O PERÍODO PRÉ CRISTÃO: Período Pré-Hipocrático: As primeiras

teorias biomédicas se prendiam a mitologia

O tratamento do enfermo depende da
e os deuses. Tinham conhecimento da
correlação do conceito saúde-doença.
anatomia e de patologia, onde classificaram
Porém depende ainda mais do sentimento
diversos tipos de ferimentos superficiais e
de humanidade que nos levam a servir a
profundos.
nosso semelhante.
Período Pós-Hipocrático: Hipócrates (pai da
Entretanto a crença que a doença era um
medicina ocidental) conseguiu explicar a
castigo de Deus, levou aos povos primitivos
cientificidade das doenças. Insistia sobre a
à recorrerem à sacerdotes e feiticeiros,
observação cuidadosa do doente para o
acumulando a estes às funções de médicos,
diagnóstico, o prognóstico e a terapêutica.
farmacêuticos e enfermeiros.
Desenvolveu a teoria Humoral, pela qual
Os tratamentos iniciais utilizavam-se de
considerava a saúde como equilíbrio de
massagens, banhos de água fria ou quente,
humores: Sangue, linfa, bile (branca e
purgativos e substâncias provocadoras de
negra) e o seu desequilíbrio significava
náuseas. Somente posteriormente, quando
doença.
os sacerdotes adquiriram conhecimentos
sobre plantas medicinais e passaram a Teve uma grande importância no
ensinar delegando a eles as funções de desenvolvimento da anatomia com a
enfermeiro e farmacêuticos. dissecação de cadáveres.

---------------------------------------------------------

A PRÁTICA DA ENFERMAGEM NOS

TEMPOS ANTIGOS:
Egito: Documentos com descrição das
doenças, operações e drogas. Manuscrito
de Imhotep: primeiro autor que meciona o
cérebro e seu controle sobre o corpo. A
prática religiosa e os conhecimentos
científicos eram unidos na prática de saúde.
Porém a religião proibia dissecção dos
corpos, criando uma barreira para o
progresso científico.
Índia: O período áureo da medicina e
enfermagem hindu foi devido ao budismo.
Os hindus conheciam ligamentos, vasos
linfáticos, nervos e plexos. Julgavam o
coração sede da consciência e ponto de
partida para todos os nervos.
Grécia: O desenvolvimento biomédico
grego envolve dois períodos: o período Pré-
Hipocrático e o período Hipocrático.
Práticas instintivas – praticavam a prática
da saúde e da enfermagem de formas que
garantiam o homem a sobrevivência.
São definidas como práticas essenciais de
saúde, que ocorreram em um primeiro
estágio da civilização, consistindo em
basicamente a manutenção de sua
sobrevivência. Tinha concepção
evolucionista e teológica.
Período pré-cristão – As doenças eram
vistas como castigo de deus. Cabendo aos
feiticeiros e sacerdotes as funções de
médico e enfermeiro.
As práticas de saúde mágico-sacerdotais:
É a relação mística entre as práticas
religiosas e as práticas de saúde primitivas
desenvolvidas pelos sacerdotes nos
templos. Esse período corresponde à fase
de empirismo antes do surgimento da
especulação da filosofia que ocorre por
volta do século V. a. C.
 As práticas de saúde no alvorecer da
ciência:
Relaciona-se às práticas de saúde ao
surgimento da filosofia e ao progresso da
ciência, quando estas se baseavam nas
relações de causa e efeito e se estende aos
primeiros séculos da era cristã.
A prática da saúde que antes era mística e
sacerdotal. Passa a ser baseada na
experiência e raciocínio lógico. Com a figura
de Hipócrates que propôs uma nova
concepção em saúde, dissociando a arte de
cuidar dos preceitos místicos e sacerdotais,
através da utilização do método indutivo,
da inspeção e da observação.
(Séc. V à XII) As práticas de saúde
monásticas-medievais:
- A igreja católica começa a se expandir e
tomar conta da política e se responsabilizar
pelo tratamento de doentes.
- Fundação dos primeiros “hospitais”
(lembrado que esses hospitais eram
pertencentes à freiras e pessoas que
doavam suas casas para práticas
hospitalares) – Chamadas diaconais
- Não tinha menor condição de higiene e
princípios assépticos.
