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Trombo: é um coágulo de sangue que se localiza dentro dos vasos sanguíneos, aderido
à parede do mesmo, obstruindo a passagem de sangue. A obstrução pode ser parcial ou total.
Quando o vaso é obstruído por um trombo, damos o nome de trombose.
Êmbolo: é quando um trombo se solta e viaja pela corrente sanguínea até encontrar um
vaso com calibre menor do que o próprio êmbolo, ficando preso e obstruindo a circulação do
sangue. Quando um vaso é obstruído por um êmbolo, estamos diante de uma embolia. Um
exemplo comum é a embolia pulmonar.
Isquemia: é a falta de suprimento de sangue para algum tecido ou órgão. Toda vez que
a circulação de sangue não é suficiente para o funcionamento das células, ocorre a isquemia.
É um processo reversível se tratado a tempo.
Infarto: É a morte das células por uma isquemia prolongada. Ocorre em geral por
obstrução da artéria por um trombo ou por um êmbolo. O infarto mais conhecido é o do
miocárdio (músculo do coração), mas ele pode ocorrer em qualquer tecido ou órgão.
O AVE, portanto, nada mais é que um infarto de uma região do cérebro causado por um
trombo que se forma em uma artéria cerebral ou por um êmbolo formado em algum lugar do
corpo, que viaja na corrente sanguínea até se alojar em uma artéria do cérebro.
O AVE é um quadro que ocorre tipicamente em pessoas acima dos 50 anos com
exposição prolongada a determinados fatores de risco, mas pode ocorrer em jovens que
tenham alterações na coagulação sanguínea ou doenças inflamatórias dos vasos, como, por
exemplo, anticorpo antifosfolipídio, fator V de Leiden, Lúpus ou vasculites.
Tipos de AVE:
1. AVE Isquêmico
AVE por embolia - Normalmente tem origem no coração, mais especificamente no átrio
esquerdo. Uma arritmia cardíaca chamada fibrilação atrial é a principal causa de embolia
cerebral. O átrio quando está fibrilando não pulsa corretamente, com isso, o sangue
dentro dele fica parado, o que favorece a coagulação e a formação de coágulos;
AVE por choque circulatório - Causado por uma parada cardíaca ou um estado de
choque circulatório prolongado. Este tipo de acidente vascular cerebral é o mais grave,
pois a falta de circulação sanguínea apropriada faz com que todo o cérebro sofra
isquemia, e não apenas uma região como nos AVE’s causados por trombo ou êmbolo.
Pacientes com parada cardíaca prolongada costumam sofrer danos irreversíveis no
cérebro. Três minutos de parada cardíaca, sem atendimento adequado, já provocam
lesões cerebrais graves. A partir do quinto minuto a chance de morte cerebral é próxima
de 100%. Mesmo quando se iniciam rapidamente as manobras de ressuscitação
cardiopulmonar existe um limite de tempo para sobrevivência do cérebro. Poucos são os
casos que evoluem bem após mais de 10 minutos de manobras de ressuscitação sem
resposta.
*Estes mecanismos supracitados são responsáveis por cerca de 80% dos casos de AVE isquêmicos.
*Principais Fatores de risco: DM; Idade; Cigarro; Sedentarismo; Obesidade; HAS; Fibrilação
atrial.
2. AVE Hemorrágico
O crânio é uma caixa fechada que não tem capacidade de se expandir. Quando há
hemorragias grandes, o sangue vaza para o cérebro forma hematomas que começam a
comprimi-lo em direção à calota craniana. Esta compressão do cérebro contribui ainda mais
para lesão dos neurônios e para o risco de morte.
Coma;
Morte.
O acidente vascular cerebral não causa dor, exceto por uma excruciante cefaleia que
pode ocorrer nos casos de AVE hemorrágico. Até 1/3 dos derrames ocorrem durante o sono e
o paciente só nota alteração ao acordar.
Nos AVE’s hemorrágicos o quadro pode evoluir muito rapidamente dependendo da sua
extensão e da área do cérebro acometida. O paciente se queixa de mal-estar e rapidamente
pode evoluir para perda de consciência e parada cardiorrespiratória.
