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GESTÃO DA FARMÁCIA

HOSPITALAR E CLÍNICA

Farm. Msc. Heloisa Arruda Gomm Barreto


Maio/2014
PROGRAMAÇÃO

 Gestão

 Gestão para qualidade

 Gestão Farmácia Hospitalar

 Casos práticos (participação)

 Atividades em grupo

 Visita ao Hospital do Idoso Zilda Arns


CENÁRIO
SÉCULO XXI
SÉCULO XXI
Hospitais

Uma realidade diferente?


HOSPITAL

... É parte integrante de um sistema coordenado de


saúde, cuja função é dispensar à comunidade
completa assistência médica, preventiva e
curativa, incluindo serviços extensivos à família em
seu domicílio e ainda um centro de formação para
os que trabalham no campo da saúde e para
pesquisas biossociais.
OMS
HOSPITAL

Inovação contínua
Maior produtividade
Qualidade
QUALIDADE

 É fornecer produtos e serviços que excedam as


necessidades e expectativas do cliente.

 Conceito subjetivo

 Como definir qualidade em saúde?

Normas Técnicas NBR ISO 9001-2000


QUALIDADE EM SAÚDE

 O melhor cuidado é aquele que maximiza o bem


estar do paciente, levando em conta o balanço dos
ganhos e perdas esperados que acompanham o
processo do cuidado em todas as etapas.

Donabedian, 1992.
O QUE É GERENCIAR?

Gerenciar é melhorar e manter resultados.

Portanto um sistema de gestão é construído para


melhorar e manter resultados.

FONTE: Instituto de Desenvolvimento Gerencial INDG. Dra Sônia Cipriano


Gestão para qualidade

 É a adoção de programas desenvolvidos internamente


ou segundo padrões externos , capazes de comprovar
um padrão de excelência assistencial, a partir da
melhoria contínua da estrutura, dos processos e
resultados.

Carvalho et al, 2004


Modelo de avaliação de qualidade de
Donabedian
• Área Física
• Equipamentos
Estrutura • Insumos
• Recursos Humanos

• Atividades
desenvolvidas
Processos • Monitoramento
por indicadores
• O que se espera
alcançar
Resultados • Impacto
ocasionado
• Avaliação dos
indicadores
TYPES OF OUTCOMES
ECHO Model

Economic Clinical
Outcomes Outcomes
Desfecho
Medida quantitativa da
intervenção clínica
Humanistic
Outcomes

Kozma. Clin Ther.1993. 15(3)


JOINT COMMISSION ON
ACCREDITATION OF HEALTH
CARE ORGANIZATIONS -

JCAHO Prêmio
Normas
Nacional da
Técnica
Qualidade -
ISO 9001-
PNQ
2000

Gestão da
Qualidade
Prêmio Prêmio
Qualidade Nacional da
do Gestão em
Governo Saúde -
Federal - Organização PNGS
PQGF Nacional de
Acreditação -
ONA
META – RESULTADO A SER
ATINGIDO

MÉTODO – “CAMINHO” (OU PROCESSO)


PARA SE ATINGIR O RESULTADO.
COMPARAÇÃO ENTRE O GERENCIAMENTO PELA
QUALIDADE E A ADMINISTRAÇÃO TRADICIONAL
Gerenciamento de Qualidade Administração Tradicional
Qualidade Conquistável Intangível
Orientação Cliente (Holístico) Departamento (Setor)
Foco Processo Produto
Sistema Preventivo Reativo
Cliente Prioridade Freguês
Trabalho Equipe Individual
Fornecedor Integrado Pode ocorrer antagonismo
Erro Oportunidade de melhoria Falha
Administração Fatos Intuição
Organização Total Departamental
Evolução Melhoria contínua Conservadora
FARMÁCIA HOSPITALAR

 é a unidade clínico-assistencial, técnica e


administrativa, onde se processam as atividades
relacionadas à assistência farmacêutica, dirigida
exclusivamente por farmacêutico, compondo
a estrutura organizacional do hospital e
integrada funcionalmente com as demais
unidades administrativas e de assistência ao
paciente.

