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Prescrições na

Emergência Veterinária
Guia Prático
"Este produto é destinado exclusivamente a
profissionais da área de saúde. O exercício de
atividades regidas pelos conselhos profissionais sem
a devida habilitação constitui uma atividade ilegal."

"A medicina cura o homem, a medicina


veterinária cura a humanidade".

- Louis Pasteur

Guia prático para seu plantão na emergência


SUMÁRIO
Contusão Pulmonar .....................................6
Hipertensão Arterial ....................................7
Estatus Epileticos .......................................8
Síndrome Braquiocefálica ............................9
Edema Pulmonar Cardiogênito ..................10
Cetoacidóse Diabética ...........................11
Obstrução Uretral ......................................12
Hipercalemia ...............................................13
Intoxicação por curaminicos .....................14
Intoxicação por organofosforado ..............15
SUMÁRIO
Trauma Cranioencefálico ...........................16
Intoxicação por paracetamol ....................17
Choque hipovolêmico .................................18
Choque anafilático......................................19
Choque séptico............................................20
Trauma espinal ...........................................22
Efusões pleurais .........................................24
Fluídoterapia ..............................................26
Paralisia de laringe .....................................27
Piotórax ......................................................28
SUMÁRIO
Transfusão sanguínea ................................30
Úlcera de córnea .....................................32
Piometra de coto ........................................34
CONTUSÃO PULMONAR
1 . Oxigenioterapia e fluidoterapias: coloides,
antibióticoterapia, devido a predisposição de
pneumonia.

2. Hemorragias intrapulmonares pode ser necessário


toracocentese de emergência em casos graves, suporte
ventilatório.

6
HIPERTENSÃO ARTERIAL
1 . Anlodipino: cães 0,1 a 0,25mg/kg; SID/BID, em gatos
0,625 mg/kg; SID ou 1,25 mg/kg BID.

2. Pode ser associado ao IECA, exemplo: benazepril 0,5


mg/kg; BID/SID e ao beta bloqueadores, exemplo:
atenolol em cães 0,25 mg/kg a 1 mg/kg; BID/SID, em
gatos: 3mg/kg; BID/SID.

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ESTATUS EPILETICUS
1 . Oxigenio e fluidoterapia: NaCl 0.9% - 10ml/kg/h.
Diazepan 0,5 mg/kg; IV ou 1 mg/kg; IV (caso já tome
fenobarbital não exceder 3 mg/kg), também pode ser
aplicado via retal 1 a 2 mg/kg. Para receber uma
monoterapia com fenobarbital, administrar 20 mg/kg,
dividido em 24 hotas em crises recorrentes.

2. Diazepan em infusão contínua de 0,5 mg/kg ou


midazolan 0,3 mg/kg. Outra alternativa é o propofol a 4 -
8 mg/kg; IV lento, seguida de 4 a 12 mg/kg.

3. A ketamina também tem se mostrado eficiente na


dose de 5 mg/kg em bolus de infusão contínua
levetiracetam 60 mg/kg; IV em seguida de 20 mg/kg; TID.

4. Quando todas as alternativas falharem, a indução ao


como por um período mínimo de 12 horas, com agentes
anestésicos gerais IV ou inalatórios. Nesse caso, utiliza-
se respirador mecânico e monitorização constante.

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SÍNDROME BRAQUIOCEFÁLICA
1 . Oxigenio e bolus de furosemida 2mg/kg;TID.

2. Sedação com acepromazina 0,02 mg/kg e meperidina


2 mg/kg.

3. Dexametasona 0,1 mg/kg.

4. Cirúrgia corretiva: rinoplastia e estalectomia.

9
EDEMA PULMONAR CARDIOGÊNITO
1 . Dobutamina 3 a 10 microgramas/kg/min, desmamar
2 microgramas/kg/min.

2. Pimobendan VO 0,25 a 0,3 mg/kg; TID, se a


dobutamina não resolver, utilizar a noradrenalina 0,05 a
3 microgramas/kg/min, furosemida 2 a 4 mg/kg em bolus
lento, após 40 minutos, se necessário 2 mg/k.

3. Edema pulmonar com boa perfusão, furosemida 4


mg/kg em bolus lento, após 40 minutos se necessário 2
mg/kg, isordil 2 mg/kg VO, anlodipino em cáes 0,1 a 0,25
mg/kg e em gatos 0,650 a 1,25 mg/kg SID/BID,
pimobendan 0,25 a 0,3 mg/kg TID/VO se necessário,
nitropussiato de sódio.

