Você está na página 1de 11

A enfermagem é uma ciência cujo objetivo é a implantação do tratamento de doenças e o

cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e


holístico. No Brasil a profissão é exercida por auxiliares de enfermagem, técnicos de
enfermagem e por enfermeiros, profissionais com formações e funções distintas dentro de
uma mesma área.[2]

1 HISTÓRIA DA ENFERMAGEM A história da enfermagem deve despertar no profissional o


conhecimento de suas origens e evolução, maior compreensão dos deveres que lhe impõe e
mais entusiasmo pelo ideal.

A enfermagem é uma profissão que foi desenvolvida através dos séculos, com estreita relação
com a história da civilização, entretanto, o ritmo do progresso na medicina nem sempre
correspondeu ao progresso da enfermagem. Nos tempos antigos A.C., não há grande
documentação referente diretamente à enfermagem, mas podemos imaginar a mãe como
primeira enfermeira da família. Entretanto, a convicção de que as doenças eram um castigo de
Deus, ou efeitos do poder diabólico exercido sobre os homens, levou os povos primitivos a
recorrer a seus sacerdotes, feiticeiros, acumulando estes as funções de médico, farmacêutico e
enfermeiro.

Com o Edito de Milão, por volta do Século III D.C., o Imperador romano Constantino tornou o
Cristianismo religião oficial no império. Essa liberdade favoreceu a Igreja Cristã nascente na
fundação de hospitais e, deste modo, a enfermagem começou a aparecer sendo exercida por
pessoas de espírito cristão, mas, ainda sem base científica.

Desta maneira os hospitais existentes possuíam “funcionários” que na verdade eram mais
escravos que profissionais por opção. A decadência da moral e do espírito de solidariedade
influenciou a Medicina e a Enfermagem, além das outras ciências, tornando a tarefa de cuidar
de doentes como algo inferiorizante e que, portanto deveria ser exercida por pessoas de baixo
nível moral e social. Nessa época os enfermeiros eram os sentenciados e prostitutas que
cumpriam sua pena judicial prestando serviço nos hospitais.
Estes gozavam de péssima reputação. A clientela era na maioria mendigos que não tinham
para onde ir. Havia, porém, hospitais para atender a clientela burguesa e estes eram
considerados melhores, um pouco! Remonta dessa época o preconceito em relação àqueles
que se dedicam à enfermagem, pois no passado enfermeiros eram gente de pouco valor.

Felizmente, hoje temos muitos grupos e pessoas empenhadas em mudar essa visão sobre a
profissão de Enfermagem. Nesse período crítico, as tentativas para melhorar o padrão da
assistência aos doente

A Evolução da Assistência à Saúde nos Períodos Históricos- Período Pré-Cristão Neste período
as doenças eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do poder do demônio.
Por isso os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções de médicos e enfermeiros. O
tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus espíritos por meio de
sacrifícios. Usavam-se: massagens, banho de água fria ou quente, purgativos, substâncias
provocadoras de náuseas.

Mais tarde os sacerdotes adquiriam conhecimentos sobre planteas medicinais e


passaram a ensinar pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e farmacêuticos.
Alguns papiros, inscrições, monumentos, livros de orientações política e religiosas, ruínas
de aquedutos e outras descobertas nos permitem formar uma idéia do tratamento dos
doentes.- Egito Os egípicios deixaram alguns documentos sobre a medicina conhecida em
sua época. As receitas médicas deviam ser tomadas acompanhadas da recitação de
fórmulas religiosas. Pratica-se o hipnotismo, a interpretação de sonhos; acreditava-se na
influência de algumas pessoas sobre a saúde de outras.

Havia ambulatórios gratuitos, onde era recomendada a hospitalidade e o auxílio aos


desamparados.- Índia Documentos do século VI a.C. nos dizem que os hindus conheciam:
ligamentos, músculos, nervos, plexos, vasos linfáticos, antídotos para alguns tipos de
envenenamento e o processo digestivo. Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais
como: suturas, amputações, trepanações e corrigiam fraturas. Neste aspecto o budismo
contribui para o desenvolvimento da enfermagem e da medicina.
Os hindus tornaram-se conhecidos pela construção de hospitais. Foram os únicos, na
época, que citaram enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e conhecimentos
científicos. Nos hospitais eram usados músicos e narradores de histórias para distrair os
pacientes.

