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Pérgamo, depois fez parte do Império Romano.

Sua
CONTEÚDOS imagem era representada portando um Cajado onde se
1. História da Medicina; enrolava uma serpente que era o símbolo da cura por
sua capacidade de trocar de pele, permanecendo até
2. Introdução à Semiologia: noções básicas da
hoje como filho da medicina. Em seu hospital os
estrutura de uma história clínica;
tratamentos eram empíricos, baseados em banhos
3. Biossegurança e Controle de Infecção- lavagem
medicinais e no repouso em verdadeiro caráter
mãos ritualístico, sendo que na entrada do hospital havia
4. Procedimentos Diagnósticos Básicos - Sinais Vitais; uma triagem onde os pacientes graves e aqueles
5. aula de Ética na Prática Médica considerados incuráveis não eram aceitos
6. artigo da Dra. Isabela Bensenor • HERÓFILO: foi o primeiro médico grego a praticar
7. vias de administração de medicamentos dissecação em seres humanos descrevendo por
8. sondagem nasogástrica, nasoenteral e vesical exemplo seios da dura-máter.
9. parada cardiorrespiratória • GALENO: Foi outro médico Romano que descobriu que
10. atendimento ao paciente politraumatizado e as artérias conduzem sangue e não ar (como até então
se supunha), que o rim processava urina, supondo que
imobilização
o sangue circularia para impulso originados na própria
11. rede de atendimento à saúde
parede da artéria.
12. ferimentos e suturas
• Após a queda do Império Romano desapareceu por
13. fraturas/imobilização completo a figura do médico nessa época, sendo
considerada extremamente pecaminosa para o
cristianismo. A prática médica passou a ser exercida
pelos monges com uma visão hipocrática e galenista,
mas sem aquisição de qualquer evolução racional no
conhecimento médico.
HISTÓRIA DA MEDICINA • Devido às perseguições religiosas passou-se a difusão
do conhecimento médico aos povos árabes e persas os
• O início exato da medicina se deu com os primeiros
quais foram os principais perpetuadores da arte
métodos efetivos de tratar as doenças. Anteriormente
hipocrática, surgindo desde aí grandes mestres da
a isso não existia nenhum conhecimento com base
medicina como Maimônides. Portanto, foram
anatômica ou fisiológica bem documentados, existia a
principalmente os judeus que traduziram a grande
crença de que eram as divindades ou espíritos
maioria do conhecimento grego para o árabe e
sobrenaturais as reais causas das doenças
posteriormente deste para o latim, acrescentando
• A primeira contribuição racional para a medicina foi
grande conhecimento à farmacologia, surgindo as
trazida pela civilização grega, onde atribuiu-se os males
primeiras boticas que foram os primórdios das atuais
terrenos ao desequilíbrio ocorrido entre os
por farmácias
constituintes fundamentais da matéria que eram o
• Nos séculos X e XI, surgem as primeiras faculdades de
fogo, a terra, o ar e a água.
medicina junto de conventos na Itália e na França. Com
• Na civilização grega surge Hipócrates, considerado até
o renascimento se inicia a retoma dos princípios
hoje o pai da medicina, contemporâneo de Platão e
cultuados pelos gregos. A partir da prática das
Sócrates, filósofos que estabeleceram leis racionais
dissecações anatômica inicia-se uma revolução no
para o funcionamento do universo que fortemente ou
conhecimento médico.
influenciaram. Hipócrates escreveu muitos textos
• No século XVII foi introduzido ao microscópio por
médicos e histórias clínicas facilitando o aprendizado
Robert Hooke, descrevendo as hemácias, os
do médico segundo sua experiência, racionalizando e
espermatozoides e outros microorganismos. Além
estabelecendo as bases éticas da profissão. Em seu
disso, também ocorre a descoberta da circulação
Juramento enaltece a Caridade, sigilo, o respeito
sanguínea, descrevendo a microcirculação.
absoluto, a gratidão, o compromisso na formação.
o Robert Koch (1843-1910) descobre o bacilo da
• Paralelamente a isso existe a medicina religiosa com o
Tuberculose, do antraz e da cólera,
Deus Asclépio/Escapulapio o qual fez um templo
desenvolve os métodos de fixação e coloração
considerado o primeiro hospital feito pelo homem em
das bactérias, possibilitando sua análise e
classificação microscópica. Percebe que as
bactérias podem ser isoladas puras em
diferentes meios de cultura nutritivos, INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA: NOÇÕES BÁSICAS DA
aprimorando assim sua classificação. ESTRUTURA DE UMA HISTÓRIA CLÍNICA
Apresenta seus postulados, até hoje aceitos,
constituindo exigência para a admissão da • SEMIOLOGÍA: é o estudo da comunicação por meio de
causa de qualquer doença infecciosa sinais.
• No século XVIII foi publicado um livro sobre anatomia • Hipócrates foi o primeiro a atribuir às alterações no
patológica e a partir disso se estabelece estado normal de saúde aos fenômenos naturais,
definitivamente a patologia como a ciência que avalia passando a avaliar de forma racional e sistemática
macro e microscopicamente as alterações de cada todas as queixas referidas pelo paciente, agrupando
órgão. sintomas e sinais em seu conjunto e dando um
• Durante os próximos anos se originam o termo vacina, diagnóstico.
se estabelece a célula como unidade fundamental e o SINTOMAS são todas as queixas referidas
funcional dos seres vivos, também se estabelece a pelo paciente, acompanhada de todas as suas
patologia celular como a base de toda a medicina. características, como início, localização,
• Louis Pasteur estabelece que as doenças são causadas qualidade, intensidade, evolução, fatores de
por microrganismos e nos próximos anos Robert kock melhora ou piora etc.
descobre o bacilo da tuberculose e da cólera o SINAIS são as alterações observadas durante a
desenvolvendo métodos de fixação e coloração das realização do exame físico do paciente
bactérias e possibilitando a classificação microscópica. o Muitos sintomas também são sinais, passíveis
Robert kock apresenta seus postulados sobre a causa de observação. Assim, sintomas como dor e
das doenças infecciosas; tanto Pasteur quanto Koch febre, podem ser detectados e avaliados de
são considerados os pais da microbiologia. forma precisa ao se realizar o exame físico.
o Os postulados: são quatro critérios • SEMIOTICA: é um estudo dos recursos técnicos
desenhados na década de 1880 para adequados na obtenção dos sinais, como inspeção do
estabelecer uma relação causal entre um paciente, palpação, percussão e ausculta.
micróbio causador e uma doença • A semiologia médica compreende o conjunto das
técnicas utilizadas na obtenção da história clínica e do
POSTULADOS DE KOCH: exame físico, incluindo sua análise e possibilitando a
obtenção do diagnóstico (agrupa sinais e sintomas).
Análise destes dados obtidos por meio da semiologia é
denominada propedêutica médica

