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Fundamentos Históricos
de Enfermagem
Mulheres – cuidavam das crianças, da moradia, dos ferimentos dos homens e familiares
– observação/procedimentos empíricos.
Observação dos animais – se ingerisse alguma fruta ou erva, era sinal de que não era
maligna ou se esfregasse as plantas para cicatrização de suas feridas – efeitos das plantas.
O cuidado de saúde:
Sociais
Políticas
Econômicas
Suas leis/crenças (GEOVANINI et al., 2005)
O cuidar – Períodos
Hebreus – as ciências propriamente ditas não foram cultivadas pelos hebreus e as artes
visavam à vida e ao culto divino.
Assírios e babilônios – admitiam que a doença era castigo, causada por influência de maus
espíritos. Faziam uso de amuletos contra ações maléficas. Além da magia, os agentes de
cuidados de saúde (sacerdotes) indicavam tratamentos a base de massagens. Esse povo já
se preocupava com o sanitarismo e começou a conhecer anatomia pela dissecação
de animais.
Hindus (cont.) Por motivos religiosos, evitavam o sacrifício dos animais e a dissecação de
cadáveres, sendo o ensino médico apenas teórico. Somente os sacerdotes podiam exercer
a medicina e com o passar dos tempos a arte de curar foi permitida a outras classes.
Hipócrates – o pai da medicina. Deu cunho científico à arte de curar e tratar de doentes.
Afirmava que as enfermidades eram motivadas pelo desequilíbrio e não provocadas pela ira
dos Deuses. Deixou vários trabalhos escritos, onde abordou alterações na temperatura,
excesso de trabalho físico e mental, ar poluído, emoções, doenças pulmonares. Antes de
Hipócrates não havia médicos, pois as curas não tinham nada de científico. Ele tornou-se
celebre na escola de Alexandria. Logo após, essa mesma escola permitiu a dissecação de
cadáveres, o que abriu o caminho à ciência médica, enriquecendo conhecimentos de
anatomia e fisiologia humanas.
Os Árabes – durante a Idade Média, os árabes tiveram fama de bons médicos. A terapêutica
era à base de xaropes. escreveram um tratado de cirurgia. Acredita-se que foram os
primeiros a codificar os medicamentos numa farmacopeia (livros relativos a preparação
de medicação e sua identificação). Construíram hospitais e escolas de medicina.
Os Jesuítas – Inácio de Loyola, espanhol nobre, reuniu em 1534 amigos religiosos e lançou
a Companhia de Jesus, que tinha como objetivo difundir a fé cristã, educar a juventude
catequizar os “selvagens”. Anchieta se destacou e foi chamado de apóstolo do Brasil, foi
mestre, médico, enfermeiro e fundador do Hospital de Misericórdia, no Rio de Janeiro.
O cuidar – Períodos
Congregação das Irmãs de Caridade – fundada por São Vicente de Paula, que também fundou
a Missão dos Padres (os lazaristas), cuidavam de crianças rejeitadas. As irmãs precisavam de
pessoal para prestar cuidados e começaram a recrutar jovens e instruí-los para prestação de
socorro a doentes e feridos. Homens e mulheres trabalhavam prestando assistência hospitalar
e domiciliar aos enfermos e famintos. As irmãs de caridade não tinham nenhum preparo, não
existiam escolas especializadas e a enfermagem não era uma profissão definida. No ano de 1834
o pastor Fliedner e sua esposa fundaram uma Instituição onde seriam preparados os primeiros
jovens para o exercício da enfermagem hospitalar e domiciliar. Com o decorrer dos anos
tornou-se uma escola para preparo de jovens com capacidade moral e intelectual para cuidar
de doentes. Esses foram os primeiros passos, mas a enfermagem se mantinha estacionária,
enquanto a medicina fazia imensos progressos.
Esse fato chamou a atenção de uma jovem estagiária que
resolvera abrir novos caminhos para a enfermagem.