O bramanismo fez decair a medicina e a enfermagem, pelo exagerado respeito ao corpo


humano - proibia a dissecação de cadáveres e o derramamento de sangue. As doenças eram
consideradas castigo. - Assíria e Babilônia Entre os assírios e babilônios existiam
penalidades para médicos incompetentes, tais como: amputação das mãos, indenização,
etc. A medicina era baseada na magia - acreditava-se que sete demônios eram os causadores
das doenças. Os sacerdotes-médicos vendiam talismãs com orações usadas contra ataques
dos demônios.

Nos documentos assírios e babilônicos não há menção de hospitais, nem de enfermeiros.


Conheciam a lepra e sua cura dependia de milagres de Deus, como no episódio bíblico do
banho no rio Jordão. "Vai, lava-te sete vezes no Rio Jordão e tua carne ficará limpa".(II
Reis: 5, 10-11)- China Os doentes chineses eram cuidados por sacerdotes. As doenças eram
classificadas da seguinte maneira: benignas, médias e graves. Os sacerdotes eram
divididos em três categorias que correspondiam ao grau da doença da qual se ocupava. Os
templos eram rodeados de plantas medicinais.

Os chineses conheciam algumas doenças: varíola e sífilis. Procedimentos: operações de


lábio. Tratamento: anemias, indicavam ferro e fígado; doenças da pele, aplicavam o arsênico.
Anestesia: ópio. Construíram alguns hospitais de isolamento e casas de repouso. A cirurgia não
evoluiu devido a proibição da dissecação de cadáveres.- Japão 11

Os japoneses aprovaram e estimularam a eutanásia. A medicina era fetichista e a única


terapêutica era o uso de águas termais. - Grécia As primeiras teorias gregas se prendiam à
mitologia. Apolo, o deus sol, era o deus da saúde e da medicina. Usavam sedativos,

fortificante
s e hemostáticos, faziam ataduras e retiravam corpos estranhos, também tinham casas
para tratamento dos doentes.

A medicina era exercida pelos sacerdotes-médicos, que interpretavam os sonhos das


pessoas. Tratamento: banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, água pura
mineral. Dava-se valor à beleza física, cultural e a hospitalidade. O excesso de respeito pelo
corpo atrasou os estudos anatômicos. O nascimento e a morte eram considerados impuros,
causando desprezo pela obstetrícia e abandono dos doentes graves. A medicina tornou-se
científica, graças a Hipócrates, que deixou de lado a crença de que as doenças eram causadas
por maus espíritos. Hipócrates é considerado o Pai da Medicina.

Observava o doente, fazia diagnóstico, prognóstico e a terapêutica. Reconheceu doenças


como: tuberculose, malária, histeria, neurose, luxações e fraturas. Seu princípio
fundamental na terapêutica consistia em "não contrariar a natureza, porém auxiliá-la a
reagir". Tratamentos usados: massagens, banhos, ginásticas, dietas, sangrias, ventosas,
vomitórios, purgativos e calmantes, ervas medicinais e medicamentos minerais. - Roma A
medicina não teve prestígio em Roma. Durante muito tempo era exercida por escravos ou
estrangeiros. Os romanos eram um povo, essencialmente guerreiro.

O indivíduo recebia cuidados do Estado como cidadão destinado a tornar-se bom guerreiro,
audaz e vigoroso. Roma distinguiu-se pela limpeza das ruas, ventilação das casas, água
pura e abundante e redes de esgoto. Os mortos eram sepultados fora da cidade, na via
Ápia. O desenvolvimento da medicina dos romanos sofreu influência do povo grago.
O cristianismo foi a maior revolução social de todos os tempos. Influiu positivamente através
da reforma dos indivíduos e da família. Os cristãos praticavam uma tal caridade, que movia os
pagãos: "Vede como eles se amam".