HISTÓRIA CLÍNICA
• Compreende o conjunto de dados verificados desde a
identificação do paciente, obtenção dos dados da
anamnese (queixa principal, história da doença atual,
medicações em uso, interrogatório complementar,
antecedentes pessoais e história familiar) exame físico
geral (peso, altura, IMC, estão de consciência, mucosas
• Logo após essas descobertas Se começa a ter maior e sinais vitais como frequência respiratória, cardíaca,
controle da dor e da infecção através da anestesia, pressão arterial e temperatura)e especial (com exames
Semmelweis impõe a lavagem de mão com acido de diversos sistemas- inspeção, palpação, percussão,
carbólico para prevenção de doenças entre os
ausculta)), a conclusão diagnóstica, a conduta
pacientes e os médicos e Joseph Lister propõe o uso de
terapêutica e o prognóstico (chance de cura, com ou
instrumentos e curativos
sem complicações, relacionando-se à morbidade ou
• No século 20 surgem os antibióticos, o pleno mortalidade)
desenvolvimento da Imunologia, muitos aparatos • A grande maioria dos pacientes têm seu diagnóstico
novos com uma grande revolução que ocorre até os feito basicamente pela história clínica.
dias atuais.
envolvidos em atividades essenciais como os
trabalhadores de campo e agentes comunitários de
saúde e investigadores de óbitos. Todos os
profissionais devem ser treinados para os adequado de
equipamentos de proteção individual sendo orientados
quanto aos riscos aos que estão expostos e como
preveni-los.
• SEGURANÇA DO PACIENTE: se relaciona com o dano
causado pelo cuidado à saúde e não pela doença de
base prolongando o tempo de permanência do
paciente ou em uma incapacidade no momento da alta
com uma grande incidência de eventos adversos que
resulta em uma taxa de mortalidade ou danos
causados ao paciente em decorrência de algumas
ações visando o tratamento daquele paciente; a OMS
criou o programa Patient Safety com objetivo de
organizar concentos sobre segurança do paciente e
propor medidas de reduzir o risco e diminuir efeitos
adversos, reduzindo o risco por meio de higienização
das mãos e promovendo uma cirurgia mais segura com
uma lista de verificação antes, durante e após o ato
BIOSSEGURANÇA E CONTROLE DE INFECÇÃO cirurgico. Alguns conceitos-chave da Classificação
Internacional de Segurança do Paciente da Organização
• Na primeira parte do livro contou sobre a história de Mundial da Saúde (OMS) são:
Semmelweis e sua intensa tentativa de mudar os casos 1. Segurança do paciente - reduzir, a um mínimo
de alta mortalidade por febre purulenta e infecções aceitável, o risco de dano desnecessário
traumáticas da época. A partir de algumas observações associado ao cuidado de saúde.
se questionou se não eram os próprios médicos que 2. Dano - comprometimento da estrutura ou
traziam as partículas contaminadas para seus pacientes função do corpo e/ ou qualquer efeito dele
através de suas mãos. Com isso, começou a isolar os oriundo, incluindo-se doenças, lesão,
casos, lavar as mãos com ácido clórico, e ferver sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção,
instrumental e utensílios reduzindo consideravelmente podendo, assim, ser físico, social ou
o número de mortalidade causada por partículas psicológico.
cadavéricas aderidas pelas mãos dos obstetras. 3. Risco - probabilidade de um incidente ocorrer.
• BIOSSEGURANÇA: Segurança do profissional de saúde 4. Incidente - evento ou circunstância que
+ do meio ambiente + do paciente; compreende um poderia ter resultado, ou resultou, em dano
conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, desnecessário ao paciente.
mitigar ou eliminar riscos inerentes as atividades que 5. Incidente com dano
possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, ▪ Evento Adverso - incidente que
a saúde humana e o meio ambiente. resulta em dano ao paciente (danos
não intencionais decorrentes da
na atividade médica as ações são divididas objetivando a
assistência e não relacionadas à
segurança do meio ambiente, do profissional de saúde e do
evolução natural da doença de base).
paciente:
Exemplo: a enfermeira coloca uma
• SEGURANÇA DO MEIO AMBIENTE: se relaciona com a bolsa de sangue em um paciente
preocupação com o descarte de material infectado, homônimo àquele que deveria
receber esta bolsa, e o paciente
biológico, mico e inclusive radioativa e pode levar a
contaminações de Lençóis freáticos, rios, reservatório desenvolve uma reação febril.
de água e esgoto. Por isso os descartes devem ter 6. Incidente sem dano: um evento que ocorreu a
destino adequado conforme legislação vigente um paciente, mas não chegou a resultar em
dano. Exemplo: a enfermeira coloca uma
• SEGURANÇA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE: se
bolsa de sangue em um paciente homônimo
relaciona com a preocupação de acidentes envolvendo
àquele que deveria receber esta bolsa, mas o
material biológico não apenas relacionado a
profissionais da área de saúde mas também aqueles
sangue é compatível e o paciente não tem cirúrgica, possibilitando o aumento da
reação. segurança na realização de procedimentos
▪ Circunstância Notificável - incidente cirúrgicos, no local correto e no paciente
com potencial dano ou lesão. correto, por meio do uso da Lista de
▪ Near miss - incidente que não atingiu Verificação de Cirurgia Segura desenvolvida
o paciente. Incidente sem lesão. pela OMS.
Incidente que atingiu o paciente, mas 5. Comunicação entre os profissionais da saúde:
não causou danos. diminui falhas de comunicação
▪ Circunstância de Risco: é uma 6. Higiene das mãos: previne e controla
situação em que houve potencial infecções relacionadas a assistência a saúde.
significativo de dano, mas não Esta deve ocorrer em cinco situações: antes e
ocorreu um incidente. Exemplo: a após contato com paciente, antes da
escala de enfermagem de uma UTI realização de algum procedimento, após
está defasada em um determinado contato com fluidos corporais e após contato
plantão. com áreas próximas ao paciente.
• FIOCRUZ- PASSOS PARA SEGURANÇA DO PACIENTE: • Metas internacionais de segurança do paciente:
1. Identificação do paciente: reduz risco de 1. identificação correta do paciente
incidentes. Debe ser aplicado em todos os 2. comunicação efetiva
ambientes de prestação de cuidados de saúde 3. melhorar a segurança dos medicamentos de
em que estejam realizados procedimentos, alta vigilância
quer sejam terapêuticos e ou diagnósticos, 4. redução risco de infecções associadas aos
tais como: unidades de internação, salas de cuidados em saúde e prevenção de danos
cirurgia, salas de emergência e inclusive decorrentes de quedas.
ambulatórios.
2. Prevenção de quede e úlceras de pressão: PRÁTICA: LAVAGEM DAS MÃOS
tem como meta reduzir a ocorrência de queda
de pacientes nos pontos de assistência e o • Higienizar com agua e sabonete apenas quando
dano dela decorrente, por meio de medidas estiverem visivelmente sujas. Senão apenas friccionar
que contemplem a avaliação de risco do mãos com álcool
paciente, garantam o cuidado • Duração: 40-60 segundos
multiprofissional em um ambiente seguro e
promovam a educação do paciente, familiares
e profissionais. Visa ainda prevenir a
ocorrência dessa e de outras lesões da pele,
visto que é uma das consequências mais
comuns da longa permanência em hospitais.
Sua incidência aumenta proporcionalmente à
combinação de fatores de riscos, entre eles,
idade avançada e restrição ao leito
3. Segurança na prescrição, uso e administração
de medicamentos: promoção de práticas
seguras sem erros de medicação
▪ Prescrição medica muitas vezes
ocorre erro de via, dose, frequencia
ou medicação prescrita. A
observação dos 5 certos (paciente
certo, medicamento certo, dose
certa, via certa e horário certo) na
administração de medicamentos
garante que os erros de
administração não ocorram.
4. Cirurgia segura: : medidas a serem
implantadas para reduzir a ocorrência de
incidentes e eventos adversos e a mortalidade
• Mecanismos de perda de calor:
o IRRADIAÇÃO
o CONDUÇÃO: transfere calor entre a superfície
do nosso corpo e alguma outra superfície com
PROCEDIMENTOS DIAGNOSTICOS BASICOS - SINAIS que se entra em contato
VITAIS o CONVECÇÃO: se formam correntes de
convecção, perdendo calor para correntes de
• SINAIS VITAIS: são sinais das funções orgânicas básicas,
ar.
sinais clínicos de vida, refletem o equilíbrio ou
o PELO VENTO: o vento remove a camada de ar
desequilíbrio resultante das interações entre os
mais aquecida junto a pele.
sistemas do organismo e uma determinada doença. Os
o EVAPORAÇÃO: perde com perspiração e
principais sinais vitais são pulso, Pressão Arterial,
sudorese. Em condições extremas de calor é o
temperatura e frequência respiratória. Também se
mecanismo mais eficaz para manutenção da
pode avaliar estado de coloração das mucosas,
homotermia.
presença de ictérica, perfusão periférica e estado de
• HIPERTERMIA: pode ocorrer devido a exposição ao
hidratação
calor extremo, desidratação grave ou sinais de
• Medir esses parâmetros revela o estado de infecção.
funcionamento das principais funções corporais como
• HIPOTERMIA: extremamente grave em paciente
a circulatória, a respiratória e são importantes tanto no
politraumatizado e em recém nascidos (tecido
diagnóstico como no acompanhamento dos pacientes
subcutâneo escasso, derme fina e papilas dérmicas
superficiais, não possui pelos, anabolismo intenso)
TEMPERATURA
• A constatação de uma temperatura elevada conhecida FREQUENCIA RESPIRATORIA
como hipertermia ou anormalmente baixo conhecida
• Objetivo: manter po2, pco2 e ph plasmáticos em
como hipotermia são sempre considerados sinais de
valores normais.
doença
• A frequência respiratória normal no adulto é de 16
• Local de medição comum: Axilar- aferição com
movimentos por minuto, a criança na idade pré escolar
termômetro (o de mercúrio foi retirado do mercado
é de 20 e no recém-nascido é de 40 movimentos por
porque era tóxico-metal pesado)
minuto.
• Variação média de Temperatura: 36 a 37,8°C -
• Fisiologicamente, a respiração é a troca gasosa que
normotermico
ocorre nos alvéolos. Troca de dióxido carbono por
• <35: HIPOTERMIA oxigênio. A frequência respiratória é a sequência de
• >38: pirexia (aumento temperatura corporal) movimentos pulmonares realizados nesse processo de
• >40- crianças convulsionam porque hipotálamo está troca gasosa (inspiração e expiração).
em fase de desenvolvimento e é uma forma do • Em repouso e em adultos, os valores de referência
organismo “pedir ajuda”, é um sinal de alerta para que variam entre 12 e 20 inspirações por minuto (ipm).
algo seja feito da maneira mais rápida possível. Qualquer pessoa ventilando em frequência maior que
20 ipm ou menor que 12 ipm deve ser avaliada à
Valores normais:
procura de afecções ou alterações decorrentes de
• Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, com média de 36 a descompensação no sistema respiratório.
36,5°C. • A mensuração pode ser efetuada observando-se os
• Febre leve ou febrícula: até 37,5°C movimentos torácicos ou abdominais ou, ainda,
• Febre moderada: de 37,6° a 38,5°C palpando-se o tórax.
• Febre alta ou elevada: acima de 38,6°C. • Uma diminuição dos movimentos respiratórios pode
• Hipotermia: Consiste na diminuição da temperatura ser associada a alguma medicação. Medicações que
corporal abaixo de 35,5°C na região axilar ou vão direto no SNC podem levar a uma depressão do
de 36°C no reto. mesmo como uma epidural por exemplo (anestesia).
Uma hipoxia leva a um mecanismo compensatório
Um dos principais mecanismos que regulam a temperatura levando ao pulmão a tentar aumentar seus
é o fluxo sanguíneo cutâneo, uma vasodilatação ou vaso movimentos, mecânica ventilatória. Primeiro aumenta
constrição dos vasos cutâneos. Existem outros mecanismos em compensação e logo cai e entra em insuficiência
importantes de proteção contra a hipotermia ou ganho de respiratória. Abaixo é bradipneia e acima taquipneia.
calor que são a piloereção e o tremor muscular.
bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30
minutos antes da medida;
3. Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos em
ambiente calmo, com temperatura agradável. A PA é
medida com o paciente sentado ou deitado, com o
braço repousado sobre uma superfície firme;
4. Localizar a artéria braquial por palpação;
5. Colocar o manguito firmemente cerca de 2 cm a 3 cm
acima da fossa cubital. A largura da bolsa de borracha
do manguito deve corresponder a 40% da
PRESSÃO ARTERIAL circunferência do braço e seu comprimento, envolver
• representa a força exercida pelo sangue sobre a pelo menos 80% do braço;
superfície dos vasos sanguíneos. O sangue ao ser 6. Manter o braço do paciente na altura do coração;
ejetado do ventrículo esquerdo para a grande 7. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu
circulação (artéria aorta e seus ramos), exerce uma desaparecimento no nível da pressão sistólica;
pressão nesse sistema arterial (parede das artérias). A 8. Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial, na
Pressão é o resultado do Débito Cardíaco (DC) X fossa antecubial, sem compressão excessiva;
Resistência Vascular Periférica (RVP), sendo que o 9. Inflar rapidamente, de 10 mmHg em 10 mmHg, até o
débito cardíaco é o resultado do Volume Sistólico X FC. nível estimado da pressão arterial;
Deve ser medida em ambos os braços. Caso, na 10. Proceder à deflação, com velocidade constante.
anamnese ou no exame dos membros, sejam Procede-se, neste momento, à ausculta dos sons sobre
verificadas alterações nos pulsos ou sinais de a artéria braquial, evitando-se compressão excessiva
comprometimento vascular (diminuição de perfusão e do estetoscópio;
alterações na coloração e na temperatura), deve-se 11. Determinar a pressão sistólica no momento do
realizar a medida também nos membros inferiores. aparecimento do primeiro som, que se intensifica com
Utilizar manguito de tamanho adequado. aumento da velocidade de deflação;
12. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento
completo dos sons e depois proceder à deflação rápida
e completa. Quando os batimentos persistirem até o
nível zero, determinar a pressão diastólica no
abafamento dos sons;
13. Registrar os valores. Se necessários realizar novas
medições esperar de 1 a 2 minutos.

PULSO/FREQUENCIA CARDIACA

• fatores que interferem na pressaõ arterial: elasticidade


dos vasos (resistência), volemia, viscosidade sanguínea,
resistência periférica, valvas
• Os 2 principais mecanismos fisiológicos responsáveis
pelo controle da Pressão Arterial são sistema renina
angiotensina e os Barorreceptores
• O aparelho para medir a pressão arterial é conhecido
como esfigmomanômetro. • Pulso: Preferencialmente medido na artéria radial,
• O limite definido para se considerar hipertensão deve ser contado durante um minuto inteiro, para
arterial é 150X90 mmhg encontrado em pelo menos evitar erros. Anotar o número de batimentos e as
uma aferição. características: intensidade (cheio ou filiforme),
ritmicidade (regular ou irregular).
PASSO A PASSO NA AFERIÇÃO
• Frequência cardíaca: pode ser verificada por meio da
1. Identificar-se e procurar iniciar um diálogo normal e ausculta cardíaca ou em pacientes monitorizados.
agradável. Explicar o procedimento ao paciente; Utiliza-se estetoscópio para ver o batimento cardíaco.
2. Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga Cada bulha cardíaca (de 4 a 5 bulhas) é onde se coloca
cheia, não praticou exercícios físicos e não ingeriu o diafragma do estetoscópio para auscultar
OXIMETRIA
• Oximetria é um procedimento que permite medir a
saturação de oxigênio do sangue, ou seja, mede a
porcentagem de oxigênio que está sendo transportada
na circulação sanguínea.
• Alguns fatores influenciam a leitura, como a cor do
esmalte, a temperatura da mão
• 90-100% mostra que o paciente não precisa de
• As causas mais comuns de taquicardia são febre, oxigênio
hipertiroidismo, insuficiência cardíaca hipovolêmica. As
de bradicardia são bloqueio cardíaco, atletas,
hipertensão endocraniana.]