Portaria MS no 4283/2010
OBJETIVOS

 Prestar assistência farmacêutica integrada ao


paciente e a equipe multiprofissional;

 Promover o uso racional de medicamentos;

 Contribuir para a segurança do paciente;

 Contribuir no processo de cuidado à saúde.


A PROFISSÃO FARMACÊUTICA
Transitions, part 1: Beyond Pharmacuetical care

Holland & Nimmo, Am J Health-Syst Pharm. 56:1, 1999.


“PHARMACEUTICAL CARE”

Atenção farmacêutica é a provisão responsável do


tratamento farmacológico com o objetivo de alcançar
resultados satisfatórios na saúde, melhorando a
qualidade de vida dos pacientes.

Hepler & Strand, 1990


Medicamento Indivíduo
Reis, 2007.
E NO BRASIL?
Transitions, part 1: Beyond Pharmacuetical care

Holland & Nimmo, Am J Health-Syst Pharm. 56:1, 1999.


FARMACÊUTICO HOSPITALAR
% FARMACÊUTICOS HOSPITALARES

Paraná Brasil

Farm
Farm atuantes atuantes
5% 4%
em outras em outras
áreas áreas

95% 96% Farm


atuantes
Farm atuantes em
em Farmácia Farmácia
Hospitalar Hospitalar

CFF, 2010.
Tabela 3: Número de Farmacêuticos em atividade em hospitais públicos e privados, por estado do
Brasil,
segundo relatórios do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde-CNES, em 2010.

ESTADO NÚMERO DE NÚMERO DE TOTAL DE NÚMERO DE NÚMERO DE TOTAL DE MÉDIA DE


FARM. EM FARM. EM FARM. EM HOSPITAIS HOSPITAIS HOSPITAIS FARM. POR
HOSPITAL HOSPITAL HOSPITAIS PÚBLICOS PRIVADOS HOSPITAL
PÚBLICO PRIVADO
MÉDIA DE MÉDIA DE
FARM. POR FARM. POR
HOSPITAL HOSPITAL
PÚBLICO PRIVADO
AC
45 1 46 16 5 21 2.19 2.8 0.2
AL
19 25 44 16 55 71 0.62 1.2 0.5
AM
180 33 213 27 25 52 4.10 6.7 1.3
AP
22 1 23 5 8 13 1.77 4.4 0.1
BA
482 234 716 248 342 590 1.21 1.9 0.7
CE
344 115 459 120 168 288 1.59 2.9 0.7
DF
202 55 257 20 69 89 2.89 10.1 0.8
ES
72 96 168 25 96 121 1.39 2.9 1.0
GO
176 89 265 163 279 442 0.60 1.1 0.3
PE
364 78 442 93 146 239 1.85 3.9 0.5
PR
360 469 829 161 394 555 1.49 2.2 1.2
TOTAL 6325 4300 10625 2070 4693 6763 1.57 3.1 0.9

CFF,2010.
SEFH, 2002.
“No Brasil, pela sua dimensão
continental (...), constatam-se situações
extremas, ou seja, serviços estruturados
e especializados, aprimorando-se para
realizar a atenção farmacêutica em seu
sentido pleno, e hospitais que dispõem
de um único farmacêutico que realiza,
geralmente, atividades burocráticas e
administrativas.”

Storpirtis et al, 2000.


“Na maioria das instituições
sanitárias brasileiras, o número
de farmacêuticos é reduzido e
estes ocupam a maior parte do seu
trabalho com atividades
administrativas que são, muitas
vezes, extremamente
burocráticas.”
Sbrafh, 2009
DIAGNÓSTICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR

 ... “De um modo geral, os resultados apontam para


uma baixa adequação do binômio hospital x
farmácia hospitalar aos indicadores propostos. (...)
Itens classificados na legislação vigente como
indispensáveis ou necessários e padrões mínimos
de qualidade apontados na literatura nacional e
internacional”.