O cuidar – Períodos
A maioria das mulheres que eram recrutadas eram prostitutas e voluntárias sem
conhecimento técnico, para tanto, Florence estabeleceu normas morais: eram proibidas
de usar enfeites, vestiam uniformes, só podiam sair em companhia de outras enfermeiras.
O serviço de enfermagem só podia ser executado quando solicitado pelos médicos, até a
alimentação só podia ser dada com ordem escrita do médico, a mesma coisa com relação ao
banho ou outras medidas higiênicas, a enfermeira era completamente subordinada às ordens
dos médicos.
Em 1855 adoeceu, sua equipe ficou seriamente atingida. Em 1856, com o fim da guerra,
Florence retornou à Inglaterra e foi recebida como heroína por parte do povo, dos órgãos
oficiais e da própria rainha.
Ana Néri escreveu, então, ao presidente da província, uma carta em que oferecia seus
serviços como enfermeira enquanto durasse o conflito.
Dimensão histórica brasileira: evolução e prática contemporânea brasileira
Partiu da Bahia, de onde nunca saíra, em 1865, para auxiliar o corpo de saúde do Exército,
que era pequeno e contava com pouco material. Começou seu trabalho no hospital de
Corrientes, onde havia, nessa época, cerca de seis mil soldados internados e algumas
poucas freiras vicentinas. Mais tarde, assistiu os feridos em outros locais.
De volta ao Brasil, em 1870, Ana Néri recebeu várias homenagens: foi condecorada com
as medalhas de prata humanitária e da campanha, recebeu do imperador uma pensão
vitalícia, com a qual educou quatro órfãos que recolhera no Paraguai.
Décadas de 70 a 80 – a partir de 1975, um novo modelo foi definido através da lei 6.229
do Sistema Nacional de Saúde: Previdência Social pela assistência individual e curativa
e o Ministério da Saúde pelos cuidados preventivos e coletivos.
Aumento da produção científica em Enfermagem.
a) Florence Nightingale fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que
passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente.
b) Ana Néri fundou a primeira escola de Enfermagem do Brasil.
c) Oswaldo Cruz convidou Florence Nightingale para ensinar na primeira Escola de nível
superior do Brasil.
d) Florence Nightingale fundou a primeira Escola de Enfermagem do Brasil.
e) Oswaldo Cruz convidou Ana Néri para ensinar na primeira
escola de Enfermagem de nível superior do Brasil.
Resposta
a) Florence Nightingale fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que
passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente.
b) Ana Néri fundou a primeira escola de Enfermagem do Brasil.
c) Oswaldo Cruz convidou Florence Nightingale para ensinar na primeira Escola de nível
superior do Brasil.
d) Florence Nightingale fundou a primeira Escola de Enfermagem do Brasil.
e) Oswaldo Cruz convidou Ana Néri para ensinar na primeira
escola de Enfermagem de nível superior do Brasil.
Desenvolvimento do conhecimento na Enfermagem
Primeiras definições
Enfermo está na origem do termo enfermeiro e provém da palavra latina infirmum > infirmu-,
que significa “aquele que não está firme”.
Na língua grega clássica, doença ou enfermidade dizia-se nósos. Desse ramo existem,
na língua portuguesa, várias palavras com o elemento antepositivo noso-, por exemplo:
nosologia, parte da medicina que trata das doenças em geral, e nosomaníaco, aquele que
se julga doente, ainda que tenha saúde. Portanto, em grego não há relação direta com a
palavra enfermeiro.
Evolução no papel desenvolvido
Anos 50
Atualmente
Para a American Nurses Association (ANA) a Enfermagem tem como objetivo o diagnóstico
e tratamento das respostas humanas a problemas de saúde reais ou potenciais.
A importância de se refletir sobre o papel social, político, técnico e até mesmo pessoal
de uma profissão – neste caso, da Enfermagem – traz a discussão de sua origem e
perspectivas, possibilitando apresentar novos objetivos e qual caminho percorrer. É na
perspectiva histórica que se compreende como foram desenvolvidos os conhecimentos
e práticas vividas na atualidade.