PERFUSÃO PERIFERICA:

• A perfusão periférica é um parâmetro fisiológico que se


relaciona diretamente ao fluxo sanguíneo local.
(coloração, enchimento capilar, temperatura). É
necessário palpar, sentir a temperatura do paciente.
(muitas vezes se percebe uma trombose só com tocar
um paciente que esteja com membros frios)
• Se faz a compressão das extremidades, solta e o
sangue tem que voltar em 2 segundos. Se demorar
para retornar é porque a perfusão não é adequada. Em
pacientes com pé diabético existe
diminuição/destruição dos vasos capilares, a glicose
corrói e o sangue não chega nas extremidades. Muitas
vezes o paciente machuca e nem percebe e acaba
necrosando
• AVALIAÇÃO DA PERFUSÃO PERIFERICA, HIDRATAÇÃO E
COLORAÇÃO MUCOSAS: Avaliação do FLUXO sanguíneo
ao nível da pele:
o Coloração das mucosas
o Coloração da pele
o Presença de cianose
o Temperatura
o Sensibilidade ao nível da pele
o Elasticidade, mobilidade, turgor
o Umidade
o Textura: lisa, áspera, enrugada
o Temperatura, Sensibilidade ao nível da pele,
Elasticidade, mobilidade, turgor
o Icterícia: É a coloração amarelada da
pele e das mucosas.

DOR
• A dor é considerada como o quinto sinal vital, deve ser
realizada juntamente com a mensuração dos sinais
vitais, através de uma avaliação sistematizada e
rotineira.
• Por ser subjetiva, não existe um instrumento, tal qual
um termômetro ou um esfigmomanômetro, para
mensurá-la. O relato pessoal é o padrão de medida
válido para avaliar a dor do indivíduo.
• princípio de não prejudicar: primum non nocere
(primeiro não prejudicar), cuja finalidade é reduzir os
efeitos adversos ou indesejáveis das ações diagnósticas
AULA: ETICA NA PRÁTICA MÉDICA e terapêuticas no ser humano
o utilidade, beneficio X RISCO e dispêndio
• O estudo da ética tem sua importância sobre o aspecto • respeito à vida: O respeito à vida é um princípio
funcional da sociedade. Além de permitir o absoluto da ética, entretanto não inflexível, haja vista
estabelecimento de normas para a convivência pacífica que se ajusta às condições sociais e aos novos
entre as pessoas, ela orienta os profissionais para o rumos dos desenvolvimentos científico e cultural.
respeito aos interesses dos indivíduos. No caso o aborto legal: gravidez concebida por meio de
específico da profissão médica, primordialmente para estupro ou quando tem risco de vida materno
os interesses dos pacientes, que devem sobrepujar os o aborto ilegal: em quase todas situações,
dos médicos. Ética profissional é o conjunto de normas exceto em estupro e risco de vida
éticas que formam a consciência do profissional e • sobretudo a postura diante do aborto e da eutanásia
representam imperativos de sua conduta. A ética o eutanásia: conduta pelo qual o paciente esta
profissional refere-se aos padrões de conduta moral, em estado teerminal ou com sofrimento
isto é, padrões de comportamento relativos ao constante. É morte sem dor, rápido.
paciente, ao chefe e aos colegas de trabalho.
• O código de ética do estudante de medicina comenta
AUTONOMIA DO PACIENTE
sobre a relação médico-paciente, relação dos médicos
entre si e a relação dos médicos com a sociedade • Respeito
• Na prática médica, a ética pode ser analisada sob três • Consentimento informado: o paciente tem o o direito
aspectos: a relação médico-paciente, o relacionamento de ser informado sobre o que está acontecendo.
dos médicos entre si e com a sociedade. o O princípio da autonomia requer que os
indivíduos capacitados de deliberarem sobre
suas escolhas pessoais, devam ser tratados
RELAÇÃO MÉDICO PACIENTE
com respeito pela sua capacidade de decisão.
• a autonomia do paciente: Tratando se o paciente com As pessoas têm o direito de decidir sobre as
o devido respeito à sua condição humana pode-se questões relacionadas ao seu corpo e à sua
obter o seu consentimento para atos médicos que vida. Quaisquer atos médicos devem ser
incorram sérios riscos, compreender as razões de sua autorizados pelo paciente
não-aceitação de certas terapêuticas, encontrar • Explicação dos problemas
alternativas para curá-lo ou amenizar o seu sofrimento • Riscos e Benefícios do tratamento
e atender a certas reivindicações válidas por ele • Adequação do tratamento às condições do paciente
formuladas. • Visão Geral das condições do paciente
o Uma das manifestações de respeito à
autonomia do paciente é a obtenção do
MÉDICO E A SOCIEDADE
consentimento informado para a realização de
qualquer ato médico. • Médico político: melhora as condições medicas como
• a equidade: o princípio da justiça requer que todos um todo
sejam tratados com igual consideração, • Politico medico: aproveita da medicina e não pensa na
independentemente de sua situação socioeconômica sociedade
• o sigilo: confidencialidade de informação médica com o • Gestão em medicina: tenta aproveitar os recursos,
paciente. Está no código de ética médica, no organizando.
compromisso moral, na confiança o profissional
o Quebra do Sigilo Médico - É vedado ao ERRO MEDICO
médico)“Revelar fato de que tenha
• é a conduta profissional inadequada que supõe uma
conhecimento em virtude do exercício
inobservância técnica capaz de produzir um dano à
profissional, salvo por motivo justo, dever
vida ou à saúde de outrem, caracterizada por
legal ou consentimento, por escrito, do
imperícia, imprudência ou negligência.
paciente.” (Código de Ética Médica)
o Existem 3 situações que o código pode ser Imperícia, Imprudência e Negligência
quebrado: agressão, estupro e doenças de
transmissão • "Não é imperito quem não sabe, mas aquele que não
sabe aquilo que um médico, ordinariamente, deveria
saber; não é negligente quem descura alguma norma positivo em paciente sem a doença; (3) verdadeiro
técnica, mas quem descura aquela norma que todos os negativo, ao excluir possibilidade da doença em
outros observam; não é imprudente quem usa indivíduo que realmente não a possui; (4) falso-
experimentos terapêuticos perigosos, mas aquele que negativo, ao descartar a doença ela esta presente
os utiliza sem necessidade..." Esse argumento, utilizado
pelo procurador geral da Corte de Apelação de Milão,
Itália, coloca a responsabilidade médica sobre a ótica
da ponderação
• A imperícia, por sua vez, ocorre quando o médico
revela, em sua atitude, falta ou deficiência de
conhecimentos técnicos da profissão. É a falta de
observação das normas, deficiência de conhecimentos
técnicos da profissão, o despreparo prático. A imperícia
deverá ser avaliada à luz dos progressos científicos que
sejam de domínio público e que, em todo caso, um
profissional medianamente diligente deveria conhecer,
por exemplo, a utilização de técnica não indicada para
o caso
• A negligência evidencia-se pela falta de cuidado ou de
precaução com que se executam certos atos.
Caracteriza-se pela inação, indolência, inércia,
passividade. É um ato omissivo. Oposto da diligência,
vocabulário que remete à sua origem latina diligere,
agir com amor, com cuidado e atenção, evitando
quaisquer distrações e falhas
• A imprudência resulta da imprevisão do agente em
relação às conseqüências de seu ato ou ação. Há culpa
comissiva. Age com imprudência o profissional que tem
atitudes não justificadas, açodadas, precipitadas, sem
ter cautela. É resultado da irreflexão, pois o médico
imprudente, tendo perfeito conhecimento do risco e
também ignorando a ciência médica, toma a decisão
de agir, assim mesmo. Exemplo de imprudência seria o
caso da alta prematura, ou a realização de uma
operação cesariana sem a equipe cirúrgica mínima
necessária.

ARTIGO: ANAMNESE, EXAME CLÍNICO E EXAMES


COMPLEMENTARES COMO TESTES DIAGNÓSTICOS

• A principal ferramenta de que o médico dispõe para


fazer o diagnóstico das queixas apresentadas pelo
paciente são a anamnese e o exame físico. Ao final, não
se deve pedir uma lista fixa de exames e sim, solicitar
os exames complementares em função da queixa.
• A anamnese e o exame físico dão ao médico todas as
ferramentas de que ele necessita para fazer o
diagnóstico, permite que sejam afastadas hipóteses
diagnósticas, e permite ainda a identificação de
pacientes em estágios iniciais de doenças que
poderiam levar a morte.
• TESTE DIAGNOSTICO: Os resultados de um teste
diagnóstico permitem quatro possíveis interpretações:
(1) verdadeiro-positivo, quando positivo na presença
da doença; (2) falso-positivo, se o teste revelar-se
MEDICAMENTO
• Substância química capaz de promover no organismo
efeito preventivo (vacina), curativo (antibiotico),
paliativo (analgésico) ou diagnóstico (contraste)
HISTÓRIA