Desde o início do cristianismo os pobres e enfermos foram objeto de cuidados especiais


por parte da Igreja.Enfermagem ModernaO avanço da Medicina vem favorecer a
reorganização dos hospitais. É na reorganização da Instituição Hospitalar e no posicionamento
do médico como principal responsável por esta reordenação, que vamos encontrar as raízes
do processo de disciplina e seus reflexos na Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em
que esteve submersa até então.

Naquela época, estiveram sob piores condições, devido a predominância de doenças


infecto-contagiosas e a falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes. Os ricos
continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os pobres, além de não terem
esta alternativa, tornavam-se objeto de instrução e experiências que resultariam num
maior conhecimento sobre as doenças em benefício da classe abastada.É neste cenário que
a Enfermagem passa a atuar.

História da Enfermagem no Brasil


A organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira começa no período colonial e vai
até o final do século XIX. A profissão surge como uma simples prestação de cuidados aos
doentes, realizada por um prupo formado, na sua maioria, por escravos, que nesta época
trabalhavam nos domicílios. Desde o princípio da colonização foi incluída a abertura das
Casas de Misericórdia, que tiveram origem em Portugal.
A primeira Casa de Misericórdia foi fundada na Vila de Santos, em 1543. Em seguida,
ainda no século XVI, surgiram as do Rio de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus. Mais tarde
Porto Alegre e Curitiba, esta inaugurada em 1880, com a presença de D. Pedro II e Dona
Tereza Cristina.
No que diz respeito à saúde do povo brasileiro, merece destaque o trabalho do Padre
José de Anchieta. Ele não se limitou ao ensino de ciências e catequeses. Foi além.
Atendia aos necessitados, exercendo atividades de médico e enfermeiro. Em seus escritos
encontramos estudos de valor sobre o Brasil, seus primitivos habitantes, clima e as
doenças mais comuns
A terapêutica empregada era à base de ervas medicinais minuncioasamente descritas.
Supõe-se que os Jesuítas faziam a supervisão do serviço que era prestado por pessoas
treinadas por eles. Não há registro a respeito.
Outra figura de destaque é Frei Fabiano Cristo, que durante 40 anos exerceu atividades de
enfermeiro no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro (Séc. XVIII).
Os escravos tiveram papel relevante, pois auxiliavam os religiosos no cuidado aos
doentes. Em 1738, Romão de Matos Duarte consegue fundar no Rio de Janeiro a Casa
dos Expostos. Somente em 1822, o Brasil tomou as primeiras medidas de proteção à
maternidade que se conhecem na legislação mundial, graças a atuação de José Bonifácio
Andrada e Silva. A primeira sala de partos funcionava na Casa dos Expostos em 1822.
Em 1832 organizou-se o ensino médico e foi criada a Faculdade de Medicina do Rio de
Janeiro. A escola de parteiras da Faculdade de Medicina diplomou no ano seguinte a
célebre Madame Durocher, a primeira parteira formada no Brasil.
No começo do século XX, grande número de teses médicas foram apresentadas sobre
Higiene Infantil e Escolar, demonstrando os resultados obtidos e abrindo horizontes e
novas realizações. Esse progresso da medicina, entretanto, não teve influência imediata
sobre a Enfermagem
Assim sendo, na enfermagem brasileira do tempo do Império, raros nomes de destacaram
e, entre eles, merece especial menção o de Anna Nery.

Anna Nery
Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira, na Cidade de Cachoeira, na
Província da Bahia. Casou-se com Isidoro Antonio Nery, enviuvando aos 30 anos.
Seus dois filhos, um médico militar e um oficial do exército, são convocados a servir a
Pátria durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), sob a presidência de Solano Lopes. O
mais jovem, aluno do 6º ano de Medicina, oferece seus serviços médicos em prol dos
brasileiros.
Anna Nery não resiste à separação da família e escreve ao Presidente da Província,
colocando-se à disposição de sua Pátria. Em 15 de agosto parte para os campos de
batalha, onde dois de seus irmãos também lutavam. Improvisa hospitais e não mede
esforços no atendimento aos feridos.
Após cinco anos, retorna ao Brasil, é acolhida com carinho e louvor, recebe uma coroa de
louros e Victor Meireles pinta sua imagem, que é colocada no edifício do Paço Municipal
O governo imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e de
campanha.
Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880.
A primeira Escola de Enfermagem fundada no Brasil recebeu o seu nome. Anna Nery que,
como Florence Nightingale, rompeu com os preconceitos da época que faziam da mulher
prisioneira do lar.

