72% dos casos de TCE e que
mais de 50% dos óbitos por acidente de motocicleta são decorrentes de TCE. O uso de
cinto de segurança comprovadamente é capaz de diminuir em até 60% a ocorrência não
só do TCE grave como também da mortalidade. O uso do capacete ao andar com motos
reduz a mortalidade em até 30% (ALBANESE; LEONI; MARTIN, 2001).

Qual é o tratamento para o Traumatismo


Craniano Encefálico?
O tratamento deve ser aplicado o quanto antes para maximizar as hipóteses de
recuperação e de evitar complicações ou sequelas como dificuldade para
andar, ver ou falar.

O tratamento em si vai sempre depender da gravidade e extensão das lesões


cerebrais e poderá ser necessário outro tipo de acompanhamento suplementar
como a fisioterapia, ortopedista ou terapia ocupacional para que haja uma
reabilitação mais completa e assim diminuir o efeito de possíveis complicações,
aumentando a qualidade de vida do doente.

Nos dias e semanas imediatamente após o trauma, o tecido cerebral é afetado


pelo impacto, pela possível hemorragia ou por mudanças na composição
química do cérebro.
A acumulação do sangue ou formação de coágulos pode ocorrer e terão que
ser removidos através de intervenção cirúrgica de forma a reduzir a pressão
intracraniana.

O objetivo é controlar o inchaço, manter o sangue fluido e o equilíbrio do


sistema químico, de forma a promover o desenvolvimento e manutenção das
funções cerebrais.

Quando se trata de um traumatismo leve, o tratamento pode ser apenas o uso


de fármacos para a dor, aplicação de curativos caso necessário e
acompanhamento médico vigilante para despiste de uma evolução mais
gravosa no hospital durante pelo menos 12 horas, e depois em casa.
Nos casos graves, em situações onde ocorrem fraturas ou lesões cerebrais
graves poderá ser feita a cirurgia para reduzir a pressão dentro do crânio, o
que implica o internamento nos cuidados intensivos, e a recuperação pode
demorar algum tempo.

Em algumas situações mais graves pode ser necessária a indução do coma


para que o cérebro possa diminuir a sua atividade e assim potenciar a
recuperação. Nesta situação o doente é assistido por aparelhos e por
medicamentos intravenosos.

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