• No fim do terceiro milênio foram encontradas cerca de VIAS DE ADMINISTRAÇÃO


15 receitas medicinais. Eram usados procedimentos
• É o caminho pelo qual o medicamento é introduzido no
como sangrias e ventosas e medicamentos à base de
organismo para que ele possa chegar no tecido no qual
plantas
ele irá agir
• Galeno de Pérgamo: classificava os medicamentos
• pode provocar tanto efeito tópico (local- epidérmica,
conforme sua propriedade e os utilizava com
inalável, enema, gotas otológicas, intranasal, pomada,
propriedades contrarias aquelas que caracterizavam as
adesivo, creme analgésico, colírio por exemplo) como
doenças.
sistêmico.
• Monastérios: ensino, pratica e cultivo de plantas
• Via enteral: efeito sistêmico é desejado, a substância é
medicinais e seu preparo, iniciando o
administrada através do sistema digestório -> oral,
desenvolvimentos dos jardins botânicos.
sublingual, retal- supositório
• William Harvey – 1628: circulação -> Somente em
o Tudo que ingere é absorvido por vasos que
1628, quando William Harvey desenvolveu a teoria do
drenam no intestino, passa pelo fígado, cai na
sistema circulatório e fluxo sanguíneo, e detectou a
circulação e é distribuído pro corpo.
presença e a importância das válvulas nas veias, é que
o É uma via de administração segura, cômoda,
iniciaram os procedimentos injetáveis.
mais barata e, portanto, mais conveniente
• Major – 1662: injetou substâncias em humanos
para o paciente, sendo uma grande parte dos
• Denis – 1667: primeira transfusão sanguínea entre
medicamentos administrados por essa via -
animais e humanos documentada e resultou em reação
Geralmente os medicamentos para uso
à transfusão.
interno, enteral, são disponibilizadas em
• Physick - 1795 notou que a transfusão sanguínea na
forma de comprimidos, cápsulas, líquidos,
hemorragia obstétrica reduzia a mortalidade, porém
pós, capotes, suspensões
sem nenhum embasamento científico mas por
o Quando utilizados por via oral, os
casualidade.
medicamentos, após serem absorvidos no
• James Blundell – 1818 : fez a primeira transfusão
trato gastrointestinal, são metabolizados pelo
sanguínea entre humanos.
fígado, para então atingirem a circulação
• Pasteur – 1860: desenvolve a teoria dos germes e Lister sistêmica
postulou que a infecção poderia ser prevenida
• Parenteral: uso externo, efeito sistêmico, a substância
destruindo organismos.
é administrada de outra forma que não através do
• Halsted- 1889: indica uso de luvas sistema digestório. (injeção ou infusão).. É utilizado
quando se deseja um efeito mais rápido e mais intenso,
SÉCULO XX
ou indicado quando os pacientes são incapazes de
• O uso de solução salina e glicose foi prática aceita e deglutir, estão inconscientes ou com problema
largamente utilizada em pacientes críticos. gastrointestinais
• 1910: Com a advento da esterilização os equipamentos o Também pode ser utilizada por via indireta,
eram limpos e esterilizados. como a transdérmica, respiratória,
• Transfusão sanguínea: conjuntival, geniturinária, podendo o efeito
o 1901 é feita a descoberta dos grupos ser sistêmico ou local. Por exemplo, alguns
sanguíneos ABO hormônios são utilizados por patch (adesivos)
o 1907 Ottenberg estabelece a seleção de com efeito sistêmico ou mesmo cremes com
doadores de sangue baseados em diferenças efeito sistêmico e local e anestésicos, colírios,
de tipagem sanguínea pomadas, gotas otológicas, intranasal,
o Em 1915 o citrato de sódio é usado com enemas, inaláveis. - Por via parenteral, a
sucesso como anticoagulante medicação cai ou é absorvida diretamente na
o 1939 o anti-RH corrente sanguínea
o Na II Guerra Mundial a transfusão sanguínea é o Intravenosa: a medicação é administrada
usada amplamente diretamente na veia, geralmente nas veias
superficiais do membro superior como a
basílica, mediana e cefálica, no dorso da mão
ou mesmo no antebraço. Podem ser
administradas também infusões de grandes
quantidades de líquidos como soro glicosado,
fisiológico, hemoderivados, etc
o Intra-arterial
o Intramuscular: nesta via, a medicação é
depositada em determinados grupos
musculares, que permitem rápida absorção
devido à vascularização de quantidades
relativamente grande de substâncias. Os *importante saber o local e o grupo muscular que vai usar
grupos musculares mais utilizados são os
*no glúteo: quadrante superior externo por risco de lesão
glúteos, os deltóides, e vasto lateral da coxa. A
no nervo ciático
escolha do local vai depender da idade, estado
físico do paciente e da proposta da injeção
o Intracardíaca CHECKLIST PARA INJEÇÕES INTRAMUSCULARES
o Subcutânea • Lavar as mãos e colocar as luvas
o Intraóssea • Explicar ao paciente o procedimento a ser realizado.
o Intradérmica
• Pedir licença para o paciente para realizar o
o Intraperitoneal
procedimento.
o Transdérmica
• Verificar o medicamento, nome, dose e validade.
o Transmucosa- anel vaginal
• Preparar adequadamente o material a ser utilizado.
o Inalável
• Informar o local da injeção.
o Intratecal
• Realizar anti-sepsia adequada.
o epidural
• Descartar a agulha no local adequado.

ERROS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS


PUNÇÃO VENOSA
• Erro de medicamento: sempre conferir nome e
• Além das etapas da injeção intramuscular, deve-se
validade.
escolher o melhor lugar para a punção, colocar o
• erro de dose ou dosagem: em dose maior ou menor do
garrote adequadamente.
que a prescrita
• Soltar o garrote após a punção e antes de injetar o
• erro de via: sempre conferir se é a via adequada para
medicamento.
aquele medicamento
• Periférica: braços ou mão
• erro na técnica de administração: necessário estar
• Central: jugular
treinado e habilitado na técnica a ser utilizada, com o
conhecimento dos materiais a serem utilizados e como
usá-los
o Nessa situação, ao introduzirmos a sonda no
estômago observamos um conteúdo líquido
de coloração verde-amarelada devido à
CATETERISMO NASOGASTRICO presença de bile (líquido bilioso), mais fluido
ou até mesmo com grumos de material
• As sondas nasogástricas foram desenvolvidas e
próprio do conteúdo intestinal, dando o
tornaram-se rotina na prática médica após a Revolução
característico aspecto que denominamos
Industrial, que se inicia na Inglaterra ao final da
líquido fecalóide.
primeira metade do século XIX, após o
o OBS.: Aspecto idêntico será observado nos
desenvolvimento de materiais de borracha e plásticos
casos de obstrução do intestino delgado, onde
flexíveis.
ainda temos fortes dores em cólica, de caráter
• A primeira sonda criada com o objetivo de progressivo. Um dado que nos permite
descomprimir ou esvaziar o estômago e administrar distinguir as duas condições é o de que no íleo
medicamentos foi a sonda de Levine, desenvolvida por adinâmico, além da inexistência da dor, a
Abrahan Louis Levine (1880-1940), médico norte- ausculta do abdome com o estetoscópio
americano, sendo atualmente comumente utilizada e revela silêncio abdominal pela parada dos
denominada sonda nasogástrica ou sonda de Levine movimentos peristálticos. Já na obstrução
• Sonda naso-gástrica (=oro-gástrica) – Sonda de Levine - intestinal a presença de ruídos do tipo em
> função de drenagem. Para colocar a sonda é salva.
necessário fazer uma marcação até o local onde se • 4. Administrar medicamentos e alimentos no estômago
deve colocar. ou no intestino delgado proximal: condições
acompanhadas de anorexia. Este procedimento se faz
SONDAGEM DO APARELHO DIGESTIVO
necessário, desde a alimentação lenta e fracionada de
• Tipos: Nasogástrica, Orogástrica, Enteral e Retal prematuros, até indivíduos com grave lesão
• INDICAÇÕES: A passagem de uma sonda neurológica incapazes de deglutir, ou portadores de
gastrointestinal é a inserção de uma sonda de plástico grave anorexia (ausência completa do apetite) em
ou de silicone, bastante flexível, mas com adequada decorrência de grave infecção ou de doenças
rigidez para manter-se sempre permeável. Sua consumptivas crônicas, como os portadores de
introdução, na grande maioria das vezes, é feita pelo neoplasias em estado avançado (câncer). - As sondas
nariz, sonda nasogástrica, ou pela boca, sonda comuns plásticas de Levine não devem ser utilizadas
orogástrica, tendo os seguintes possíveis objetivos ou com essa finalidade, pois apresentam alguma rigidez e
indicações: sua permanência por longo período poderá causar
lesão da parede esofágica e mesmo da faringe.
Objetivos: • 5. Obter conteúdo gástrico para análise. Após coleta do
material, será encaminhado para análise com intuito
• 1. Descomprimir o estômago, Duodeno e Intestino diagnóstico
Delgado removendo gás e líquidos
• 6. Tratar uma obstrução ou um local com
• 2. Realizar uma lavagem gástrica: mais propriamente sangramento: monitorizar ou “vigiar” o sangramento.
lavagens sucessivas com a rápida introdução e Monitorizar ou “vigiar” o sangramento e tratar por
aspiração de líquido, para promover o esvaziamento do compressão uma variz esofágica sangrante. - Nessa
conteúdo gástrico, como no tratamento das tentativas situação são usadas sondas especiais dotadas de um
de suicídio por envenenamento. balão que, uma vez insuflado, irá comprimir a variz
• 3. Diagnosticar e tratar a parada da motilidade (veia dilatada) esofágica sangrante. Esta é denominada
intestinal = em condições de funcionamento normal do sonda de Senkstaken-Blackmore ou sonda Minessota.
aparelho digestivo, o estômago contém apenas o seu • 7. Tratar por compressão uma variz esofágica
próprio suco gástrico, material líquido claro levemente sangrante.
viscoso e com poucos grumos escuros. Caso ocorra a
• 8.Descomprimir ou Esvaziar o conteúdo do Colo (Sonda
parada dos movimentos peristálticos normais do
Retal – lavagem intestinalexame radiológico do colo)
intestino, irá ocorrer o refluxo do conteúdo líquido e
gasoso, do intestino delgado para o duodeno e deste ESTADO DE ÍLEO- ILEO PARALÍTICO
para o estômago, devido ao aumento da pressão dos
gases e líquidos no intestino delgado. Denominamos • Parada da motilidade intestinal, com refluxo do
esta condição de paralisia intestinal, completa ou conteúdo líquido e gasoso, do intestino delgado para o
parcial, íleo paralítico, íleo adinâmico ou simplesmente duodeno e deste para o estômago, devido ao aumento
estado de íleo da pressão dos gases e líquidos no intestino delgado.
Denominamos esta condição de paralisia intestinal, CARACTERÍSTICA DAS SONDAS
completa ou parcial, íleo-paralítico, íleo adinâmico ou
• Calibre: Para o calibre das sondas digestiva e urinárias
simplesmente estado de íleo
utilizamos a escala francesa (F) de medidas, cujo uso
• Causas:
em medicina é generalizado para todo tipo de sondas,
o Após a realização de uma cirurgia no abdome
catéteres, tubos, endoscopios, etc. Cada unidade da
(LAPAROTOMIA)
escala equivale a 0.33 mm. Por exemplo, una sonda
o Diminuição da concentração sanguínea de
18F tem 6 mm de diâmetro
potássio
o Em recém-nascidos (até o final do primeiro
o Inflamação de um órgão intrabdominal
mês) utilizamos sondas 8F, em lactentes (até o
o apendicite aguda, colecistite aguda,
final do segundo ano de vida) 10 F, pré-
pancreatite aguda
escolares (final do sexto ano de vida) e
o Infecção grave do aparelho urinário com
escolares 12 F. Em adolescentes e adultos 16 a
acometimento renal
20 F..
o PIELONEFRITE AGUDA
• Aparelho respiratório: 1 unidade é igual a 1 mm
o Hemorragia intrabdominal (rotura de baço,
fígado)
o Perfuração intestinal com peritonite SONDAGEM VESICAL
o Meningite Principais indicações
o Trauma da coluna vertebral.
o Septicemia ou infecção generalizada • 1. Obter amostra de urina para análise e cultura
• 2. Avaliar o resíduo urinário após a micção espontânea,
Tratamento: Sondagem naso-gástrica para descomprimir o • 3. Nos portadores de doenças degenerativas neuro-
aparelho digestivo e • Reposição da água e eletrólitos com musculares e de bexiga neurogênica
a administração endovenosa.
• 4. nas obstruções ao livre fluxo de urina, por um
aumento de natureza benigna ou maligna da próstata,
TIPOS DE SONDAS • 5. durante atos cirúrgicos de grande porte
• DUBOFF: é uma sonda enteral de silicone, portanto • 6. em pacientes sob cuidados intensivos, condições
fina e bastante flexível. Para possibilitar sua introdução estas em que se faz necessário um controle preciso e
dispõe de um fio fino metálico em seu interior, retirado rigoroso do débito urinário, para se ter a avaliação
assim que a sonda está adequadamente posicionada precisa da volemia e do funcionamento do aparelho
• Nutrição enteral: dieta pré processada cardiovascular
• SONDA GÁSTRICA SIMPLES: possui uma luz única, com • 7. durante e após procedimentos cirúrgicos sobre a
aberturas localizadas próxima à ponta; marcas uretra, próstata e bexiga e mesmo para a realização de
circulares em pontos específicos da servem como guia uma cirurgia cesareana, quando a bexiga deve
para sua inserção. Uusada para descomprimir o permanecer vazia para facilitar as manobras
estômago e mantê-lo vazio. necessárias para a abertura do útero
• SONDA DE SENKSTAKEN-BLACKMORE: é uma sonda • 8. Para irrigar continuamente a bexiga (sonda de Foley
utilizada especificamente para o tratamento de de 3 vias) procedimento rotineiramente utilizado no
sangramentos de varizes esofagianas, possuindo três pós-operatório de cirurgia sobre a próstata, para evitar
luzes e dois balões, sendo uma luz para insuflar o balão a formação de coágulos intravesicais que podem
gástrico e outra para o balão esofageano obstruir a transição vésico-uretral
• Tipos:
o Sonda uretral simples para o esvaziamento
vesical
o Sonda de demora: Folley comum de 2 vias
o Sonda de Folley de 3 vias: pósoperatório de
cirurgia vesical e principalmente da próstata
o A cateterização vesical intermitente é
normalmente realizada com cateteres
plásticos transparentes e a cateterização
prolongada com as sondas de Folley
PASSO A PASSO NA SONDAGEM DO APARELHO abaixo do apêndice xifóide, marcando-se com uma tira
URINARIO- SONDAGEM VESICAL de esparadrapo. Assim a sonda permanecerá com 10 a
15 cm enrolada no estômago e o peristaltismo gástrico
o 1.Orientação ao paciente sobre o procedimento a conduzirá até o duodeno ou jejuno.
o 2.Lavagem das mãos: sondagem vesical exige o uso de • 6.Aplicar xilocaína gel anestésico na ponta da sonda
luvas estéreis; cerca de 10 cm aproximadamente.
o 3. Antissepsia da área genital e colocação de campo
• 7.Introduzir por uma narina, e após a introdução da
estéril fenestrado.
parte lubrificada, flexionar o pescoço de tal
o 3. No sexo masculino introdução de xilocaína geléia
• forma que o queixo se aproxime do tórax. Solicitar para
mantida “in loco” com a compressão uretral –
o paciente que faça movimentos de
compressão do ventre do pênis. O procedimento será
• deglutição, durante a passagem da sonda pelo esôfago,
realizado com luva cirúrgica estéril; introdução do
observando se a mesma não está na
cateter após adequada lubrificação de sua ponta com
• cavidade bucal.
anestésico tópico (lidocaína geleia). Em meninos e
• 8.Introduzir a sonda até a marca do esparadrapo.
homens adultos introduzimos xilocaína geleia de forma
• 9.Fixar a sonda, após a confirmação do seu
a preencher toda a uretra e a comprimimos para evitar
posicionamento.
a saída por alguns minutos; assim, anestesiamos a
• 10. Ao fixar não pressionar a asa do nariz (risco de
uretra e evitamos a contratura reflexa do esfíncter
isquemia e necrose)
uretral, o que dificulta a passagem da sonda para
atingir a bexiga. A observação de fluxo livre de urina COMPROVAÇÃO DO CORRETO POSICIONAMENTO
pela sonda nos confirma que o cateter está em
situação intravesical. Insuflação do balão da sonda e o Teste da audição: colocar o estetoscópio na altura do
leve tração da mesma até ter-se a sensação precisa de estômago do paciente e injetar rapidamente 20 cc de
que a mesma está junto à transição vesicouretetra ar pela sonda, sendo que o correto é a audição do
o 4. Colocar xilocaína na extremidade da sonda. ruído característico.
o 5. Introduzir a sonda por uma extensão maior do que o o Aspiração do conteúdo: aspirar com uma seringa o
comprimento da uretra. conteúdo gástrico.confirmando o correto
o 6. Observar se há saída livre de urina podendo se posicionamento, se com a aspiração quantidade de
realizar compressão supra-púbica. suco gástrico)líquido claro com aspecto mucoide,
o 7. Insuflar o balão da sonda no volume indicado. grumos escuros e restos alimentares.
o 8. Tracionar a sonda até ela se fixar na transição vésico- o Verificação de sinais como tosse, cianose, sensação de
uretral. sufocamento e dispnéia, os quais são indicativos de
o 9. Conectar a sonda ao cateter que conduz a urina ao que a sonda pode ter progredido para a traqueia.
saco coletor em sistema fechado. Nunca deverá ser
desconectada a sonda deste conduto, sob sério risco
de contaminar todo o sistema. A colheita de urina para
os exames que se fizerem necessários deve ser feita
pelo tubo de escoamento próprio do saco coletor