Enfermagem em diferentes países


Brasil
O enfermeiro é um profissional de nível superior com competência técnica, científica e
humana;[3] responsável pela equipe de enfermagem e pela promoção, prevenção e
recuperação da saúde dos indivíduos. O enfermeiro é um profissional preparado para
atuar em todas as áreas da saúde: assistencial, administrativa e gerencial. Na área
assistencial esses profissionais estão habilitados a diversos tipos de intervenções de
média e alta complexidade, situações que exigem conhecimento científico e capacidade de
tomar decisões imediatas. Lideram e gerenciam unidades hospitalares e colaboradores,
assim como prescrevem a assistência de enfermagem para que colaboradores executem
as ações pertinentes. Seguindo uma tendência mundial o enfermeiro prescreve
medicamentos e solicita exames na Estratégia de Saúde da Família, prática prevista em
lei, nº 7 498 de 1986, e já consolidada.

 O técnico de enfermagem é um profissional de nível técnico, que presta serviços de


enfermagem, e que participa de equipes e programas de saúde, a pacientes em
clínicas, hospitais, domicílios e nos serviços de atendimento a urgência e emergência
pré-hospitalar. A profissão foi criada e regulamentada através da Lei No 7 498, de 25
de junho de 1986.
 O auxiliar de enfermagem exerce atividades de nível fundamental e de natureza
repetitiva. Executa ações orientados e supervisionados, e deve observar, reconhecer e
descrever sinais e sintomas, executar ações de tratamento simples, prestar cuidados
de higiene e conforto ao paciente, participa da equipe de saúde. A profissão foi criada
e regulamentada através da Lei No 7 498, de 25 de junho de 1986.
 Na área educacional, exercendo a função de professor e/ou pesquisador, preparando
e acompanhando futuros profissionais.
Programa Saúde da Família no Brasil - PSF
: Programa Saúde da Família
Sendo uma ciência holística, ou seja, cuida do paciente como um todo, não apenas a
patologia, mas sim em todo ser humano, desde fisicamente, mentalmente prestando assim
assistência psicológica ao indivíduo.
Na última década foi aberto aos profissionais de enfermagem um amplo campo de trabalho
com a criação do Programa de Saúde da Família (PSF). Em decorrência deste novo
espaço e da necessidade de profissionais qualificados para desenvolver atividade neste
programa, estão sendo criados cursos de Especialização em Saúde da Família, dos quais
o enfermeiro recebe o título de especialista em Saúde da Família.
Espera-se legislar brevemente a figura do Enfermeiro da Família, que será o Enfermeiro,
que, exercendo funções ao nível dos cuidados de saúde primários, tem a si atribuídas, de
trezentas famílias (de acordo com a orientação da Organização Mundial de Saúde)
seiscentas a oitocentas famílias (três mil indivíduos), acompanhando estas famílias ao
longo de todo o seu ciclo vital.
Atualmente a enfermagem é uma das poucas profissões da área da saúde que pode
mesclar o "humano com o científico", pois além de cuidar do paciente quando está
enfermo, a enfermagem atua na prevenção de doenças e na produção de pesquisas para
evitar que as mesmas acometam indivíduos, pre-dispostos ou não.