Empírico ou a ciência da Enfermagem: é factual, descritivo, discursivamente formulado
e publicamente verificável. Desenvolve um conhecimento abstrato e explicações teóricas.
Pessoal em Enfermagem – experiência interior, experiências
vividas, significado pessoal; enfermeiro/paciente.
Estético – intuição, interpretação, compreensão e valor; através
das ações, comportamentos, atitudes, condutas e interações da
Enfermagem com as pessoas; a arte da Enfermagem.
Padrões de conhecimento e sua importância para o cuidar
Ético – envolve mais do que conhecer o código de ética profissional. Envolve julgamentos
éticos constantes e implica confrontar valores, normas, interesses.
É importante ressaltar que, embora descritos separadamente, os quatro padrões de
conhecimento ocorrem de forma inter-relacionada, sendo que cada um deles contribui
como componente essencial para a prática de Enfermagem.
A Enfermagem exercida desde a fundação das primeiras Santas Casas tinha um cunho
essencialmente prático; daí porque eram excessivamente simplificados os requisitos para
o exercício das funções de enfermeiro, não havendo exigência de qualquer nível de
escolarização para aqueles que a exerciam. Essa situação perdurou desde a colonização
até o início do século XX, ou seja, uma Enfermagem exercida em bases puramente
empíricas.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
Além disso, as escolas de Enfermagem estabeleceram, por muitos anos, práticas como o
internato obrigatório para as alunas, disciplina rígida – quase militar –, obediência cega aos
superiores e longas horas de trabalho com redução do tempo de lazer e de descanso ao
mínimo necessário, que hoje são consideradas, até certo ponto, ultrapassadas.
Dos candidatos exigia-se no mínimo saber ler e escrever, conhecer aritmética e apresentar
atestado de bons costumes. No entanto, não contemplava recursos para a viabilização do
curso, assim como as normas para sua concretização. (BRASIL, 1890; GUSSI, 1987).
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
a) A Enfermagem, exercida desde a fundação das primeiras Santas Casas, tinha um cunho
essencialmente teórico.
b) O modelo de ensino implantado por Wanda Horta, na Inglaterra, sistematizou o ensino
teórico e prático.
c) A educação da mulher se limitava aos programas de ensino ministrados em colégios
femininos religiosos.
d) No Brasil, a profissionalização e o ensino de enfermagem não se desenvolveram.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
Resposta
a) A Enfermagem, exercida desde a fundação das primeiras Santas Casas, tinha um cunho
essencialmente teórico.
b) O modelo de ensino implantado por Wanda Horta, na Inglaterra, sistematizou o ensino
teórico e prático.
c) A educação da mulher se limitava aos programas de ensino ministrados em colégios
femininos religiosos.
d) No Brasil, a profissionalização e o ensino de enfermagem não se desenvolveram.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
Essa escola, posteriormente denominada Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, hoje uma
unidade da Unirio, inspirou-se na Escola de Salpetière, na França, embora a direção por uma
enfermeira somente tenha ocorrido com mais de 50 anos de sua existência – precisamente,
em 1943.
Durante a Segunda Guerra Mundial, houve maior mobilização do País e as forças militares
mobilizaram a participação de mulheres, representadas por enfermeiras, para prestar
assistência aos soldados brasileiros que foram enviados ao combate. Com o envio da Força
Expedicionária Brasileira (FEB) para a Itália, em 1944, foram designados 186 profissionais
da área de saúde, entre os quais 67 eram enfermeiras.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
A Escola Ana Néri surgia num momento em que o Estado brasileiro emergente instituía
políticas de saúde voltadas ao controle das grandes endemias e epidemias que colocavam o
Brasil numa posição ameaçadora ao desenvolvimento do comércio internacional, porém
contava com escassos equipamentos de saúde e mão de obra qualificada para a viabilização
das ações coletivas propostas.
Desenvolvimento do ensino de Enfermagem
OGUISSO,T. Trajetória histórica e legal da enfermagem. 2.ed. São Paulo: Manole, 2007.
Referências bibliográficas