SONDAGEM DO APARELHO DIGESTIVO /SONDAGEM


NASOGASTRICA
• 1.Orientação ao paciente sobre o procedimento
• 2.Lavagem das mãos: sondagem vesical exige o uso de
luvas estéreis.
• 3.Reunir o material e levar até o paciente: sonda, copo
com água, seringa de 20 ml, gazes,
• lubrificante hidrossolúvel (xylocaína geléia)
esparadrapo, estetoscópio e luvas.
• 4.Posicionar o paciente em Fowler (45º). na qual o
tronco mantém-se elevado 45o em relação ao solo
• 5.Medir o comprimento da sonda: da ponta do nariz
até a base da orelha e descendo até o final do apêndice
xifoide mais 3 a 5 cm centímetros; no caso da
sondagem Nasoentérica será acrescido 10 a 15 cm
– ajuda de alguém com preparo técnico, comunique para
o atendente do serviço móvel a situação.

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO AVE


• É a que mais acomete o sistema nervoso central, com
• Necrose do músculo cardíaco, consequência de uma
importante impacto na saúde pública, apresentando-se
isquemia cardíaca, causando danos irreversíveis ao
como a segunda principal causa de morte, e a principal
músculo cardíaco, principalmente pela necrose celular,
causa de incapacidades físicas e cognitivas em países
desde uma insuficiência cardíaca até a morte.
desenvolvidos e em desenvolvimento.
• Responsável por 60.080 óbitos no Brasil, sendo
• É uma região de infarto do cérebro. Eventualmente
considerado a principal causa isolada de morte no país,
pode ser hemorrágico também, quando alguma parte
ou seja, a cada 7 casos 5 são óbitos
vascular se rompe
• Acidente vascular isquêmico, atinge cerca de 87% dos
casos de AVE. A hipertensão é um dos fatores de risco
• Ocorre predominantemente em adultos de meia idade
(40 a 55 anos) e idosos.
• No Brasil, atualmente, constitui a principal causa de
morte, sendo responsável por mais de 90mil
óbitos/anoconsiderada maior

• As artérias que irrigam o musculo cardíaco são as


artérias coronárias, as quais saem da base da aorta, e
durante a vida vao acumulando placas de gordura, que
podem bloquear a artéria pela formação de um
trombo, provocando diminuição do fluxo sanguíneo e
consequentemente um infarto, uma isquemia (falta de
oxigênio no sangue)

SINAIS E SINTOMAS
• Náusea
• Vomito
• Palidez
• Dor e opressão no peito que pode irradiar pro braço,
costas, ombros. Pode dar até uma dor epigástrica
• Quando ocorre uma isquemia, algum dos vasos é
• Dificuldade respiratória rompido (no caso do hemorrágico) geralmente é por
• Transpiração excessiva ma formação

PRIMEIROS SOCORROS PARA LEIGOS


• Deixar a vítima em repouso com as costas voltadas
para o chão; ∙
• Não permitir que a vítima realize o mínimo de esforço;

• Afrouxar as roupas;
• Manter a vítima em um ambiente calmo e arejado; ∙
Entrar em contato com o SAMU (192);
• Se a pessoa não responde, verificar pulsos (carótida) e
movimentos respiratórios.
• Caso a pessoa esteja em parada cardiorrespiratória
(PCR), se tiver treinamento e preparo iniciar manobras
de ressuscitação, caso não tenha preparo, solicitar
• Geralmente alterações de fala e face ocorrem em
acidentes encefálicos do tipo isquêmico. Quando a dor
de cabeça é súbita e intensa pode ser decorrente de
um acidente vascular hemorrágico.

PRIMEIROS SOCORROS PARA LEIGOS


• SORRISO; ABRAÇO; MENSAGEM; URGENTE

• Em todos os hospitais existe um tipo de botão de


pânico, onde se aciona a equipe responsável por
realizar esse serviço de emergência- código AZUL
o Time de resposta rápida: enfermagem aciona
e deixa tudo preparado para intervenção
PCR rápida
• Nenhuma situação clínica é mais emergencial do que o
Na suspeita de parada....
atendimento a uma PCR
• 60 a 70% das PCRs fora do hospital (>50% em pessoas • Reconhecer a parada:
de <65 ANOS o Leigo: vítima não responsiva e movimento
• Estima-se 264.000 PCRs extra-hospitalares no Brasil respiratório ausente ou irregular (agônico ou
todos os anos tipo gasping)- paciente tem uma síncope
• 80% dos casos: Taquicardia ventricular e fibrilação o Profissional de saúde: adicionar ausência de
ventricular pulso central
• Para tratar essas paradas existem 3 diretrizes.
• Cadeia de sobrevivência da CPR extra-H: é uma
sequência para executar os movimentos corretos e um
melhor atendimento. É para prevenir um dano cerebral
irreversível, ou seja, quanto mais precoce a
identificação e que seja possível é melhor a sobrevida.
• DEA: desfibrilador externo automático
• Quanto mais precocemente se avalia o ritmo do
paciente em PCR, maior é a incidência de FV e TVsp
• Quanto mais precoce é feita a desfibrilação, maior a
sobrevida:
• Desfibrilação entre 3 e 5 minutos da PCR: sobrevida de
até 70%
*necessário ter uma superfície rígida. *tudo isso é para uma parada respiratória não decorrente
de um trauma
O movimento é para deprimir o tórax de 5-6 cm

COMPRESSÃO DE ALTA QUALIDADE


Basicamente: faz de 100-120 compressões por minuto (com
ritmo), ocasionando depressão do tórax de 5-6 cm do tórax,
fazendo a compressão (ventilação pulmonar- sangue do
coração é ejetado) e soltando (relaxando)

• Mantém perfusão cerebral e coronariana • Ênfase:


desde 2010, sequência da PCR é C →A → B
(Compression → Airway → Breathing)
• Prioriza o suporte circulatório 1. Verificar segurança de cena
• Frequência das compressões necessariamente entre 2. Vítima não responsiva chama ajuda
100 e 120 compressões / minuto 3. Busca respiração/pulso
• Se possível, revezamento do socorrista a cada 2 4. Fazer resgate- respiração
minutos 5. Inicia ressuscitação
• Compressões devem ocasionar uma depressão entre 5
e 6 cm no tórax (nem mais nem menos), com retorno
imediato e total
TRAUMA

• A palavra “trauma”, do ponto de vista semântico, vem


do grego trauma, cujo significado é “ferida”. Lesões
orgânicas decorrentes da troca de energia entre o meio
externo e o corpo.
• Acidentes de tráfego, quedas, violência interpessoal
são as causas mais frequentes de trauma.
• O trauma é uma questão de saúde pública, o brasil é
recordista mundial de mortes por causas externas.
DEA: avalia se é ritmo chocavel ou não
• Primeira causa de morte por causas externas entre
idades de 10 a 44 anos no mundo; as lesões de trauma
acidental em todo o mundo deixam mais de 45 milhões
de pessoas a cada ano com incapacidade moderada a
grave;
• 80% mortes em adolescentes e 60% na infância

GOLDEN HOUR:
• “O destino do traumatizado está nas mãos de quem o
atende primeiro” -> O atendimento ao traumatizado é
uma função diária de todos os profissionais de saúde
que trabalham em serviços de urgência e emergência
• Necessidade de rápida intervenção durante a 1ª hora
de atendimento ao traumatizado pelo elevado risco de
morte
• CURVA TRIMODAL DE MORTALIDADE

DEA: possui duas partes adesivas indicando onde coloca-


las.

