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HISTÓRIA

DA
FARMÁCIA
A história da farmácia remete à preocupação com:

✔ a saúde,
✔ a doença,
✔ aos primeiros remédios,
✔ ao aparecimento dos medicamentos e
✔ ao surgimento do farmacêutico.

• Apresenta vários períodos e cada um as suas


inovações
• Os chineses, por exemplo, há mais de anos já preparavam
remédios extraídos de plantas.

• Mil anos depois, os egípcios faziam o mesmo, utilizando


também sais de chumbo, cobre e ungüentos feitos com a
gordura de vários animais, como hipopótamo, crocodilo e
cobra.

• Na Índia, Roma e na Grécia, onde Hipócrates, ao


sistematizar os grupos de medicamentos - narcóticos,
febrífugos e purgantes - inaugurou uma nova era para a
cura.

• Desde os primórdios da humanidade, a atividade do


farmacêutico se mostrou fundamental.
O mais antigo documento
farmacêutico conhecido é
uma tabuinha sumérica
(tabela de argila) executada
no terceiro milênio (2100 a.C.
), contendo quinze receitas
medicinais, descoberto em
Nippur
(Babilônia)
O Princípio
Período Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada:
emprego das plantas e de substâncias de origem
animal para fins curativos

Papiro Ebers escrito por volta de 1500 a.C., contém


811 prescrições e menciona 700 remédios para
distintas doenças, de mordida de serpente à febre
puerperal, abrangendo uma grande variedade de
Hipócrates

• No século V a.C., um
médico grego chamado
Hipócrates, nascido na
ilha de Cós, por volta de
500 a.C., membro de uma
ilustre família de médicos.
• Nessa época os médicos
gregos já haviam
começado a dissociar a
medicina das práticas
mágico-religiosas dos
séculos anteriores.
• Na época de Hipócrates, sem abandonar o
conhecimento empírico herdado de seus
antecessores, trouxeram à medicina
especulações teóricas e procedimentos
baseados na observação rigorosa do doente
e da doença, na busca incessante de
explicações racionais para a doença
Teoria do Humor
• A teoria humoral de Hipócrates defende
basicamente que o corpo humano se
compõe de quatro substâncias. Tais
substâncias recebem o nome de
“humores”. Elas devem manter um
perfeito equilíbrio entre si. Quando
perdem esse equilíbrio, surge a doença,
tanto do corpo quanto do espírito.
Claudio Galeno nasceu
em 129 em Pérgamo,
na atualmente
Bergama, na Turquia.
Seu pai, Nikon, um
famoso arquiteto, após
ser visitado em sonho
pelo deus da medicina,
Esculápio, orientou o
filho para a área médica.
• Galeno iniciou seus estudos cedo, em Pérgamo, os
quais incluíram a matemática, a geometria e a
filosofia e, aproximadamente com 16 anos, iniciou
seus estudos de medicina.

• Foi médico de gladiadores em Pérgamo e, quando


chegou em Roma, seus talentos anatômicos logo
disseminaram seus valores, fazendo-o atuar também
como médico do imperador Marco Aurélio e de seu
filho Comodo

• Entre as doenças descritas por Galeno estão a malária,


a peste e a tuberculose .
• Galeno escreveu bastante sobre farmácia e
medicamentos, sendo considerado o "Pai da
Farmácia". Sua grande contribuição foi a
transformação da patologia humoral numa teoria
racional e sistemática, em relação à qual se tornava
necessário classificar os medicamentos

• Galeno elaborou uma lista de remédios vegetais,


conhecidos como "galênicos", a maioria dos quais era
composta com vinho. Observador e metódico,
classificou e usou magistralmente as ervas.
• Em árabe 'Abu 'Ali al-
Hussain ibn 'Abd Allah
ibn al-Hassan ibn 'Ali ibn
Sina, (Avicena), filósofo
árabe (nascido próximo
a Bokhara em 980.
• Ele escreveu mais de
cem livros, nos quais
versou sobre lógica,
ciências naturais,
matemática, metafísica,
teologia e medicina.
• Homem de grande cultura especializou-se na
área médica. Com somente 16 anos.

• Com 18 anos, tratou e curou o príncipe Nuh


ibn Mansur, após diversas tentativas de outros
médicos. Ganhando confiança, proteção
política.

• Nesses períodos eram produzidos óleos e


resinas que foram considerados os primeiros
remédios da humanidade.
A Botica
• De todas as importantes contribuições dos árabes,
o destaque particular foi no campo da
farmacologia. Além dos estudos de medicamentos
originados de plantas, minerais e animais, os
árabes influenciaram definitivamente a farmácia
pelo fato de terem, pela primeira vez, criado uma
loja (“botica”) para venderem seus medicamentos
e, com isso, são os precursores das atuais
farmácias.
• No século II, os árabes fundaram a primeira escola de
farmácia de que se tem notícia, criando inclusive uma
legislação para o exercício da profissão.

• A origem das atividades relacionadas à farmácia se


deu a partir d século X na Espanha e França com as
boticas ou apotecas, como eram conhecidas na época.
Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só
profissão.