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CETOACIDÓSE DIABÉTICA
1 . Fluidoterapia Nacl 0,9%, insulinoterapia.

2. Insulina regular 2,2 uikg a 250ml de Nacl 0,9%.

3. Se a glicemia < 250 mg/dl, fazer solução de dextrose a


5% para evitar hipoglicemia, e passar para insulina 0,1 a
0,4 uikg SC a cada 4 a 6 horas.

4. Diminuir a glicose gradualmente 50mg/dl, monitorar a


cada 1 a 2 horas até chegar a 200 a 300 mg/dl.

5. Iniciar protocolo de insulina de longa duração assim


que o animal for capaz de beber e comer, sem vomitar.

6. Se hipofosfatemia < 1,5 mg/dl, suplentar a dose 0,06


mmolkgh, se hipomagnesimia, suplentar com sulfato ou
cloreto de magnésio.

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SÍNDROME UTOLOGICA FELINA:
OBSTRUÇÃO URETRAL
1 . Analgesia opioides: fentanil 25 microgramas/kg/h,
butorfanol 0,2 a 0,4 mg/kg VO, SC, TID, não usar AINE.

2. Fluidoterapia: Nacl 0,9%.

3. Cistocentese de alívio, caterização urinária quando o


tratamento medicamentoso não for suficiente, optar
para cirúrgia (urestotomia, penectomia).

12
HIPERCALEMIA
1 . Gluconato de cálcio 0,5 a 1,5 mlkgh 5 a 10 minutos
lento.

2. Insulina solúvel + sol 25% de dextrose: 0,5 uikg de


insulina + 2g de dextrose ui de insulina administrada
tertulina (beta adrenérgico) 0,01 mg/kg IV lento,
bicarbonato de sódio 1 a 2 mEq/kg IV, 10 a 15 minutos.

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intoxicação por CURAMINICOS
1 . Ingestão recente: induzir êmese, lavagem gástrica
com carvão ativado.

2. Se ingestão incerta ou mais que 2 horas: vitamina K


(IM ou SC) 2,5 mg/kg, seguinte 1 a 2,5 mg/kg cada 8 a 12
hotas de 5 a 7 dias.

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intoxicação por oganofosforado
1 . Indução do vomito até 2 horas de ingestão com
carvão ativado.

2. 1 a 5 g/kg VO, com lactose 2 a 4,5 ml/kg VO, se na


pele lavar com detergente, se sintomático: atropina 0,2 a
2 mg/kg IV em cães, gatos 0,2 mg/kg IV, cada 3 a 6 horas
pralidoxima: 20 a 50 mg/kg IM ou SC, se convulsão:
diazepam 0,5 a 1mg/kg IV.

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trauma cranioencefálico
1 . Posicionamento da cabeça em 30 graus,
oxigênioterapia, ventilação, se necessário fluidoterapia
IV Nacl 9% 80 a 90 ml/kg cães e 50 a 55 ml/kg gatos.

2. Se não houver melhora Nacl 7,5% de 5 a 10 minutos, 3


a 5 ml/kg cães e 2 a 4 ml/kg gatos, associado ao Nacl e a
coloides 5 a 10 ml/kg se a PIC não abaixar, dobutamina:
cães 2 a 20 micrograma/kg/minuto, infusão contínua.

3. Analgesia: morfina 0,1 a 0,5 mg/kg, fentanil 0,2 a 0,7


microgramas/kg/min.

4. Manitol em pacientes críticos (estupor de coma) bolus


15 minutos, dose 0,25 a 1g/kg máximo 3 bolus/ 24 horas.

5. Anticonvulsivo: Diazepam 0,5 a 2mg IV ou intra retal,


midazolan 0,06 a 0,3 mg/kg; IV, IM, se não melhorar
fenorbabital, propofol, cirúrgia craniotomia (midríase
bilateral) corticoides, não aconselhável.

6. Hipotermia terapêutica, controverso.

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INTOXICAÇÃO POR PARACETAMOL
1 . Antidoto: N acetilcisteina. Fluidoterapia Nacl 0,9%,
cães 2 a 3 mlkg e gatos 1ml/kg.

2. Indução da êmese até 2 horas, gatos xilazina 0,44


mg/kg IM, cães apomorfina 0,03 mg/kg IV ou 0,04 mg/kg
IM ou SC.