Portugal
O enfermeiro é o profissional da saúde, habilitado por uma licenciatura em Enfermagem e
registado na Ordem dos Enfermeiros, a quem foi reconhecido as competências científicas,
técnicas e humanas para praticar cuidados de enfermagem gerais ao indivíduo, família e
comunidade, em situação de prevenção primária, secundária e terciária. O enfermeiro
assiste o ser humano, doente ou são, individual ou em comunidade, de forma a que este
mantenha e/ou recupere a saúde. O enfermeiro objetiva também que o indivíduo atinja a
sua máxima capacidade funcional.[4]
Em Portugal, não existe a categoria de auxiliar e de técnico de enfermagem, sendo todas
as funções acumuladas pelo enfermeiro. Visto isto, o enfermeiro não é só responsável
pelos procedimentos técnicos, como por todo o processo de enfermagem. No entanto,
existe a categoria de assistente operacional de saúde, antigamente designado de auxiliar
de saúde, que colabora com o enfermeiro, e que com a sua delegação e supervisão, pode
prestar cuidados de higiene, conforto e alimentação.

Estados Unidos
A enfermagem norte americana é dividida em 3 categorias:

 RN (Registered Nurse): Eles têm bacharelado e precisam passar por vários exames
antes de obterem as certificações necessárias para exercer a profissão. Estes
profissionais estão habilitados a diversos tipos de intervenções de média e alta
complexidade, realizam diagnóstico, prescrevem medicamentos e solicitam exames.
Também trabalham na área gerencial e administrativa.
 LPN (Licensed Practice Nurse): Estes profissionais estudam mais que os CNAs e
podem ser mais independentes. Executam outros tipos de tarefas, como primeiros
socorros, aplicação de soro e remédios, realização de análises básicas de laboratório,
e supervisão e organização dos serviços do CNAs.
 CNA (Certified Nurse Assistant): Executam tarefas básicas, como limpar e desinfetar
ferramentas, ajudar pacientes a subir e descer de camas, vestir pacientes e, se
necessário, ajudá-los com higiene pessoal e alimentação.

História
Em seus primórdios tinha estreita relação com a maternidade, e era exclusivamente feita
por mulheres.[5] A enfermagem moderna, com a suas bases de rigor técnico e científico,
começou a se desenvolver no século XIX, através de Florence Nightingale, e Gabi Marley
que estruturou seu modelo de assistência depois de ter trabalhado no cuidado de soldados
durante a guerra da Crimeia. Foi essencialmente necessária durante os períodos de
guerra. A sua assistência baseada em fatos observáveis prestou valiosa contribuição na
recuperação dos moribundos, e iniciou uma nova vaga do conhecimento em enfermagem,
através do caráter científico que lhe impunha. Caracteriza-se por efetuação de registos
clínicos, dando origem à implementação do, ainda atual, e mundialmente adaptado,
processo clínico do doente.

Florence Nightingale

A NANDA International, define o fenômeno da Enfermagem como sendo as respostas


humanas a problemas reais e ou potenciais de saúde. (NANDA International, 1990)
A enfermagem na técnica de enfermagem de curso superior e/ou "medicina - comunitária",
tem atualmente buscado uma linguagem própria. Há uma iniciativa constantemente
atualizada e editada pelo Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN), designada
por Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE). Esta classificação
guia os enfermeiros na formulação de diagnósticos de enfermagem, planejamento das
intervenções e avaliação dos resultados sensíveis aos cuidados de enfermagem. O
material editado nesta CIPE é fruto do trabalho de várias associações que formulam as
linguagens da enfermagem.
Existe também a Classificação de Diagnósticos da NANDA, um manual padronizado
de diagnósticos de enfermagem, da NANDA International, no qual os diagnósticos reais e
de risco são listados com suas características definidoras e seus fatores relacionados,
uma estrutura diagnóstica que não se encontra em nenhuma outra linguagem de
enfermagem.
Portanto, a enfermagem é um trabalho de perfeita ordem com responsáveis a serviço da
saúde, implementando, desenvolvendo, coordenando serviços, havendo até certas e
determinadas classes profissionais que lhe atribuem, com desdém, a manipulação dos
serviços de saúde dado o elevado número de profissionais que se verificam, e pelo
brilhantismo superior com que projetam novas configurações de políticas de saúde, com
principal ênfase nas políticas de promoção da saúde.