• Com um grande surto da lepra, Luís XIV, ampliou o


número de farmácias hospitalares na França.
• Mais adiante, no século XVIII, a profissão
farmacêutica separa-se da médica e fica proibido
ao médico ser proprietário de uma botica. Com
isso, dá início à separação daqueles que
diagnosticavam a doença e dos que misturavam
matérias para produzir porções de cura.
• O boticário
conhecia e curava
as doenças, mas
para exercer a
profissão devia
cumprir uma série
de requisitos e ter
local e
equipamentos
adequados para a
preparação e
guarda dos
medicamentos
O boticário no Brasil
• Governador geral
Thomé de Souza
trouxe de Portugal o 1°
Boticário Diogo de
Castro.
• O boticário no Brasil surgiu no período colonial, os
medicamentos e outros produtos com fins terapêuticos
podiam ser comprados nas boticas.
• Nos locais distantes eram vendidos por mascates
• O boticário manipulava e produzia o medicamento na
frente do paciente, de acordo com a farmacopéia e a
prescrição médica.
O Papel dos Jesuítas
Foram os primeiros a instituir enfermarias e
boticas em seus colégios, tornando-se
especialistas em preparo de remédios,
principalmente os feitos à base de plantas
medicinais.
Era nos colégios que a população encontrava
os medicamentos, vindos de Portugal ou
preparados pelos próprios jesuítas.
• A partir de 1640 as boticas foram autorizadas a se
transformar em comércio, dirigidas por boticários
aprovados em Coimbra.
• Esses boticários que obtinham sua carta de
aprovação eram profissionais empíricos, às vezes
analfabetos, possuindo apenas conhecimentos
corriqueiros de medicamentos
• Em 1809 foi criado dentro do curso de Medicina, a primeira
cadeira de matéria médica e farmácia ministrada pelo médico
português José Maria Bomtempo.
• Somente a partir da reforma do ensino médico de 1832, foi
fundado o curso de Farmácia, vinculado às faculdades de
medicina do Rio de Janeiro e da Bahia.
• Por esta reforma, ficou estabelecido que ninguém poderia
"curar, ter botica", sem título conferido ou aprovado pelas
citadas faculdades.
• A passagem do nome de comércio de botica para
farmácia surgiu com o Decreto 2055, de dezembro de
1857, onde ficaram estabelecidas as condições para
que os farmacêuticos e os não habilitados tivessem
licença para continuar a ter suas boticas no país
• Adquirida a experiência, os boticários se submetiam a
exames perante os comissários do físico-mor do Reino
para obtenção da "carta de examinação“
Com a fundação das primeiras Faculdades de
Farmácia, o boticário foi lentamente sendo
substituído pelo Farmacêutico.
A botica, onde o boticário pesquisava e
manipulava fórmulas extemporâneas, originou
dois novos tipos de estabelecimentos:
• Farmácia
• Laboratório Industrial Farmacêutico
Até a década de 30, a indústria nacional de
medicamentos eram em sua maioria de reduzidas
dimensões e tinham uma origem familiar.

Baseava-se no emprego de matérias-primas de


origem vegetal e mineral, apresentando
condições adequadas ao suprimento do mercado
existente, àquela época bastante reduzido.

Embora a produção de medicamentos satisfizesse


o mercado, é imperioso ressaltar que isto se deve
ao fato de que grande parte da população não
tinha acesso aos serviços de saúde
A industrialização em ritmo crescente torna o fármaco
um produto industrial, aliado as mudanças da
sociedade de consumo e, ainda, objeto de interesses
econômicos e políticos, com enorme investimento
publicitário.
Introdução bastante rápida dos antibióticos
e produtos de síntese no campo da
terapêutica e a abertura de nossa economia
ao capital estrangeiro, a indústria nacional
emergente foi totalmente absorvida pelos
oligopólios internacionais do medicamento e
da procura por farmácias de manipulação.
Foco passa a ser o médico
Afastamento do farmacêutico para as outras
áreas.
O Símbolo da Farmácia
• A taça com a serpente enrolada nela, é reconhecida em
todo o mundo, como o símbolo da profissão farmacêutica.
Sua origem remonta à mitologia grega.

Os deuses entraram então em batalha e Zeus acabou


matando Asclépio com um raio. Com a morte de
Asclépio, a saúde passou a ser responsabilidade de sua
filha Hígia, que se tornou dessa maneira a deusa da
saúde. Hígia tinha como símbolo uma taça que com
sua promoção foi adicionada por uma serpente nela
enrolada. Essa serpente é, obviamente, uma
representação do legado de seu pai.
Assim o símbolo de Hígia da taça com a serpente se
tornou, posteriormente, o símbolo da Farmácia.
Taça: representa a cura

Serpente: representa o
poder, a ciência, a sabedoria
e a transmissão do
conhecimento
compreendido de forma
sábia.

A taça com a serpente nela


enrolada:
É conhecida como símbolo
da profissão farmacêutica.

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