Focaliza a influência dos fatores
socioeconômico e políticos da sociedade
feudal nas práticas da saúde e relação desta
com o cristianismo. Nessa época começou à
surgir a prática da enfermagem como forma
leiga e desenvolvida por religiosos.
Diaconias: Lugares onde se recolhiam
doentes em casas ou hospitais.
As grandes abadessas:
Eram diretoras de conventos femininos e
atuavam em cuidados às doentes.
Destaca-se: Santa Hidelgarda, a qual
possuía grandes conhecimentos sobre as
Ciências naturais, enfermagem e medicina.
Escrevendo sobre doenças do pulmão,
verminose, disenteria.
O avanço da saúde através da Igreja
católica.
Organização dos hospitais.
- Padre São Vicente de Paulo – fundador do
instituto das Filhas de Caridade
Ele começa a reorganizar os hospitais,
implantando higiene, individualidade dos
leitos. Então a saúde deixa de ser algo
precário e passar ser algo mais formal.
Divisão da Igreja (Renascimento)
Católica e Protestante – onde ocorre a
revolução religiosa, e os hospitais sobrevivia
de doações.
(Séc. XIII à XVI) As práticas de saúde pós-
monásticas:
Decadência do regime feudal. Ocorre a
retomada da ciência (acaba o teocentrismo
e chega o antropocentrismo). É onde
começa a evolução nas práticas de saúde e
em especial, à prática de enfermagem,
graças aos movimentos Renascentistas e a
Reforma Protestante. Elas avançam na
observação e experimentação.
(Período crítico da enfermagem)
A enfermagem começa e ser praticada por
curandeiras. Depois que a Igreja Católica se
separa ela começa a perder sua força, com
isso os hospitais, também perdem. A Igreja
para de financiar a saúde, e retira as freiras
e os padres.
Os hospitais na época começam à ser um
depósito de doentes, começam a ter leito
coletivo novamente e o serviço de
enfermagem é completamente precário.
- Foi um período de decadência da
enfermagem.
- Praticado por curandeiras e prostitutas.
Após a revolução industrial
A população urbana aumenta (campo para
a cidade), e sem saneamento básico,
passamos a ter um amento das doenças e
sua propagação. Intoxicação das fumaça das
industrias, tuberculose e desigualdade
social.
- Nessa época a Igreja não cuidava da saúde,
é quando o estado assume a saúde. Tendo
assim a reorganização hospitalar, e os
primeiros hospitais a se organizarem eram
os hospitais militares de guerra.
- Os ricos são atendidos em casas e os
pobres nos hospitais que estavam sendo
reorganizados.-
O avanço da Medicina vem favorecer a
reorganização dos hospitais. É na
reorganização da Instituição Hospitalar e no
posicionamento do médico como principal
responsável por esta reordenação, que
vamos encontrar as raízes do processo de
disciplina e seus reflexos na Enfermagem,
ao ressurgir da fase sombria em que esteve
submersa até então. Naquela época,
estiveram sob piores condições, devido a
predominância de doenças infecto-
contagiosas e à falta de pessoas preparadas
para cuidar dos doentes. Os ricos
continuavam a ser tratados em suas
próprias casas, enquanto os pobres, além
de não terem esta alternativa, tornavam-se
objectos de instrução e de experiências que
resultariam num maior conhecimento sobre
as doenças em benefício da classe abastada.
- Nesse período surge Florence Nightingale
Florence Nightingale
Florence nasceu em Florença na Itália.
Pertencia à uma família rica e altamente
respeitada. E como toda família de alta
sociedade, os pais queriam que sua filha se
casasse. Mais Florence não se restringiu às
expectativas sociais. Aos 20 anos de idade
falou que sentiu um chamado de Deus para
sua vida, mas não sabia exatamente o que
era.
Florence pediu aos seus pais para estudar
matemática, porém seus pais não apoiaram
a ideia. Era diferente; gostava de
matemática, e era o que queria estudar (os
pais não deixaram). Aos 16 anos, algo
aconteceu: Deus falou-me escreveu depois
e convocou-me para servi-lo. Um episódio
que poderia caracterizá-la como uma
mística, mas, diz o historiador Lytton
Strachey, a moça estava longe de ser uma
beata desligada da realidade.