• As mortes por trauma costumam ocorrer em três picos


distintos:
o O primeiro pico corresponde as mortes que
acontecem nos segundos ou minutos iniciais
após o trauma. As lesões nesses pacientes são
tão graves, que dificilmente eles podem ser
salvos.
o O segundo pico corresponde as mortes que
acontecem algumas horas após o trauma. O
atendimento pós-trauma nesses pacientes
interfere significativamente a probabilidade
de sobrevivência da vítima. Esse momento, menos 30 metros de distância, que equivale a
portanto, é chamado de “Golden Hour”. aproximadamente 30 passos largos da traseira do
o Por fim, o terceiro pico corresponde as mortes veículo
que acontecem mais tardiamente, até
algumas semanas após o trauma. A taxa de XABCDE DO TRAUMA
mortalidade desse grupo tem grande
associação com os cuidados prestados nas • AVALIAÇÃO PRIMARIA: tem como objetivo a
fases anteriores. identificação e o tratamento prioritários das situações
que implicam risco. Devemos conduzir essa etapa com
base numa sistematização do atendimento,
universalmente conhecido pelo mnemônico XABCDE. O
PHTLS (2020), fez uma mudança no mnemônico ABCDE
do trauma para XABCDE.
o Ele foi pensado para identificar lesões
potencialmente fatais ao indivíduo, e é
aplicável a todos as vítimas com quadro
crítico, independentemente da idade. O
protocolo tem como principal objetivo reduzir
índices de mortalidade e morbidade em
vítimas de qualquer tipo de trauma. Cada letra
representa uma observação/ conduta.

SUPORTE DE VIDA AVANÇADO AO TRAUMA


• O ATLS (2018) tem como objetivo padronizar a
avaliação inicial e o atendimento do paciente
traumatizado, além de aprimorar o atendimento
dentro dos critérios mais avançados e já adotados por
numerosos países desenvolvidos.
• Prehospital Trauma Life Support PHTLS: Atendimento
Pré-hospitalar ao Traumatizado (2020), engloba
sistematizações no atendimento ao paciente vítima de
trauma no ambiente pré-hospitalar

• X- EXSANGUINATE: CONTROLE DA HEMORRAGIA


EXTERNA GRAVE- 1°FASE:
o O sangramento grave é uma das principais
causas de mortalidade em vítimas de trauma.
Mais de 35% dos pacientes com sangramento
grave morrem antes de chegar ao hospital.
o Perda de sangue excedendo o volume de
sangue circulante dentro de um período de 24
horas;
o Perda sanguínea de 50% do volume de sangue
circulante dentro de um período de 3 horas;
o Perda superior a 150 ml/min;
o Perda de sangue que necessite de transfusão
ATENDIMENTO AS VÍTIMAS DE TRAUMA de plasma e plaquetas.
• A: AIRWAY -ABERTURA DAS VIAS AÉREAS COM
• Controle da cena/uso de equipamentos de proteção
CONTROLE DA COLUNA CERVICAL (2A FASE)
individual (EPI).
o Garantir permeabilidade das vias aéreas
• Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), num
acidente ou pane do veículo, primeiro deve-se ligar o
pisca-alerta, em seguida colocar o triângulo a pelo
o Realizar desobstrução por corpos estranhos, aglutinando as plaquetas, estreitando
restos alimentares, sangue, dentes, próteses, a luz vascular
secreções ▪ ELEVAÇÃO DO MEMBRO: Diminui o
o Aspiração das secreções fluxo de sangue para o local do
o Manobras para desobstrução da hipofaringe : ferimento por ação da gravidade.
Jaw Thrust e Chin Lift • Antes de elevar o membro
afetado, avaliar
criteriosamente se tem
alguma lesão osteoarticular
importante
o Acessos venosos, recuperação hemodinâmica,
reposição volêmica com solução cristalóide
• D/DISABILITY
o Avaliação do Estado Neurológico -> Reflexos
pupilares; Sinais de lateralização; Escala de
Coma de Glasgow
o Nas vítimas inconscientes e/ou com
instabilidade hemodinâmica, proceder via
aérea definitiva
o Colocação do colar cervical
• B/BREATHING: RESPIRAÇÃO, OXIGENAÇÃO E
VENTILAÇÃO ADEQUADOS
o A boa ventilação envolve o funcionamento
adequado dos pulmões, da parede torácica e
do diafragma
o Trauma de tórax representa 20 a 25 % de
mortes por trauma, em grande parte devido
aos seus efeitos sobre a oxigenação e
• E/EXPOSITION- 6° FASE:
ventilação
o Exposição completa da vítima com controle de
o Para avaliação adequada, deve-se realizar
hipotermia
exposição completa do tórax o Cortar as roupas
o Se necessário, realizar procedimentos de o Fazer inspeção e palpação
drenagem ou punção para restabelecer a
o Imobilizar fraturas
ventilação e respiração adequadas
o Fazer o rolamento (avaliar o melhor lado):
• C = CIRCULATION- MANUTENÇÃO DA CIRCULAÇÃO Seguir as recomendações para o rolamento
COM CONTROLE DE HEMORRAGIAS (4ªFASE) seguro
o STATUS HEMODINÂMICO: Nível de o Médico avalia o dorso do paciente: inspeção e
consciência palpação
o Cor da pele o Retornar o paciente à posição inicial
o Cor das mucosas o Cobrir o paciente com cobertor térmico
o Pulso
• AVALIAÇÃO SECUNDARIA: deve ser feita somente após
o Pressão arterial
a realização da avaliação primária (XABCDE), quando as
o MATERIAIS APROPRIADOS PARA COBRIR O medidas indicadas de reanimação tiverem sido
FERIMENTO SANGRANTE adotadas e o paciente demonstrar tendência para
▪ IMPROVISADOS: Pano limpo, normalização de suas funções vitais (ATLS, 2018). A
absorvente feminino, fralda
avaliação secundária inclui a anamnese (história
descartável, retalho de roupa, etc
clínica) e o exame físico. Em várias situações, no
▪ PROFISSIONAIS: Gaze estéril ou não, entanto, não é possível obter uma história clínica da
faixa crepe, bandagem triangular,
própria vítima. Diante disso, a família deve ser
compressas diversas, etc. consultada para a obtenção de informações
o TÉCNICAS PARA DIMINUIR OU CESSAR A pertinentes ao estado clínico e de saúde do paciente. O
HEMORRAGIA EXTERNA
uso do mnemônico "SAMPLE" é útil para se alcançar
▪ COMPRESSÃO LOCAL: Acelera o
essa finalidade (ATLS, 2018):
mecanismo de coagulação,
INTRODUÇÃO

• Rede de atenção à saúde: “É a organização horizontal


de serviços de saúde, com o centro de comunicação na
atenção primária à saúde, que permite prestar uma
assistência contínua a determinada população no
tempo certo, no lugar certo, com o custo certo e com a
qualidade certa - e que se responsabiliza pelos
resultados sanitários e econômicos relativos a essa
• O atendimento ao traumatizado inicia-se no local do
população”
trauma, em atendimento pré-hospitalar, logo após na
o “Assim, nas redes de atenção à saúde não há
sala de emergência. Continua no centro cirúrgico, se
uma hierarquia entre os diferentes pontos de
necessário na unidade de terapia intensiva e termina
atenção à saúde, mas a conformação de uma
na reabilitação do paciente.
rede horizontal de pontos de atenção à saúde
de distintas densidades tecnológicas e seus
sistemas de apoio, sem ordem e sem grau de
importância entre eles.”
• CARACTERÍSTICAS DAS RAS:
o Formar relações horizontais entre diferentes
pontos de atenção
o Atenção Primária como centro de
comunicação
o Planejar e organizar as ações segundo as
necessidades de saúde da população
o Ofertar atenção contínua e integral
o Cuidado multiprofissional
o Compartilhar objetivos e compromissos com
os resultados, em termos sanitários e
econômicos
emergências, até a transferência
(através do SAMU) e/ou
encaminhamento dos pacientes a
outros pontos de atenção
o Serviço de Atendimento Móvel em Urgências
– SAMU
▪ Existe 3 tipos de suporte do SAMU:
• ➔ Básico: motorista, técnico
ou auxiliar de enfermagem
• ➔ Intermediário: motorista,
1 à 2 enfermeiros
• ➔ Avançado: motorista, 1 à
2 enfermeiros e médico
REDE DE URGENCIA E EMERGENCI A o Centrais de regulação médicas de urgência e
emergência (CRUE)
Objetivo: Reordenar a atenção à saúde em situações de
▪ • É a parte integrante do SAMU 192,
urgência e emergência de forma coordenada entre os
definida como uma estrutura física
diferentes pontos de atenção que as compõem, de forma a
com a atuação de profissionais
melhor organizar a assistência, definindo fluxos e as
médicos, telefonistas auxiliares de
referências adequadas. Para organizar uma rede de
regulação médica (Tarm) e rádio
atenção que atenda aos principais problemas dos usuários
operadores (RO) capacitados em
de forma resolutiva, é necessário considerar o perfil
regulação dos chamados telefônicos
epidemiológico e demográfico daquela área e população de
que demandem orientação e/ou
interesse.
atendimento de urgência, por meio
de uma classificação e priorização das
• URGÊNCIA - Situação que requer uma assistência
necessidades de assistência em
rápida, no menor tempo possível, que não pode ser
urgência, além de ordenar o fluxo
adiada, a fim de evitar complicações, sofrimento e risco
efetivo das referências e contra
de morte. Ex. dor abdominal aguda, cólica renal,
referências dentro da Rede de
fraturas. É uma situação crítica, porém pode-se esperar
Atenção à Saúde
até 24 horas.
o Unidades de Pronto Atendimento
• EMERGÊNCIA – Situação em que há ameaça à vida,
▪ UPA 24 horas: Unidade destinada a
sofrimento intenso ou risco de lesão permanente,
prestar, dentro do horário de
havendo necessidade de atendimento médico
funcionamento do estabelecimento
imediato. Ex. ameaça a vida, sofrimento intenso, risco
de saúde, assistência ao doente, com
de lesão permanente, PCR, hemorragias graves, infarto
ou sem risco de vida, cujos agravos
do miocárdio, AVE. É uma situação crítica que necessita
de saúde necessitam de atendimento
de cuidado imediato.
imediato.
• a organização da Rede de Urgência e Emergência (RUE)
▪ AMAS
tem a finalidade de articular e integrar todos os
▪ Prontos-socorros
equipamentos de saúde com o objetivo de ampliar e
▪ Pronto-atendimentos
qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários
o Rede hospitalar
em situação de urgência/emergência nos serviços de
o Salas de estabilização
saúde, de forma ágil e oportuna.
▪ Equipamento de saúde que deverá
• Componentes da Rede de Atenção às Urgências e
atender às necessidades assistenciais
Emergências
de estabilização do paciente
o Promoção, prevenção e vigilância em saúde
grave/crítico em municípios de
▪ Ministério da Saúde: ações de
grandes distâncias e/ou isolados
promoção da saúde para melhoria da
geograficamente, bem como lugares
qualidade de vida da população e
de difícil acesso considerados como
prevenção de doenças
vazios assistenciais para a urgência e
o Atenção Básica
emergência.
▪ Ampliação do acesso, fortalecimento
do vínculo, a responsabilização e o
primeiro atendimento às urgências e
REDE CEGONHA
• Está fundamentada nos princípios da humanização e
assistência, visando implementar uma rede de
cuidados para assegurar às mulheres o dirWito ao
planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à
gravidez, ao parto e ao puerpério; e às crianças o
direito ao nascimento seguro e ao crescimento e
desenvolvimento saudáveis.