ENSP - Fio Cruz, 2004.


CENÁRIO OPORTUNIDA
DES

GESTÃO PARA
QUALIDADE
Sociedade
Envelhecimento
populacional
acelerado
• As DCNT representaram 72,4% causas
de óbito no Brasil;

• 80,7% foram causadas por doenças


cardiovasculares, câncer, doença
respiratória e diabetes.

Duncan et al., 2010.


 15% da população consome 90% da
produção farmacêutica.

 50-70% das consultas médicas geram


prescrição medicamentosa.

 50% de todos os medicamentos são


prescritos, dispensados ou usados
inadequadamente.

 Somente 50% dos pacientes em média


tomam corretamente seus medicamentos.
Brundtland, Gro Harlem. Global partnerships for health. WHO Drug Information
1999; 13 (2): 61-64.
 To Err is human: building a safer health system, 1999

 98.000 mortes/ano EAs

 7.000 mortes/ano erros de medicação

 50% medicamentos (1,8 bilhões) inapropriados

 $ 17 bilhões a $ 29 bilhões/ano

www.iom.edu
“Eventos adversos relacionados a
medicamentos são atualmente uma
patologia emergente com grande
repercussão assistencial, social e
econômica”.

MaManasse, AJHP 1989; Otero & Dominguez-Gil, Farm Hosp, 2000.


Rev Assoc Med Bras 2003, 49(3): 335-41.
Correr, 2013.
 IOM
 AHRQ
 CMS
 Joint Commission
 National Hospital
 Quality Measures
 SCIP
 GWTG/ AHA
 NPSF
 CDC
 NQF
A IMPRENSA
A IMPRENSA E A SEGURANÇA DO
PACIENTE

 Problemas com segurança do paciente – 1950

 Jornalistas “lembraram” sobre segurança paciente

Crescimento dos Comitês de segurança e


qualidade
Millenson, Qual. Saf. Health Care, 2002; 11; 57-63
24/11/2012
PROBLEMAS COM MEDICAMENTOS
 Ocorrência de eventos adversos evitáveis

 Não seguimento de diretrizes clínicas

 Discrepâncias terapêuticas na transição de pacientes entre


níveis assistenciais

 Baixa efetividade dos tratamentos

 Automedicação irresponsável

 Baixa adesão ao tratamento


Correr, 2013.
PROBLEMAS COM MEDICAMENTOS

 Acesso ao medicamento

 Assistência Farmacêutica fragmentada

 Qualidade dos produtos


Farmácia Clínica
OPORTUNIDA
CENÁRIO
DES

Ciência e a prática do uso


racional de medicamentos
FARMÁCIA CLÍNICA
 Disciplina da área da saúde na qual os
farmacêuticos prestam cuidado ao paciente para
otimizar a farmacoterapia, promover saúde e
prevenir doença.

 Prática – filosofia “pharmacuetical care”

 Ciência

American College of Clinical Pharmacy .Prarmacotherapy 2008;


28(6): 816-817
DESENVOLVIMENTO ESCALONADO DA
FARMÁCIA HOSPITALAR
FASE I FASE II FASE III FASE IV
Seleção de Sistema de Central de preparo Estudos de
medicamentos dispensação de de QT utilização de
medicamentos medicamentos
Organização da CIM CMIV e preparo Farmacoeconomia
Comissão de de NPT
Farmácia e
Terapêutica