Servir a Deus significava, para ela, cuidar
dos enfermos, e especialmente dos
enfermos hospitalizados. Naquela época, os
hospitais curavam tão pouco e eram tão
perigosos (por causa da sujeira, do risco de
infecção) que os ricos preferiam tratar-se
em casa. Hospitalizados eram só os pobre
Naquela época, Inglaterra e França
enfrentavam Rússia e Turquia na guerra da
Crimeia. Sidney Herbert, membro do
governo inglês e amigo pessoal, pediu-lhe
que chefiasse um grupo de enfermeiras
enviadas para o front turco, uma tarefa a
que Florence entregou-se de corpo e alma:
cuidava incansavelmente dos pacientes,
percorrendo enfermarias à noite; era a
“dama da lâmpada”, segundo a expressão
do Times de Londres. Florence
providenciava comida, remédios,
agasalhos, além de supervisionar o trabalho
das enfermeiras. Mais que isso, fez estudos
estatísticos (sua vocação matemática enfim
triunfou) mostrando que a alta mortalidade
dos soldados resultava das péssimas
condições de saneamento. Seus méritos
foram reconhecidos, e ela recebeu uma
importante condecoração da rainha Vitória.
Ao voltar da guerra, algo estranho lhe
aconteceu: recolheu-se ao leito e nunca
mais deixou o quarto. É possível, e até
provável, que isso tenha resultado de
brucelose, uma infecção crônica contraída
durante a guerra; mas havia aí um óbvio
componente emocional, uma forma de fuga
da realidade. Contudo – Florence era
Florence – mesmo acamada, continuou
trabalhando intensamente. Colaborou com
a comissão governamental sobre saúde dos
militares, fundou uma escola para
treinamento de enfermeiras, escreveu um
livro sobre esse treinamento
- . Criou a primeira Escola de Enfermagem
da Inglaterra no Hospital Saint Thomas, em
Londres. Recebeu a Ordem do Mérito, em
1901, durante a Era Vitoriana.
Florence não conhecia o conceito de
contato por microorganismos, uma vez que
este ainda não tinha sido descoberto,
porém já acreditava em um meticuloso
cuidado quanto à limpeza do ambiente e
pessoal, ar fresco e boa iluminação, calor
adequado, boa nutrição e repouso, com
manutenção do vigor do paciente para a
cura.
Pelos trabalhos na Criméia, recebe um
prémio do Governo Inglês e, graças a este
prémio, consegue iniciar o que para ela é a
única maneira de mudar os destinos da
Enfermagem – uma Escola de Enfermagem
em 1959. Após a guerra, Florence fundou
uma escola de Enfermagem no Hospital
Saint Thomas, que passou a servir de
modelo para as demais escolas que foram
fundadas posteriormente. A disciplina
rigorosa, do tipo militar, era uma das
características da escola Nightingaleana,
bem como a exigência de qualidades morais
das candidatas. O curso, de um ano de
duração, consistia em aulas diárias
ministradas por médicos. Nas primeiras
escolas de Enfermagem, o médico foi de
facto a única pessoa qualificada para
ensinar. A ele cabia então decidir quais das
suas funções poderiam colocar nas mãos
das enfermeiras. Florence morre em 13 de
Agosto de 1910, deixando florescente o
ensino de Enfermagem. Assim, a
Enfermagem surge não mais como uma
atividade empírica, desvinculada do saber
especializado, mas como uma ocupação
assalariada que vem atender a necessidade
de mão-de-obra nos hospitais,
constituindo-se como uma prática social
institucionalizada e específica.
1.O que é conhecimento, sabedoria e
informação? São sinônimos?
2.Quais os tipos de conhecimentos?
Conhecimento Empírico – A partir da
observação.
Conhecimento Científico – A partir de
análise de informações de fatos
cientificamente comprovados.
Conhecimento Filosófico – Busca da
verdade por meio da indagação.
Conhecimento Teológico - Conhecimento
adquirido a partir da fé teológica, é fruto da
revelação da divindade.
3.O que diferencia conhecimento empírico
de cientifico?
conhecimento empírico: popular ou vulgar
é o modo comum, corrente e espontâneo de
conhecer, que se adquire no trato direto
com as coisas e os seres humanos, as
informações são assimiladas por tradição,
experiências causais, ingênuas, é
caracterizado pela aceitação passiva, sendo
mais sujeito ao erro nas deduções e
prognósticos.
