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Sua
CONTEÚDOS imagem era representada portando um Cajado onde se
1. História da Medicina; enrolava uma serpente que era o símbolo da cura por
sua capacidade de trocar de pele, permanecendo até
2. Introdução à Semiologia: noções básicas da
hoje como filho da medicina. Em seu hospital os
estrutura de uma história clínica;
tratamentos eram empíricos, baseados em banhos
3. Biossegurança e Controle de Infecção- lavagem
medicinais e no repouso em verdadeiro caráter
mãos ritualístico, sendo que na entrada do hospital havia
4. Procedimentos Diagnósticos Básicos - Sinais Vitais; uma triagem onde os pacientes graves e aqueles
5. aula de Ética na Prática Médica considerados incuráveis não eram aceitos
6. artigo da Dra. Isabela Bensenor • HERÓFILO: foi o primeiro médico grego a praticar
7. vias de administração de medicamentos dissecação em seres humanos descrevendo por
8. sondagem nasogástrica, nasoenteral e vesical exemplo seios da dura-máter.
9. parada cardiorrespiratória • GALENO: Foi outro médico Romano que descobriu que
10. atendimento ao paciente politraumatizado e as artérias conduzem sangue e não ar (como até então
se supunha), que o rim processava urina, supondo que
imobilização
o sangue circularia para impulso originados na própria
11. rede de atendimento à saúde
parede da artéria.
12. ferimentos e suturas
• Após a queda do Império Romano desapareceu por
13. fraturas/imobilização completo a figura do médico nessa época, sendo
considerada extremamente pecaminosa para o
cristianismo. A prática médica passou a ser exercida
pelos monges com uma visão hipocrática e galenista,
mas sem aquisição de qualquer evolução racional no
conhecimento médico.
HISTÓRIA DA MEDICINA • Devido às perseguições religiosas passou-se a difusão
do conhecimento médico aos povos árabes e persas os
• O início exato da medicina se deu com os primeiros
quais foram os principais perpetuadores da arte
métodos efetivos de tratar as doenças. Anteriormente
hipocrática, surgindo desde aí grandes mestres da
a isso não existia nenhum conhecimento com base
medicina como Maimônides. Portanto, foram
anatômica ou fisiológica bem documentados, existia a
principalmente os judeus que traduziram a grande
crença de que eram as divindades ou espíritos
maioria do conhecimento grego para o árabe e
sobrenaturais as reais causas das doenças
posteriormente deste para o latim, acrescentando
• A primeira contribuição racional para a medicina foi
grande conhecimento à farmacologia, surgindo as
trazida pela civilização grega, onde atribuiu-se os males
primeiras boticas que foram os primórdios das atuais
terrenos ao desequilíbrio ocorrido entre os
por farmácias
constituintes fundamentais da matéria que eram o
• Nos séculos X e XI, surgem as primeiras faculdades de
fogo, a terra, o ar e a água.
medicina junto de conventos na Itália e na França. Com
• Na civilização grega surge Hipócrates, considerado até
o renascimento se inicia a retoma dos princípios
hoje o pai da medicina, contemporâneo de Platão e
cultuados pelos gregos. A partir da prática das
Sócrates, filósofos que estabeleceram leis racionais
dissecações anatômica inicia-se uma revolução no
para o funcionamento do universo que fortemente ou
conhecimento médico.
influenciaram. Hipócrates escreveu muitos textos
• No século XVII foi introduzido ao microscópio por
médicos e histórias clínicas facilitando o aprendizado
Robert Hooke, descrevendo as hemácias, os
do médico segundo sua experiência, racionalizando e
espermatozoides e outros microorganismos. Além
estabelecendo as bases éticas da profissão. Em seu
disso, também ocorre a descoberta da circulação
Juramento enaltece a Caridade, sigilo, o respeito
sanguínea, descrevendo a microcirculação.
absoluto, a gratidão, o compromisso na formação.
o Robert Koch (1843-1910) descobre o bacilo da
• Paralelamente a isso existe a medicina religiosa com o
Tuberculose, do antraz e da cólera,
Deus Asclépio/Escapulapio o qual fez um templo
desenvolve os métodos de fixação e coloração
considerado o primeiro hospital feito pelo homem em
das bactérias, possibilitando sua análise e
classificação microscópica. Percebe que as
bactérias podem ser isoladas puras em
diferentes meios de cultura nutritivos, INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA: NOÇÕES BÁSICAS DA
aprimorando assim sua classificação. ESTRUTURA DE UMA HISTÓRIA CLÍNICA
Apresenta seus postulados, até hoje aceitos,
constituindo exigência para a admissão da • SEMIOLOGÍA: é o estudo da comunicação por meio de
causa de qualquer doença infecciosa sinais.