*ATENÇÃO DOMICILIAR: – Apresentar população igual ou


superior a 40.000 (quarenta mil) habitantes, com base na
população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE); Cobertura de SAMU ou possuir serviço
móvel local de atenção às urgências; Possuir hospital de
referência no município ou na região que o integra

FORÇA NACIONAL DO SUS


LINHAS DE CUIDADO
• Equipe formada pelo MS, cujo objetivo principal é o
apoio a situações de catástrofes e incidentes com • A linha de cuidado é a forma utilizada para representar
múltiplas vítimas. Ex. Rompimento Barragem Mariana os fluxos assistenciais que serão empregados ao
• A FN-SUS deverá prover resposta rápida e eficiente em usuário de forma segura, com o intuito de garantir e
situações de calamidade e urgências específicas em atender suas necessidades de saúde. A linha de
todas as unidades federativas do território nacional e, cuidado descreve o percurso que o usuário irá
extraordinariamente, em outros países, quando sua percorrer dentro de uma rede de saúde, seu
participação integrar ajuda humanitária que seja funcionamento não depende apenas de protocolos
oficialmente solicitada à Presidência da República. - estabelecidos, mas necessita do reconhecimento dos
Exemplos de situações elegíveis para a atuação da FN- gestores das áreas para pactuar fluxos, assim
SUS: alagamentos e seca, desabamentos, enchentes, reorganizando o processo de trabalho e facilitando o
incêndios, epidemias/pandemias, acidentes nucleares, acesso do usuário aos serviços de saúde necessários à
eventos com grande concentração de pessoas, como a sua assistência.
Copa do Mundo e as Olimpíadas • As linhas de cuidado devem organizar de forma logica a
distribuição dos serviços ofertados, em um fluxo capaz
de conduzir os processos de trabalho (cuidados) de
forma eficaz. Deve-se definir quais os profissionais que
terão a responsabilidade sobre aquela linha de
cuidado, viabilizando a identificação de nós e a
reorganização do fluxo sempre que necessário. Na
construção de uma linha de cuidado o usuário deve
necessariamente ser o elemento estruturante de todo
o processo, juntamente com a união dos saberes
multidisciplinares, de forma integrada e respeitando as
necessidades, potencialidades e limitações do usuário
o Perfurante: São lesões causadas pela
penetração de projéteis ou objetos
pontiagudos através da pele e dos tecidos
subjacentes. O orifício de entrada pode não
FERIMENTOS corresponder à profundidade de lesão,
devendo-se sempre procurar um orifício de
• Os ferimentos são lesões resultantes de perda de saída e considerar lesões de órgãos internos
continuidade da pele e partes moles produzidas por quando o ferimento se localizar nas regiões do
agente traumático podendo determinar: tórax ou abdômen.
o DOR
• PERFURO-CONTUSO: Ferro pontiagudo de construção,
o SANGRAMENTO
Arma de fogo.
o DESIDRATAÇÃO (QUEIMADURAS)
o ocorre quando o objeto causador da ferida é
o INFECÇÃO LOCAL PODENDO EVOLUIR PARA
de superfície romba (ferimento por arma de
SISTÊMICA
fogo). Zona equimótica em torno Zona de
o CICATRIZAÇÃO COM DEFORMIDADE VARIÁVEL
entrada
• ETIOLOGIA DAS FERIDAS
• FERIMENTOS PERFURANTES podem ser encravados ou
o Cirúrgicas: finalidade terapêutica
transfixantes.
o Traumáticas:
o O objeto só será tocado e removido no centro
▪ Mecânicas – agulhas, contusões –
cirúrgico com o paciente anestesiado após
▪ Físicas – calor, eletricidade
estudo de imagem- paciente estável e a
▪ Químicas – soda cáustica, ácidos –
equipe cirúrgica já preparada para a
▪ Biológicos – gato, cão, geográfico
intervenção que se fizer necessária
• Poderão ser abertos ou fechados, superficiais ou
• LACERANTE: O tecido é rasgado e não cortado.
profundos
o Objeto contundente com bordas ásperas,
rasgando mais do que cortando.
FERIMENTOS ABERTOS o Conduta: Higienização. Curativo estéril fixado
• ABRASÃO OU ESCORIAÇÃO: superficial, fricção com atadura até o tratamento cirúrgico.
o Conduta: higienização com água e sabão: • AVULSÃO:
o cobrir com pano limpo ou estéril; SE POSSÍVEL o Ferimento corto ou lacero - contuso profundo
MANTER ABERTO em que parte da pele e tecidos moles fica
• INCISOS: agente cortante preciso como lâmina, pendurado por um retalho. Há intensa
navalha, faca afiada. retração que dá a falsa impressão de perda de
o dependendo de sua profundidade pode substância, o que configuraria uma mutilação.
produzir lesão de veias e artérias, músculos, o Conduta: Higienização, colocar a parte lesada
nervos e tendões. no local como possível, cobrir com tecido
o Conduta: Lavar com água ou soro fisiológico e estéril e enfaixar com atadura compressiva
sabão; Com sangramento cobrir com gaze ou para controlar a hemorragia.
pano limpo e comprimir com curativo • Mutilante: Perda por secção de porção do corpo: nariz,
compressivo com gazes e enfaixamento; orelha. No caso de um membro é denominado
Hemorragia nos membros também elevar Amputação.
acima do nível do tórax. o DESENLUVAMENTO: As lesões em
• CORTO-CONTUSOS: agente cortante produz borda cisalhamento "desenluvamento" resultam de
irregular. uma separação traumática causada pela
o causados por objetos com superfície romba avulsão violenta e rápida da pele sobre a
(instrumento cortante não muito afiado, faca fáscia, causando uma descontinuidade entre a
de lâmina pouco romba pau, pedra, soco ( porção profunda do tecido conjuntivo da
supercílio) etc.); capazes de romper a fáscia muscular subjacente. A mais comum
integridade da pele, produzindo feridas com destas lesões é a produzida pelo
bordas traumatizadas, além de contusão nos desenluvamento digital por anel/aliança.
tecidos arredores. o AMPUTAÇÕES: São lesões geralmente
o Conduta: higienização e sutura relacionadas a acidentes automobilísticos e
• PENETRANTE OU PERFURANTE: agente pontiagudo e com máquinas industriais. Seu tratamento
afiado: prego, agulha. inicial deve ser rápido, pela gravidade da
lesão, levando a risco de vida e pela
possibilidade de reimplante.
▪ Deve-se controlar a hemorragia,
podendo ser usado o garroteamento,
aplicar curativo estéril e fixá-lo com
bandagens ou ataduras com
enfaixamento; Guardar a parte
amputada envolta em gaze estéril
umedecida com soro fisiológico;
Colocar a parte amputada dentro de
um saco plástico e esse então dentro
de um segundo saco ou caixa de
isopor repleta de gelo.
• TRANSFIXANTE :perfuro contuso que atravessa uma
porção do corpo.
• EVISCERAÇÃO: Leva à exposiçao de vísceras (
abdominais, testículo. Lesão na qual a musculatura do • Ferimentos do couro cabeludo:
abdome é rompida em decorrência de violento o 1.Controle hemorragia com pressão
impacto ou lesão de objeto penetrante ou cortante, o 2.Não lave o local ou aplique pressão, se
expondo o interior da região abdominal à existir possibilidade de fratura do crâneo.
contaminação, ou exteriorizando vísceras. Nunca o 3. Se não há lesão da tábua óssea fazer
oferecer nada por via oral. curativo compressivo com enfaixamento.
o 4. Sutura com fio de maior calibre e pontos
CURATIVOS separados próximos para obter adequada
hemostasia.
• Devem ser feitos com compressão leve a moderada por
• Ferimento na face:
enfaixamento após a higienização. Aplicável a grande
o 1.Controle hemorragia com pressão direta
maioria dos ferimentos com hemorragia.
(não puntiforme); assegurar via aérea pérvia.
• Curativo oclusivo: também chamado de 3 pontas Remover dentes soltos e coágulos.
visando impedir a entrada de ar na cavidade pleural e o o 2.Não lave o local.
colabamento pulmonar nos ferimentos com abertura o 3.Suspeite de lesão adicional na cabeça ou
da cavidade torácica. pescoço; na dúvida fixar a coluna cervical com
• CURATIVOS SIMPLES PARA LESÕES CORTANTES colar.
o Lavar a ferida com água fria corrente ou soro o 4.Não aplique pressão se existir a
fisiológico possibilidade de fratura no crânio;
o Secar a ferida com gaze seca ou pano limpo o 5. Se houver transfixação da bochecha
o Desinfetar a ferida com iodopovidona ou remover o objeto pelo risco à via aérea,
clorexidina empurrando-o de dentro para fora
o Cobrir a ferida com gaze seca e fixá-la com
• HEMORRAGIA NASAL
esparadrapo, fita adesiva ou mesmo usar o 1. Tranquilizar o paciente, mantido sentado
band-aid com a cabeça levemente inclinada para a
o É importante não realizar sutura em caso de frente;
mordida de animal, pois se trata de ferida o 2. Verificar a pressão arterial; medicação
infectada. antihipertensiva se necessário
o O que pode ser realizado é um curativo ou o 3. Comprimir as narinas continuamente por 5
uma aproximação das margens se o ferimento minutos;
for muito extenso ou profundo. Em seguida, o 4. Aplicar bolsa de gelo sobre o nariz;
um tratamento com antibióticos de amplo o 5. Se não houver melhora deverá ser feito o
espectro deve ser iniciado devido à presença tamponamento nasal (surgicel, gelfoam).
de inúmeras bactérias na boca dos cães. o 6. Se persistir sangramento posterior pode ser
feito tamponamento com Foley;
o 7. A última opção será a cauterização direta
com endoscopia nasal.
• OLHOS: normalmente queimaduras químicas.
o Conduta: lavar exaustivamente com soro
fisiológico ou agua corrente
o Lente de morgan

FERIMENTOS FECHADOS
• Na dependência da intensidade e localização no
trauma fechado poderemos ter sinais de hemorragia
interna ( palidez progressiva, aumento da frequência
do pulso, queda da pressão arterial e perda da
consciência). O abdome fica reflexamente rígido pela
irritação causada pelo sangue sobre o peritônio
parietal.
o Lesão do baço: O baço é a víscera mais
comumente sujeita à lesão por traumatismo
abdominal fechado. Vem a seguir o rim e o
fígado.
• CONTUSÃO COM EQUIMOSE: São contusões
caracterizadas externamente por equimoses ou
hematomas, cuja gravidade estará na dependência da
intensidade da lesão vascular. Nas pequenas lesões
aplicam-se compressas geladas de forma intermitente
a cada 15 minutos nas primeiras 24 horas. O
tratamento persiste com a aplicação de bolsa de gelo
nas primeiras 24 horas sequindo-se de compressas
frias a cada 4 ou 6 horas até a resolução satisfatória.
• Lesões intracavitárias: Na dependência da intensidade
e localização no trauma fechado podemos ter sinais de
hemorragia interna (palidez progressiva, aumento da
frequência do pulso, queda da pressão arterial e perda
da consciência). O abdome fica reflexamente rígido
pela irritação causada pelo sangue sobre o peritônio
parietal.