Especialidades
Brasil
No Brasil, além da enfermagem geral, existem as especialidades em enfermagem que
segundo o Conselho Federal de Enfermagem são divididas em três áreas aprovadas na
Resolução COFEN Nº 581/2018:

 Enfermagem em Obstetrícia[6]

Obstetrícia
O enfermeiro está habilitado a conduzir o parto. Isto ocorre em consideração a natureza
puramente natural e fisiológica do processo. Durante o trabalho de parto, o enfermeiro
pode examinar a gestante verificando suas contrações dilatações e outras
alterações fisiológicas do organismo, devendo também saber discernir entre alterações
patológicas, onde deverá imediatamente encaminhar a gestante para cuidados médicos.
Além disso, o enfermeiro obstetra está habilitado a realizar episiotomia e episiorrafia com
anestesia, já que o mesmo é capacitado e treinado para tal.
Durante o puerpério (período após o parto) o enfermeiro realiza os cuidados necessários à
mãe, aplicando seus conhecimentos técnico-científicos, para que seu organismo volte o
mais rápido possível às condições pré-gravídicas, e também orientações de auto-cuidado,
amamentação, cuidado com o recém-nascido e ainda planeja e executa ações de conforto
para mãe e para o neonato.

Enfermagem Geriátrica
O envelhecimento é um processo biopsicossocial complexo. Muitas vezes, discriminado
devido à ênfase cultural direcionada aos jovens. O profissional enfrenta desafios
particulares, devido à diversidade da saúde física, cognitiva e psicossocial dos pacientes.
Antes de fazer uma avaliação de saúde, o profissional deve conhecer os achados normais
esperados da avaliação física e psicossocial do idoso e deve levar em consideração a
mudanças normais do envelhecimento. Uma comparação entre os achados esperados e
os reais evita que o profissional se concentre e dados de avaliação anormais.
Para dar assistência de enfermagem correta e individualizada, o profissional deve
aprender a distinguir entre mito e realidade e ser capaz de identificar os pontos e as
limitações de seu paciente.

Enfermagem de Reabilitação
A Enfermagem de Reabilitação tenta por todos os meios ao dispor, proporcionar um
incremento de maior potencial fisiológico ao ser humano, nas suas capacidades de
desempenhar as suas actividades de vida. não descurando o aspecto psicológico, cada
ser humano é tratado como um ser único, indivisível, com características próprias, que o
moldam na sua personalidade, no seu carácter, no seu pensamento, e que congregam
para a formação da sua personalidade e das característica que as compõem e que tornam
essa pessoa no ser único. Assim, cada pessoa, será alvo de tentativa e reunião de
esforços por parte do enfermeiro em capacitar para a independência nas suas actividades
de vida diária tendo em conta a sua motivação, o intercâmbio que os factores de vida lhe
proporcionam em satisfação e motivação pessoais para realizar as suas actividades de
vida. Em Reabilitação, a pessoa que sofreu as consequências de uma patologia debilitante
é alvo de todos os esforços por parte do enfermeiro em conseguir ver estabelecida a
motivação e a consequente satisfação (traduzida em resultados observados) em ser capaz
de realizar as acções nos seus hábitos de vida de modo a reintegrar a pessoa na sua vida
anterior tendo em conta, as possíveis limitações que se poderão, ou não constatar.

Portugal
Em Portugal esta especialidade ocupa-se da reabilitação de pessoas com Handicaps
físicos, permanentes ou temporários com o intuito de restaurar o seu funcionamento
individual normal ou adaptar a Pessoa a uma nova situação de saúde relacionado com a
vertente da funcionalidade corporal, com o intuito de manter a sua qualidade de vida.

Qual é o símbolo da enfermagem?


Em uma resolução do Conselho Federal de Enfermagem de 1999 (Resolução COFEN-
218/1999), ficou definido que o símbolo da enfermagem seria composto de uma lâmpada a
óleo, uma cruz vermelha e uma serpente.
Por que o símbolo de enfermagem é uma lâmpada?
Embora a lâmpada seja um símbolo bastante conhecido entre os profissionais de
enfermagem, nem todo mundo entende o motivo de sua relação com a área. Para
entender melhor esta associação, antes, é preciso conhecer a história de Florence
Nightingale.

Você também pode gostar