3. Lavagem Gástrica: até 2 horas após a ingestão, 5 a 10


mlkg, repetidos até o conteúdo sai límpido.

4. Carvão ativado: 1 a 4 g/kg oral, a cada 4 a 6 horas (1g


por 5ml de água).

5. Oxigênioterapia ácido ascórbio: reduzir a


metemoglobina em hemoglobina 30mg/kg VO/SID ou
20mg/kg IV/BID a QUID, cimetidina para diminuir o
metabolismo do paracetamol 5 a 10mg/kg TID a QUID
até 48 horas.

6. SAME: aumenta os níveis de glutationa hepática


18mg/kg VO, 1 a 3 meses.

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choque hipovolêmico
1 . Nacl 9% 90 ml/kg sendo 1/4 em 15 minutos.

2. Se melhorar, administrar perdas iniciais em 6 a 8


horas, se não melhorar administrar coloides 3 a 10
mg/kg em bolus, e ainda assim se não houver melhora
administrar vasopressina 0,01 a 0,04 mg/kg/minuto.

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choque anafilático
1 . Oxigênioterapia e intubação se necessário.

2. Hiperagudo: epinefrina 0,01 mg/kg IV ou IM.

3. Reação severa: epinefrina 0,001 mg/kg IV.

4. Reação ligeira a moderada: anti-histamínicos,


diferidramina 1 a 4 mg/kg em cães 0,5 a 2 mg/kg, gatos
VO 8 a 12 horas.

5. Fluídos cristaloides isotônicos IV em cães 90 ml/kg/h,


gatos 50 ml/kg/h, se hipotensão < 60 mmhg, cães
hidroxitilamida 5 a 20 ml/kg 15 minutos, gatos 2,5 a 10
ml/kg 15 minutos. Metil prednisona 2 mg/kg 10 minutos
ou dexametasona 0,5 mg/kg.

6. Hipotensão persistente: epinefrina 4 mg/ 1 L de


solução salina, infusão contínua 1 ml/kg/h, dispneia
devido a bronco constrição: salbutemol 4
microgramas/kg IV com edema pulmonar furosemida 0,5
mg/kg IV e monitorar FC,FR e P.a.

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choque SÉPTICO
1 . ABC do trauma vias áereas: intubação,
traqueostomia.
2. Boa respiração: oxigênio, ventilação, circulação e
fluidoterapia Nacl 9% em cães 90ml/kg/h em gatos
60ml/kg/h nos primeiros 20 minutos bolus com 25% do
volume total, se em 30 minutos não houver melhora,
associar com coloide em cães 20 ml/kg/dia, bolus 5
ml/kg em gatos 10 a 20 ml/kg/dia: bolus 2,5 a 3 ml/kg
solução hipertônica em cães 2 a 5ml/kg, gatos 2 a 4
ml/kg, em caso de hipoglicemia < 60 mg/dl, 0,2 ml/kg de
dextrose a 50% junto com fluido se hipocalemia <3,5
mmol ou hipocalcemia <0,9 mmmol, realizar infusão
2mEq/ml diluído em uma taxa de 0,25 a 0,5 mEq/kg/h. 1
ml/kg de gluconato de cálcio a 10%, diluído IV lento.

3. Terapia vasoativa: dobutamina 5 a 20


micrograma/kg/min, norepinefrina 0,05 a 2
micrograma/kg/min.

4. Antibióticoterapia: se antes da cultura, usar de amplo


espectro.

20
choque SÉPTICO
5. Acidose metabólica: bicarbonato de sódio 1 a 2
mEq/kg IV lento ou diluído em cada litro de fluído
administrado.

6. Anti-arrítmicos se taquicardia compensatória,


atropina 0,04 mgkg, atropina 0,04 mg/kg.

7. Diuréticos: se debito urinário não for suficiente,


furosemida 2 a 4 mg/kg glicocorticoides, controverso
dimunuir radicais livres, dmso, vitamina e manitol.

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trauma espinal
1. Imobilização e verificar vias aéreas oxigênioterapia e
fluidoterapia Nacl 0,9% 2 a 4 ml/kg/h.

2. Diuréticos: manitol 0,1g/kg - contra indicado se


houver hipotensão/hemorragias.

3. Corticoideterapia: metil prednisona 30mg/kg, bolus de


15mg/kg as 2 horas e 6 horas, após administração
inicial seguidamente de 8 horas em 8 horas, até 48
horas após o trauma.