O conhecimento científico: vai além da visão
empírica, preocupa-se não só com os
efeitos, mas principalmente com as causas e
leis que o motivaram, esta nova percepção
do conhecimento se deu de forma lenta e
gradual, “é uma busca constante de
explicações e soluções e a reavaliação de
seus resultados”.
5. Quem é considerada a Dama da
Lamparina?
9. Como surgiram as prescrições, a ideia
de iluminação, limpeza, separação de
doentes?
"Em Meio à indignação da opinião pública,
Florence Nightngale se oferece para o
Ministro da Guerra, seu amigo, e vai com
mais 38 voluntárias para as frentes de
combate em Scutari, onde encontra um
hospital com mais de quatro mil feridos. Ali,
começa a colocar em prática aquilo que
considerava uma "boa enfermagem"
preocupando-se com a alimentação
adequada dos doentes, a limpeza e
ventilação do ambiente, a troca de roupas
de cama, a separação entre doentes e
feridos, a higiene dos pacientes, sua
privacidade e lazer (...)"
10. O homem se inseriu na enfermagem
em que momento histórico?
"Na Antiguidade, "os cuidados", traduzidos
hoje como “cuidados de enfermagem”, eram
praticados por homens e mulheres, mas o
primeiro, principalmente em eventos de
guerra, nos cuidados de feridos, em surtos
de doenças e no cuidado caritativo
oferecido pela igreja. Esse período é
caracterizado por uma prática da
enfermagem pré-profissional, com
expressiva presença masculina,
considerando as ordens militares e a
presença de homens na igreja e no cuidado
de doentes, a exemplo da Ordem dos
Cavaleiros Hospitalares de São João de
Jerusalém, a Ordem dos Irmãos de Santo
Antônio, a Ordem dos Irmãos de Alexian,
São João de Deus na Espanha, São Camilo de
Lellis na Itália, São Vicente de Paulo na
França e Padre jesuíta José de Anchieta no
Brasil.(...) Após a profissionalização da
enfermagem através dos preceitos de
Florence Nightingale, a enfermagem então
surgiu como uma profissão digna que
poderia ser exercida por mulheres, por
meio de remuneração salarial e, assim,
adquirir seu sustento" Com a vinda de
Florence foi criada a primeira escola de
enfermagem no Hospital St Thomas, em
Londres, com o modelo sendo exportado
para vários países.
11. A partir de qual século a enfermagem
passou a ser uma atividade profissional
institucionalizada?
No século 19, em 1857. "Ao institucionalizar
a enfermagem como profissão, Florence
Nightngale produziu um significado no
silêncio que havia na prática de
enfermagem, que até então era envolta de
regulamentos e correspondências internas
às instituições de cuidado, executadas por
aquelas que faziam parte de associações,
geralmente religiosas, cujo espírito era
servir ao próximo, por amor a Deus."
12.No Período :
Florence Nightingale : Não conhecia o
conceito de contato por microorganismos,
uma vez que este ainda não tinha sido
descoberto, porém já acreditava em um
meticuloso cuidado quanto à limpeza do
ambiente e pessoal, ar fresco e boa
iluminação, calor adequado, boa nutrição e
repouso, com manutenção do vigor do
paciente para a cura. Vocês concordam ou
não? E realmente era desta forma?
13. Como se deu a história da enfermagem ,
a origem da profissão?
A enfermagem foi se desenvolvendo
gradualmente nos períodos históricos até
os dias atuais. As práticas de saúde
começaram inicialmente como práticas
instintivas, com o homem garantindo a sua
própria sobrevivência. Posteriormente
surgem as práticas de saúde mágico-
sacerdotais, onde as doenças eram vistas
como um castigo divino, o qual os
sacerdotes e feiticeiros faziam as funções
de médicos e enfermeiros.
Até esse ponto, as práticas de saúde eram
vistas de forma “mística” e religiosa. Esse
pensamento vai mudar um pouco com a
chegada de Hipócrates que propôs uma
dissociação da saúde com o misticismo.
Após esses períodos temos as práticas-
monástico medieval, que é o período que a
Igreja católica se responsabiliza pelo
tratamento dos enfermos e as práticas de
saúde são feitos majoritariamente por
religiosos.
Com o avanço da Igreja Católica, as práticas
de saúde começaram a ficar mais formais.