Gerenciamento de CFT Controle de Farmacocinética


estoque qualidade
Distribuição de Guia Protocolos clínicos
medicamentos Farmacoterapêuti
co
Produção Comissões Farmácia Clínica
Ferracini e Borges Filho –Prática Farmacêutica no Ambiente Hospitalar –do Planejamento à
Realização -Ed Atheneu 2005
Concilia
ção de Informação
medicament e Educação
Acompa os
nhamento Orientação
farmacote de alta

rapêutico

Ativida
Análise da Farmaco
prescrição des
vigilância
clínicas
Ciclo da Assistência
Farmacêutica
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
É um grupo de atividades relacionadas com o
medicamento, destinadas a apoiar as ações de
saúde demandadas por uma comunidade. Envolve
o abastecimento de medicamentos em todas e em
cada uma de suas etapas constitutivas, a
conservação e controle de qualidade, a segurança
e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o
acompanhamento e a avaliação da utilização, a
obtenção e a difusão da informação sobre
medicamentos e a educação permanente dos
profissionais de saúde, do paciente e da
comunidade para assegurar o uso racional de
medicamentos.

Portaria MS/GM no 3916/98.


Correr et al., Rev Pan-Amaz Saude 2011; 2(3): 41-49.
CENÁRIO OPORTUNIDA
DES

Farmácia Clínica
Como fazer
gestão para a
qualidade em
Farmácia
Hospitalar?
 Para o adequado desempenho das atividades da
farmácia hospitalar, sugere-se aos hospitais que:
(i) provenham estrutura organizacional e
infraestrutura física que viabilizem as suas ações,
com qualidade, utilizando modelo de gestão
sistêmico, integrado e coerente, pautado nas
bases da moderna administração, influenciando
na qualidade, resolutividade, e custo da
assistência, com reflexos positivos para o usuário,
estabelecimentos e sistema de saúde,
devidamente aferidos por indicadores

Portaria 4283/2010.
GESTÃO PARA QUALIDADE
 Implementar planejamento estratégico e estabelecer
política de melhoria contínua;

 Padronizar os processos de trabalho;

 Organizar o ambiente de trabalho;

 Promover treinamentos e educação continuada;

 Implementar o manual da qualidade;

 Estabelecer critérios de avaliação de desempenho;

 Avaliar e acompanhar o desempenho.


Ferramentas de gestão
qualidade
JOINT COMMISSION ON
ACCREDITATION OF HEALTH
CARE ORGANIZATIONS -

JCAHO Prêmio
Normas
Nacional da
Técnica
Qualidade -
ISO 9001-
PNQ
2000

Gestão da
Qualidade
Prêmio Prêmio
Qualidade Nacional da
do Gestão em
Governo Saúde -
Federal - Organização PNGS
PQGF Nacional de
Acreditação -
ONA
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

“ Uma empresa sem planejamento


corre o risco de se transformar em
uma folha que se move ao capricho
dos ventos”... Michael Porter
A gestão se inicia com o planejamento das ações
MISSÃO
 Declaração do propósito, a razão de ser.

 “Dispensar medicamentos por meio de um


sistema racional, eficiente, econômico,seguro e de
acordo com esquema terapêutico prescrito, com o
fim de garantir a qualidade
da assistência prestada ao paciente.”
MISSÃO

 A missão do Serviço de Farmácia do Hospital


Samaritano é promover o uso seguro e racional de
medicamentos e, dessa forma, colaborar com o
compromisso maior do Hospital Samaritano, que
é “ser humano”.
VISÃO
 Visão ( de futuro) : o que a instituição quer ser,
onde ela quer chegar.

“ Ser referência internacional em Farmácia


Hospitalar”
Divisão de Farmácia ICHC-FMUSP
VALORES

Respo
nsabili
dade
Qualidade Ética

Compro valores
metimen Respeito
to
Trans
União parênci
a
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Atividade em grupo:

ANÁLISE SWOT DA FARMÁCIA


HOSPITALAR NO BRASIL.
Tempo de discussão do grupo: 15 minutos

Tempo de apresentação: 10 minutos


DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

 Roteiro Resolução SESA/PR no 321/04.

 FVEP- Farmácia Hospitalar – CRF-PR.