4. Desconforto gástrico: omeprazol em cães 0,5 a 1,5


mg/kg; VO/IV/SID, em gatos 0,75 a 1 mg/kg VO/SID.
Sucralfato em cães até 500mg/VO a cada 8 horas até
20kg, em gatos 250mg/VO a cada 8 horas.

5. Controle da dor: morfina em cães 0,5 mg/kg a cada 2


horas IV/IM ou infusão contínua 0,15 a 0,2 mg/kg; IV, em
gatos 0,1 a 0,4 mg/kg a cada 2 a 4 hotas IV/IM. Metadona
em cães 0,1 a 0,5 mg/kg IM, 0,1 a 0,3 mg/kg IV, em gatos
0,1 a 0,3 mg/kg IM, 0,1 a 0,3 mg/kg IV.

22
trauma espinal
6. Dobutamina: em cães 2,5 a 20 microgramas/kg/min
IV infusão contínua, em gatos 1 a 5 micrograma/kg/min
IV infusão contínua, vitamina E e antioxidante,
tratamento cirúrgico.

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efusões pleurais
1. Tratamento: toracocentese indicada para todos os
tipos de efusão pleural. Anestesia local ou contenção
manual geralmente são suficientes. Alguns pacientes
exigem sedaçãi leve. Realizada do 7º ao 9º espaço
intercostais, acima da junção costocondral.
Radiografias ou ultrassonografias auxiliam na
localização do líquido. Acopla-se um cateter (nº16 ou
18) ou butterfly (nº21 ou 23) à torneira de três vias
conectada a seringa de 20 ou 60ml e ao equipo ligado a
um frasco coletor. Cuidar para que não entre ar no
espaço pleural. A compressão deve ser lenta para não
causar distúrbios hemodinâmicos. Drenar o máximo
possível, exceto em animais com hemotórax.

2. Tratar causa base.

3. Dreno cirúrgico: se forem necessárias várias


toracocenteses indica-se colocação de dreno cirúrgico
e retira-lo quando a produção de líquido for inferior a 3-
5ml/kg/dia.

24
efusões pleurais
4. Lavagens pleurais: indicadas infusões lentas de
solução salina isotônica estéril morna, no espaço
pleural, na dose de 10-20ml/kg, via tubo torácico, na
presença de líquido viscoso.

5. Frequentemente, remove-se volume em quantidade


inferior à infundida. Não adicionar heparina ou agentes
fibrinolíticos.

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fluídoterapia
1. Indicações de fluídoterapia para correção de
desidratação (reidratar o paciente), correção de
eventuais desequilíbrios eletrolíticos ou ácido-básico.

2. Cálculo de fluídoterapia:
Depois de determinar a necessidade basal de líquidos
Cães e gatos adultos – 40-50 ml/kg/dia
Cães e gatos filhotes – 70ml/kg/dia
Determinar a necessidade de reposição em função da
desidratação
PESO (kg) x % DESIDRATAÇÃO x 10
Determinar as perdas hídricas contínuas
Vômito 40ml/kg/dia
Diarreia 50ml/kg/dia
Ambos 60ml/kg/dia
Calcular volume final e a velocidade de infusão
VOLUME TOTAL DE FLUIDOTERAPIA EM UM DIA =
NECESSIDADE BASAL + NECESSIDADE DE
REPOSIÇÃO + PERDAS HÍDRICAS CONTÍNUAS.
Caninos = 60-80 (90) ml/kg/h
Felinos = 50-55 ml/kg/h

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paralisia de laringe
1. Tratamento emergencial: ventilação, repouso e
controle da temperatura: animais braquicefálicos
dispneicos apresentam dificuldade de realizar a
termorregulação e fazem hipertermia (resfriamento
lento).

2. Sedativos: acepromazina 0,02mg/kg, IV;


buprenorfina 0,005 mg/kg, IV, ou butorfanol 0,25 mg/kg,
IV.
·Glicocorticoide: dexametasona 0,2-1 mg/kg, IV;
prednisona 0,5-1 mg/kg, VO, SID/BID, ou hidrocortisona
30mg/kg, IV (para reduzir o edema de laringe).

3. Tratamento conservador (cães com disfunção


unilateral não são candidatos à cirúrgia).
·Perda de peso.