• No século XVIII foi publicado um livro sobre anatomia • Hipócrates foi o primeiro a atribuir às alterações no
patológica e a partir disso se estabelece estado normal de saúde aos fenômenos naturais,
definitivamente a patologia como a ciência que avalia passando a avaliar de forma racional e sistemática
macro e microscopicamente as alterações de cada todas as queixas referidas pelo paciente, agrupando
órgão. sintomas e sinais em seu conjunto e dando um
• Durante os próximos anos se originam o termo vacina, diagnóstico.
se estabelece a célula como unidade fundamental e o SINTOMAS são todas as queixas referidas
funcional dos seres vivos, também se estabelece a pelo paciente, acompanhada de todas as suas
patologia celular como a base de toda a medicina. características, como início, localização,
• Louis Pasteur estabelece que as doenças são causadas qualidade, intensidade, evolução, fatores de
por microrganismos e nos próximos anos Robert kock melhora ou piora etc.
descobre o bacilo da tuberculose e da cólera o SINAIS são as alterações observadas durante a
desenvolvendo métodos de fixação e coloração das realização do exame físico do paciente
bactérias e possibilitando a classificação microscópica. o Muitos sintomas também são sinais, passíveis
Robert kock apresenta seus postulados sobre a causa de observação. Assim, sintomas como dor e
das doenças infecciosas; tanto Pasteur quanto Koch febre, podem ser detectados e avaliados de
são considerados os pais da microbiologia. forma precisa ao se realizar o exame físico.
o Os postulados: são quatro critérios • SEMIOTICA: é um estudo dos recursos técnicos
desenhados na década de 1880 para adequados na obtenção dos sinais, como inspeção do
estabelecer uma relação causal entre um paciente, palpação, percussão e ausculta.
micróbio causador e uma doença • A semiologia médica compreende o conjunto das
técnicas utilizadas na obtenção da história clínica e do
POSTULADOS DE KOCH: exame físico, incluindo sua análise e possibilitando a
obtenção do diagnóstico (agrupa sinais e sintomas).
Análise destes dados obtidos por meio da semiologia é
denominada propedêutica médica
HISTÓRIA CLÍNICA
• Compreende o conjunto de dados verificados desde a
identificação do paciente, obtenção dos dados da
anamnese (queixa principal, história da doença atual,
medicações em uso, interrogatório complementar,
antecedentes pessoais e história familiar) exame físico
geral (peso, altura, IMC, estão de consciência, mucosas
• Logo após essas descobertas Se começa a ter maior e sinais vitais como frequência respiratória, cardíaca,
controle da dor e da infecção através da anestesia, pressão arterial e temperatura)e especial (com exames
Semmelweis impõe a lavagem de mão com acido de diversos sistemas- inspeção, palpação, percussão,
carbólico para prevenção de doenças entre os
ausculta)), a conclusão diagnóstica, a conduta
pacientes e os médicos e Joseph Lister propõe o uso de
terapêutica e o prognóstico (chance de cura, com ou
instrumentos e curativos
sem complicações, relacionando-se à morbidade ou
• No século 20 surgem os antibióticos, o pleno mortalidade)
desenvolvimento da Imunologia, muitos aparatos • A grande maioria dos pacientes têm seu diagnóstico
novos com uma grande revolução que ocorre até os feito basicamente pela história clínica.
dias atuais.
envolvidos em atividades essenciais como os
trabalhadores de campo e agentes comunitários de
saúde e investigadores de óbitos. Todos os
profissionais devem ser treinados para os adequado de
equipamentos de proteção individual sendo orientados
quanto aos riscos aos que estão expostos e como
preveni-los.