 Padrões Mínimos da Farmácia Hospitalar e


Serviços de Saúde (Sbrafh).

 Resolução no 4283/2010.
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

 Legislações aplicadas:

 Resolução MS/ANVISA no 67/2007,

 Resolução MS/ANVISA no 45/2003.

 Outras.
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL
 Organizacional
Estrutura  Física
 Instalações
 Recursos Humanos
 Aspectos técnicos das
atividades desenvolvidas
 Existência de plano
operativo com objetivo
claros e metas definidas

Processo  Normas e procedimentos


operacionais
 Sistemas de
acompanhamento e
controles
 Recursos de informações
 Capacitações

 Acesso aos serviços


Resultado  Resolutividade
Mudanças verificadas na
melhoria da saúde da população
Redução da morbimortalidade
Níveis de satisfação dos
Ministério da Saúde, 2001. usuários
OBJETIVOS E METAS

“ Um sonho se transforma em
objetivo a partir do momento em
que você estabelece uma data para
realizá-lo”

Autor desconhecido
OBJETIVOS E METAS
Regra SMART
Um objetivo deve ser:
1.eSpecífico ( o que/ onde)
2.Mensurável (quanto)
3.Atingível (como/com
“ Um sonho quem) em objetivo
se transforma
4.Relevante
a partir(por que)
do momento em que você
estabelece
5.Temporal uma data para realizá-lo”
(quando)

Autor desconhecido
PLANO DE AÇÃO – 5W2H
PLANO DE AÇÃO – 5W2H
PLANO DE AÇÃO – 5W2H
PDCA
“ Nada é tão bom que
não possa ser
melhorado...”
Melhorar é uma questão de
sobrevivência
GESTÃO POR PROCESSOS

Cliente
Fornecedor

PROCESSO
• Informações • Produtos
• Materiais • Atividades • Serviços
• Instruções que agregam
• Serviços valor

ENTRADAS SAÍDAS
PADRONIZAR OS PROCESSOS DE
TRABALHO
POR QUÊ?

 Garantir a execução das atividades da mesma


forma;

 Eliminar desvios de rotina, improvisações;

 Oferecer confiabilidade, maior segurança e


produtividade;

 Propiciar oportunidade de melhoria.


PROCESSOS MAPEADOS
Ferramenta da qualidade - Fluxograma
Angonesi & Rennó, 2011.
FARMÁCIA HOSPITALAR
Seleção e Farmacotécnica
Logística
padronização

Ensino e
Gerenciamento PROCESSOS pesquisa

Informações Distribuição SSeguimento


de Dispensação farmacoterapêutico
medicamentos

Indicadores de desempenho

Assistência Farmacêutica
SEFH, 2009.
PROCEDIMENTOS (POP)

São descrições detalhadas e sequenciais de


atividades, que tornam possível a execução de
serviços, de acordo com as normas e padrões
estabelecidos.
PROCEDIMENTOS (POP)

O que escrever?
(Perguntas que devem ser respondidas)

 O que fazer (título)


 Quem deve fazer (responsável)
 Quando deve fazer (frequência)
 Porque fazer (objetivo)
 Onde fazer (local)
 Como fazer (detalhar as tarefas)
PROCEDIMENTOS (POP)

 Atualizados (anualmente);

 Padronizar
Disponíveis astrabalho.
no local de tarefas,
Fornecer confiabilidade ao
processo,
Auxiliar na consolidação dos
treinamentos de novos funcionários.
DIAGRAMA CAUSA E EFEITO

Causa: razão, motivo

Efeito:
manifestação,
sintomas
A qualidade dos serviços é alcançada
quando se trata a causa do problema e
não seus efeitos.
INDICADORES

“ Quem não mede o


que faz fica a
deriva...”

Autor desconhecido
INDICADORES

“ Indicadores são dados ou informações


numéricas que quantificam as entradas
(recursos ou insumos), saídas (produtos) e
o desempenho de processos, produtos e da
organização como um todo”

FPNQ, 2005.
POR QUE MEDIR?
 Quer melhorar o desempenho da sua área?