4. Anti-inflamatórios esteroides: prednisona 0,5-1


mg/kg, VO,SID/BID (para reduzir o edema de laringe).
·Tratamento cirúrgico. A técnica de escolha é a
lateralização unilateral da aritenoide. Se necessário,
fazer traqueostomia.

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PIOTÓRAX
1. Toracocentese e colocação de drenos torácicos. A
drenagem deve ser feita inicialmente a cada 2-4 horas
e o intervalo é aumentado assim que diminuir a
quantidade de efusão. Lavagem no espaço pleural com
solução fisiológica aquecida (10 mL/kg) ajuda na
drenagem. Não há benefícios do uso de antibióticos,
heparina, fibrinolóticos ou antissépticos locais. O
dreno deve ser removido quanto o volume da efusão
for inferior a 3mL/kg/dia, não houver efusão à
radiografia torácica ou bactérias à citologia da efusão.

2. Antibióticos de amplo espectro IV, até que o animal


esteja alerta e com apetite normal. Amoxicilina +
clavulanato 22mg/kg, VO,TID, porém não há
apresentação IV. Ampicilina + sulbactam 22mg/kg,
IV,TID; clidamicina 11mg/kg, VO, BID, associada a
enrofloxacina 5mg/kg, VO,BID ou gentamicina 9mg/kg,
SC, SID. Caso suspeite de infecção por Nocardia ou
actinomyvces spp., indica-se sulfametoxazol +
trimetroprim 30mg/kg, VO,BID, ou doxiciclina 5-
10mg/kg, VO, BID.

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PIOTÓRAX
3. Fluídoterapia para corrigir desidratação e distúrbios
eletrolíticos.

4. Toracotomia exploratória quando suspeitar de corpo


estranho, houver aderências ou quando não conseguir
obter êxito nas drenagens.

29
transfusão sanguínea
1. Cálculo de volume a ser transfundido:
Papa de hemácia ou sangue total
Volume (mL) = Fator* xX Peso do paciente X (Ht%
desejado – Ht% do receptor) / Ht% bolsa
·Fatores: 90 para cão e 70 para gato.
·No geral: 15ml/kg de papa de hemácias ou 20ml/kg de
sangue total para aumentar em 10% o Ht do receptor.
·Ou: 2,2ml/kg de sangue total (doador com Ht de 40%)
para aumentar em 1% o Ht receptor.
·Ou: 10ml/kg de sangue total para fornecer 1.000.000
de hemácias ao receptor.
·Concentrado de plaquetas: 1 bolsa para cada 10kg de
peso.

2. Plasma
Volume (mL)= Volume plasmático do receptor X (PTP
pretendida – PTP do receptor) (dividido) PTP do
doador.

30
transfusão sanguínea
3. Volume plasmático = volemia x % plasma no sangue
x peso: onde a volemia = 90 em cães e 70 em gatos, e
% plasma no sangue = 0,6 cães e gatos.
Obs. A mesma fórmula pode ser utilizada substituindo-
se o valor da PTP (proteína total plasmática) pelo valor
da albumina.

31
ulcera de córnea profunda
1. Tratamento: Caráter emergencial.

2.Tratamento clínico: Colar elisabetano imprescindível.


Terapia local em todos os casos, sendo necessário
instilações diárias de cada agente proposto, exceto os
AINEs. Colírios são preferidos, aliado sempre ao
tratamento cirúrgico.

3. Cloranfenicol (antibiótico terapia tópica).

4. EDTA a 0,2%.

5. Cetirolaco a 0,5%.

6. Intervenção cirúrgica: Recobrimento com enxerto


conjuntival pediculado, em úlceras profundas focais e
descementocele (com menos de 3mm), ou 369º
(enxerto de Gundersen) em úlceras extensas.

32
ulcera de córnea profunda
7. Enxerto com membrana amniótica autógena ou
xenógena criopreservada pode ser utilizado.

8. Reconstrução de câmara anterior deve ser realizada


em casos de prolapso de íris.

9. Recobrimento da terceira pálpebra (flap de terceira


pálpebra) não é indicado, pois não oferece suporte
trófico.

33
piometra de coto
1. Cirúrgica resseção do coto uterino e do ovário
remanescente.

2. Antibioticoterapia: quinilonas ciprofloxacino


(cloridrato) 10-20 mg/kg, VO/SC/IM, BID/TID, ou
amplicilina 15-25mg/kg, VO/IM/SC/IV, TID. Sugere-se
realização de cultura e antibiograma para escolha do
antibiótico.

34
BOM PLANTÃO

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