SUTURAS
• William Halsted (1852 – 1922): a cicatrização é um
processo biológico em que se estabelecem pontes de
fibroblastos, e restauração das comunicações arteriais,
venosas e linfáticas entre as bordas suturadas
portanto:
o 1. assepsia e antissepsia
o 2. Preservar o suprimento sanguíneo (não
pode ser isquemiante, sem tensão)
o 3. SUTURAS COM PONTOS SEPARAADOS SÃO
MENOS ISQUEMIANTES.
o 4. Obliteração de espaços mortos.
o 5. Delicadeza na manipulação dos tecidos.
• Nó de cirurgião: primeira laçada é dupla e a segunda é
simples. A primeira laçada dupla trava o nó, evitando o
afrouxamento. A segunda laçada é para fixação.

CONDUTA CLÍNICO-CIRÚRGICA NOS FERIMENTOS:


PREVENÇÃO DA RAIVA
• Lavar sempre com água e sabão ou soro fisiológico, • Queimaduras por eletricidade: São provocadas por
o 1. Se o animal for sadio, conhecido, vacinado descargas elétricas
observar por 10 dias após a lesão. • CLASSIFICAÇÃO PELO GRAU DE PROFUNDIDADE:
o 2. Se o animal morrer, desaparecer ou se o 1°GRAU: lesão das camadas superficiais da
tornar raivoso antes de 10 dias o paciente pele com vermelhidão, dor local suportável e
deverá ser vacinado. sem formação de bolhas.
o 3. Manter o ferimento aberto. o 2° GRAU: lesão das camadas mais profundas
o 4. Tratamento antibiótico de amplo espectro. da pele, com formação de bolhas,
desprendimento de camadas da pele com dor
CONDUTA CLÍNICO-CIRÚRGICA NOS FERIMENTOS: e ardência locais de intensidade variável
PREVENÇÃO DO TÉTANO o 3° GRAU: lesão de todas as camadas da pele,
com comprometimento de tecidos, mais
• SEMPRE: Lavar exaustivamente com água e sabão
profundos até o osso.
• Ferimento com risco (profundo, infectado
• TRATAMENTO DAS QUEIMADURAS LEVES
principalmente por terra, ferrugem e na zona rural
o Resfriar a queimadura. Deixe correr água fria
próximo de vacas, cavalos , terra adubada)
sobre a queimadura por 10 a 15 minutos até
• Vacinação de reforço: que a dor diminua ou aplique uma toalha
o Qualquer ferimento por punção ou corte limpa umedecida com água da torneira fria. O
causado por objeto sujo em pacientes que não uso de gelo diretamente sobre uma
receberam vacina antitetânica de reforço nos queimadura pode causar mais danos ao tecido
últimos 5 anos. o Analgesia – dipirona, tramadol, morfina
o Qualquer ferimento em pacientes que não o Remova anéis, pulseiras, brincos da área
tenham recebido a vacina antitetânica de queimada, de forma rápida, antes que a área
reforço nos últimos 10 anos. aumente
o (Todas as crianças imunizadas e os adultos o Não rompa as bolhas. As bolhas que estiverem
precisam da vacina de reforço a cada 10 anos) rompidas devem ser limpas com sabão neutro
o A administração de uma vacina antitetânica e água.
de reforço não é uma emergência. Pode o Aplique uma pomada antibiótica e cubra-a
esperar até 72 horas (3 dias) sem que o risco com um curativo de gaze antiaderente
de tétano aumente o Indique a injeção contra tétano (confira se a
vacina contra o tétano está atualizada). Dose
de reforço pode ser necessária. É
recomendável que as pessoas tomem uma
vacina contra o tétano pelo menos a cada 10
anos
• Principais cuidados: prevenir o estado de choque,
controlar a dor, evitar contaminação.
• Atenção: não aplicar óleos, loções ou outras
substâncias. Não retirar nada aderido na queimadura,
não furar as bolhas e nem tocar na queimadura.
QUEIMADURAS
• Lesão decorrente da ação do calor, frio, produtos
químicos, corrente elétrica, radiações e substancias
biológicas.

TIPOS DE QUEIMADURA

• Queimaduras térmicas: São provocadas por fontes de


calor como o fogo, líquidos ferventes, vapores, objetos
quentes, queimadura de sol, exposição ao frio intenso
• Queimaduras químicas: São provocadas por
substâncias químicas em contato com a pele ou
mesmo através das roupas. Ex.: hidróxido de sódio e o
ácido clorídrico
ENTORSE

• É uma lesão em que o limite de movimentação de uma


articulação foi ultrapassado
CONTUSÃO
• Ocorre um estiramento dos ligamentos ou da cápsula
• Resultado de impacto/choque na superfície do corpo articular
• Apesar de haver lesões superficiais e profundas, usa- se • Pode ser um estiramento, uma ruptura parcial ou uma
o termo contusão mais comumente quando não há ruptura total, depende do que aconteceu no
outras lesões mais graves concomitantes mecanismo de trauma
o sinônimo: pancada, batida, colisão, impacto o Sinônimo: torção
• hematoma: tem um inchaço junto, forma um buraco • Como identificar?
no meio que se enche de sangue, é uma coleção de o História (mecanismo de trauma)
sangue. Normalmente tem um relevo o Formação de equimose ou hematoma no local
• equimose: sangue extravasa pelo meio das células o Dor na área de contato
• COMO IDENTIFICAR? o O indivíduo passa a ter Instabilidade na
o História (mecanismo de trauma) articulação / Dificuldade de usar aquela
o Formação de equimose ou hematoma no local articulação após o trauma, não consegue
o Dor na área de contato andar

O que fazer?

• 1. Compressa fria imediatamente


o Faz vasoconstrição local e diminui o
extravasamento de sangue
o Diminui edema e área de
equimose/hematoma
o Causa analgesia- diminuição da dor
o Em torno de 15-20 minutos porque depois
desse tempo o paciente começa a ter
anestesia local, vai parando de sentir dor.
Deixa esse tempo apenas para alívio de dor,
porque senão o paciente acaba achando que
melhorou e tenta levantar etc.
o Se for gelo, proteger a pele para evitar • O que fazer?
queimaduras na pele do paciente. Se for com o 1. PRICE
bolsas de gel geralmente coloca na geladeira, ▪ Protecting - proteger a área
mas não fica fria o suficiente para causar ▪ Rest – repouso: individuo fica sem
queimadura de pele usar o membro durante algum tempo
• 2. Compressas quentes só devem ser aplicadas a partir até descobrir o que aconteceu
de 24h ▪ Ice – gelo: para evitar edema por
o Se aplicar antes, pode aumentar o exemplo
sangramento local ▪ Compression – compressão (com
o O objetivo é melhorar a dor local a longo cuidado): para melhorar estabilidade
prazo e provocar uma vasodilatação tecidual já que ligamentos não vao poder
que favoreça o processo de cicatrização fazer isso
o Compressas quentes também se usam para ▪ Elevation – elevação: melhora
dores crônicas, cólicas, dores que não se retorno venoso e evita mais edema
relacionam com trauma o Encaminhar para avaliação de ortopedista
• 3. Checar se há mais lesões, além da pele ▪ Ver se há suspeita de fratura
o Depende muito do mecanismo de trauma. ▪ Ver se há indicação de imobilização
Muitas vezes o paciente não imagina que teve ▪ Ver se há indicação de cirurgia
• Então: no início é frio e depois só é quente. A
compressa quente pode ficar um pouco mais de tempo
LUXAÇÃO o Fratura exposta nem sempre está exposto,
mas sim aberta onde você consegue chegar
• É um deslocamento anormal entre 2 ossos de uma ate o local.
articulação (perda de comunicação entre superfícies • Classificação 2
articulares) o De acordo com o traço
• Pode ser completa ou incompleta/ parcial conhecido o O traço pode indicar o mecanismo de lesão,
como (subluxação) mas serve principalmente para dar ideia do
o Sinônimo: deslocamento (deslocar) prognóstico (tempo de imobilização, forma de
• Como identificar? tratamento, sequelas)
o 1. História (mecanismo de trauma) • Como identificar?
o 2. Dor intensa • História (mecanismo de trauma
o 3. Perda de movimento da articulação: não • Características típicas
consegue mais mover articulação porque se o Dor intensa – Edema / Equimose / Hematoma
perde, não funciona mais até que coloque o Mobilidade limitada ou incapacidade de
novamente no local. mover o membro ou de colocar peso na perna
o 4. Deformidade local o Membro ou articulação visivelmente fora do
lugar
o Parestesia

• O que fazer?
o 1. Colocar o paciente na melhor posição de
conforto para que possa ser transportado com
o mínimo de dor
o 2. Não tentar colocar no lugar – em várias
situações é difícil saber se houve fratura ou
não. Anterior a colocar no lugar tem que fazer • O que fazer? Antes de chegar no hospital
um raio-x pra saber se houve fratura em o 1. Não tentar colocar o osso no lugar – mover
algum local o osso pode levar a lesão vascular ou de
o 3. Não fazer massagens ou compressas: so vai nervos
melhorar a dor do paciente quando colocar no o 2. Ajustar a área da fratura da forma mais
local. cômoda e anatômica possível (pode restaurar
o Luxação de ombro, cotovelo, fratura de ou manter a perfusão)
punho, antebraço, ulna etc. o 3. Imobilizar
o 4. Evitar limpar – apenas cobrir com gaze ou
FRATURA panos limpos (Uma fratura exposta só é limpa
pelo ortopedista em centro cirúrgico)
• Lesão do tecido ósseo (perda de continuidade do osso)
o 5. Se tiver gelo disponível, pode colocar
• Sinônimo: quebrar, trincar
• O que fazer? No hospital
• Classificação 1 (fechada x aberta)
o 1. Exame de imagem para confirmar
o Fechada – Sem lesão epitelial. Sem
diagnóstico (Radiografia, Tomografia)
comunicação do osso com o meio externo
o 2. O tratamento de toda fratura é Redução e
o Aberta – Exposição do fragmento ósseo (risco
Imobilização
muito alto de infecção local)
o 3. Reduzir = colocar as superfícies ósseas em
contato, alinhadas (pode ser conservadora ou
cirúrgica)
o 4. Imobilizar = impedir movimento
• Situação especial
o Em alguns casos de fratura fechada, o edema
é intenso
o Se o edema for muito intenso, ele acaba
provocando um aumento da pressão dentro
da fáscia muscular do membro afetado
o Esse aumento de pressão comprime os vasos
e nervos e causa isquemia e piora a perda de
função
o Quando isso ocorre, chamamos de Síndrome
Compartimental
▪ Palidez
▪ Parestesia
▪ Paralisia
▪ Pulso (ausência)
▪ “Pain” (Dor)

IMOBILIZAÇÃO

• Manter IMÓVEL a área fraturada, luxada, com entorse


ou com suspeita de lesão
• Se for fazer mal feito é melhor não fazer. Uma fratura
mal imobilizada pode causar mais dano do que uma
fratura não imobilizada
• Como fazer?
• 1. Para braços/pernas – apoio rígido + amarração
• 2. Para cinturas – enfaixamentos
• 3. Área de lesão não pode se mover para nenhum lado
• 4. Se houver saliência óssea, proteger com tecido/
• espuma/travesseiro)
• 5. Antes de iniciar a após terminar, checar o pulso
• distal para ver se não amarrou muito apertado

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