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FIMCA UNICENTRO

BACHARELADO EM FÁRMACIA

HENRIQUE COVRE FONSECA

TECNOLOGIA FARMACÊUTICA

JARU/RO
2022
HENRIQUE COVRE FONSECA

TECNOLOGIA FARMACÊUTICA

Trabalho elaborado com fins de avaliação


parcial da disciplina de tecnologia
farmacêutica, regida pela Professora
Josihany Pattriciah Barros Valentim, no
Curso de Farmácia, da Faculdade de
Educação de Jaru FIMCA UNICENTRO.

JARU/RO
2022
A CHEGADA DA TECNOLOGIA FARMACÊUTICA NO BRASIL

A tecnologia farmacêutica ou como era falado antigamente de boticas chega no


Brasil através de navios na era colonial, foi trazida para as terras tupiniquins logo após
meados do ano de 1520, quando enfim a coroa Portuguesa envia para as brasileiras
medicamentos e produtos com fins terapêuticos, sendo então distribuídos nas boticas,
ou seja, é o lugar onde as pessoas se deslocavam para abastecer de medicamentos e
demais tipos de drogas com fins terapêuticos nos tempos coloniais do Brasil, eram
chamadas de Boticas, sendo responsáveis por preparações e distribuição dessas
remédios/drogas às pessoas doentes.

Na época colonial as boticas além de ser o lugar onde era feita a preparação e
distribuição de drogas, também era conhecida como uma pequena maleta que cotiam
insumos de saúde e medicamentos, podendo ser de diversos tamanhos e formatos,
mas de fácil transporte que viam através de navios ao brasil. Lá no começo da história
da farmácia, as Boticas ficam restritas aos colégios internos, administrados pelos
Jesuítas, atendendo somente aos membros das companhias e estudantes dos colégios
católicos. Aos poucos é que foram sendo colocadas à disposição das pessoas de modo
geral.

Imagem disponível em: Google.com

O Boticário é a pessoa que exercia o papel do farmacêutico durante os primeiros


anos da história da farmácia no Brasil, perdurando até meados dos anos 1830, ou seja,
o Boticário era quem diagnosticava a doença no paciente, produzia e manipulava
medicamentos/drogas e também fazia a prescrição.
Por ser processo bem rudimentar, existia essa dificuldade no acesso aos
medicamentos e geralmente os boticários montavam em animais para irem nas casas
com as boticas

Nessa época não tinha uma clara separação das atribuições do médio e do
farmacêutico/boticário, como existe hoje por meio de normas e legislações vigentes.

Diogo de Castro foi o primeiro Boticário do Brasil, sendo formado na


Universidade de Coimbra em Portugal, pois até o momento não havia escola de
farmácia no brasil. Ele foi conduzido até o Brasil por Thomé de Souza, atual governado
dessa época no país.

A primeira escola de farmácia, foi fundada em 4 de abril de 1839 em Minas


Gerais, na cidade de Ouro Preto, sendo pioneira na história da farmácia no Brasil no
ensino da profissão de farmacêutico.

Com a crescente procura por medicamentos, a venda desses produtos começou


a tornar-se um problema de ordem sanitária, pois como a mesma pessoa podia
diagnosticar, prescrever e produzir o medicamento, houve um interesse exclusivamente
na obtenção de lucro.

O resultado era que qualquer pessoa, inclusive analfabeta, estava com certa
facilidade vendendo medicamentos sem qualquer tipo de instrução mínima sobre o
assunto.  

Alguns cabelereiros, padarias e etc... também acabavam tendo alguns


medicamentos para vender em seus comércios e isso foi uns dos motivos para que
tivessem algumas leis e fiscalizações na área.

Então em 16 de maio 1774 foi decretado o “Regimento 1774”, que basicamente


proibia a venda e distribuição de remédios em qualquer estabelecimento, a menos que
houvesse um registro para tal atividade. Essa foi uma das primeiras regulamentações
da história da farmácia no Brasil.  

A medida ainda exigiu uma série de requisitos para os estabelecimentos


poderem comercializar drogas, como por exemplo a presença de balanças, produtos
químicos, pesos e medidas, vasilhames e livros triviais estivessem presentes nos
locais. Além que a botica ou pharmácia como era escrito antigamente, deveria ser um
local limpo e higiênico.

Já nas primeiras décadas do século XX, houve um processo de transição pois a


profissão começava a se aprofundar, do boticário de conhecimento prático para dar
lugar ao farmacêutico, um profissional mais gabaritado e mais técnico, que inclusive
começou a atuar em outros setores, e esse processo de transição durou até a Segunda
Guerra Mundial (1939-1945).

Nesse período houve a descoberta do antibiótico em 1921 e com isso os países


em guerra investiram muito em pesquisas e desenvolvimento de medicamentos para
ajudar os soldados principalmente, além de ser um momento muito importante na
história, outra grande descoberta foi o analgésico morfina, que foi descoberta por
Freidrich Wilhelm Adam Serturner (1783-1841).

O que ajudou muito para o surgimento da indústria farmacêutica no brasil foi o


crescimento da produção de café na região sudeste, devido ao seu grande fluxo de
imigrantes na mão de obra gerou grande aglomeração urbana e com elas vieram
problemas de saúde. O governo Brasileiro foi o maior incentivador da industrialização
em saúde.

Nisso já vinha começando uma Alteração e amadurecimento do ensino


farmacêutico com o farmacêutico na indústria exigiu dele uma nova formação, a grade
do curso se dividiu em duas grandes áreas: O farmacêutico industrial e o Bioquímico.

Nesse processo o farmacêutico foi galgando outras áreas de atuação,


modernizando ainda mais a sua formação e até hoje o farmacêutico já vem se
capacitado em mais áreas como a de estética.
REFERENCIAS

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Disponível em: file:///C:/Users/Henrique/Downloads/132206-Texto%20do%20artigo-
252660-1-10-20170515.pdf.

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