 O que deseja modificar?


Avaliar
 Quanto você quer melhorar?

 Controlar
Como saber se melhorou ou não ?

 Está muito longe da sua meta ?

Aperfeiçoar
INDICADORES DE DESEMPENHO
PRINCIPAIS DIFICULDADES
 Falta de padronização das informações

 Ausência de tempo

 Falta de hábito de registrar as atividades

 Banco de dados para suprir as necessidades de


informação
FÓRMULA PARA CÁLCULO DOS INDICADORES

Numerador X 10*
Denominador
COEFICIENTE

 É a razão entre duas grandezas, em que se divide a


contagem parcial de uma determinada ocorrência
pelo total de ocorrências.

Coeficiente de erros de prescrição mês

Quantidade de erros prescrição mês


Número total de prescrições atendidas mês

82 = 0,0087
Sbrafh, 2009.
9352
TAXA

 É usada para tornar o valor do coeficiente mais


apresentável. Para isso basta multiplicar o
coeficiente por 10, 100, 1000, e assim por diante.

Taxa de erros de prescrição mês

Quantidade de erros prescrição mês X 100


Número total de prescrições atendidas mês

82 = 0,0087
Sbrafh, 2009.
9352
ÍNDICE
 É a razão entre duas grandezas diferentes.

Índice de treinamento

Número total horas treinamento


Número total de colaboradores treinados

480 = 40 horas/homem treinado


12
Sbrafh, 2009.
Anvisa. Indicadores Nacionais de Infecções Relacionadas à
Assistência à Saúde, 2010.
ÍNDICE

Índice de Notificações de Reações Adversas

No de notificações RAM em pacientes internados X 10*


No de pacientes dia no período

Índice de notificação de reação adversa = 16 = 0,00139 x 1000


11509
1,39 Notificações em 1000 pacientes dia
SELEÇÃO E CONSTRUÇÃO DO INDICADOR
ATRIBUTOS PARA CONSTRUÇÃO INDICADORES

Simplicidade

Especificidade

Relevância

Comparabilidade
FICHA TÉCNICA DE INDICADORES DE DESEMPENHO

Proporciona uma padronização na


obtenção do indicador, com resultados
confiáveis para que possa ser utilizados
nas comparações internas e externas.

Sbrafh, 2009
FICHA TÉCNICA DE INDICADORES DE DESEMPENHO
Nome escrever o nome do indicador por extenso

Objetivo Descrever a finalidade do uso do indicador (identificar a


atividade a ser monitorada)
Fórmula Método de cálculo para obtenção do indicador ( colocar a
fração com numerador, denominador e a potência de base
de 10 utilizada).
Explicação da Esclarece o numerador e denominador.
fórmula
Fontes de Documentos, impressos ou eletrônicos, para se obter os
informações dados necessários para a construção do indicador.
Coleta de dados Orienta quanto à fonte de obtenção dos dados, o método a
ser seguido e a amostra a ser considerada.
Resultado Explica como realizar a leitura do resultado obtido na
fórmula
Periodicidade Define a frequência com que o indicador deve ser
consolidado.
Responsável Definir o responsável pela obtenção e atualização do
indicador
Ministério da Saúde. Portaria no 1377/2013. Anexo 3: Protocolo de Segurança
na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos.
FERRAMENTAS DE GESTÃO PARA QUALIDADE

ATIVIDADE FERRAMENTA

Definição da missão, visão e valores Análise de cenário


Brainstorming
Realização do diagnóstico situacional Análise de estrutura, processos e
resultados
Determinação das diretrizes Análise SWOT-FOFA

Desdobramento das diretrizes em 5W2H


planos de ação
Definição das metas Regra SMART

Implementação do sistema de Painel dos indicadores


medicação de desempenho
Controle, avaliação e melhoria Ciclo PDCA
“ A chave do sucesso e
da qualidade da
assistência são as
pessoas...”
GESTÃO DE PESSOAS

Recrutamento e Integração dos novos Avaliação do


seleção membros desempenho

Remuneração, Saúde ocupacional,


Capacitação e
reconhecimento e segurança e
desenvolvimento
incentivo ergonomia

Qualidade de vida
Bem estar
Satisfação
Motivação
O profissional...