• SEGURANÇA DO PACIENTE: se relaciona com o dano
causado pelo cuidado à saúde e não pela doença de
base prolongando o tempo de permanência do
paciente ou em uma incapacidade no momento da alta
com uma grande incidência de eventos adversos que
resulta em uma taxa de mortalidade ou danos
causados ao paciente em decorrência de algumas
ações visando o tratamento daquele paciente; a OMS
criou o programa Patient Safety com objetivo de
organizar concentos sobre segurança do paciente e
propor medidas de reduzir o risco e diminuir efeitos
adversos, reduzindo o risco por meio de higienização
das mãos e promovendo uma cirurgia mais segura com
uma lista de verificação antes, durante e após o ato
BIOSSEGURANÇA E CONTROLE DE INFECÇÃO cirurgico. Alguns conceitos-chave da Classificação
Internacional de Segurança do Paciente da Organização
• Na primeira parte do livro contou sobre a história de Mundial da Saúde (OMS) são:
Semmelweis e sua intensa tentativa de mudar os casos 1. Segurança do paciente - reduzir, a um mínimo
de alta mortalidade por febre purulenta e infecções aceitável, o risco de dano desnecessário
traumáticas da época. A partir de algumas observações associado ao cuidado de saúde.
se questionou se não eram os próprios médicos que 2. Dano - comprometimento da estrutura ou
traziam as partículas contaminadas para seus pacientes função do corpo e/ ou qualquer efeito dele
através de suas mãos. Com isso, começou a isolar os oriundo, incluindo-se doenças, lesão,
casos, lavar as mãos com ácido clórico, e ferver sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção,
instrumental e utensílios reduzindo consideravelmente podendo, assim, ser físico, social ou
o número de mortalidade causada por partículas psicológico.
cadavéricas aderidas pelas mãos dos obstetras. 3. Risco - probabilidade de um incidente ocorrer.
• BIOSSEGURANÇA: Segurança do profissional de saúde 4. Incidente - evento ou circunstância que
+ do meio ambiente + do paciente; compreende um poderia ter resultado, ou resultou, em dano
conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, desnecessário ao paciente.
mitigar ou eliminar riscos inerentes as atividades que 5. Incidente com dano
possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, ▪ Evento Adverso - incidente que
a saúde humana e o meio ambiente. resulta em dano ao paciente (danos
não intencionais decorrentes da
na atividade médica as ações são divididas objetivando a
assistência e não relacionadas à
segurança do meio ambiente, do profissional de saúde e do
evolução natural da doença de base).
paciente:
Exemplo: a enfermeira coloca uma
• SEGURANÇA DO MEIO AMBIENTE: se relaciona com a bolsa de sangue em um paciente
preocupação com o descarte de material infectado, homônimo àquele que deveria
receber esta bolsa, e o paciente
biológico, mico e inclusive radioativa e pode levar a
contaminações de Lençóis freáticos, rios, reservatório desenvolve uma reação febril.
de água e esgoto. Por isso os descartes devem ter 6. Incidente sem dano: um evento que ocorreu a
destino adequado conforme legislação vigente um paciente, mas não chegou a resultar em
dano. Exemplo: a enfermeira coloca uma
• SEGURANÇA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE: se
bolsa de sangue em um paciente homônimo
relaciona com a preocupação de acidentes envolvendo
àquele que deveria receber esta bolsa, mas o
material biológico não apenas relacionado a
profissionais da área de saúde mas também aqueles
sangue é compatível e o paciente não tem cirúrgica, possibilitando o aumento da
reação. segurança na realização de procedimentos
▪ Circunstância Notificável - incidente cirúrgicos, no local correto e no paciente
com potencial dano ou lesão. correto, por meio do uso da Lista de
▪ Near miss - incidente que não atingiu Verificação de Cirurgia Segura desenvolvida
o paciente. Incidente sem lesão. pela OMS.