É muito comum o AVE cursar com pico hipertensivo. A falta de sangue em regiões do
cérebro leva o corpo a aumentar a pressão arterial em uma desesperada tentativa de aumentar
a perfusão de sangue para o cérebro. Não se deve tentar controlar a pressão nestes casos
(principalmente se ela estiver abaixo de 200/110 mmHg), pois há um perigo de piorar a
isquemia cerebral se a pressão baixar rapidamente.
Mal de Parkinson
*Principais fatores de risco: Idade; HPF; sexo masculino; traumas; exposição prolongada a
agrotóxicos.
Mal de Alzheimer
Doença degenerativa que causa atrofia no cérebro, com posterior demência. Seus
mecanismos causadores não são bem elucidados. Portanto, trata-se de uma doença ainda
dada como de origem idiopática. No Alzheimer, os neurônios e suas conexões se degeneram e
morrem, causando atrofia cerebral e declínio global na função mental.
O que leva o paciente ao óbito não é a doença em si, mas sim suas complicações, como
acidentes e quedas com traumatismos cranianos, dificuldade em engolir, que o ocasiona
broncoaspiração e desnutrição, e restrição ao leito, que favorece o surgimento de infecções e
escaras. A pneumonia e a infecção urinária costumam ser os principais tipos de infecção do
paciente com Alzheimer.
*Principais fatores de risco: Idade avançada (o mais importante); raça (indivíduos negros têm
maior incidência na doença); sexo feminino; sedentarismo, HAS, DM, tabagismo, dislipdemias
(fatores supostamente associados).
Epilepsia
Epilepsia ≠ Convulsão;
A crise convulsiva, ou crise epilética, surge quando ocorre um distúrbio na geração dos
impulsos elétricos cerebrais (gerados pela comunicação realizadas entre os neurônios)
normalmente causada por uma temporária atividade elétrica que é desorganizada, excessiva e
repetida.
Portanto, nem toda crise convulsiva é causada por um quadro de epilepsia. Podemos
citar algumas doenças e alterações que podem provocar crise convulsiva sem que se
caracterizem como um quadro de epilepsia:
Meningite;
Febre;
Drogas;
Hipoglicemia;
Anóxia (falta de oxigênio);
Traumas;
Desidratação grave;
Insuficiência renal avançada;
Alterações hidreletrolíticas.
Crise convulsiva parcial - A crise epilética parcial é aquela que ocorre quando os impulsos
elétricos anômalos ficam restritos a apenas uma região do cérebro. É chamada de crise
epilética parcial simples, aquela que ocorre sem alteração do nível de consciência do paciente.
Os sintomas podem ser sutis e dependem da área cerebral
afetada.
Transtornos neurológicos
Déficit de socialização.
Desempenho de papel alterado (transtornos neurológicos).
Comunicação verbal prejudicada.
Mobilidade física prejudicada.
Intolerância à atividade.
Nutrição alterada: potencial para ingestão menor do que a recomendada.
Alteração sensorial perceptiva.
Potencial para trauma.
Risco para infecção.
Potencial para déficit do volume de líquidos.
Potencial para temperatura corporal alterada.
Troca gasosa prejudicada.
Padrão respiratório ineficaz.
Perfusão tissular alterada.
Risco para enfrentamento familiar ineficaz.
Risco para termorregulação ineficaz.
Risco para hipotermia.
Risco para constipação colônica.
Risco para incontinência fecal e urinária.
Risco para disfunção sexual.
Assistência de enfermagem
Avaliação inicial:
HPP; HPF; força motora; deambulação; comunicação; etc.
Uso de utensílios e aparelhos de auxílio;
Prática das AVD’s;
Alimentação;
Eliminação.
Promover ventilação e perfusão adequadas;
Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico;
Promover nutrição adequada;
Facilitar eliminações vesicais e intestinais;
Prevenir complicações provenientes da imobilidade;
Manter ambiente calmo e seguro;
Incentivar técnicas alternativas de comunicação;