Em 1997, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou


um documento denominado “The role of the pharmacist in
the health care system” (“O papel do farmacêutico no
sistema de atenção à saúde”) em que se destacaram 7
qualidades que o farmacêutico deve apresentar. Foi, então,
chamado de farmacêutico 7 estrelas

Este profissional 7 estrelas deverá ser :


Prestador Pesquisador
Gerente
de Serviços

Tomador Farmacêutico
de Decisões Sete Estrelas Estudante
Permanente

Comunicador Mestre

Líder

FIP, 2006.
Educação
continuada
Treinamento

Educação
permanente

Competência

C.H.A.
Educação Educação
continuada permanente
Público-alvo Um único profissional Multiprofissional

Relação com a Autônoma Institucionalizada


instituição

Enfoques Temas e especialidades Situações vivenciadas

Principal objetivo Atualização técnico- Transformação das


científica práticas e técnicas

Periodicidade Esporádica Contínua

Metodologia Transmissão de Resolução de situação-


conhecimento problema

Resultados Individual Mudança prática –


melhoria contínua

Queiroz et al., 2014.


Treinamento

Programação

Avaliação
GESTÃO DE PESSOAS

Boas Práticas - Sbrafh Diagnóstico da FH

Manual de normas e procedimentos 7%

Programa de capacitação e 1,2%


desenvolvimento

Sistemas de trabalhos (organização


da força de trabalho, recrutamento e
seleção, avaliação de desempenho)

Qualidade de vida (saúde e


segurança ocupacional, clima,
motivação)
GESTÃO DE PESSOAS

Boas Práticas - Sbrafh Diagnóstico da FH

Manual de normas e procedimentos 7%

Programa de capacitação e 1,2%


desenvolvimento

Sistemas de trabalhos (organização


da força de trabalho, recrutamento e
seleção, avaliação de desempenho)

Qualidade de vida (saúde e


segurança ocupacional, clima,
motivação)
GESTÃO
Boas Práticas - Sbrafh Diagnóstico da FH

Estabelecimento da missão, valores e


visão de futuro

Farmácia inserida no organograma 84,8% 27,2%


institucional

Planejamento estratégico 2%

Indicadores para avaliação do


desempenho do serviço

Monitoramento das ações


estabelecidas

Avaliação contínua das não


conformidades (ferramentas de
gestão)
INFRAESTRUTURA
Sbrafh, 2007.
DIAGNÓSTICO FH

 1 Farmacêutico/72 leitos

 1 funcionário / 20 leitos

 75,6% das Farmácias Hospitalares com farmacêutico

 48,1% com pós-graduação

Osório-de-Castro & Castilho, 2004.


Atividade em grupo:

Ciclo da assistência
farmacêutica
Informação
Concilia e Educação
Orientação
ção de de alta
medicamentos
Acompa Visita multi
nhamento e discussão
farmacote casos
clínicos
rapêutico

Ativida
Análise da Farmaco
prescrição des vigilância
clínicas
Catho Online

 Farmacêutico Clínico Ter 20/05/14


Salário: R$ 3347,39
1 vaga: Rio de Janeiro (RJ)
Dados da vaga: prestar suporte técnico às equipes
(farmácia, médico, equipe de enfermagem, etc),
implantando o programa de farmácia clínica de acordo com
os moldes...
Catho Online

 Farmacêutico Clínico 04/04/14


Salário: R$ 4043,00
1 vaga: São Paulo (SP)
Dados da vaga: atuar com o controle de estoque e
dispensação. Responder pelo abastecimento do setor e
Quem é o farmacêutico clínico?
realizar análise de prescrições médicas. Realizar
intervenções farmacêuticas...
GESTÃO DA FARMÁCIA HOSPITALAR E
CLÍNICA

Ministério da Saúde, 2001.