Incidente que atingiu o paciente, mas 5. Comunicação entre os profissionais da saúde:
não causou danos. diminui falhas de comunicação
▪ Circunstância de Risco: é uma 6. Higiene das mãos: previne e controla
situação em que houve potencial infecções relacionadas a assistência a saúde.
significativo de dano, mas não Esta deve ocorrer em cinco situações: antes e
ocorreu um incidente. Exemplo: a após contato com paciente, antes da
escala de enfermagem de uma UTI realização de algum procedimento, após
está defasada em um determinado contato com fluidos corporais e após contato
plantão. com áreas próximas ao paciente.
• FIOCRUZ- PASSOS PARA SEGURANÇA DO PACIENTE: • Metas internacionais de segurança do paciente:
1. Identificação do paciente: reduz risco de 1. identificação correta do paciente
incidentes. Debe ser aplicado em todos os 2. comunicação efetiva
ambientes de prestação de cuidados de saúde 3. melhorar a segurança dos medicamentos de
em que estejam realizados procedimentos, alta vigilância
quer sejam terapêuticos e ou diagnósticos, 4. redução risco de infecções associadas aos
tais como: unidades de internação, salas de cuidados em saúde e prevenção de danos
cirurgia, salas de emergência e inclusive decorrentes de quedas.
ambulatórios.
2. Prevenção de quede e úlceras de pressão: PRÁTICA: LAVAGEM DAS MÃOS
tem como meta reduzir a ocorrência de queda
de pacientes nos pontos de assistência e o • Higienizar com agua e sabonete apenas quando
dano dela decorrente, por meio de medidas estiverem visivelmente sujas. Senão apenas friccionar
que contemplem a avaliação de risco do mãos com álcool
paciente, garantam o cuidado • Duração: 40-60 segundos
multiprofissional em um ambiente seguro e
promovam a educação do paciente, familiares
e profissionais. Visa ainda prevenir a
ocorrência dessa e de outras lesões da pele,
visto que é uma das consequências mais
comuns da longa permanência em hospitais.
Sua incidência aumenta proporcionalmente à
combinação de fatores de riscos, entre eles,
idade avançada e restrição ao leito
3. Segurança na prescrição, uso e administração
de medicamentos: promoção de práticas
seguras sem erros de medicação
▪ Prescrição medica muitas vezes
ocorre erro de via, dose, frequencia
ou medicação prescrita. A
observação dos 5 certos (paciente
certo, medicamento certo, dose
certa, via certa e horário certo) na
administração de medicamentos
garante que os erros de
administração não ocorram.
4. Cirurgia segura: : medidas a serem
implantadas para reduzir a ocorrência de
incidentes e eventos adversos e a mortalidade
• Mecanismos de perda de calor:
o IRRADIAÇÃO
o CONDUÇÃO: transfere calor entre a superfície
do nosso corpo e alguma outra superfície com
PROCEDIMENTOS DIAGNOSTICOS BASICOS - SINAIS que se entra em contato
VITAIS o CONVECÇÃO: se formam correntes de
convecção, perdendo calor para correntes de
• SINAIS VITAIS: são sinais das funções orgânicas básicas,
ar.
sinais clínicos de vida, refletem o equilíbrio ou
o PELO VENTO: o vento remove a camada de ar
desequilíbrio resultante das interações entre os
mais aquecida junto a pele.
sistemas do organismo e uma determinada doença. Os
o EVAPORAÇÃO: perde com perspiração e
principais sinais vitais são pulso, Pressão Arterial,
sudorese. Em condições extremas de calor é o
temperatura e frequência respiratória. Também se
mecanismo mais eficaz para manutenção da
pode avaliar estado de coloração das mucosas,
homotermia.
presença de ictérica, perfusão periférica e estado de
• HIPERTERMIA: pode ocorrer devido a exposição ao
hidratação
calor extremo, desidratação grave ou sinais de
• Medir esses parâmetros revela o estado de infecção.
funcionamento das principais funções corporais como
• HIPOTERMIA: extremamente grave em paciente
a circulatória, a respiratória e são importantes tanto no
politraumatizado e em recém nascidos (tecido
diagnóstico como no acompanhamento dos pacientes
subcutâneo escasso, derme fina e papilas dérmicas
superficiais, não possui pelos, anabolismo intenso)
TEMPERATURA
• A constatação de uma temperatura elevada conhecida FREQUENCIA RESPIRATORIA
como hipertermia ou anormalmente baixo conhecida
• Objetivo: manter po2, pco2 e ph plasmáticos em
como hipotermia são sempre considerados sinais de
valores normais.
doença
• A frequência respiratória normal no adulto é de 16
• Local de medição comum: Axilar- aferição com
movimentos por minuto, a criança na idade pré escolar
termômetro (o de mercúrio foi retirado do mercado
é de 20 e no recém-nascido é de 40 movimentos por
porque era tóxico-metal pesado)
minuto.