Temos a criação dos primeiros “hospitais”
(Diaconias) geralmente de pessoas que
doavam suas casas para serviços
hospitalares. Posteriormente o Padre São
Vicente de Paulo fundou o Instituto da
Filhas de Caridade, organizando os
hospitais, implantando higiene e a
individualidade dos leitos, ocorrendo várias
melhorias no desenvolvimento da saúde.
Com o Renascimento e a Reforma
protestante, ocorre a divisão da Igreja
(Protestante e Católica) Porém, a Igreja
Católica ao se separar, os hospitais jogados
ao descaso, já que a Igreja o sustentava.
Ocorre a retirada das freiras e padres nos
hospitais, sendo trocados por curandeiros.
Nessa época houve um grande descaso ao
sistema de saúde e ocorreu uma regreção.
Os hospitais viraram depósitos de infecções
e leitos voltaram a ser coletivos.
Após a revolução Industrial, com aumento
da população urbana, ocorre
consequentemente o aumento de doenças,
pragas, infecções. Com a necessidade de
saneamento público, o hospital passa a ser
estatal. A partir disso, começa uma
reorganização hospitalar, começando pelos
hospitais militares.
O período de revolução industrial, culmina
com o período de surgimento da
enfermagem moderna na Inglaterra, e no
meio dessa desorganização hospitalar surge
Florence Nightingale
14. Simbolos:
Existem outros símbolos além da lamparina,
como a cobra que simboliza a magia, alquimia;
a cobra + a cruz simbolizando a ciência; a
seringa simbolizando a técnica; a cor verde
que simboliza a paz, tranquilidade, cura,
saúde; a cor representada pela Enfermagem é
o verde esmeralda; a pedra símbolo da
Enfermagem é a esmeralda.
Teoria ambientalista:
A teoria ambientalista desenvolvida por
Florence Nightingale1 na segunda metade
do século XIX, na Inglaterra, apresenta
como foco principal o meio ambiente,
interpretado como todas as condições e
influências externas que afetam a vida e o
desenvolvimento de um organismo,
capazes de prevenir, suprimir ou contribuir
para a doença e a morte1.
A doença é considerada, nessa teoria, um
processo restaurador da saúde, e a função
da enfermeira é equilibrar o meio
ambiente, com o intuito de conservar a
energia vital do paciente a fim de
recuperar-se da doença, priorizando o
fornecimento de um ambiente estimulador
do desenvolvimento da saúde para o
paciente1,2. Tem-se, então, a concepção do
ser humano como um ser integrante da
natureza, sendo visto como um indivíduo,
cujas defesas naturais são influenciadas
por um ambiente saudável ou não1.
Nightingale acreditava que fornecer um
ambiente adequado era o diferencial na
recuperação dos doentes, e é este preceito
que fundamenta a Teoria Ambientalista.
Assim, a teórica tornou-se conhecida pelos
seus atos que trouxeram resultados
inovadores ao tratamento de doentes2.
Em seus escritos, Nightingale aborda o
provimento de fatores para a manutenção
de um ambiente favorável no sentido de
facilitar o processo de cura e o viver
saudável, tais como: ventilação, limpeza,
iluminação, calor, ruídos, odores e a
alimentação, de modo que o processo de
reparação, instituído pela natureza, não
seja impedido1.
 Um ambiente saudável é essencial
para a cura;
 As janelas devem ser abertas
possibilitando a entrada da luz para
todos os ocupantes e um fluxo de ar
fresco;
 Com a vestimenta adequada, pode-se
manter, ao mesmo tempo, o paciente
aquecido no leito e em ambiente muito
bem arejado;
 A administração apropriada da
residência interfere na cura dos
enfermos;
 Os cuidados de enfermagem envolvem
a casa na qual o paciente vive e os que
têm contato com ele, sobretudo os
cuidadores;
 O ruído é prejudicial e perturba a
necessidade de repouso do doente;
 Alimentação nutritiva, leitos e roupas
de cama apropriadas e higiene pessoal
do indivíduo são essenciais;
 A limpeza previne a morbidade;
 Com o ambiente limpo o número de
casos de infecção diminuem;
 Todas as condições e influências
externas que afetam a vida e o
desenvolvimento de um organismo são
capazes de prevenir suprimir ou
contribuir para a doença e a morte.