INFRAESTRUTURA FÍSICA E HUMANA
ATIVIDADE ÁREA RECURSOS
HUMANOS
Atividades Clínicas 1 farmacêutico para cada
(paciente internado) serviço clínico com até 60
leitos (integral, dedicação
exclusiva)

Orientação farmacêutica 5,5 m2 1 farmacêutico para cada


125 pacientes (20 min; 24
pacientes/dia; 8 horas)

Farmacovigilância 6 m2 1 farmacêutico para cada


250 leitos (integral, dedicação
exclusiva)

Informações sobre 6 m2 1 farmacêutico para cada


Acervo: 200 livros/ m2
medicamentos 250 leitos (integral, dedicação
exclusiva)

Sbrafh, 2007.
REVISED INFORMATION ON CLINICAL PHARMACIST
STAFFING LEVELS
Category Service related Beds for one
group/bed type pharmacist for
clinical pharmacy
services

Critical care units 10

Specialist units in high Oncology, hematology, 15


dependence in medicine renal medicine,
transplantation,etc.
Medical bed time Cardiology, neurology, 20
respiratory medicines,
etc
Surgical bed time 25

SHPA, 2011.
ANÁLISE FARMACÊUTICA DA PRESCRIÇÃO
MÉDICA

ERROS DE MEDICAÇÃO

Prescrição 39%

Transcrição 12%

Dispensação 11%

ASHP
Administração 38%
ANÁLISE DA PRESCRIÇÃO

 Previne erros de medicação


 Check-point
 Retro-alimenta a Farmacovigilância
 Participa da otimização da terapia
medicamentosa
 Contribui para melhorar a qualidade
das prescrições (educação) e o processo
do medicamento – Gestão do
medicamento
Drug Saf. 2009;32(5):379-89.
 Prevalence, incidence and nature of prescribing
errors in hospital inpatients: a systematic
review.
 Lewis PJ, Dornan T, Taylor D, Tully MP, Wass
V, Ashcroft DM.

 ocorrência comum - 7% das prescrições


 Erro de dose - Antimicrobianos
• 14,6% das prescrições

• 46,73% - dose

Einstein, 11(2), 2013.


EVOLUÇÃO FARMACÊUTICA
 Registro resultante da prática da assistência
farmacêutica

 utilizando termos técnicos, redigidos de forma


clara e objetiva, imprimindo ética,
profissionalismo e sensibilidade, de forma que as
informações relevantes registradas contribuam
para farmacoterapia do paciente.
CONCILIAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Mudanças nos
medicamentos Mudanças nos
medicamentos

30-70% ?
DISCREPÂNCIAS

Justificadas
27%

Não
justificadas
73%
Kwan et al. Ann Inter Med, 2013; 158:397-403
Clinical pharmacists and inpatient medic
al care: a systematic review.

• Redução EA, RAM e erros


10 - rounds • 7 - 12

• Melhora na adesão e
11 - conhecimento
conciliação • 7 - 11

15 drug
• Redução do tempo
specific internamento
phrmacists • 9 - 17
services
Kaboli et al., Arch Intern Med. 2006 May 8;166(9):955-64.
Donabedian's model of quality assessment for
PCS
Hospital público administrado pela FEAES
Recursos humanos
- 19 farmacêuticos
- 34 assistentes
administrativo
Infraestrutura
- Farmácia Central
- Farmácia Satélite CTI
- Farmácia Satélite CC
- Farmácia Satélite SAD
Sejam bem vindos!

farmacia@feaes.curitiba.pr.gov.br

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