• Variação média de Temperatura: 36 a 37,8°C -
• Fisiologicamente, a respiração é a troca gasosa que
normotermico
ocorre nos alvéolos. Troca de dióxido carbono por
• <35: HIPOTERMIA oxigênio. A frequência respiratória é a sequência de
• >38: pirexia (aumento temperatura corporal) movimentos pulmonares realizados nesse processo de
• >40- crianças convulsionam porque hipotálamo está troca gasosa (inspiração e expiração).
em fase de desenvolvimento e é uma forma do • Em repouso e em adultos, os valores de referência
organismo “pedir ajuda”, é um sinal de alerta para que variam entre 12 e 20 inspirações por minuto (ipm).
algo seja feito da maneira mais rápida possível. Qualquer pessoa ventilando em frequência maior que
20 ipm ou menor que 12 ipm deve ser avaliada à
Valores normais:
procura de afecções ou alterações decorrentes de
• Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, com média de 36 a descompensação no sistema respiratório.
36,5°C. • A mensuração pode ser efetuada observando-se os
• Febre leve ou febrícula: até 37,5°C movimentos torácicos ou abdominais ou, ainda,
• Febre moderada: de 37,6° a 38,5°C palpando-se o tórax.
• Febre alta ou elevada: acima de 38,6°C. • Uma diminuição dos movimentos respiratórios pode
• Hipotermia: Consiste na diminuição da temperatura ser associada a alguma medicação. Medicações que
corporal abaixo de 35,5°C na região axilar ou vão direto no SNC podem levar a uma depressão do
de 36°C no reto. mesmo como uma epidural por exemplo (anestesia).
Uma hipoxia leva a um mecanismo compensatório
Um dos principais mecanismos que regulam a temperatura levando ao pulmão a tentar aumentar seus
é o fluxo sanguíneo cutâneo, uma vasodilatação ou vaso movimentos, mecânica ventilatória. Primeiro aumenta
constrição dos vasos cutâneos. Existem outros mecanismos em compensação e logo cai e entra em insuficiência
importantes de proteção contra a hipotermia ou ganho de respiratória. Abaixo é bradipneia e acima taquipneia.
calor que são a piloereção e o tremor muscular.
bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30
minutos antes da medida;
3. Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos em
ambiente calmo, com temperatura agradável. A PA é
medida com o paciente sentado ou deitado, com o
braço repousado sobre uma superfície firme;
4. Localizar a artéria braquial por palpação;
5. Colocar o manguito firmemente cerca de 2 cm a 3 cm
acima da fossa cubital. A largura da bolsa de borracha
do manguito deve corresponder a 40% da
PRESSÃO ARTERIAL circunferência do braço e seu comprimento, envolver
• representa a força exercida pelo sangue sobre a pelo menos 80% do braço;
superfície dos vasos sanguíneos. O sangue ao ser 6. Manter o braço do paciente na altura do coração;
ejetado do ventrículo esquerdo para a grande 7. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu
circulação (artéria aorta e seus ramos), exerce uma desaparecimento no nível da pressão sistólica;
pressão nesse sistema arterial (parede das artérias). A 8. Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial, na
Pressão é o resultado do Débito Cardíaco (DC) X fossa antecubial, sem compressão excessiva;
Resistência Vascular Periférica (RVP), sendo que o 9. Inflar rapidamente, de 10 mmHg em 10 mmHg, até o
débito cardíaco é o resultado do Volume Sistólico X FC. nível estimado da pressão arterial;
Deve ser medida em ambos os braços. Caso, na 10. Proceder à deflação, com velocidade constante.
anamnese ou no exame dos membros, sejam Procede-se, neste momento, à ausculta dos sons sobre
verificadas alterações nos pulsos ou sinais de a artéria braquial, evitando-se compressão excessiva
comprometimento vascular (diminuição de perfusão e do estetoscópio;
alterações na coloração e na temperatura), deve-se 11. Determinar a pressão sistólica no momento do
realizar a medida também nos membros inferiores. aparecimento do primeiro som, que se intensifica com
Utilizar manguito de tamanho adequado. aumento da velocidade de deflação;
12. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento
completo dos sons e depois proceder à deflação rápida
e completa. Quando os batimentos persistirem até o
nível zero, determinar a pressão diastólica no
abafamento dos sons;
13. Registrar os valores. Se necessários realizar novas
medições esperar de 1 a 2 minutos.
PULSO/FREQUENCIA CARDIACA
PERFUSÃO PERIFERICA:
DOR
• A dor é considerada como o quinto sinal vital, deve ser
realizada juntamente com a mensuração dos sinais
vitais, através de uma avaliação sistematizada e
rotineira.
• Por ser subjetiva, não existe um instrumento, tal qual
um termômetro ou um esfigmomanômetro, para
mensurá-la. O relato pessoal é o padrão de medida
válido para avaliar a dor do indivíduo.
• princípio de não prejudicar: primum non nocere
(primeiro não prejudicar), cuja finalidade é reduzir os
efeitos adversos ou indesejáveis das ações diagnósticas
AULA: ETICA NA PRÁTICA MÉDICA e terapêuticas no ser humano
o utilidade, beneficio X RISCO e dispêndio
• O estudo da ética tem sua importância sobre o aspecto • respeito à vida: O respeito à vida é um princípio
funcional da sociedade. Além de permitir o absoluto da ética, entretanto não inflexível, haja vista
estabelecimento de normas para a convivência pacífica que se ajusta às condições sociais e aos novos
entre as pessoas, ela orienta os profissionais para o rumos dos desenvolvimentos científico e cultural.
respeito aos interesses dos indivíduos. No caso o aborto legal: gravidez concebida por meio de
específico da profissão médica, primordialmente para estupro ou quando tem risco de vida materno
os interesses dos pacientes, que devem sobrepujar os o aborto ilegal: em quase todas situações,
dos médicos. Ética profissional é o conjunto de normas exceto em estupro e risco de vida
éticas que formam a consciência do profissional e • sobretudo a postura diante do aborto e da eutanásia
representam imperativos de sua conduta. A ética o eutanásia: conduta pelo qual o paciente esta
profissional refere-se aos padrões de conduta moral, em estado teerminal ou com sofrimento
isto é, padrões de comportamento relativos ao constante. É morte sem dor, rápido.
paciente, ao chefe e aos colegas de trabalho.
• O código de ética do estudante de medicina comenta
AUTONOMIA DO PACIENTE
sobre a relação médico-paciente, relação dos médicos
entre si e a relação dos médicos com a sociedade • Respeito
• Na prática médica, a ética pode ser analisada sob três • Consentimento informado: o paciente tem o o direito
aspectos: a relação médico-paciente, o relacionamento de ser informado sobre o que está acontecendo.
dos médicos entre si e com a sociedade. o O princípio da autonomia requer que os
indivíduos capacitados de deliberarem sobre
suas escolhas pessoais, devam ser tratados
RELAÇÃO MÉDICO PACIENTE
com respeito pela sua capacidade de decisão.
• a autonomia do paciente: Tratando se o paciente com As pessoas têm o direito de decidir sobre as
o devido respeito à sua condição humana pode-se questões relacionadas ao seu corpo e à sua
obter o seu consentimento para atos médicos que vida. Quaisquer atos médicos devem ser
incorram sérios riscos, compreender as razões de sua autorizados pelo paciente
não-aceitação de certas terapêuticas, encontrar • Explicação dos problemas
alternativas para curá-lo ou amenizar o seu sofrimento • Riscos e Benefícios do tratamento
e atender a certas reivindicações válidas por ele • Adequação do tratamento às condições do paciente
formuladas. • Visão Geral das condições do paciente
o Uma das manifestações de respeito à
autonomia do paciente é a obtenção do
MÉDICO E A SOCIEDADE
consentimento informado para a realização de
qualquer ato médico. • Médico político: melhora as condições medicas como
• a equidade: o princípio da justiça requer que todos um todo
sejam tratados com igual consideração, • Politico medico: aproveita da medicina e não pensa na
independentemente de sua situação socioeconômica sociedade
• o sigilo: confidencialidade de informação médica com o • Gestão em medicina: tenta aproveitar os recursos,
paciente. Está no código de ética médica, no organizando.
compromisso moral, na confiança o profissional
o Quebra do Sigilo Médico - É vedado ao ERRO MEDICO
médico)“Revelar fato de que tenha
• é a conduta profissional inadequada que supõe uma
conhecimento em virtude do exercício
inobservância técnica capaz de produzir um dano à
profissional, salvo por motivo justo, dever
vida ou à saúde de outrem, caracterizada por
legal ou consentimento, por escrito, do
imperícia, imprudência ou negligência.
paciente.” (Código de Ética Médica)
o Existem 3 situações que o código pode ser Imperícia, Imprudência e Negligência
quebrado: agressão, estupro e doenças de
transmissão • "Não é imperito quem não sabe, mas aquele que não
sabe aquilo que um médico, ordinariamente, deveria
saber; não é negligente quem descura alguma norma positivo em paciente sem a doença; (3) verdadeiro
técnica, mas quem descura aquela norma que todos os negativo, ao excluir possibilidade da doença em
outros observam; não é imprudente quem usa indivíduo que realmente não a possui; (4) falso-
experimentos terapêuticos perigosos, mas aquele que negativo, ao descartar a doença ela esta presente
os utiliza sem necessidade..." Esse argumento, utilizado
pelo procurador geral da Corte de Apelação de Milão,
Itália, coloca a responsabilidade médica sobre a ótica
da ponderação
• A imperícia, por sua vez, ocorre quando o médico
revela, em sua atitude, falta ou deficiência de
conhecimentos técnicos da profissão. É a falta de
observação das normas, deficiência de conhecimentos
técnicos da profissão, o despreparo prático. A imperícia
deverá ser avaliada à luz dos progressos científicos que
sejam de domínio público e que, em todo caso, um
profissional medianamente diligente deveria conhecer,
por exemplo, a utilização de técnica não indicada para
o caso
• A negligência evidencia-se pela falta de cuidado ou de
precaução com que se executam certos atos.
Caracteriza-se pela inação, indolência, inércia,
passividade. É um ato omissivo. Oposto da diligência,
vocabulário que remete à sua origem latina diligere,
agir com amor, com cuidado e atenção, evitando
quaisquer distrações e falhas
• A imprudência resulta da imprevisão do agente em
relação às conseqüências de seu ato ou ação. Há culpa
comissiva. Age com imprudência o profissional que tem
atitudes não justificadas, açodadas, precipitadas, sem
ter cautela. É resultado da irreflexão, pois o médico
imprudente, tendo perfeito conhecimento do risco e
também ignorando a ciência médica, toma a decisão
de agir, assim mesmo. Exemplo de imprudência seria o
caso da alta prematura, ou a realização de uma
operação cesariana sem a equipe cirúrgica mínima
necessária.
SINAIS E SINTOMAS
• Náusea
• Vomito
• Palidez
• Dor e opressão no peito que pode irradiar pro braço,
costas, ombros. Pode dar até uma dor epigástrica
• Quando ocorre uma isquemia, algum dos vasos é
• Dificuldade respiratória rompido (no caso do hemorrágico) geralmente é por
• Transpiração excessiva ma formação
GOLDEN HOUR:
• “O destino do traumatizado está nas mãos de quem o
atende primeiro” -> O atendimento ao traumatizado é
uma função diária de todos os profissionais de saúde
que trabalham em serviços de urgência e emergência
• Necessidade de rápida intervenção durante a 1ª hora
de atendimento ao traumatizado pelo elevado risco de
morte
• CURVA TRIMODAL DE MORTALIDADE
FERIMENTOS FECHADOS
• Na dependência da intensidade e localização no
trauma fechado poderemos ter sinais de hemorragia
interna ( palidez progressiva, aumento da frequência
do pulso, queda da pressão arterial e perda da
consciência). O abdome fica reflexamente rígido pela
irritação causada pelo sangue sobre o peritônio
parietal.
o Lesão do baço: O baço é a víscera mais
comumente sujeita à lesão por traumatismo
abdominal fechado. Vem a seguir o rim e o
fígado.
• CONTUSÃO COM EQUIMOSE: São contusões
caracterizadas externamente por equimoses ou
hematomas, cuja gravidade estará na dependência da
intensidade da lesão vascular. Nas pequenas lesões
aplicam-se compressas geladas de forma intermitente
a cada 15 minutos nas primeiras 24 horas. O
tratamento persiste com a aplicação de bolsa de gelo
nas primeiras 24 horas sequindo-se de compressas
frias a cada 4 ou 6 horas até a resolução satisfatória.
• Lesões intracavitárias: Na dependência da intensidade
e localização no trauma fechado podemos ter sinais de
hemorragia interna (palidez progressiva, aumento da
frequência do pulso, queda da pressão arterial e perda
da consciência). O abdome fica reflexamente rígido
pela irritação causada pelo sangue sobre o peritônio
parietal.
SUTURAS
• William Halsted (1852 – 1922): a cicatrização é um
processo biológico em que se estabelecem pontes de
fibroblastos, e restauração das comunicações arteriais,
venosas e linfáticas entre as bordas suturadas
portanto:
o 1. assepsia e antissepsia
o 2. Preservar o suprimento sanguíneo (não
pode ser isquemiante, sem tensão)
o 3. SUTURAS COM PONTOS SEPARAADOS SÃO
MENOS ISQUEMIANTES.
o 4. Obliteração de espaços mortos.
o 5. Delicadeza na manipulação dos tecidos.
• Nó de cirurgião: primeira laçada é dupla e a segunda é
simples. A primeira laçada dupla trava o nó, evitando o
afrouxamento. A segunda laçada é para fixação.
TIPOS DE QUEIMADURA
O que fazer?
• O que fazer?
o 1. Colocar o paciente na melhor posição de
conforto para que possa ser transportado com
o mínimo de dor
o 2. Não tentar colocar no lugar – em várias
situações é difícil saber se houve fratura ou
não. Anterior a colocar no lugar tem que fazer • O que fazer? Antes de chegar no hospital
um raio-x pra saber se houve fratura em o 1. Não tentar colocar o osso no lugar – mover
algum local o osso pode levar a lesão vascular ou de
o 3. Não fazer massagens ou compressas: so vai nervos
melhorar a dor do paciente quando colocar no o 2. Ajustar a área da fratura da forma mais
local. cômoda e anatômica possível (pode restaurar
o Luxação de ombro, cotovelo, fratura de ou manter a perfusão)
punho, antebraço, ulna etc. o 3. Imobilizar
o 4. Evitar limpar – apenas cobrir com gaze ou
FRATURA panos limpos (Uma fratura exposta só é limpa
pelo ortopedista em centro cirúrgico)
• Lesão do tecido ósseo (perda de continuidade do osso)
o 5. Se tiver gelo disponível, pode colocar
• Sinônimo: quebrar, trincar
• O que fazer? No hospital
• Classificação 1 (fechada x aberta)
o 1. Exame de imagem para confirmar
o Fechada – Sem lesão epitelial. Sem
diagnóstico (Radiografia, Tomografia)
comunicação do osso com o meio externo
o 2. O tratamento de toda fratura é Redução e
o Aberta – Exposição do fragmento ósseo (risco
Imobilização
muito alto de infecção local)
o 3. Reduzir = colocar as superfícies ósseas em
contato, alinhadas (pode ser conservadora ou
cirúrgica)
o 4. Imobilizar = impedir movimento
• Situação especial
o Em alguns casos de fratura fechada, o edema
é intenso
o Se o edema for muito intenso, ele acaba
provocando um aumento da pressão dentro
da fáscia muscular do membro afetado
o Esse aumento de pressão comprime os vasos
e nervos e causa isquemia e piora a perda de
função
o Quando isso ocorre, chamamos de Síndrome
Compartimental
▪ Palidez
▪ Parestesia
▪ Paralisia
▪ Pulso (ausência)
▪ “Pain” (Dor)
IMOBILIZAÇÃO